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O longa-metragem A luneta do tempo, do músico e compositor Alceu Valença e o curta-matragem História natural, de Júlio Cavani, são os únicos representantes pernambucanos no 42º Festival de Cinema de Gramado, um dos mais importantes do país. A luneta do tempo mostra três gerações de uma família perturbadas pela discórdia entre dois irmãos. A fantasia é representada pelas presenças de Maria Bonita (Hermila Guedes) e Lampião (Irandhir Santos). O Rei do Cangaço encontra a luneta do tempo que o faz ver o passado, o presente e o futuro.

O longa tem um olhar contemporâneo e afetivo sobre elementos que formam a identidade cultural brasileira, além de propor um regresso às origens como quem observa o mundo por uma luneta em transformação. Já História natural tem um roteiro desencadeado por uma descoberta: um homem encontra um misterioso objeto orgânico no topo de uma árvore. O 42° Festival de Cinema de Gramado acontece entre os dias 8 e 16 de agosto na Serra Gaúcha. A mostra competitiva nacional tem 15 curtas e oito longas-metragens. O festival também contempla filmes latino-americanos e selecionou cinco longas-metragens da Argentina, Uruguai, Venezuela e Chile.

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Veja a lista de selecionados para as mostras competitivas:

Longas-metragens nacionais

A despedida (SP)

A estrada 47 (RJ)

A luneta do tempo (RJ/PE)

Esse viver ninguém me tira (DF)

Infância (RJ)

O segredo dos diamantes (MG)

Os senhores da guerra (RS)

Sinfonia da necrópole (SP)

Curtas-metragens nacionais

O que fica (SP)

História natural (PE)

Carranca (BA)

La llamada (SP)

A pequena vendedora de fósforos (RS)

Max Uber (MG)

Sem Título #1: dance of leitfossil (SP)

Compêndio (SP)

Carta a uma jovem cineasta (SC)

O clube (RJ)

Contínuo (PB)

Castillo y el armado (RS)

Brasil (PR)

Se essa lua fosse minha (RS)

O coração do príncipe (SP)

Longas-metragens latino-americanos

Algunos dias sin musica (Argentina/Brasil)

El critico (Argentina)

El lugar del hijo (Uruguai)

Esclavo de dios (Venezuela)

Las analfabetas (Chile)

O servidor público aposentado José Alves de Matos, de 97 anos, morreu na manhã deste domingo (15), em sua residência, na cidade de Maceió, vítima de insuficiência respiratória. Natural de Paripiranga (BA), a 264 km de distância de Salvador, o funcionário era conhecido por ser o último cangaceiro vivo do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, que dominou o sertão nordestino entre as décadas de 1920 e 1930.

Seu sepultamento aconteceu no final da tarde desta segunda-feira (16), no cemitério Campo Santo Parque das Flores, na capital alagoana. José Alves ingressou no grupo do cangaceiro no dia 25 de dezembro de 1937, aos 20 anos, depois de se dizer perseguido pelas polícias da Bahia, Alagoas e Pernambuco. "Naquele tempo os civis apanhavam mais da polícia do que os cangaceiros", conta a historiadora pernambucana Aglae Lima de Oliveira, autora do livro "Lampião, Cangaço e Nordeste", atualmente fora de catálogo. "Tinha oito parentes no bando, inclusive José Sereno, seu primo", acrescenta.

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O dia em que entrou para o bando de Lampião lhe valeu o apelido de Vinte e Cinco. Preso pela polícia alagoana pouco mais de um ano depois de ingressar no cangaço, José Alves de Matos foi alfabetizado na cadeia, o que contribuiu para que ele passasse em um concurso público para guarda municipal, segundo sua neta Juliana Matos Galvão. "Se havia algo que ele mais prezava em vida eram os estudos", lembra a neta, formada em Relações Públicas graças ao incentivo do avô. "Tenho orgulho disso. Uma pena que ele não pôde comparecer à minha formatura, por já se encontrar doente", lamenta a jovem.

"Era um ser humano inteligentíssimo", lembra o pesquisador baiano João de Souza Lima". Com seis obras publicadas sobre o cangaço, João de Souza informa que conheceu Vinte e Cinco em 2005, por meio de um amigo comum. "Costumávamos conversar muito e numa dessas conversas ele revelou que o motivo que o fez ingressar no cangaço foi o fato de a polícia ter violentado familiares seus", conta.

José Alves, que era aposentado como servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Alagoas, foi casado por mais de 50 anos com Mariza da Silva Matos e deixou seis filhos e 16 netos.

A Fundação Cultural Cabras de Lampião realiza seleção de 36 atores homens no dia 30 de maio para o quadro de figurantes do espetáculo O Massacre de Angico – A Morte de Lampião, que acontece de 24 a 28 de julho, no município de Serra Talhada. A Oficina de Interpretação Teatral será ministrada pelo ator, diretor e produtor teatral Izaltino Caetano, das 14h às 18h, no Museu do Cangaço (Vila Ferroviária, s/n – Centro, Serra Talhada). As vagas para ação são voltadas para os homens, maiores de 18 anos, para atuar como soldados e cangaceiros da peça.

Com texto de Anildomá Willans de Souza e direção de José Pimentel, o espetáculo reconstitui os fatos verídicos que levaram Virgulino Ferreira da Silva ao Cangaço; a formação do seu bando de cangaceiros sob a patente de Lampião; e a luta contra o Poder Instituído até o massacre que dizimou a maioria deles, em tiroteio com soldados do Governo Getúlio Vargas, na Fazenda Angico, no sertão sergipano. 

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As inscrições estão sendo realizadas no Museu do Cangaço Cangaço (Vila Ferroviária, s/n – Centro, Serra Talhada), maiores informações (087) 3831-3860.

A família do cangaceiro mais famoso do Nordeste, Virgulino Ferreira, o Lampião, entrou com dois processos na Justiça contra o juiz aposentado Pedro de Morais, autor do livro censurado Lampião, o Mata Sete, em que sustenta que o Rei do Cangaço era gay. A neta de Lampião, Vera Ferreira, quer uma indenização de R$ 2 milhões nas duas ações: uma por danos morais e outra por Pedro ter vendido os livros na II Bienal de Salvador, que ocorreu em 6 de novembro de 2011.

"Um dia antes, dia 5, vendi os livros nas principais livrarias da Bahia", afirmou Morais. A decisão da Justiça proibindo o lançamento e a comercialização da obra só aconteceu no dia 25 de novembro do ano passado. Ele informou que tem toda documentação da venda dos exemplares nas livrarias e que irá apresentar a defesa na próxima segunda-feira, na 13ª Vara Cível Aracaju. A perplexidade é porque a venda e o lançamento do livro continuam suspensos e processo sequer foi julgado pelos desembargadores. "Não foi nem transitado em julgado e recebi mais essa ação."

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A polêmica começou com as revelações contidas em Lampião, o Mata Sete, de que o cangaceiro teria sido homossexual, Maria Bonita era adúltera e Expedita não era filha do homem mais temido do sertão. Em novembro passado, o advogado de Vera, Wilson Winnie, havia declarado que a publicação fere a honra da família de Lampião e que a ação na Justiça pretende impedir a circulação do livro de forma definitiva.

O juiz da 7ª Vara Cível de Aracaju, Aldo Albuquerque, expediu uma liminar proibindo o lançamento e a venda do livro. O processo está com os desembargadores do Tribunal de Justiça de Sergipe, que ainda não se decidiram sobre o processo.

Uma das figuras mais marcantes e controversas da construção da identidade nordestina, Lampião e as histórias de seu bando fazem parte do imaginário popular até hoje. Hora tratado como alguém cruel e vingativo, hora como um homem bondoso que combatia a injustiça, Virgulino Ferreira da Silva adquiriu status de mito, que resiste ao tempo.

A saga de Lampião foi encerrada quando seu bando foi surpreendido por uma volante (força de segurança da época) na fazenda de Angicos, em Sergipe, esconderijo tido como dos mais seguros pelo cangaceiro. Os últimos dias do Rei do Cangaço são o foco do espetáculo teatral O massacre de Angico – a morte de Lampião, escrito por Anildomá Willans de Souza e dirigido por José Pimentel. A produção é da Fundação Cultural Cabras de Lampião.

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Para contar essa história, o espetáculo é realizado no município de Serra Talhada, a 415 Km do Recife – onde nasceu Lampião e fica a sede da Cabras de Lampião – ao ar livre, sobre um palco com 50 metros de frente e em cenários reais que incluem uma casa de taipa. Os produtores afirmam que vão fazer muito uso de efeitos especiais e de iluminação. A grandiosidade exige que as falas sejam gravadas previamente e apenas dubladas durante as apresentações. “É uma mistura de teatro com cinema”, afirma o diretor José Pimentel, acostumado a grandes produções como as paixões de Cristo de Nova Jerusalém e do Recife.

Cinquenta pessoas, entre atores e figurantes, participam da cena. A maioria é de Serra Talhada, a exemplo de Karl Marx, que interpreta Lampião. “Fui criado ouvindo histórias sobre Lampião”, afirma o ator, ressaltando que a montagem busca um Virgulino mais humano: “Se encontra muito estereótipo nas interpretações de Lampião, que tem muito em comum com qualquer homem sertanejo”, conclui.

O elenco ainda conta com Roberta Aureliano (Maria Bonita), Taveira Júnior (Padre Cícero e Zé Saturnino), Gorete Lima (Dona Bela), Feliciano Félix (Getúlio Vargas), Gilberto Gomes (Giboião), Karine Gaia (Sila), Carlos Amorim (Zé Sereno), Leandra Nunes (Dulce), Carlos Silva (Pedro de Cândido), Diógenes de Lima (Luiz Pedro) e Danúbia Feitosa (Enedina).

As apresentações acontecem desta quarta (25) a domingo (29), na Estação do Forró, em Serra Talhada, sertão pernambucano. Acontece ainda programações paralelas de shows musicais e o IX Encontro Nordestino de Xaxado. Segundo Anildomá Willans de Souza, a intenção é encenar O massacre de Angico anualmente. “A nossa ideia é que seja um espetáculo fixo em Serra Talhada”, avisa o autor.

Confira a entrevista com o diretor da peça José Pimentel:

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Serviço

O massacre de Angico – a morte de Lampião

Quarta (25) a domingo (29), às 20h

Estação do Forró (Serra Talhada – PE)

Informações: (87) 3831 3860 | 9938 6035 | cabrasdelampiao@gmail.com

 

O juiz da 7ª Vara Cível de Aracaju, Aldo Albuquerque, manteve a decisão de não permitir que o polêmico livro "Lampião Mata Sete", que sustenta que o Rei do Cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, era gay, seja lançado. No dia 25 de novembro do ano passado, Aldo expediu uma liminar suspendendo o lançamento, que iria ocorrer em uma livraria de Aracaju, em virtude de uma ação movida por Expedita Ferreira, filha do cangaceiro.

O autor do livro, o juiz aposentado Pedro de Morais, disse que vai recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE) e tem 15 dias para realizar o procedimento legal. Caso não tenha sucesso e o livro continue sendo censurado pela Justiça, ele disse que vai jogar os 1 mil exemplares que lhe restam no Rio Sergipe.

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Aldo Albuquerque, que não leu o livro, disse que se baseou na Constituição Federal para continuar impedindo o lançamento do livro. "A Constituição protege a inviolabilidade da individualidade das pessoas", explicou ele, ao frisar que escreveu 25 laudas onde defende o não lançamento do livro. Para Aldo, se o livro versasse apenas sobre os crimes cometidos por Lampião, esse seria um fato público, mas quando trata da sexualidade, o tema não tem o mesmo interesse.

"O Aldo é um preconceituoso", disparou o autor do livro Pedro de Morais. Sobre essa crítica e as que poderão surgir em virtude da decisão, Aldo Albuquerque explicou que "doutor Pedro é um homem muito inteligente, um grande juiz". E com relação às demais críticas que poderão advir, Aldo explicou que um magistrado tem que agir sem se preocupar com isso, preservando a Constituição Federal.

No dia 6 de novembro do ano passado, Pedro de Morais participou da Segunda Bienal do Livro, em Salvador, e vendeu o 1 mil exemplares, restando outros 1 mil para o lançamento em Aracaju, que não aconteceu. "A liminar proibindo o lançamento saiu no dia 25 de novembro", lembra Pedro.

Dias depois no município de Campo Formoso, a 400 quilômetros de Salvador, o livro voltou a fazer sucesso em uma exposição literária. Desta vez, os exemplares foram levados pelo especialista em Lampião Oleone Coelho Fontes, que, inclusive, faz a introdução do livro. Oleone continua indignado e disse, na época, que "seria uma felicidade para o Nordeste se Lampião fosse homossexual".

Os óculos que pertenciam a Virgulio Ferreira da Silva, o “Lampião”, roubado no último dia 11 de dezembro foi recuperado nesta terça-feira (10). O objeto, que havia sido subtraído do interior da Fundação Casa da Cultura em Serra Talhada, Sertão Pernambucano, foi localizado por Policiais Civis da Delegacia de Serra Talhada em conjunto com agentes da 21ª Delegacia Secccional.

Os óculos estavam em poder de Manoel Mecias da Silva Santos, 20 anos, que de acordo com a polícia chegou a procurar a Casa da Cultura exigindo recompensa em troca do objeto. Nesta ocasião, o rapaz foi detido pelos agentes.

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Por não haver situação de flagrante o acusado foi ouvido e em seguida liberado. As investigações irão prosseguir na tentativa de identificar se o acusado agiu sozinho ou se outras pessoas estão envolvidas no caso.

 

Impossível lembrar de Lampião sem os seus óculos em ouro 16 quilates, objeto tão característico quanto o seu chapéu de cangaceiro.

Pois foi esse "simples" objeto que, anunciado em comunicado oficial nesta quinta-feira (15), foi furtado do acervo da Casa da Cultura, em Serra Talhada, no sertão pernambucano.

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O par de óculos de Virgulino Ferreira da Silva, de valor inestimável (devido à sua importância histórica), foi levado do local entre às 18h e 22h, no horário de visitação do último domingo (11). O fato já foi registrado, porém a polícia ainda não tem pistas porque o espaço não possui câmeras de segurança, o que dificulta as investigações.

Confira trecho do comunicado oficial:

Comunicados estão sendo expedidos para diversas partes do país, já que por tratar-se de uma peça de reconhecimento internacional, poderá tentar ser negociada com colecionadores ou museus.

É lamentável a perda, e lamentável também a atitude de se furtar um bem que pertence ao povo, que resgata e conta um pouco do nosso passado, para talvez, deixar-se repousando em um ambiente onde somente poucos poderão contemplar. A história de um povo se conta através de fragmentos que chegam até nós, e é um patrimônio de todos. Tentar apossar-se desse patrimônio é crime hediondo, e no mínimo, um ato de extremo egoísmo.

A Fundação Casa da Cultura de Serra Talhada lamenta profundamente tal perda, e se desculpa perante toda sociedade por não ter conseguido guardar devidamente este patrimônio público, prometendo que providências serão tomadas e que todos os cuidados serão redobrados.

O 1° Seminário do Cangaço, que começou nesta segunda-feira (25), segue até amanhã com uma programação de debates a respeito do diálogo deste tema com outras vertentes de a nossa cultura. Nesta quarta-feira (26), o auditório da Livraria Cultura sediará o encontro, que conta com palestra da psicóloga Rosa Bezerra e da pesquisadora Germana Araújo.

O evento, promovido pela Prefeitura do Recife, presta homenagem ao centenário de Maria Bonita, parceira de Lampião no Cangaço. As discussões começam às 14h30 e contam com o  encerramento de um espetáculo de dança com o Grupo Cabras de Lampião, de Serra Talhada, Pernambuco.

Confira a programação desta quarta (26):

14h30min – 1ª Mesa – O Cangaço e a Mídia.
Palestrante: Rosa Bezerra (Psicóloga, Escritora, Diretora da UBE/PE, Pesquisadora do Cangaço).

15h10min – 2ª Mesa - O Cangaço e a Literatura.
Palestrante: Adriano Marcena (Escritor, Dramaturgo, Diretor Teatral, Pesquisador do Cangaço).

15h50min – Aparência Cangaceira: Ocultação ou Manifestação da Realidade.
Palestrante: Germana Araújo (Professora da Univ. Federal de Sergipe, Escritora, Pesquisadora do Cangaço).

16h40min – Debate sobre as duas mesas.
17h10min – Espetáculo de Dança com o Grupo Cabras de Lampião (Serra Talhada – PE).
18h00min – Entrega dos Certificados e Coquetel.

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As inscrições para o primeiro Seminário do Cangaço começam nesta segunda-feira (3) e seguem até o dia 21 de outubro. O seminário acontece na Livraria Cultura, nos dias 25 e 26 de outubro, e conta com 150 vagas disponíveis. Os interessados devem comparecer à sede Gerência da Fundação de Cultura que fica no prédio da Prefeitura do Recife, no Bairro do Recife.

Serão discutidos temas como a presença da mulher no cangaço, a relação do cangaço e da literatura, a estética, as histórias e memórias da vida no cangaço e a contribuição desta para o estado de Pernambuco. O seminário tem presença confirmada da filha e da neta do casal do cangaço, Lampião e Maria Bonita (Expedita e Vera Ferreira).

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Serviço
Inscrições: Primeiro Seminário do Cangaço do Recife
Onde fazer: Na Gerência de FormaçãoCultural, localizada na sala 22, sexto andar do prédio sede da Prefeitura doRecife (Rua Cais do Apolo, S/n, Bairro do Recife)
Períoso de inscrições: 3 a 21 de outubro
Local de realização: Auditório da Livraria Cultura (Paço Alfândega, s/n, Bairro do Recife)
Período de realização: 25 e 26 de outubro
Mais informações: 81 3355-8048

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