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A McLaren surpreendeu nesta quarta-feira (12) ao anunciar que o piloto Fernando Alonso vai perder o tradicional GP de Mônaco de Fórmula 1 para disputar as 500 Milhas de Indianápolis. Na famosa corrida da Fórmula Indy, o espanhol vai defender a própria equipe, que retornará à categoria após 38 anos. As provas em Mônaco e Indianápolis estão marcadas para o mesmo dia 28 de maio.

"Será um desafio difícil, mas estou pronto para ele", disse Alonso, que nunca correra pela Indy antes. O dono de duas vitórias em Mônaco vai pilotar uma carro da McLaren, também com motores Honda, mas preparado pela equipe Andretti, de Michael Andretti, ex-piloto da McLaren na F-1. O chassi será da Dallara DW12.

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Para dar conta do novo desafio, Alonso vai viajar para os Estados Unidos logo após disputar o GP da Espanha, diante de sua torcida. Após a corrida disputada no dia 14 de maio, ele permanecerá por duas semanas em Indianápolis para participar dos treinos e se preparar para a famosa prova.

"Eu nunca estive num carro da Indy antes. E nunca pilotei num circuito de velocidade tão alta, mas estou confiante de que me acostumarei com a velocidade", declarou Alonso, referindo-se ao veloz traçado oval que supera facilmente os 350km/h - na F-1, somente trechos mais rápidos de alguns circuitos alcançaram esta marca.

"Eu já assisti a muitas corridas da Indy na TV e na internet e está claro para mim que é necessário grande precisão para correr tão próximo dos outros carros numa velocidade de 220 milhas por hora (equivalente a 354km/h)", disse o espanhol.

A equipe Andretti contará com seis carros nas 500 Milhas, incluindo o norte-americano Alexander Rossi, ex-piloto de testes da F-1 e vencedor inesperado da prova do ano passado. Para a Indy, a participação de Alonso movimenta o grid e traz novos holofotes à categoria. Já havia a expectativa de que a organização tentaria trazer algum convidado neste ano para chamar ainda mais a atenção para a tradicional prova.

Para Alonso, a ausência numa prova tradicional como a de Mônaco, considerada a mais importante do calendário por muitos especialistas, pode indicar mais uma demonstração de insatisfação do espanhol com a McLaren. Poderia significar que o piloto teria intenção até de deixar a F-1 ao fim do ano, quando se encerra o contrato com a equipe.

Alonso não escondido o incômodo com o fraco desempenho da McLaren desde seu retorno à equipe, em 2015. A nova parceria do time com a Honda não tem repetido o sucesso de décadas anteriores e, neste ano, o espanhol não apenas não somou pontos nas duas primeiras corridas do ano como enfrentou problemas e precisou abandonar as duas primeiras prova da temporada 2017.

O norte-americano Alexander Rossi venceu, neste domingo, a 100.ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, nos Estados Unidos, e se tornou o primeiro estreante em 15 anos a cruzar a linha de chegada na primeira posição. Os brasileiros Tony Kanaan e Hélio Castroneves chegaram a liderar a prova, mas terminaram na quarta e 11.ª posição, respectivamente. O colombiano Carlos Muñoz ficou em segundo e o norte-americano Josef Newgarden foi o terceiro.

A premiação de Rossi deve girar em torno de R$ 7 milhões. Desde a vitória de Helinho Castroneves em 2001 que um estreante não conquistava o troféu da mais tradicional corrida do automobilismo mundial. O jovem de 24 anos deixou a carreira de piloto de testes da Fórmula 1, com cinco corridas completas, para entrar na história da Fórmula Indy.

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A partir da largada, o pole position James Hinchcliffe saiu na frente, mas travou uma batalha nas primeiras voltas com Ryan Hunter-Reay, com ultrapassagens e trocas na liderança. Com um carro veloz e candidato à vitória, Kanaan largou do 18.º lugar e na 10.ª volta já aparecia em sétimo lugar.

Após 27 voltas, os dois primeiros colocados abriram a primeira rodada de paradas. Hunter-Reay apareceu como líder quando as posições se reorganizaram e Kanaan e Castroneves vinham em oitavo e nono lugar. A primeira bandeira amarela apareceu somente na volta 46 e a nova rodada de paradas manteve Hunter-Reay na ponta, seguido por Simon Pagenaud e Towsend Bell.

Pouco depois, a bandeira verde apareceu na volta 54 e Pagenaud se atrapalhou, perdendo muitas posições, indo parar no nono lugar. Na frente, Hinchcliffe assumiu a liderança e começou a brigar com o primeiro pelotão. Entretanto, um acidente no pelotão intermediário rendeu nova amarela: o colombiano Juan Pablo Montoya, campeão das 500 Milhas no ano passado, perdeu o controle do carro e acertou o muro.

A relargada aconteceu na volta 75 e Helinho Castroneves aparecia na quarta posição, contando com o trabalho dos boxes e uma punição a Pagenaud. Will Power era o líder, mas logo foi ultrapassado por Hinchcliffe. Pouco depois, o brasileiro assumiu a terceira colocação e começou a incomodar os primeiros até, no 90.º giro, usar o vácuo para virar o primeiro lugar.

Sage Karam bateu com força no muro e obrigou nova bandeira amarela. A relargada aconteceu na volta 104 e Tony Kanaan pulou da sexta para a terceira posição. O bom momento do baiano coincidiu com a perda de desempenho de Castroneves, que caiu para o quinto lugar. Para a alegria da torcida, Kanaan assumiu a ponta na 109.ª volta e a briga ficou entre ele, Hunter-Reay e Bell.

Pouco depois, em uma nova rodada de paradas, Helinho Castroneves, Hunter-Reay e Bell se tocaram no pit lane e perderam muito tempo. Com isso, Alex Tagliani e Rossi apareceram na ponta pela primeira vez e trocaram posições até a volta 134. Quatro voltas depois, Kanaan e Castroneves apareciam como primeiro e segundo colocados.

Uma bandeira verde na volta 158, Kanaan reassumiu a ponta e vinha com confiança. Ele disputou algumas ultrapassagens com Newgarden, mas o combustível foi acabando. Faltando oito voltas para o fim, o baiano precisou reabastecer e abriu o caminho para Newgarden, que também precisou parar.

Repentinamente, na volta 198, Rossi apareceu como primeiro colocado, enquanto que os rivais reabasteciam, com quase uma volta de vantagem sobre o segundo, com o risco de terminar a prova sem gasolina. No entanto, o novato resolveu ir até o final e cruzou a linha de chegada se arrastando, parando metros depois, extasiado com a vitória inesperada.

Os bloqueios na região do Anhembi, na zona norte da capital paulista, serão desmontados às 20 horas deste domingo (5), segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Além da pista local da Marginal Tietê, no sentido Castelo Branco, entre as Pontes das Bandeiras e da Casa Verde, há bloqueios na Avenida Olavo Fontoura, sentido Santana, e nas Ruas Professor Milton Rodrigues, Marechal Leitão de Carvalho, Massinet Sorcinelli, Doutor Mello Nogueira, Brazelisa Alves de Carvalho e Anita Malfatti. Se houver congestionamento também na Praça Campo de Bagatelle, ela também poderá ter o trânsito interrompido.

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A CET recomenda a quem for assistir à Formula Indy, prova que acontece em SP, que dê prioridade ao transporte público.

Os dois pilotos da Indy que permaneciam internados após o choque envolvendo 15 carros e que culminou com a morte de Dan Wheldon receberam alta do Centro Médico da Universidade de Las Vegas nesta segunda-feira. O norte-americano JR Hildebrand e a britânica Pippa Mann passam bem e vão completar a reabilitação em casa, uma vez que a temporada já está encerrada.

Dos 15 carros que estiveram envolvidos no grave acidente da etapa de Las Vegas, domingo, só três chegaram a ser internados. Will Power, que brigava pelo título que acabou nas mãos de Dario Franchitti, recebeu alta já no domingo.

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Pippa Mann sofreu pequenas queimaduras no dedo mindinho da mão direita. Ela passou por uma cirurgia durante a noite passada para recuperar a área afetada e terá que ser submetida a outro procedimento para completar a restauração. De acordo com a Indy, ela não deverá ter problemas para se recuperar.

Um pouco mais grave é a situação de Hildebrand. O jovem estreante, que perdeu as 500 Milhas de Indianápolis na última curva - Dan Wheldon ficou com a vitória - sofreu uma lesão no osso que liga a caixa torácica às vértebras. A Indy não especificou os próximos passos para sua plena recuperação.

O inglês Dan Wheldon, de 33 anos, morreu neste domingo após se envolver em grave acidente que encerrou precocemente a última etapa da Fórmula Indy na temporada 2011, em Las Vegas. O piloto chegou a ser resgatado de helicóptero na pista e encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

"A Indy está muito triste em anunciar que Dan Wheldon faleceu por conta das graves lesões que sofreu", declarou Randy Bernard, principal executivo da Indy. "Nossos pensamentos e orações estão com sua família hoje. A Indy, seus pilotos e proprietários decidiram encerrar a corrida. Em homenagem a Dan Wheldon, os pilotos decidiram percorrer cinco voltas no circuito", afirmou.

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O acidente, que atingiu 15 carros, teve início com um toque de James Hinchcliffe em Sebastian Saavedra, que perdeu a traseira na curva 1 e atingiu outros pilotos. Alguns carros pegaram fogo e foram arremessados uns contra os outros e contra o alambrado. Detritos foram lançados em todas as direções, em meio à fumaça que encobriu a pista.

"Parecia uma cena de filme, a mais grotesca possível", comentou a piloto Danica Patrick, que fazia sua despedida da categoria neste domingo. "Nunca vi algo parecido. Parecia uma cena de guerra. Havia pedaços de metal e carros em fogo por toda a pista. Foi assustador, insano", afirmou Ryan Briscoe. Apesar da violência do acidente, a maioria dos corredores saiu ilesa do choque.

O carro de Wheldon, contudo, foi catapultado com violência contra o alambrado do circuito. O resgate do piloto, que largou em 28º e estava em 24º no momento do choque, foi delicado e gerou grande tensão entre os demais competidores. Cerca de uma hora depois do acidente, os organizadores da Indy confirmaram a morte.

Abaixo, você confere a reportagem da ABC sobre a morte do piloto, publicada pelo canal americano no YouTube:

Com a decisão de encerrar a corrida, os organizadores confirmaram o título da temporada para o escocês Dario Franchitti, que se tornou o mais novo tricampeão da categoria. Franchitti disputava o troféu com o australiano Will Power, que abandonou a prova porque também se envolveu no acidente.

Campeão da categoria na temporada 2005 pela equipe Andretti Green, Dan Wheldon estreou na Indy em 2002 e já teve passagens pela Bryan Herta e Sam Schmidt. Em 2005, ele faturou as 500 Milhas de Indianápolis, prova que também venceu neste ano.

Nesta temporada, o inglês disputava apenas sua terceira corrida. Ele era piloto convidado na etapa de Las Vegas e corria por um prêmio de US$ 5 milhões, caso vencesse a prova. Wheldon era cotado para substituir Danica Patrick em 2012, em seu retorno à Andretti. O piloto deixa esposa, Susie Behm, e dois filhos, Sebastian, de 2 anos, e Oliver, de apenas seis meses.

A Fórmula Indy não registrava uma morte desde março de 2006, quando o americano Paul Dana faleceu aos 30 anos, em acidente durante o aquecimento da etapa de abertura da temporada, em Homestead, na Florida.

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