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O nível de atividade da indústria de transformação paulista subiu 0,4% em abril, com ajuste sazonal, na comparação com março. O indicador foi divulgado hoje (4) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

Na série sem ajuste sazonal, ou seja, sem o acerto que se faz em função da mudança de estação, o indicador teve alta de 5,8% na variação acumulada no ano e de 9,1% em relação a abril de 2017. A variável de vendas recuou 2,5%. As horas trabalhadas na produção e o nível de utilização da capacidade instalada subiram 0,9% e 0,3%, respectivamente.

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O nível de atividade do setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos avançou 2,6% no mês. As horas trabalhadas na produção, o total de vendas reais e o nível de utilização da capacidade instalada subiram 2,7%, 3,0% e 0,4%, respectivamente.

A Fiesp avalia que, com a greve de caminhoneiros e a Copa do Mundo, é possível que o segundo trimestre seja de crescimento menor que o previsto.

A indústria de transformação brasileira nunca teve tanto da sua produção vendida para o mercado externo, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. O Índice Firjan de Produção Exportada (IFPE), indicador que mede a parcela da produção destinada à exportação, atingiu o recorde de 18,2% no primeiro semestre de 2017, conforme antecipado com exclusividade ao Estadão/Broadcast.

No segundo semestre de 2016, a fatia da produção que teve como destino a exportação foi de 17,3%. O ganho de importância das vendas externas na pauta industrial, entretanto, é explicado pela retração na demanda doméstica, não pelo crescimento no número de encomendas de outros países. Ou seja, diante da menor absorção dos produtos industriais no Brasil, as vendas para o setor externo ficaram proporcionalmente maiores, ainda que não tenha havido crescimento na demanda por produtos brasileiros internacionalmente.

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"Num período de crise aguda, o setor externo realmente aparece como única alternativa para o escoamento da produção. O Índice Firjan de Produção Exportada chegou ao ápice após dois anos de forte recessão econômica, então, o mercado externo é um fator importante, mas ainda assim não é suficiente para recuperar o setor produtivo. A retomada da indústria certamente passa pela recuperação do mercado doméstico", avaliou Jonathas Goulart, coordenador de Estudos Econômicos da Firjan.

Entre os 24 setores da indústria de transformação analisados, 16 elevaram a parcela da produção exportada de janeiro a junho em relação ao mesmo período de 2016. A fraca atividade fabril, porém, foi determinante para o resultado, uma vez que esses 16 setores tiveram redução na quantidade produzida.

Os dados do levantamento da Firjan têm início no primeiro semestre de 2003. Os quatro setores que atingiram no primeiro semestre o nível mais alto na série histórica do IFPE foram máquinas e equipamentos (28,4%), borracha e plástico (10,2%), móveis (7,4%) e produtos diversos, categoria que engloba itens como bijuteria, instrumentos musicais e artefatos para pesca (13,6%).

O desempenho corrobora o cenário de pouco dinamismo mostrado pela Pesquisa Industrial Mensal, divulgada esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção da indústria de transformação recuou 0,3% no primeiro semestre ante o mesmo período do ano passado. A indústria geral só encerrou o semestre com avanço de 0,5% por causa do crescimento de 6,0% da extrativa mineral, calculou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). "O cenário político permanece conturbado, com incertezas também no ambiente econômico. Isso tem impacto nas expectativas, desperta a possibilidade de elevação de impostos", avaliou Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A indústria encerrou o ano de 2014 com uma queda de 1,2% na comparação com 2013. A indústria de transformação puxou o desempenho do setor para baixo, com um recuo de 3,8%, o maior desde 2009 (9,4%). Os destaques negativos na indústria de transformação foram a indústria automotiva, máquinas e equipamentos, aparelhos elétricos e produtos de metal. Boa parte desses itens afetam o investimento. Do lado positivo, ficaram a indústria farmacêutica, de perfumaria e bebidas.

A indústria extrativa mineral veio com um crescimento forte, de 8,7%, puxada pela produção de petróleo e gás e de minério de ferro. O crescimento ajudou a indústria em geral e conteve em parte a significativa queda da indústria de transformação. A indústria extrativa tem um peso de 4% na economia total, enquanto a indústria de transformação pesa 10,9%.

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A indústria da construção civil teve um desempenho pífio, com uma retração de 2,6%. A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, disse que o instituto não tem dados suficientes para destrinchar essa queda, mas sinalizou que ela veio mais do lado da infraestrutura que do setor imobiliário.

"Olhando de fora a infraestrutura foi o que mais afetou negativamente a construção. A infraestrutura para a Copa do Mundo foi feita mais em 2013 que em 2014. Obviamente não foi só isso, mas foi um dos fatores", disse Rebeca.

O Produto Interno Brasileiro (PIB) da indústria da transformação recuou 5,5% no segundo trimestre de 2014 ante o segundo trimestre de 2013, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a construção civil teve retração de 8,7% no período. "O emprego na construção civil também caiu, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE", lembrou Rebeca Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE.

Dentro da indústria de transformação, o setor automotivo figurou entre os destaques negativos. "A indústria automotiva concedeu férias coletivas, e a exportação de veículos automotores está baixa. A gente exporta muito para Argentina e Venezuela, que estão com problemas, então a exportação caiu muito, e a renovação da frota aqui não está ocorrendo muito", explicou Rebeca.

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As perdas no segmento automotivo afetaram a parte de bens duráveis, mas também de bens de capital, devido à menor produção de caminhões, o que teve reflexo nos investimentos. "Como nesse trimestre a produção da indústria automotiva caiu muito, também influenciou nessa parte de investimentos", acrescentou Rebeca.

Ainda para o resultado negativo registrado pela indústria de transformação no segundo trimestre, houve influência da menor produção de máquinas e equipamentos, mobiliário, máquinas e aparelhos elétricos e metalurgia. Por outro lado, houve contribuição positiva de alimentos e bebidas, perfumaria e indústria farmacêutica.

No restante do PIB da indústria, as taxas foram positivas. O segmento da extrativa mineral registrou um salto de 8% no segundo trimestre, ante o segundo trimestre do ano passado. "A extrativa mineral cresceu puxada tanto pela extração de petróleo quanto pelo minério de ferro", contou a gerente do IBGE. A produção e distribuição de eletricidade, gás e água teve aumento de 1%, impulsionada pelo crescimento no consumo residencial, contou Rebeca.

A construção civil e a indústria de transformação foram os subsetores que registraram os piores resultados no PIB do primeiro trimestre de 2014, em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda na construção foi de 0,9%, enquanto o recuo na indústria de transformação alcançou 0,5%. O resultado explica a retração de 2,1% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no período, segundo a gerente da Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis.

"A transformação e a construção civil em queda afetaram os investimentos. A construção civil é praticamente toda investimentos e, na indústria, o que caiu foram os bens de capital, que também afeta investimentos", contou Rebeca.

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Por outro lado, entre os subsetores que tiveram melhor desempenho estão a produção e distribuição de eletricidade (5,2%) e serviços de informação (4,4%), atrás apenas da extrativa mineral (5,4%). Como resultado, a arrecadação de impostos sobre produtos teve expansão de 2,4% no primeiro trimestre, ante o mesmo trimestre do ano anterior.

"Pela ótica da produção, cresceram os impostos sobre produtos.

Duas atividades que cresceram muito nesse trimestre pagam muito ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é a parte de energia elétrica e a de telecomunicações", explicou Rebeca.

Com desempenho fraco este ano e pressionada por ambiente de incertezas no exterior, as previsões da indústria da transformação para 2012 são menos favoráveis do que as projeções para 2011 apuradas no final do ano passado. É o que mostra a edição de outubro-novembro da Sondagem de Investimentos da Indústria da Transformação, divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O levantamento abrange 880 empresas, com vendas somadas em torno de R$ 539,9 bilhões, entrevistadas entre os dias 5 de outubro e 30 de novembro deste ano. No universo de pesquisados, a parcela de empresas que apostam em elevar investimentos em capital fixo para o próximo ano caiu de 55% em 2010 para 50% este ano. No mesmo período, subiu de 15% para 17% a fatia de companhias que projetam investir menos.

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Entre as cinco categorias de uso da indústria da transformação pesquisadas pela fundação, quatro apresentaram projeções menos favoráveis de investimentos. A maior queda foi percebida pela indústria de duráveis. Neste segmento, a fatia de empresas que pretendem investir mais no ano seguinte caiu de 61% para 49%. Já a parcela das que pretendem investir menos no próximo ano, dentro da indústria de duráveis, saltou de 9% para 22% de 2010 para 2011.

A indústria também não está otimista quanto ao mercado de trabalho. A fatia de pesquisadas que planejam elevar número de contratações no ano seguinte caiu de 43% para 36% de 2010 para 2011. Já a parcela das que preveem redução na mão de obra subiu de 8% para 10%.

O faturamento industrial em 2012 deve sentir os efeitos da atual conjuntura desfavorável. O porcentual de empresas que esperam alta no faturamento no ano seguinte caiu de 72% para 69% de 2010 para 2011. No mesmo período, subiu de 6% para 8% a fatia de companhias que aguardam redução nas vendas. Entre as que esperam aumento para faturamento, a maior parcela de entrevistadas (42%) aguardam alta nas vendas entre 5,1% e 10% para 2012.

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