Tópicos | Li Yonghong

O empresário chinês Li Yonghong não é mais o dono do Milan. O clube rossonero foi assumido nesta terça-feira (10) pela gestora de recursos norte-americana Elliott, após Li não conseguir pagar um empréstimo de 32 milhões de euros.

Por meio de uma nota oficial, a Elliott se diz "orgulhosa" em apoiar o Milan neste "momento difícil" e de encarar "desafios ambiciosos" para o futuro, "graças ao sucesso no campo do técnico Gattuso e de seus jogadores".

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No comunicado, a gestora diz que seu objetivo é "criar estabilidade financeira com uma gestão saudável; alcançar sucesso em longo prazo e assegurar que o clube esteja capitalizado; e perseguir um modelo operacional sustentável e que respeite as regras do fair play financeiro".

A "era Li", sucessor do magnata e político Silvio Berlusconi, durou pouco mais de um ano e ficou marcada por mais de 200 milhões de euros gastos em contratações e poucos resultados dentro de campo - o Milan terminou a última Série A em sexto lugar.

Recentemente, o clube foi suspenso por dois anos de competições europeias por causa dos gastos excessivos na janela de transferências. Li comprara o Milan de Berlusconi em abril de 2017, por 740 milhões de euros, mas, para isso, precisou pegar 303 milhões de euros emprestados com um fundo da Elliott.

A primeira parcela do empréstimo venceria em outubro, mas a situação de Li, cercado por rumores sobre problemas financeiros na China, se complicou no fim de junho, quando ele não conseguiu subscrever um aumento de capital no clube.

Para concluir a operação, a Elliott injetou 32 milhões de euros no aumento de capital, mas deu prazo até 10 de julho para o empresário devolver a quantia. Do contrário, executaria a penhora das ações do clube rossonero, o que acabou acontecendo.

Li ainda tentou vender o Milan para investidores norte-americanos e russos, porém sem sucesso.

Os novos donos

A Elliott é uma empresa de gestão de investimentos fundada em 1977, em Nova York, por Paul Singer, e possui mais de US$ 30 bilhões em ativos em sua carteira.

Com seus fundos, adquiriu participações em empresas importantes, como a operadora italiana de telefonia TIM e a mineradora australiana BHP Billiton. Em alguns casos, como o da própria TIM, adota uma postura agressiva, forçando inclusive mudanças na gestão.

Clubes de futebol, no entanto, não fazem parte de seus investimentos habituais. "A Elliott está impaciente para o desafio de realizar o potencial do Milan e restituí-lo ao panteão dos times de futebol da Europa", prometeu Singer.

Especula-se, no entanto, que a companhia, apesar de uma injeção de capital de 50 milhões de euros para estabilizar as finanças milanistas, possa buscar um comprador para o clube.

Da Ansa

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