Tópicos | Jorge Zarif

A pouco mais de seis meses para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o esporte brasileiro vive mais um caso de doping. Nesta quinta-feira, o velejador brasileiro Jorge Zarif foi flagrado em exame antidoping com o uso da substância proibida tamoxifeno. O teste foi realizado no segundo semestre de 2019 em um evento preparatório para a Olimpíada na raia de Enoshima, no Japão, onde será realizada a competição olímpica deste ano.

Rapidamente, Zarif aceitou uma suspensão temporária à Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) para aguardar a decisão do caso, que já está sendo conduzido por seus advogados. O velejador, que compete na classe Finn, é um dos principais nomes da vela brasileira e já foi campeão mundial, em 2013. Disputou duas edições dos Jogos Olímpicos - Londres-2012 e Rio-2016, sendo que nesta ficou na quarta posição -, e já estava com a vaga quase garantida para sua terceira participação.

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Por meio de um comunicado oficial emitido por sua assessoria de imprensa, Zarif esclarece que em junho de 2019 submeteu-se a um tratamento indicado por seu mastologista, contendo a substância Tamoxifeno, para combater sintomas de ginecomastia bilateral que lhe causavam dores e debilitavam seus movimentos. O velejador explica que se preparava para campeonatos importantes e o medicamento era a alternativa de tratamento para uma cirurgia que o afastaria das competições em torno de 45 dias. O teste positivo aconteceu um mês e meio após o término de seu tratamento.

"Gostaria de esclarecer o ocorrido no Japão e ressaltar que jamais fiz uso de uma substância proibida para obter qualquer vantagem indevida. Fiz uso do Tamoxifeno para tratar de uma condição médica que estava me deixando com dor e com os movimentos limitados", disse Zarif.

Ainda segundo o comunicado, o atleta brasileiro está de posse de todos os documentos e históricos médicos que comprovam o quadro de ginecomastia bilateral, incluindo fotos, exames e recomendações de cirurgia por mais de um profissional da área médica. O tamoxifeno é um modulador que bloqueia o estrogênio (hormônio sexual feminino) nas células mamárias e é comumente utilizado no tratamento do câncer de mama.

OUTROS CASOS - Desde julho de 2019, o esporte brasileiro sofre com uma sequência de casos de doping. Naquele mês foram divulgados os da tenista Beatriz Haddad Maia, do nadador Gabriel Santos e de Maria Clara Lobo, integrante da seleção de nado artístico. A primeira está em suspensão provisória, assim como Maria Clara. Gabriel Santos cumpre gancho de 12 meses.

Durante os Jogos Pan-Americanos de Lima do ano passado, no Peru, mais quatro brasileiros entraram na lista, incluindo a judoca Rafaela Silva, campeã olímpica nos Jogos do Rio-2016. Os outros foram o jogador de vôlei Rodriguinho, o ciclista Kacio Freitas e a lançadora de disco Andressa de Morais.

O velejador Jorge Zarif e a nadadora Poliana Okimoto foram eleitos na noite desta terça-feira os melhores atletas brasileiros do ano, ao ganharem a disputa na 15ª edição do Prêmio Brasil Olímpico, organizado anualmente pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A vitória foi inédita para ambos, numa cerimônia que reuniu os principais nomes do esporte brasileiro num teatro em São Paulo.

Com apenas 20 anos, Jorge Zarif fez história em 2013, ao se tornar o primeiro velejador a ganhar os títulos mundiais júnior e sênior da classe Finn num mesmo ano. Poliana Okimoto também teve conquistas inéditas nesta temporada: com 30 anos, faturou três medalhas no Mundial de Esportes Aquáticos, em julho, na Espanha, conseguindo ouro, prata e bronze na disputa das maratonas aquáticas.

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Os dois venceram a eleição contra outros finalistas que tiveram grandes resultados em 2013. Na disputa masculina, Jorge Zarif superou o nadador Cesar Cielo e o ginasta Arthur Zanetti, que também foram campeões mundiais ao longo deste ano. E no feminino, Poliana Okimoto levou a melhor sobre Rafaela Silva, campeã mundial no judô, e Yane Marques, vice-campeã mundial do pentatlo moderno.

Além de Jorge Zarif e Poliana Okimoto, a cerimônia desta terça-feira entregou outros prêmios, cujos vencedores já tinham sido anunciados previamente. Foi o caso de José Roberto Guimarães, do vôlei, eleito o melhor treinador dos esportes coletivos, e de Marcos Goto, que trabalha com o ginasta Arthur Zanetti e ganhou como melhor técnico individual - ambos venceram pelo segundo ano seguido.

Também foram premiados os melhores atletas do ano em cada uma das modalidades olímpicas. E o COB ainda entregou o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, destinado aos grandes nomes da história do esporte brasileiro, para o velejador Torben Grael. Aos 53 anos, ele tem no currículo cinco medalhas olímpicas (foram duas de ouro, uma de prata e duas de bronze) e mais seis títulos mundiais.

A festa anual organizada pelo COB teve ainda uma homenagem especial aos 50 anos da primeira edição dos Jogos Pan-Americanos que foi realizada no Brasil: a edição de São Paulo, em 1963. Alguns atletas que estiveram naquela competição marcaram presença no evento desta terça-feira, como a ex-tenista Maria Esther Bueno e o ex-jogador de futebol Carlos Alberto Torres, entre tantos outros.

Tanto a escolha dos vencedores em cada modalidade quanto a dos seis finalistas do prêmio de melhor atleta do ano foi feita por um júri composto por jornalistas, dirigentes, ex-atletas e personalidades do esporte. Para definir a vitória de Jorge Zarif e Poliana Okimoto, esse voto teve peso de 50%, enquanto a outra metade veio da votação popular encerrada somente na noite desta terça-feira.

Confira os atletas premiados em cada modalidade:

Atletismo - Mauro Vinicius da Silva (Duda)

Badminton - Lohaynny Vicente

Basquete - Tiago Splitter

Boxe - Robson Conceição

Canoagem Slalom - Ana Sátila

Canoagem Velocidade - Isaquias Queiroz

Ciclismo BMX - Renato Rezende

Ciclismo Estrada - Rafael Andriato

Ciclismo Mountain Bike - Henrique Avancini

Ciclismo Pista - Flavio Cipriano

Desportos na Neve - Isabel Clark

Desportos no Gelo - Isadora Williams

Esgrima - Gabriela Cecchini

Futebol - Neymar

Ginástica Artística - Arthur Zanetti

Ginástica de Trampolim - Giovanna Matheus

Ginástica Rítmica - Angelica Kvieczynski

Golfe - Adilson da Silva

Handebol - Alexandra Nascimento

Hipismo Adestramento - Luíza Almeida

Hipismo CCE - Marcelo Tosi

Hipismo Saltos - Alvaro Affonso de Miranda Neto (Doda)

Hóquei Sobre Grama - Matheus Borges Ferreira

Judô - Rafaela Silva

Levantamento de Peso - Fernando Reis

Lutas - Joice Silva

Maratonas Aquáticas - Poliana Okimoto

Natação - Cesar Cielo

Natação Sincronizada - Lorena Molinos

Pentatlo Moderno - Yane Marques

Polo Aquático - Izabella Chiappini

Remo - Fabiana Beltrame

Rugby - Julia Sardá

Saltos Ornamentais - Cesar Castro

Tae kwon do - Guilherme Dias

Tênis - Bruno Soares

Tênis de Mesa - Hugo Calderano

Tiro com Arco - Sarah Nikitin

Tiro Esportivo - Cassio Rippel

Triatlo - Pâmella Oliveira

Vela - Jorge Zarif

Vôlei de praia - Talita Antunes

Vôlei - Thaisa

Depois do tropeço da dupla Robert Scheidt e Bruno Prada na Classe Star, o dia seguiu negativo para os brasileiros que velejaram nesta quinta-feira (2), pelos Jogos Olímpicos de Londres. Após a participação de Scheidt e Prada mais três velejadores representaram o Brasil nesta quinta, na Baía de Weymouth.

Ricardo Winicki, o Bimba, obteve apenas as 14ª e 22ª posições pela classe RS:X e acabou perdendo dois lugares na classificação geral. Após seis regatas, o brasileiro ocupa a atual 14ª colocação, com 66 pontos perdidos. O líder da categoria é o holandês Dorian van Rijsselberg, que acumula seis pontos.

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Na classe RS:X feminina, outra decepção: Patrícia Freitas obteve seu pior desempenho nas Olimpíadas até agora, em seis etapas disputadas. Nas duas regatas desta quinta, a brasileira conseguiu apenas um 13º e um 17º lugares. Com esses resultados, Patrícia caiu uma colocação na classificação geral e fecha o dia na 14ª posição, com 84 pontos perdidos. A líder é a espanhola Marina Alabau Neira, com 12 pontos.

Quem salvou o dia do Brasil na vela foi Jorge Zarif que, nas duas regatas desta quinta, pela classe Finn, obteve um desempenho positivo e outro negativo. Na primeira vez que foi ao mar, o brasileiro chegou a sua melhor marca nessas olimpíadas: um 11º lugar. No entanto, em seguida, caiu de rendimento e conseguiu apenas o 21º posto.

Com a soma dos resultados, Zarif conseguiu uma pequena evolução na classificação geral. Ele subiu uma posição na tabela, ocupando agora a 19ª colocação, com 121 pontos perdidos.

O líder da categoria Finn é o dinamarquês Jonas Christensen Hogh, que acumula 18 pontos.

O velejador Jorge Zarif ficou na 15ª posição na primeira regata do dia e em 20º na segunda, hoje (30), e não conseguiu obter um bom desempenho. O brasileiro soma 70 pontos perdidos e ocupa apenas a 19ª colocação geral da competição.

O líder da classe Finn é o dinamarquês Jonas Hogh-Chistensen. Depois de vencer as duas regatas no domingo, ele obteve um segundo e um sétimo lugares nesta segunda-feira e soma 11 pontos perdidos. Atual bicampeão olímpico, o britânico Ben Ainslie está em terceiro na classificação geral com 22 pontos perdidos.

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No domingo Zarif terminou a primeira regata 2min20s mais lento do que o primeiro colocado e ficou na 15ª posição. Posteriormente, na segunda regata, o velejador brasileiro de 19 anos ficou 3min23s atrás do dinamarquês e caiu para o 20º posto.

A segunda colocação ficou com o britânico Bem Ainsle, que foi 17 s mais lento do que o líder na primeira regata e 19 s na segunda, seguido pelo croata Ivan Kljakovic Gaspic.

Na primeira semana do Mundial de Vela, que acontece em Perth, na Austrália, o Brasil conquistou neste sábado mais uma vaga para a Olimpíada de Londres, no ano que vem. Depois que Adriana Kostiw, na Laser Radial, e Patrícia Freitas, na RS:X, foram as responsáveis pelas duas primeiras classificações, a terceira vaga foi garantida por Jorge Zarif na classe Finn. Mas os três ainda não estão confirmadas nos Jogos de 2012 - a vaga olímpica pertence ao Brasil, que só definirá os seus representantes no ano que vem.

Em um dia com bom vento e uma pequena, porém animada, torcida brasileira, Jorge Zarif garantiu a vaga brasileira no Finn. "Não foram os meus melhores resultados, mas eu sabia que a vaga estava entre eu, o russo e o alemão e procurei ficar mais perto deles. No fim deu certo e fico feliz em ter classificado o País para as Olimpíadas", comemorou o brasileiro, de apenas 19 anos, que com dois 33.º lugares no dia, terminou o Mundial na 32.ª posição.

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Na Laser Radial, Adriana Kostiw fez suas melhores regatas desde que as flotilhas ouro e prata foram separadas. Com um 14.º e um 21.º lugares, a paulista terminou o campeonato em 41.º lugar no geral. Na RS:X, Patrícia Freitas encerrou a sua participação no Mundial na 29.ª colocação, após obter um 30.º e um 28.º lugares neste sábado.

Pelos critérios da Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM), os velejadores que tiverem o melhor resultado em suas classes no Mundial de Perth ganham um ponto na seletiva nacional pela vaga olímpica - é o caso, portanto, de Adriana Kostiw, Patrícia Freitas e agora Jorge Zarif. Depois, haverá um torneio pré-olímpico em Búzios (RJ), no começo do ano que vem, valendo outro ponto. E, se for necessário, acontecerá um desempate no Troféu Princesa Sofia, na Espanha.

Neste domingo serão conhecidos os novos campeões mundiais quando forem corridas as Medal Races das classes RS:X feminina, Laser Radial (feminino), 470 masculino e Finn (masculino) com os 10 melhores colocados gerais. E também terá a estreia da classe Star, que tem como um dos destaques a presença da dupla campeã mundial e medalha de prata em Pequim (2008): os brasileiros Robert Scheidt e Bruno Prada.

"Estamos preparados, o barco está em ordem e agora é velejar. O primeiro dia é muito importante então é preciso começar de maneira consistente, sem cometer muitos erros. Viemos aqui para competir, é bom começar", contou Scheidt.

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