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O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, decidiu deixar o cargo com mais de três meses de antecedência. Nesta quarta-feira (10) ele entregou sua carta de renúncia ao presidente interino Michel Temer e ao ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, alegando razões de ordem pessoal.

Seu último dia na Anatel será 29 de agosto, quando o ex-ministro das Comunicações, Juarez Quadros, deve ser anunciado para a posição. O mandato de João Rezende como presidente terminaria em 6 de dezembro de 2016. Em seus últimos meses frente à Anatel, Rezende se envolveu em grandes polêmicas por suas declarações sobre a franquia de dados na internet fixa.

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Ele chegou a dizer que a era da internet ilimitada havia chegado ao fim, o que obrigaria o segmento a migrar para o modelo de franquias, semelhante aos serviços de internet móvel. A declaração foi mal recebida até mesmo pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que defendeu o afastamento de João Rezende.

Para o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, Rezende estava mais preocupado em defender os interesses das empresas que a Anatel fiscaliza do que os dos consumidores. "Espero que o próximo presidente da Anatel seja uma pessoa comprometida com os interesses dos cidadãos", afirmou Lamachia, em nota.

"O amplo acesso à internet é hoje condição fundamental para a efetivação da liberdade de expressão e de informação. A Anatel tem atuado, nos últimos tempos, de forma contrária às necessidades de uma sociedade moderna, tem atuado contra os consumidores", complementou Lamachia.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deverá assinar no dia 5 de dezembro a autorização para uso da faixa de frequência da tecnologia 4G, leiloada no dia 30 de setembro. Mesmo com a autorização, as operadoras não poderão oferecer o serviço, porque é preciso "limpar" a faixa, que atualmente é ocupada por emissoras de televisão. 

O presidente da agência, João Rezende, disse hoje (27) que a Anatel não concorda com o pedido das empresas vencedoras do leilão de reduzir em mais de R$ 200 milhões o valor a ser pago pelas outorgas.

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Segundo ele, os cálculos foram analisados pela Anatel e pelo Tribunal de Contas da União. “Estamos seguros tanto economicamente como juridicamente de que a nossa argumentação está correta. Para nós, não há valor controverso”, disse.

No dia 5 de dezembro as empresas deverão pagar à Anatel o dinheiro correspondente às outorgas. Mas, de acordo com Rezende, se as empresas não pagarem, perderão as garantias depositadas, além de receber multas, e só poderão assinar a autorização com recurso judicial.

O conselheiro da Anatel Igor de Freitas explicou que as empresas questionam valores referentes a diferenças em relação a créditos tributários. Segundo ele, as três maiores empresas que venceram o leilão (Claro, TIM e Vivo) discutem o pagamento de R$ 62 milhões cada, e a CTBC, R$ 25 milhões. 

A presidente Dilma Rousseff reconduziu o economista João Rezende ao cargo de presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e também como membro do Conselho Diretor da agência. Os decretos de recondução estão publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (5).

Rezende teve seu nome confirmado para os cargos esta semana, após participar de sabatina no Senado. Ele está no comando da agência desde o fim de 2011 e continua na função por mais três anos. Já seu mandato de conselheiro na Anatel segue até o dia 5 de novembro de 2018.

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O Diário Oficial também traz a nomeação de Ivo Villas Boas de Freitas, consultor legislativo do Senado, para o cargo de conselheiro da Anatel. Ele também teve seu nome aprovado esta semana pelo Senado.

Anac

A presidente Dilma ainda confirmou José Carlos Ferreira ao cargo de ouvidor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para mais um mandato de dois anos.

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