Tópicos | Julio Andrade

O Brasil era um dos países com mais concorrentes na noite desta segunda-feir (20), quando foi realizada a entrega dos prêmios para os vencedores do Emmy Internacional, e muitos atores nacionais marcaram presença na cerimônia. No entanto, apesar de ter levado nove produções a disputa, o país terminou saindo da premiação de mãos vazias, e perdeu inclusive em Melhor Telenovela, mesmo concorrendo com duas obras aclamadas pelo público nacional: ‘Totalmente Demais’ e ‘Velho Chico’. A vencedora da categoria foi a trama turca ‘Kara Sevda’.

Além das novelas, outras três produções da Globo disputavam os prêmios. Eram elas: ‘Tá no Ar: A TV na TV’ concorrendo ao prêmio de comédia; ‘Alemão’ como Melhor Filme/Minissérie Para TV e ‘Justiça’, como Melhor Série Dramática, além de Adriana Esteves, indicada como Melhor Atriz pelo papel de Fátima na série passada no Recife.

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Completando a lista de concorrentes brasileiros estavam Julio Andrade, que disputava a categoria de Melhor Ator por interpretar Cadu em ‘Um Por Todos’, ‘Porta dos Fundos’ concorrendo a Melhor Programa Artístico pela produção de ‘Portátil’ e, por fim, ‘Crime Time’ como Série de Curta Duração.

Confira os vencedores nas categorias com produções nacionais:

Atriz

Adriana Esteves em "Justiça" - Brasil

Anna Friel em "Marcella" - Reino Unido

Sonja Gerhardt em "Ku'damm 56" - Alemanha

Thuso Mbedu em "Is'thunzi" - África do Sul

 

Ator

Julio Andrade em "Um Contra Todos" - Brasil

Kenneth Branagh em "Wallander" - Reino Unido

Zanjoe Marudo em "Maalaala Mo Kaya" - Filipinas

Kad Merad em "Baron Noir" - França

 

Série Dramática

"Justiça" - Brasil

"Mammon II" - Noruega

"Moribito: Guardian of the Spirit" - Japão

"Wanted" - Austrália

 

Telenovela

"30 Vies - Isabelle Cousineau" - Canadá

"Kara Sevda" - Turquia

"Totalmente Demais" - Brasil

"Velho Chico" - Brasil

 

Programa Artístico

"Hip-Hop Evolution - The Foundation" - Canadá

"Never-Ending Man: Hayao Miyazaki" - Japão

"Portátil (Porta dos Fundos)" - Brasil

"Robin de Puy - Ik ben het allemaal zelf" - Holanda

 

Comédia

"Alan Partridge's Scissored Isle" - Reino Unido

"Callboys" - Bélgica

"Rakugo The Movie" - Japão

"Tá No Ar: a TV na TV" - Brazil

 

Série de curta duração

"Ahi Afuera" - Argentina

"The Amazing Gayl Pile" - Canadá

"Crime Time" - Brasil

"Familie Braun" - Alemanha

 

Melhor Filme/Minissérie para TV

"Alemão" - Brasil

"Ne m'abandonne pas" - França

"Reg" - Reino Unido 

"Tokyo Trial" - Japão

A série brasileira ‘1 Contra Todos’, do canal Fox, teve certa dificuldade para conseguir gravas cenas da sua segunda temporada, que estreia na próxima segunda (11). A produção precisava de imagens dentro do Congresso Nacional, pois o personagem principal, vivido por Júlio Andrade, encontra um novo propósito na política depois de passar anos na cadeia injustamente. O problema? A autorização para a captação dessas imagens não foi concedida. Com isso, a equipe teve que ser criativa para conseguir o que precisva.

“Foi cinema de guerrilha. A gente teve que adentrar aqueles portões lá de um jeito brasileiro”, disse Júlio Andrade em entrevista ao UOL. Como na época da gravação o ator não era conhecido pelo seu papel em ‘Sob Pressão’, série que está no ar pela Globo, o diretor Breno Silveira teve a ideia de entrar no local apenas com um iPhone na mão, se passando por turistas em Brasília, e tentar fazer as filmagens sem que percebessem que se tratava de uma equipe de TV.

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Tudo estava indo bem e algumas imagens foram feitas, com direito a acesso ao Plenário vazio, até que o ator principal foi reconhecido por um repórter pelo seu papel no filme ‘Gonzaga – De Pai Para Filho’. “Falei ‘ferrou’. Teve que sair cada um para um lado, fugindo da segurança. E foi assim que a gente filmou as cenas que vocês vão ver nos episódios”, comentou Breno.

Não Pare na Pista – A Melhor História de Paulo Coelho, que estreia nesta quinta-feira (14), é uma cinebiografia do escritor que alcançou fenomenal sucesso e se concentra em três momentos distintos da vida dele: a juventude, nos anos 1960 (período vivido pelo ator Ravel Andrade); a idade adulta, nos anos 1980 (Júlio Andrade); e a maturidade, em 2013, quando refaz o Caminho de Santiago (Júlio Andrade, maquiado). Para construir o roteiro, Carolina Kotscho usou como base depoimentos de Paulo Coelho, mostrando os momentos mais marcantes da vida do autor, como os traumas, a difícil relação com o pai, as drogas e a religião, além da sexualidade e a parceria com o músico Raul Seixas. 

Destaque para as atuações de Enrique Díaz, que interpreta o pai, e para Júlio Andrade, que vive duas fases da vida de Coelho. Maquiagem, fotografia e arte são bem elaboradas, entretanto, o roteiro é confuso. A intenção de usar as três principais fases de vida de Paulo Coelho simultaneamente não foi bem executada, principalmente pela falta de profundidade em cada tempo narrativo . São sequências que pouco dialogam entre si e não norteiam uma progressão narrativa, chegando a lugar nenhum. 

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Uma narração em off com frases bonitas de autoajuda é dispensável, embora seja uma alusão a trechos das obras do mago, que refletem suas crenças. Durante vários momentos, o escritor diz: “Quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que você realize seu desejo”.

A cena que merece destaque pela atuação e trilha sonora é quando Pedro, o pai de Paulo, dirige sozinho durante a noite e sintoniza no rádio uma estação que toca a música Meu amigo Pedro, escrita pelo seu filho. Como os dois estão brigados, por um momento, dá a entender que Pedro vai mudar de rádio, quando, na verdade, ele aumenta o volume e se emociona com a letra escrita pelo filho, na voz de Raul Seixas.

Entre acertos e tropeços, Não Pare na Pista – A Melhor História de Paulo Coelho é uma obra com pouca profundidade que conta momentos importantes da vida de um dos autores mais traduzidos e vendidos do mundo.

Caio Blat vai estrear como diretor de cinema com a adaptação do livro Juliano Pavollini, escrito em 1989 por Critóvão Tezza. No elenco, Cássia Kiss, Júlio Andrade, André Frateschi, Luís Melo e a esposa de Blat, Maria Ribeiro, já estão confirmados.

Quem também já tem participação garantida na nova produção é o rapper Criolo. Inicialmente convidado para emprestar a canção Freguês da Meia Noite, o mc entrou no projeto de cabeça e vai assinar toda a trilha sonora do filme, em parceria com Daniel Ganjaman. Criolo vai aparecer, inclusive, numa das cenas do longa, cantando num bordel.

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O filme começa a ser gravado em 2013, após o término de Lado a Lado, novela das 18h da Rede Globo, na qual Blat dá vida ao personagem Fernando. A equipe do filme, que está orçado em R$ 3 milhões conta ainda com o roteirista Hilton Lacerda, a diretora de arte Renata Pinheiro, o fotógrafo Gustavo Habda e Júlia Moraes.

O filme Gonzaga - de pai pra filho estreia nesta sexta (26) nos cinemas brasileiros, e a expectativa é grande para conferir o longa-metragem que retrata o mais importante músico nordestino, Luiz Gonzaga. A trama da película foca na difícil relação de Gonzaga com seu filho, o também músico e compositor Gonzaguinha.

Dirigido por Breno Silveira (Dois Filhos de Francisco e À Beira do Caminho), Gonzaga - de pai pra filho tem como protagonistas o sanfoneiro Chambinho do Acordeon (um dos três que interpretam Luiz Gonzaga, vivendo a fase adulta do artista) e Júlio Andrade, que encarna Gonzaguinha.

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Os três conversaram separadamente com o LeiaJá sobre a experiência de filmar um filme baseado na história de um ícone da cultura brasileira. Confira as entrevistas exclusivas com o diretor e os protagonistas de Gonzaga - de pai pra filho, concedidas a Thamiris Barbosa.

Breno Silveira, diretor
Mais um sucesso do cinema brasileiro vem aí?

Eu espero que seja um sucesso. Gonzaga vem como uma segunda biografia, depois de Dois Filhos de Francisco e há muito tempo eu procurava uma história que fosse emocionante e bem brasileira, que falasse de dois personagens de nossa música. E Gonzaga... é uma honra poder falar de um homem tão grande quanto Luiz Gonzaga. Acho que é um filme emocionante como Dois Filhos e muito brasileiro, para qualquer classe, idade, para qualquer brasileiro que esteja afim de ver um bom filme.

Porque a escolha por contar a história de Gonzagão e Gonzaguinha? Como você chegou à relaçâo entre os dois como fio condutor do filme?

Seria praticamente impossível fazer um filme sobre Gonzaga era preciso um eixo, um recorte. Gonzaga é um personagem que merece dez filmes (risos). Ele ´muito grande. A ideia foi partir de umas fitas que eu recebi, nas quais Gonzaguinha entrevista o pai. A partir do que o pai está contando nessas fitas eu faço o filme. E é legal porque você entende um pouco da relação dos dois, Gonzaguinha pergunta porque foi abandonado no morro, quem era a mãe... Então são duas misturas de que eu gosto muito, tem o drama, que também tinha em Dois Filhos, e tem a história musical de dois gigantes da nossa música. Tem toda essa química, prometo que vocês vão se emocionar, se apaixonar, rir, eu acho que temos um bom filme para mostrar.

Quais foram as maiores dificuldades que você encontrou para realizar Gonzaga-de pai pra filho?

Foram duas dificuldades que para mim foram as maiores. A primeira é resumir a história de Gonzaga, que não tinha fim. Nada cabia em duas horas, o primeiro roteiro a gente começou há sete anos, até peneirar e conseguir contar essa história. Demorou muito, porque são infinitas as histórias de Gonzaga. A segundo foi encontrar quem fizesse Gonzaga. Quem poderia ter a cara dele, tocar o acordeon, atuar no filme, são muitos desafios. Eu levei quase um ano para encontrar os três Gonzagas que fazem o meu filme, e a dificuldade de encontrar um Gonzaguinha. Essas foram as coisas mais difíceis neste filme e eu estou feiz com o resultado, a gente tem três atores maravilhosos vivendo Gonzagão, parecidos, que tocam e cantam, então tem muita música, e um Gonzaguinha espetacular, que completa o filme.


Chambinho do acordeon, Luiz Gonzaga

Como foi a sua preparação para interpretar o papel de uma pessoa tão importante?

Foi em cima da discografia e de histórias verídicas de Luiz Gonzaga. Como eu sou sanfoneiro, tive que ter um preparo com o Sérgio Pena, conhecer as artimenahs do ofícoi. Tivemos vários laboratórios, como ir à Feira de São Cristóvão, tocar no meio da rua. Eu tive que perder dez quilos. Teve fonoaudióloga, fisioterapeuta... Teve toda a questão psicológica de ficar longe de casa, passei quase seis meses longe da família, foi muito complicado, mas acho que a gente conseguiu estabelecer uma meta e dar conta do recado.

Para você, qual desses aspectos foi a maior dificuldade?

As dificuldades foram muitas, começando logicamente pela preparação, como eu disse. Interpretar Luiz Gonzaga, um ídodlo, um homem considerado um santo não s´po on Nordeste, mas no Brasil. E como sempre fui muito fã de Luiz Gonzaga, foi mais difícil ainda. Essa coisa de tocar, conhecer o "timing" do cinema, foi complicado, mas quando a gente chegou no primeiro "ação", eu já estava com o preparo psicológico. Eu encarei Luiz Gonzaga como um personagem para não ficar aquela coisa do mito. E trabalhamos bastante.

Você se disse um fã de Gonzaga. Como foi interpretá-lo e como você foi escolhido para o papel?

Chegou um email dizendo que a Conspiração Filmes estava precisando de atores e sanfoneiros que parecessem com Gonzaga. Então nós fomos, em um carro alugado, de São paulo ao Rio de Janeiro, a minha esposa dirigindo e eu tentando decorar o texto. Fiz o teste todo tremendo. Eu tinha chegado de um show na noite anterior. Interpretar Luiz Gonzaga é um sonho do qual não acorcei ainda. Como eu vi o Breno (Silveira, diretor do filme) dizer em uma entrevista que Gonzaga foi o primeiro popstar que tivemos no país. Falar deste projeto tão grandioso me deixa até nervoso, acho que Gonzaga - de pai pra filho vai entrar para a história do cinema.

Júlio Andrade, Gonzaguinha

Como se deu a sua preparação para interpretar Gonzaguinha neste filme?

Minha preparação vem desde muito pequeno, que eu me lembre aos oito anos de idade, quando comecei a escutar Gonzaguinha, a me apaixonar pela música, pela história. Depois disso virei músico, ator, tudo também por influência. Esse filme fala de relações humanas, de família. E eu acho que um pai se torna pai quando vira referência e Gonzaguinha foi uma referência para mim. De alguma forma, ele foi meu pai também, então está tudo misturado. A minha preparação para este filme começa há cinco anos quando fiquei sabendo que o filme ia rolar através de uma amiga que foi a pessoa que deu as fitas cassetes que originaram o roteiro do filme para o Breno Silveira. Desde então eu fiquei pensando muito nisso, focando muito. Joguei para o mundo, para o universo e chegou nos ouvidos da Conspiração e do Breno e eles me chamaram para um teste. Fiz o teste e passei. A preparação para o filme em si foi muito solitária e particular eu dirira, porque a gente tinha um preparador de elenco, o Pena, que teve que focar muito no Chambinho que não é ator. E o Breno achava que eu já tinha muito de gonzaguinha, que não precisava participar desses meses de preparação. Eu me alimentei de muitas histórias, muita música, pessoas que conheceram o Gonzaguinha e puderam me falar de detaklhes do cotiano deles. A gente está acostumado com o Gonzaguinha da TV, onde ele se veste daquele personagem. Eu pude conhecer o Gonzaguinha através dos olhos de amigos e familiares, então fui minunciando esses detalhes para poder chegar no filme e botar pra fora.

Você falou que ouve Gonzaguinha desde seus oito anos. Como foi interpretar um ídolo?

Eu levei meu pai na pré-estreia do filme no Festival do Rio, e para ele só caiu a ficha quando começou o filme. Foi meu pai quem me apresentou Gonzaguinha, ele é apaixonado por Gonzaguinha, então foi emocionante porque ele falou: "meu filho, não estou acrediando que estou aqui e que você fez um filme do Gonzaguinha e que a gente está neste cinema, o Odeon, no Rio de Janeiro. Então é muito grande para mim, eu posso contar nos dedos de uma mão os momentos mais felizes da minha vida e esse vai estar eternamente, tanto pesoalmente quanto profissionalmente. Pessoalmente porque tem essa relação com o ídolo, e profissionalmente porque é o filme que vai atingir o maior público da minha carreira. Sou muito grato e me sinto muito privilegiado de ter participado deste filme.

Qual foi a maior dificuldade que você enfrentou no processo de gravação de Gonzaga - de pai pra filho?

Era a hora de entrar em cena. Ao mesmo tempo que foi tudo muito prazeroso, eu não podia deixar passar aquele momento porque o cinema é um registro eterno, você tem que estar muito preparado para estar em cena. A minha maior dificuldade foi me colocar naquela situação e segurar esse personagem, esse mito, que na minha cabeça já era grande e aos olhos do povo é maior ainda então eu tinha que segurar essa peteca. Todas as cenas foram ritualísticas para mim, eu sempre me concentrei muito, me concentrava da hora de dormir até a hora da cena, e a maior dificuldade era manter essa concentração. Mas foi tudo extremamente prazeroso, todos os momentos que eu vivi fazendo esse filme.

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