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O Sindicato dos Bancários de Pernambuco realiza um ato, às 12h desta quinta-feira (9), em frente à agência da Caixa da Ilha do Leite, na área central do Recife. O protesto é contra a venda de setores lucrativos do banco por parte do governo federal.

A mobilização da categoria ocorre em todo o país, intitulada Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública. A convocação ocorreu em razão do leilão da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), que estava marcado para 9 de maio, mas foi adiado pela sexta vez e deverá ocorrer no próximo dia 28, conforme aviso da Comissão de Outorga do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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No Recife, o Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM) também participará da mobilização. O grupo denuncia a interrupção de programas habitacionais.

Segundo o Sindicato dos Bancários, as loterias da Caixa arrecadaram quase R$ 13,9 bilhões em 2017. Desse valor, cerca de R$ 5,4 bilhões foram transferidos aos programas sociais do governo federal. "Caso a Loteria Instantânea seja privatizada, o repasse social deverá ser reduzido para 16,7%", afirma nota do sindicato.

No ano passado, o Fies recebeu R$ 730 milhões para financiamento de cursos superiores para estudantes, principalmente de famílias de baixa renda. Já para o Fundo Nacional de Cultura os repasses foram de aproximadamente R$ 387 milhões.

O presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, editaram o Decreto 9.327/2018, que regulamenta a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), criada por lei em 2015 e que será concedida à iniciativa privada ainda em 2018. A previsão do governo é que o edital saia nos próximos dias e o leilão ocorra no segundo trimestre deste ano.

Sobre o edital, o Tribunal de Contas da União (TCU) analisou os seus termos e no mês passado autorizou o governo a publicar o documento. Além do aval ao edital, o TCU ainda recomendou que o governo elaborasse um decreto para regulamentar o serviço. O decreto está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 4.

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Pelo texto, fica instituída a Lotex, implementada em meio físico e virtual, em que os apostadores conhecerão imediatamente o resultado de sua aposta sem a necessidade de aguardar o sorteio ou a apuração de concurso lotérico.

A Lotex terá como tema marcas, emblemas, hinos, símbolos, escudos e itens similares relativos às entidades de prática desportiva profissional de futebol ou outros temas associados a eventos de grande apelo popular, datas comemorativas, referências culturais, licenciamentos de marcas ou personagens e outros elementos gráficos e visuais que possam aumentar a atratividade comercial do produto.

O decreto estabelece que a Lotex será autorizada pelo Ministério da Fazenda e executada, em todo o território nacional, mediante concessão. Além disso, define o texto, do total da arrecadação de cada emissão serão destinados: 65% para a premiação; 10% para o Ministério do Esporte, a serem aplicados em projetos de iniciação desportiva escolar; 2,7% para as entidades de prática desportiva; 18,3% para despesas de custeio e manutenção do operador; 3% para o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen); e 1% para a Seguridade Social.

O ato diz ainda que ao Ministério da Fazenda compete "autorizar, homologar, normatizar, supervisionar e fiscalizar a execução e a exploração da Lotex" e que "o operador prestará os esclarecimentos e exibirá, para exame ou perícia, os elementos necessários ao exercício da fiscalização."

A presidente Dilma Rousseff decretou a inclusão no Programa Nacional de Desestatização da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), espécie de raspadinha virtual instituída em 2015 para ser explorada comercialmente com temas como o futebol. Dilma ainda incluiu no programa de concessão à iniciativa privada a Caixa Instantânea, subsidiária integral da Caixa Econômica Federal que foi criada para gerir o novo jogo.

Pelo decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (29) o Banco do Brasil fica designado como responsável pela execução e pelo acompanhamento do processo de desestatização.

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Entre outras atribuições, o BB vai contratar consultoria, auditoria e outros serviços necessários à execução da concessão; promover a articulação com o sistema de distribuição de valores mobiliários e as bolsas de valores; e selecionar e cadastrar empresas de reconhecida reputação e tradicional atuação em negociação de capital, transferência de controle acionário, venda e arrendamento de ativos.

Também caberá ao BB preparar a documentação dos processos de desestatização para apreciação do Tribunal de Contas da União (TCU) e atuar como mandatário para fins de alienação de participação societária na Caixa Instantânea.

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