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"Elisa, quer casar comigo?". Foi com essa frase que o deputado italiano Flavio Di Muro, do partido nacionalista Liga Norte, interrompeu uma votação do Parlamento em Roma para pedir a companheira em casamento nesta quinta-feira (28).

Enquanto a Casa votava um projeto de lei sobre terremoto - que tem sido debatido há meses na Itália - Di Muro pediu a palavra para discursar na tribuna e fez a proposta de casamento à parceira que estava assistindo à sessão.    

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"Nós, políticos e homens institucionais, estamos sempre empenhados diariamente na gestão das emergências e embates políticos. Nos fins de semana, voltamos para nossas cidades e tentamos dar atenção à população. Frequentemente, deixamos de lado os verdadeiros valores, as pessoas que gostamos, que amamos. Desculpe interromper o trabalho da Casa, mas tenham respeito porque, para mim, hoje é um dia especial. Venho em tribuna dizer: 'Elisa, quer casar comigo?", anunciou o parlamentar, de 33 anos, originário de Turim, exibindo uma aliança.

O pedido foi recebido com aplausos por alguns parlamentares. O presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, porém, criticou o gesto e tentou interromper o político: "Deputado Di Muro, eu entendo tudo, mas... usar uma intervenção para isso não me parece, absolutamente, o caso", alegou Fico, representante do Movimento 5 Estrelas (M5S). 

Da Ansa

O político italiano Matteo Salvini, cuja popularidade cresce desde que ele se tornou ministro em junho, enfrenta sua primeira dificuldade. O partido a que pertence, o Liga Norte, corre risco de falência em razão de uma penalidade relacionada a casos de corrupção no passado.

Os aliados de governo do Movimento 5 Estrelas o pressionam nos últimos dias a cumprir com uma decisão judicial emitida na semana passada segundo a qual a Liga deve pagar 49 milhões de euros para recompor um fundo destinado a custos com uma eleição ocorrida há mais de uma década. A decisão ocorre em consequência de uma condenação anterior, contra a qual o partido recorre. Líderes da Liga Norte foram condenados por fraudar fundos públicos eleitorais.

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O partido de Salvini afirma que não possui o dinheiro. Membros afirmam que a existência da Liga Norte foi colocada em risco pela decisão do tribunal de que seja interrompido o envio de novos recursos até que o valor de 49 milhões de euros seja devolvido aos cofres públicos.

A Liga Norte conquistou 17% dos votos nas eleições parlamentares da Itália em março, mas pesquisas de opinião agora afirmam que mais de 30% dos italianos apoiam o partido.

Se o Poder Judiciário cortar o financiamento futuro do partido, no entanto, "o partido deixa de existir", conforme afirmou Giancarlo Giorgetti, braço direito de Salvini. A Liga Norte já alertou seus funcionários de que pode não ser capaz de pagar os salários deles por muito tempo.

Se não conseguir apelar com sucesso para reversão da pena ou para sua diminuição, o principal partido de extrema direita da Itália pode evitar a devolução de recursos reconstituindo-se sob outro nome. Líderes já consideram essa alternativa, conforme informaram à Dow Jones Newswires fontes próximas. Salvini, no entanto, disse publicamente que isso não ocorreria.

A penalidade dura não é a única dor de cabeça de Salvini na Justiça. Ele também foi posto sob investigação por ter se recusado a permitir que pessoas buscando asilo desembarcassem de um navio da guarda costeira italiana. Procuradores na Sicília, onde o navio aportou, questionam se a atitude de Salvini pode ser considerada sequestro. Salvini rejeita as acusações e disse na semana passada que faria tudo de novo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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