A bailarina brasileira Ingrid Silva, integrante do grupo Dance Theatre do Harlem, revelou em suas redes sociais que foi vítima de racismo nos Estados Unidos. No seu relato, ela contou que foi abordada por um americano que perguntou se ela estava lá para trabalhar como faxineira
Ingrid, que mora há mais de 10 anos em Nova Iorque, estava na cidade de Filadélfia para uma apresentação. Ela contou que estava com o marido e a filha, Laura, passeando em um parque, conversando em português quando o americano lhe abordou. O homem também falava português e perguntou se ela estava morava na cidade, ao que a bailarina respondeu. "Eu falei que 'não, eu não moro na Filadélfia. Estou trabalhando aqui, eu vim para trabalhar'. E aí, ele falou assim: 'cleaning?' [faxina?] Faxineira?'"
##RECOMENDA##No relato, ela diz que informou ao homem que não era faxineira mas sim bailarina e falou da cara de admiração feita por ele ao tomar conhecimento de sua profissão. "Eu falei para ele, 'não, eu sou bailarina clássica', e a cara dele ficou assim: uau! Por que eu não poderia ser uma bailarina clássica?", diz um trecho do seu relato.
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Ingrid prosseguiu externando sua dor. “Quando ele falou isso, me pegou de um jeito, tipo assim, choque. Em 14 anos morando em Nova York, eu nunca conversei com alguém que simplesmente assumisse, por ser uma mulher preta, que eu estaria limpando. Ou verbalizasse isso. Nada contra as pessoas que limpam, de jeito nenhum, minha mãe foi empregada doméstica, mas eu nunca imaginei que alguém iniciaria uma conversa desta forma."