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O regulador do setor bancário da Alemanha (BaFin) criticou a resposta da administração do Deutsche Bank para uma investigação sobre a suposta manipulação da taxa interbancária de Londres, a Libor, segundo reportou neste domingo (5) a revista Der Spiegel. A publicação cita um relatório preliminar do BaFin.

Os supervisores do setor bancário na Alemanha - BaFin e Deutsche Bundesbank - estão investigando o papel do Deutsche Bank na manipulação da Libor e de outras taxas. Em dezembro, o Deutsche Bank foi uma das seis instituições financeiras multadas por reguladores da União Europeia por operarem como "cartel" na manipulação de taxas. No mundo todo, mais de uma dúzia de bancos estão sendo investigados por autoridades.

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A reportagem da Der Spiegel cita uma auditoria especial realizada pela Ernst & Young e encomendada pelo BaFin, segundo a qual o Deutsche Bank "falhou em esclarecer e investigar procedimentos internos" em resposta às alegações relacionadas a Libor. Outra auditoria especial feita pelo Bundesbank encontrou "sérias deficiências organizacionais" no Deutsche Bank como na supervisão de negociações.

"Ainda não está claro se a administração estava envolvida ou tinha conhecimento das potenciais tentativas de manipulação", diz o relatório do BaFin segundo cita a Der Spiegel. O regulador enviou um resumo de relatórios preliminares ao Deutsche Bank em agosto, de acordo com a revista.

"Reiteramos que, pelo status atual das investigações, podemos dizer que nenhum membro antigo ou atual da administração teve qualquer envolvimento inapropriado", disse uma porta-voz do Deutsche Bank. Ela afirmou que as negociações continuam, reafirmando que o banco está cooperando de perto com as várias investigações pelos reguladores, incluindo a do BaFin. A porta-voz se recusou a comentar a reportagem da revista.

De acordo com a Der Spiegel, o BaFin levanta ainda questionamentos sobre quão a sério o Deutsche Bank leva sua alegada mudança cultural que teria sido iniciada após os executivos Juergen Fitschen e Anshu Jain assumirem em junho de 2012. Fonte: Dow Jones Newswires.

O BaFin, órgão de supervisão do sistema bancário da Alemanha, advertiu que o processo de fixação das taxas de juro interbancário Libor e Euribor, que servem de referência para o mercado, ainda estão expostas a manipulações, apesar dos padrões de segurança estabelecidos depois do escândalo recente.

"No médio prazo, não há maneira de evitar estabelecer alternativas para o cálculo das taxas que são, tanto quanto possível, baseadas em transações reais em mercados líquidos", disse a presidente do BaFin, Elke König. O órgão pediu a todos os bancos que participam dos painéis que estabelecem as taxas de referência que introduzam padrões mínimos em suas estruturas organizacionais, para evitar que traders manipulem os dados.

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Os dois maiores bancos alemães, o Deutsche Bank e o Commerzbank, participam do painel que estabelece a taxa Euribor; o Deutsche está também no painel que fixa as taxas Libor.

Os grandes bancos globais são acusados de manipular a taxa Libor, num escândalo que envolveu pelo menos 16 instituições. No ano passado, o britânico Barclays pagou mais de US$ 450 milhões para não ser processado criminalmente pelas autoridades dos EUA e do Reino Unido.

König disse que o BaFin até agora não encontrou evidências de que os bancos alemães tenham manipulado as taxas de juro sistematicamente, mas ressalvou que a auditoria especial ainda está em andamento.

Sobre a estabilidade do sistema bancário alemão, ela disse que os maiores bancos do país já reduziram de 32 bilhões de euros para 14 bilhões de euros a necessidade de capitalização prevista para o cumprimento das novas normas previstas no acordo Basileia III. "Isso é uma boa notícia", afirmou König. As informações são da Dow Jones.

O banco britânico Barclays, que se envolveu no escândalo de manipulação da Libor, está sendo investigado por autoridades do Reino Unido por causa de uma operação de 2008, na qual levantou recursos de investidores no Oriente Médio. O Barclays informou na sexta-feira que o órgão britânico que regula serviços financeiros investiga quatro ex e atuais funcionários do banco.

O fundo soberano do Catar esteve entre o grupo de investidores que injetou 7,3 bilhões de libras (US$ 11,5 bilhões) no Barclays na primeira fase da crise financeira. As informações são da edição de sábado do jornal O Estado de S.Paulo.

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O vice-chairman do banco Barclays, Michael Rake, e Rich Ricci, executivo-chefe da divisão de investimentos da instituição, recusaram os convites para o cargo de chairman da instituição, disseram jornais britânicos neste domingo.

Isso significa que o Barclays continuará a enfrentar uma crise de liderança, iniciada com as recentes demissões de Bob Diamond como executivo-chefe, Marcus Angius como chairman e Jerry del Missier como chefe de operações. Eles renunciaram a seus cargos depois de revelado o envolvimento do Barclays em um esquema de manipulação da taxa de juros interbancária Libor.

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Segundo o Sunday Times, vários dos principais acionistas do Barclays queriam que Rake fosse o novo chairman, mas John Sutherland, diretor não-executivo encarregado de liderar o processo de seleção, afirmou que Rake pediu para ter seu nome excluído da lista de candidatos. Já o Sunday Telegraph disse que Ricci "teria dito a amigos" que não pretende ser CEO do Barclays, preferindo permanecer na divisão de investment banking para restaurar a reputação do banco após o escândalo de manipulação da taxa Libor.

Não havia porta-vozes do Barclays disponíveis para comentar essas informações.

O Sunday Times também disse que outros possíveis candidatos ao comando do Barclays incluem o chairman do grupo Pearson, Glen Moreno, e o barão Augustine O'Donnell, ex-secretário do gabinete de governo e ex-representante do Reino Unido junto ao FMI e ao Banco Mundial. O jornal ressalvou que lorde O'Donnell também é considerado um candidato potencial a ser o próximo presidente do Banco da Inglaterra (BoE).

O Barclays já concordou em pagar US$ 450 milhões às autoridades reguladoras do setor financeiro do Reino Unido e dos EUA para não sofrer processos criminais por sua participação no escândalo de manipulação da Libor. As investigações prosseguem dos dois lados do Atlântico e outros grandes bancos poderão ser punidos por seu envolvimento no esquema. As informações são da Dow Jones.

O alemão Deutsche Bank se ofereceu a autoridades da Comissão Europeia e da Suíça para cooperar nas investigações sobre suposta fixação da taxa de empréstimos interbancária Libor em troca de leniência, segundo um artigo publicado pela revista alemã Der Spiegel.

A revista afirmou que o Deutsche Bank solicitou status de testemunha colaboradora em 2011 e recentemente o pedido foi aceito. "Há nervosismo no Deutsche Bank", disse à revista uma pessoa próxima ao banco. O banco não quis comentar a reportagem.

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A Libor está no centro de um escândalo bancário internacional enquanto autoridades dos dois lados do Atlântico investigam acusações de que vários bancos manipulavam a taxa. Segundo a Spiegel, o Deutsche Bank é suspeito, junto com outras 20 instituições financeiras, de ter influenciado a taxa entre 2005 e 2011. As informações são da Dow Jones.

Gerentes do Barclays acreditaram, erroneamente, que tinham obtido permissão para oferecer estimativas artificialmente baixas para a taxa Libor após uma conversa ocorrida em 2008 entre Bob Diamond, o executivo-chefe do banco, e Paul Tucker, vice-governador do Banco da Inglaterra, reportou o Financial Times neste domingo.

Segundo um comunicado sobre os fatos que teria sido divulgado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, um funcionário do alto escalão do Barclays e uma autoridade sênior do banco central conversaram em 29 de outubro de 2008 e, na ocasião, a autoridade do BC inglês questionou o motivo pelo qual as estimativas submetidas pelo Barclays para a taxa Libor eram mais altas do que a de outros bancos, diz o jornal.

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Embora o documento não identifique os interlocutores da conversa, acredita-se que sejam Diamond e Tucker, afirma o FT, citando pessoas próximas à situação.

Após a conversa, funcionários de escalão mais baixo do Barclays "acreditaram, erroneamente, que operavam sob a instrução do Banco da Inglaterra (conforme a mensagem transmitida pela administração sênior do banco) para reduzir as estimativas de taxas do Barclays".

O comunicado diz que Tucker não deu tal instrução e que Diamond não acredita que o tenha feito, acrescenta o FT.

A Libor, referência de juro no mercado interbancário em Londres, é calculada pela Thomson Reuters, sob a supervisão da Associação de Banqueiros Britânicos, e é baseada em dados enviados diariamente por 16 bancos. As informações são da Dow Jones.

Quatro operadores do Royal Bank of Scotland foram demitidos no final de 2011 por participação na manipulação da taxa Libor, que os bancos cobram para emprestar uns aos outros, disseram fontes neste domingo. A revelação ocorre após o banco resgatado pelo governo confirmar que estava sendo investigado. O RBS, no qual o governo tem uma participação de 82%, não comentou quando contactado pela agência AFP.

O Reino Unido irá rever o processo de fixação da taxa, feito diariamente, e tentar criminalizar tentativas de manipulá-la, disse o Ministério das Finanças no sábado, depois de um escândalo revelado envolvendo o Barclays.

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Uma avaliação independente será conduzida para restabelecer a confiança na Libor, taxa utilizada internacionalmente como referência para vários outros empréstimos. As informações são da Dow Jones.

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