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O Diretório Municipal do PT em São Paulo entrou na Justiça Eleitoral com um pedido de impugnação da candidatura de João Doria, do PSDB, à Prefeitura da capital paulista. A ação foi protocolada no sábado, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), e está com o juiz Sidney da Silva Braga.

O presidente municipal do PT, Paulo Fiorilo, afirmou que o pedido questiona o uso de financiamento privado na campanha de Doria, o que é vetado pelas novas regras eleitorais. "O pedido feito pelo partido à Justiça Eleitoral quer garantir que não exista dinheiro empresarial camuflado na campanha do tucano. Existem acusações de que Doria não teria se afastado dos cargos de administrador e representante de empresas, em especial do Lide, grupo de Doria que reúne 52% do PIB nacional", disse, em sua página no Facebook.

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Segundo Fiorilo, o tucano "mostrou interesse em usar o próprio dinheiro para bancar sua campanha". "O que o PT quer saber é se esse dinheiro não está sendo confundido com dividendos pagos ao candidato."

A campanha de João Doria afirmou, em nota assinada pelo presidente municipal do PSDB, Mario Covas Neto, que o pedido feito pelo PT "é pífio e certamente levará o solicitante a uma condenação pela Justiça Eleitoral".

Na nota, Covas Neto argumenta que a ação do PT tem como base a lei 4137/62 (que regula a repressão ao abuso do poder econômico) e que esta legislação foi revogada pela Lei Complementar 64/90 (que estabelece casos de inelegibilidade). A utilização dessa lei, para o PSDB, caracteriza "litigância temerária", ou seja, "a movimentação do judiciário por interesses políticos e não jurídicos", o que representaria um crime eleitoral.

O PSDB também usou a nota para dirigir ataques à campanha petista. "Vindo de quem vem, esse tipo de prática não nos surpreende. Em primeiro lugar porque sabemos que falta ao PT a ética que exige de seus adversários. Além disso, a decisão do PT demonstra medo em relação a nossa candidatura", afirma o texto.

O vereador e candidato a vice-prefeito na chapa da peemedebista Marta Suplicy, Andrea Matarazzo (PSD) criticou neste domingo o empresário João Doria, candidato a prefeito pelo seu ex-partido, o PSDB, em razão da assessoria do tucano ter solicitado a jornalistas para não fotografar o candidato enquanto ele come em lugares públicos durante a campanha.

De acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo em mensagem a jornalistas neste sábado, 20, um dos auxiliares do candidato do PSDB à Prefeitura da Capital solicitou que não sejam tiradas fotos ou feitas filmagens "quando ele estiver se alimentando". A razão teria sido as fotos do empresário, tiradas enquanto ele fazia caretas ao comer um pastel de rua e beber um cafezinho nas suas andanças de campanha, que viraram piadas na Web.

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"Então a gente tem que dizer como cada um tem que ser fotografado, é isso? Ou seja, a campanha perde a sua originalidade de rua", afirmou Matarazzo, durante caminhada na Rua dos Pinheiros, onde ocorre uma festividade pelo aniversário do bairro.

O candidato a vice na chapa encabeçada pelo PMDB reforçou as críticas falando que a população percebe quem realmente tem experiência política. "Quem não conhece campanha, não conhece a política e não conhece a cidade, o importante é estar na frente do teleprompter sempre", disse.

Ao comentar o debate de amanhã, na TV Bandeirantes, Matarazzo voltou a reforçar a experiência de Marta como ponto forte e não deixou de criticar o prefeito e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT). "A sociedade vê quem conhece a cidade, quem tem experiência na cidade e que faz um programa de governo sem precisar recuar. Para a cidade, depois dessa devastação pela qual tem passado, é importante (o debate)."

A ausência de Luiza Erundina (PSOL) não irá beneficiar nem prejudicar Marta Suplicy, destacou ele. "Não interferiria nem para mais nem para menos. Existe a regra, se tem que mudar tem que ser combinado com todo mundo."

O diretório paulista do PSB vai oficializar na segunda-feira, 13, o apoio à pré-candidatura do tucano João Doria à Prefeitura da Capital. Segundo comunicado da legenda, o vereador Eliseu Gabriel divulgará documento com as propostas programáticas apresentadas pelo PSB e, segundo o partido, aceitas pelo pré-candidato do PSDB.

A parceria, conforme divulga o próprio PSB, é a primeira feita com Doria e acrescenta 4 minutos e 23 segundos ao tempo de televisão do PSDB, que é de 6 minutos e 50 segundos.

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No Estado, o PSB é comandado por Márcio França, que é vice-governador de Geraldo Alckmin (PSDB) - principal fiador da candidatura de Doria. O ninho tucano rachou novamente para o pleito deste ano na capital paulista. Alckmin apadrinhou a candidatura do empresário, que nunca disputou eleições majoritárias. Demais caciques de peso, como os senadores José Serra e Aloysio Nunes, além do próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, apoiaram a indicação do vereador Andrea Matarazzo.

Com a perspectiva de que seria derrotado no segundo turno das prévias para definir o candidato tucano, Matarazzo deixou o PSDB e ingressou no PSD de Gilberto Kassab, legenda pela qual deve sair candidato. Matarazzo e aliados chegaram a mover ações nas estruturas internas do PSDB e na Justiça contra a conduta de Doria nas prévias. Acusaram-no de compra de votos e propaganda irregular.

Com o mote "acelera", a primeira promessa de pré-campanha de Doria é retroceder na redução de velocidade máxima das marginais promovida pela gestão Fernando Haddad (PT). O provável candidato tucano também defende a privatização do estádio do Pacaembu e do autódromo de Interlagos, além de propor descentralizar a gestão das subprefeituras.

Candidato do governador Geraldo Alckmin nas prévias do PSDB que definirão o nome da legenda na disputa pela Prefeitura da capital, o empresário João Doria Junior é filiado ao PSDB desde o ano 2000, mas pouca gente sabia disso até junho do ano passado.

Como presidente do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), organização que conta com cerca de 1.700 empresas filiadas, João Doria sempre zelou pelo ecumenismo partidário nos 182 eventos que promove anualmente.

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O modelo de negócio que João Doria trouxe ao Brasil no começo de 2000 e que o deixou rico, o chamado "networking" não combina com engajamento. Embora não goste do rótulo, o Lide prosperou ao reunir e aproximar CEOs, governadores, ministros, parlamentares e jornalistas em eventos sofisticados e reservados.

O principal deles, o Fórum de Comandatuba, realizado em uma paradisíaca ilha na Bahia, sempre foi frequentado por políticos que vão do PC do B ao DEM, passando, é claro, por PSDB e PT. Entre as figuras carimbadas dos encontros estão os ministros José Eduardo Cardozo (PT), da Justiça, Jaques Wagner (PT), da Casa Civil, e o vice-presidente da República Michel Temer (PMDB).

Em períodos eleitorais, Doria costuma fazer doações para candidatos que são arquirrivais dos tucanos. Entre eles estão Orlando Silva (PC do B-SP), vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila (PC do B) e Paulo Skaf (PMDB), presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "O Lide tem uma relação republicana com os políticos, tanto que o presidente do Conselho de Administração é o ex-ministro do Lula Luiz Furlan. Também doei para candidatos do PT. Nunca discriminei", diz Doria.

Quando sua falta de familiaridade com o PSDB é lembrada por apoiadores de seus adversários nas prévias - o vereador Andrea Matarazzo e o deputado Ricardo Tripoli - Doria lembra que fez campanha para o tucano Franco Montoro para o Senado em 1978 e que, em 1982, foi um dos coordenadores de sua campanha ao governo de São Paulo. "Nunca escondi minha filiação ao PSDB. Isso não tira nem aumenta a respeitabilidade. Onde está escrito que precisa de ter vida partidária para ser filiado?", afirma o empresário.

Polarização

Quando João Doria comunicou a Geraldo Alckmin, em junho do ano passado, que estava interessado em disputar as prévias do PSDB a resposta do governador de São Paulo foi curta e objetiva: "Viabilize-se e siga em frente".

Em deferência ao antigo amigo e aliado (os dois se conhecem há 35 anos), Alckmin orientou um pequeno grupo de correligionários com trânsito na máquina partidária a promover uma "imersão" com o agora pré-candidato do partido.

Foi então que João Doria foi apresentado ao mapa dos 58 diretórios zonais do PSDB na capital, suas principais lideranças e às áreas de influência dos "caciques" detentores de cargos eletivos ou de confiança na imensa máquina que o partido construiu nos 20 anos em que governa o Estado.

No entorno do governador e no partido, o gesto foi considerado apenas um agrado ao amigo que sempre lhe abriu as portas do empresariado paulista. Naquele momento, nem mesmo amigos e funcionários de Doria levaram a candidatura a sério. Mas o empresário levou e investiu pesado no projeto.

O crescimento vertiginoso de sua pré-candidatura, que conta com uma estrutura que lembra as primárias norte-americanas, provocou um terremoto no PSDB.

Até então considerado favorito, Andrea Matarazzo - que é apoiado por nomes como Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Aloysio Nunes Ferreira e Alberto Goldman - foi o primeiro a concluir que as digitais de Alckmin estavam por trás das adesões de peso que começaram a ser contabilizadas no time de Doria.

Secretários de Estado, militantes de base, vereadores, dirigentes de estatais, deputados e integrantes da direção partidária mergulharam de cabeça no projeto. Embora o próprio governador procurasse manter distância do processo, foi ficando cada vez mais claro que o partido estava diante de um racha.

Em meados de janeiro, um terceiro concorrente, Ricardo Tripoli, se inscreveu na disputa. Ao concluir que o cenário estava consolidado, Geraldo Alckmin finalmente entrou em cena.

O governador considerou que a candidatura de Matarazzo, que foi construída à sua revelia, não está afinada com seu projeto de disputar o Palácio do Planalto em 2018. Foi então que, na semana passada, o governador decidiu posar em uma foto ao lado Doria em um posto de gasolina fazendo o sinal de sua campanha com os dedos.

"O governador tem o mesmo direito de outros militantes de se posicionar, como fizeram o ex-presidente (FHC) e dois ex- governadores (Goldman e Serra)", diz o deputado Silvio Torres, secretário-geral do PSDB. (Colaborou Ricardo Chapola)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia depois do apresentador José Luiz Datena, da Band, confirmar que disputará a Prefeitura de São Paulo em 2016 pelo PP, hoje foi a vez do empresário João Doria, que comanda um programa de entrevistas na mesma emissora, se apresentar como pré-candidato. Filiado ao PSDB, ele diz que está disposto a enfrentar uma disputa prévia caso outros tucanos se coloquem no páreo.

"Vou disputar o que for preciso para ser o candidato em 2016. Duas grandes lideranças do partido, o governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, estão estimulando a renovação. Isso será importante para o partido crescer e sair do binômio Alckmin e Serra na capital", disse Doria.

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Presidente do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), Doria já montou um grupo de trabalho com 27 pessoas que serão responsáveis pela gestão e formação de sua campanha. Os nomes serão anunciados em agosto. "Pela primeira vez teremos três comunicadores na disputa, o que é saudável", diz o empresário.

Além de Doria e Datena, o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) é contratado da TV Record e começará na semana que vem a apresentar um quadro no programa Cidade Alerta, que detém a maior audiência da emissora. Além de Doria, o vereador Andrea Matarazzo se apresentou como pré-candidato tucano.

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