Após a prisão de quatro pessoas suspeitas de invadirem o celular do Ministro da Justiça, Sergio Moro, e com a acusação de nomes fortes da equipe de confiança do presidente Jair Bolsonaro (PSL), como a líder do governo na Câmara, Joice Hasselmann (PSL) e o ministro Paulo Guedes, que também alegam ser vítimas dos hackers, é hora de saber se o brasileiro comum também correm o risco de ter seu telefone móvel hackeado.
Especialista em segurança da informação, Uilson Souza, 43 anos, alerta que todos estão sujeitos às invasões em seus celulares, entretanto é possível que o próprio dono do aparelho tome algumas medidas para garantir a segurança do dispositivo e, claro, a própria privacidade. "Evitar comprar chip de celular na rua, em estações de metrô, instalar aplicativos somente das lojas oficiais como Google, Apple e Samsung", explica. Arquiteto em segurança da informação na multinacional MARS, Souza recomenda outras formas de acesso ao celular para não facilitar a vida de oportunistas. "Usar além da senha para abrir o celular, métodos como impressão digital ou íris do olho", sugere.
##RECOMENDA##Ainda segundo Souza é preciso estar atento, pois hackers utilizam métodos que enganam facilmente o usuário da telefonia móvel como o spoofing. "O autor do ataque mapeia o celular da vítima e faz uma ligação na qual o número do próprio aparelho aparecerá na tela. Caso atenda, a pessoa acaba por permitir que o invasor clone tudo o que há no aparelho", explica. O risco também é iminente quando a possibilidade de invasão aos aparelhos é encaminhada por mensagem de texto. "Alguns links de mensagens de texto também pode ser é a porta de entrada de um invasor no dispositivo se o usuário não tem certeza do que se trata", esclarece o especialista.
Uma pesquisa do Google em parceria com a Universidade da Califórnia, em 2017, apontou que cerca de 250 mil contas são invadidas por semana no mundo.