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Alguns dos principais veículos da imprensa internacional destacam o caráter tenso da campanha para as eleições presidenciais do segundo turno e veem o País polarizado, o que deve refletir em um resultado apertado hoje.

"Brasileiros decidirão entre dois políticos polarizadores com visões dramaticamente diferentes para a nação mais populosa da América Latina", relata o Financial Times. O diário britânico classifica o processo eleitoral deste ano como "longo e amargo".

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Assim vê também o The Wall Street Journal. O jornal destaca o caráter "tenso" do segundo turno das eleições mais "consequentes" da história recente no Brasil, com "implicações amplas para a maior economia da América Latina e a floresta amazônica".

A Bloomberg diz que a disputa entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi "amarga e, por vezes, violenta" e despertou preocupação entre autoridades eleitorais e aliados internacionais.

Já a Associated Press ressalta o embate entre "um incumbente prometendo proteger valores cristãos conservadores e um ex-presidente prometendo devolver o país a um passado mais próspero".

Para a Reuters, a eleição oferece uma segunda chance para Lula e Bolsonaro. Enquanto o ex-presidente tentará retomar um caminho de "prosperidade" após o PT ficar marcado por escândalos de corrupção, o atual mandatário promete consolidar sua "virada conservadora", depois de um governo impactado pela pandemia de covid-19.

Segundo o New York Times, o pleito de hoje representa muito mais do que uma "mera disputa entre a esquerda e a direita". O jornal destaca o aumento do desmatamento da Amazônia sob Bolsonaro e os ataques do presidente a instituições democráticas nos últimos quatro anos.

"Armas, Deus e fake news" dominaram a corrida presidencial deste ano, de acordo com a CNN. A campanha focada em problemas sociais e guerra cultural, com pouca discussão de pautas e projetos, permitiu maior participação de líderes religiosos e a disseminação de notícias falsas, relata a emissora americana.

O apresentador José Luiz Datena rebateu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante o 'Brasil Urgente'. Datena também criticou a postura adotada pelo presidente e as críticas que ele desferido contra a imprensa do país.

"O presidente Jair Bolsonaro usou esse exemplo nos EUA pra dizer que: 'olha, se não tiver voto impresso no Brasil em 2022, o que aconteceu lá nos EUA vai acontecer aqui no Brasil'. Isso é um absurdo. Pare de defender esse lunático, se houvesse fraude nas eleições de 2018, você não seria eleito, o senhor era um dos últimos colocados", disse o apresentador.

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"Pelos erros da esquerda, pela exposição das suas ideias, que muita gente concorda, pela imprensa que divulgou suas ideias, o senhor não pode ficar atacando a imprensa como o senhor ataca, respeite a democracia. Pense bem naquilo que o senhor fala, pois o que o senhor fala hoje tem que ser sustentado amanhã. Não adianta o senhor falar uma bobagem hoje e, no outro dia, colocar na boca da imprensa. Isso não cola mais. O que aconteceu nos Estados Unidos hoje não tem nada a ver com o Brasil", completou.

Datena ainda comentou sobre Bolsonaro ter chamado o apresentador William Bonner e a imprensa de 'canalhas', e foi enfático: "Não aceito".

"Não aceito o termo 'canalha' pra mim. E não aceito o termo 'canalha' para a história da imprensa brasileira. Se não fosse a imprensa brasileira, hoje não viveríamos num país democrático. Respeito minha profissão, respeito meus colegas de trabalho. Não sou canalha. Nenhum de nós pode chegar em casa e ser questionado por nossos filhos: 'o senhor é canalha, papai?' Eu não sou canalha, não aceito esse termo", desabafou Datena.

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