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Centenas de estudantes universitários, em sua maioria islâmicos, protestaram nesta quarta-feira contra as sentenças de morte emitidas a mais de 520 pessoas suspeitas de ligação com o ex-presidente Mohammed Morsi.

Na Universidade do Cairo, centenas de estudantes que tentaram invadir o campus foram recebidos com bombas de gás lacrimogêneo pela polícia. Khadiga el-Kholy, uma estudante que participa dos protestos, disse que a polícia não deu avisos de que começaria a atacar, o que fez com muitos alunos se ferissem ao tentar fugir das bombas.

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Os estudantes reagiram jogando pedras e fogos de artifício, o que formou uma batalha campal no meio da rua. Imagens das emissoras de TV mostraram policiais à paisana detendo manifestantes, tirando-lhes as máscaras e apreendendo com eles bombas de efeito moral.

"Nós queríamos que os nossos protestos crescessem por conta dessas sentenças de morte, entre as quais incluem as de estudantes universitários", disse el-Kholy, acrescentando que os manifestantes tentaram invadir uma praça pública nas proximidades do campus. "Queremos quebrar as barreiras que as forças de segurança impuseram em todas as praças da cidade."

Na cidade de Zagazig, no delta do Nilo, a polícia informou que os estudantes pró-Morsi danificaram a fachada de um prédio administrativo da universidade local e entraram em confronto com manifestantes rivais. O confronto causou a prisão de oito pessoas.

A onda de protestos estudantis começou após um tribunal da cidade de Minya condenar mais de 520 islâmicos à morte por terem conexão com um ataque a uma delegacia de polícia no ano passado, que causou a morte de um policial. Os veredictos foram dados após um julgamento que teve apenas duas sessões e no qual a defesa não foi autorizada a apresentar suas alegações. Fonte: Associated Press.

Poderosas milícias rebeldes islamistas que tentam derrubar o presidente da Síria, Bashar Assad, anunciaram hoje que se juntaram em uma única organização.

O passo foi interpretado como uma tentativa de conter as tropas oficiais e impedir que grupos insurgentes rivais conquistem território.

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A Frente Islâmica reúne seis grandes milícias que pretendam transformar a Síria em um Estado muçulmano. Fonte: Associated Press.

As forças militares egípcias cercaram a cidade de Kerdasa, conhecida por ser um reduto islâmico, depois que uma troca de tiros com militantes islâmicos causou a morte de um oficial da polícia.

De acordo com a agência de notícias Mena, o general Nabil Farag, assessor do chefe de polícia da cidade de Giza, foi morto quando militantes abriram fogo contra as forças de segurança. Os agentes do Estado estavam a caminho da cidade de Kerdasa em uma operação de busca a militantes.

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A agência afirmou que "terroristas e criminosos" foram responsáveis pela morte. Kerdasa foi palco de uma ofensiva brutal contra as forças de segurança no mês passado, quando supostos apoiadores do deposto presidente Mohammed Morsi mataram 15 policiais e mutilaram seus corpos.

O ataque parece ter sido em retaliação a violenta repressão feita pelas forças de segurança contra os acampamentos de protesto pró-Morsi no Egito, onde centenas de pessoas foram mortas.

Fonte: Associated Press.

As forças militares francesas estão avançando rumo ao norte do Mali, dominado por militantes islâmicos, depois de tomar posições nas cidades de Niono e Sevare, disse um porta-voz da operação militar francesa Serval neste domingo (20). "O avanço para o norte das forças da Operação Serval, que começou há 24 horas, está em curso com tropas dentro das cidades de Niono e Sevare", afirmou o tenente-coronel Emmanuel Dosseur, a repórteres.

Enquanto isso, um vídeo obtido pela agência Associated Press, supostamente filmado por um morador local, mostra a população da cidade de Diabaly inspecionando veículos e armas destruídos por ataques aéreos franceses e forças terrestres do Mali após a fuga de radicais islâmicos.

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No sábado, as Forças Armadas do Mali anunciaram que o governo passou a controlar Diabaly, marcando uma conquista importante da ofensiva para expulsar os extremistas do norte e centro do país. "As pessoas estão tranquilas desde que os (militantes) islâmicos deixaram a cidade de Diabaly antes de ela ser tomada pelas forças malinesas e francesas ontem", disse Oumar Coulibaly, que vive na cidade vizinha de Niono.

Diabaly havia sido tomada por grupos ligados a al-Qaeda no início da semana. A área segue bloqueada por um cordão militar e os jornalistas não conseguiram acesso até o momento. Moradores que haviam fugido para a cidade vizinha de Niono e autoridades descreveram como os militantes se retiraram, em sua maioria a pé, da cidade após dias de ataques aéreos franceses que destruíram seus veículos. "Eles tentaram roubar um carro, mas o motorista não parou e eles dispararam no carro e mataram o motorista", disse um oficial de inteligência do Mali que falou em condição de anonimato, porque não estava autorizado a conversar com jornalistas.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, havia dito que a força multinacional africana no Mali atingirá 5.500 soldados e irá substituir, dentro de algumas semanas, o exército francês, que permanecerá no país africano apenas em uma função de apoio.

Soldados da Nigéria e do Togo já estão em Bamako, capital do Mali, assinalou Fabius, e soldados do Chade se encontram no leste. "O objetivo, quando reunirmos todas as contribuições, (é que) as forças cheguem a 5.500 homens", apontou o ministro, em entrevista à rádio francesa Europe1.

"Nós estamos lá na linha de frente com os malineses até que (a força multinacional africana) assuma esse papel dentro de algumas semanas. Depois disso, podemos ficar para apoiá-los, mas é função das tropas africanas ficar lá no longo prazo", disse o ministro das Relações Exteriores. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A polícia francesa mergulhou sobre radicais islâmicos suspeitos de preparar ataques na França em várias cidades nesta quarta-feira, prendendo ao menos dez pessoas, disse uma fonte próxima às investigações.

As diligências foram realizadas, principalmente na cidade portuária de Marselha, bem como em Roubaix, perto da fronteira com a Bélgica, e em vários outros locais ao sul e sudoeste do país, disse a fonte.

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Autoridades francesas haviam anunciado uma ofensiva contra os extremistas islâmicos após um jovem, autoproclamado seguidor da rede terrorista Al-Qaeda, ter executado sete pessoas em Toulouse e Montauban no mês de março. As informações são da Dow Jones.

A polícia francesa prendeu cerca de 20 suspeitos de origem islâmica na madrugada desta sexta-feira. A maior parte das detenções ocorreu no sul da cidade de Toulouse, onde um extremista serial killer, morto na semana passada, atuava, disse uma fonte próxima às operações.

Após a morte de Mohamed Merah, em um tiroteio com a polícia no dia 22 de março, investigadores continuam à procura de possíveis cúmplices, disse Francois Molins, um promotor de Paris. Merah, que cometeu sete assassinatos, foi enterrado ontem na periferia de Toulouse, em cerimônia discreta. As informações são da Dow Jones.

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Resultados preliminares da primeira eleição no Egito após a queda do ditador Hosni Mubarak mostram que os partidos islâmicos devem obter a maioria dos votos, com os partidos seculares derrotados em muitas áreas. Os números parciais das áreas do país que foram às urnas na segunda e terça-feira confirmam previsões de que os partidos islâmicos devem conseguir pelo menos dois terço dos votos.

Na cidade de Port Said, no norte do país, a aliança moderada liderada pela Irmandade Muçulmana obteve 32,5% dos votos, enquanto o radical Al-Nur ficou com 20,7%, segundo informações do jornal estatal Al-Ahram. O partido liberal Wafd ficou com 14% dos votos, enquanto outro partido islâmico, o Al-Wasat, teve 12,9%. Já no distrito Red Sea, a aliança da Irmandade Muçulmana ficou com 30% dos votos, enquanto a coalizão secular Egyptian Bloc obteve o segundo lugar, com 15%.

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"O povo escolheu candidatos que representam sua identidade islâmica e nos quais confia", disse Mahmud Ghozlan, porta-voz da Irmandade, que espera ganhar 40% do total de votos no país. Ele destacou que o braço político do grupo, o Partido Liberdade e Justiça, é diferente dos salafistas, que segundo ele tiveram um sucesso surpreendente nas eleições. "Nós esperamos que as pessoas saibam distinguir movimentos diferentes e não coloquem todos os islâmicos no mesmo saco", comentou.

Os resultados integrais do primeiro turno, que teve uma taxa de comparecimento de 62%, deveriam ter sido publicados inicialmente na quarta-feira, mas foram adiados pela comissão eleitoral.

O movimento secular liberal obteve algumas pequenas vitórias isoladas, apesar de ter tido um papel essencial no levante que derrubou Mubarak, em fevereiro. O movimento acabou dividido e foi superado pela Irmandade Muçulmana, que é mais organizada e melhor conhecida dos egípcios, por conta das décadas de oposição ao regime de Mubarak e seu amplo trabalho social.

Mohammed Abdel Ghani, um candidato liberal, disse que seu movimento precisou combater propagandas de que "os candidatos não islâmicos eram infieis". No Cairo, um dos membros mais conhecidos do movimento, Amr Hemzawi, conquistou um assento no distrito de Heliopolis, mas em outras regiões as lideranças liberais não obtiveram o mesmo sucesso. Segundo o jornal independente Al-Masry Al-Youm, nenhuma mulher foi eleita no primeiro turno.

Essa foi apenas a primeira fase de uma eleição parlamentar que acontece em três etapas. Para a Câmara Baixa do Parlamento, o restante do país vai votar em duas novas fases realizadas este mês e em janeiro. A Câmara Alta será eleita em outra etapa, também com três fases. Os eleitores podem votar três vezes: duas para candidatos individuais e uma para um partido ou coalizão. As informações são da Dow Jones.

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