Tópicos | Luca di Montezemolo

Luca di Montezemolo anunciou nesta quarta-feira que colocará fim à sua trajetória à frente da Ferrari. Presidente da montadora e da equipe de Fórmula 1 por 23 anos, ele decidiu deixar o cargo no dia 13 de outubro, no aniversário de 60 anos da marca nos Estados Unidos, graças aos novos planos da empresa. Durante mais de duas décadas, o italiano foi presença constante e bastante participativa nas decisões da escuderia na principal categoria do automobilismo.

Mas Montezemolo decidiu deixar a presidência antes do início de uma "nova fase" na Ferrari. Ele avaliou que a fusão da Fiat, que detém 90% do controle acionário da marca, com a Chrysler selou o momento certo para que ele saísse da montadora italiana, deixando o comando para o CEO do Grupo FCA (Chrysler Fiat Automobiles), Sergio Marchionne.

##RECOMENDA##

"A Ferrari vai ter um importante papel com a entrada do Grupo FCA na próxima bolsa de valores de Wall Street. Isso vai abrir uma nova e diferente fase, que eu sinto que precisa ser liderada pelo CEO do Grupo", comentou Montezemolo em comunicado divulgado nesta quarta-feira pela Ferrari.

Além do novo papel do Grupo FCA na bolsa de valores, os resultados ruins da Ferrari na Fórmula 1 teriam sido determinantes para a saída do italiano. Durante as últimas semanas, Sergio Marchionne chegou a cobrar publicamente o então presidente da marca pelo decepcionante desempenho na categoria.

As declarações aumentaram os rumores sobre a possível saída de Montezemolo, mas ele próprio chegou a dizer no último fim de semana, durante o GP da Itália, que pretendia comandar a Ferrari - tanto a fábrica como a equipe de Fórmula 1 - por pelo menos mais três anos.

Apesar deste desgaste, Montezemolo preferiu exaltar o período que passou no cargo. "Este é o fim de uma era e então eu decidi deixar minha posição de presidente depois de 23 maravilhosos e inesquecíveis anos, além daqueles que passei com Enzo Ferrari nos anos 70. Meus agradecimentos para as mulheres e homens da fábrica, aos escritórios, às pistas de corrida e aos mercados em todo o mundo. Eles foram os arquitetos reais de crescimento espetacular da empresa, suas muitas vitórias inesquecíveis e sua transformação em uma das marcas mais fortes do mundo."

Foi sob o comando de Luca di Montezemolo que a Ferrari viveu aquela que talvez tenha sido sua melhor fase na Fórmula 1, com os cinco títulos consecutivos de Michael Schumacher de 2000 a 2004. Mas a realidade atual da equipe é bem diferente. Enquanto a marca vive momento econômico estável, a escuderia passa por uma de suas maiores crises e atualmente é apenas a quarta colocada no Mundial de Construtores, atrás de Mercedes, Red Bull e Williams.

Sabedor de que este péssimo momento foi fundamental para que a pressão sobre ele ficasse insustentável, Montezemolo fez questão de agradecer aqueles que o apoiaram mesmo durante este período. "Meus pensamentos vão também para aqueles fãs que sempre nos apoiaram com grande entusiasmo, especialmente nos momentos mais difíceis da escuderia", apontou.

O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, fez um alerta a Felipe Massa. Neste sábado, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, o dirigente avisou que o piloto brasileiro só terá o seu contrato renovado para a temporada 2014 da Fórmula 1 se melhorar os seus resultados. E ele garantiu que Massa sabe disso.

"Felipe é um piloto muito rápido e um cara ótimo. Mas nos últimos dias fomos muito claros com ele, pois ele e nós precisamos de resultados e pontos. Então, em algum momento, nós iremos olhar um nos olhos do outro e decidir o que fazer", disse.

##RECOMENDA##

Massa até teve um começo regular de temporada, tanto que subiu ao pódio no GP da Espanha, com um terceiro lugar, mas caiu de rendimento nas últimas quatro provas, em que abandonou duas vezes e conseguiu apenas uma sexta e uma oitava colocação. Assim, ocupa o sétimo lugar no Mundial de Pilotos, com 57 pontos.

Se Massa está sob pressão na Ferrari, Montezemolo também demonstrou na entrevista que não está satisfeito com o comportamento de Fernando Alonso. No caso do espanhol, o dirigente se irritou com as críticas feitas pelo espanhol ao rendimento do carro da equipe. E demonstrou toda a sua insatisfação com a atitude de Alonso.

"Fernando nos deu muito nesses últimos anos e, repito, sua decepção, que surgiu principalmente após Silverstone, aonde nós esperávamos ser mais competitivos, é compreensível", disse. "Mas eu não gostei de algumas atitudes, algumas palavras, algumas explosões, e eu disse isso. Eu lembrei a todos, incluindo os pilotos, que a Ferrari vem antes de tudo, a prioridade é a equipe", completou.

Montezemolo destacou que, na Ferrari, o que importa é a equipe e não os pilotos. "Vou deixar claro que é na Ferrari que estou interessado. Pilotos, nós tivemos muitos, alguns muitos bons, outros bons, mas pilotos vem e vão, enquanto o time continua", disse.

O presidente da Ferrari, porém, reconheceu que a insatisfação de Alonso tem suas razões e garantiu que está agindo para que o carro da Ferrari seja competitivo na retomada da temporada 2013 da Fórmula 1, o GP da Bélgica, marcado para o dia 25 de agosto.

"Fernando é um ótimo piloto e eu o compreendo, ele é um pouco como eu, quer vencer", disse. "Ele apenas tem que se lembrar que ganhamos e perdemos juntos, e a Ferrari, de sua parte, deve dar a ele um carro capaz de começar das duas primeiras filas do grid. Não gosto de ver que o carro não é competitivo. É por isso que intervi, mesmo que não queira usar minha autoridade nos meus homens", comentou.

O saldo do GP da Alemanha foi negativo para as Ferrari, que viu Sebastian Vettel abrir vantagem na liderança do Mundial de Pilotos com a vitória em casa, enquanto o espanhol Fernando Alonso terminou a prova na quarta colocação e o brasileiro Felipe Massa abandonou ainda nas voltas iniciais. Mesmo assim, Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, garantiu que todos os objetivos traçados pela equipe ainda podem ser alcançados.

"Tudo ainda está em jogo, já que estamos na metade do campeonato e os objetivos do princípio da temporada ainda estão ao nosso alcance", afirmou Montezemolo, garantindo que Alonso pode reverter os 34 pontos de vantagem de Vettel e a equipe também pode lutar pelo título do Mundial de Construtores, apesar de estar 70 pontos atrás da Red Bull.

##RECOMENDA##

Para que isso aconteça, o dirigente ressaltou a necessidade da equipe aproveitar o período até o GP da Hungria, que será em 28 de julho, para desenvolver o carro e ser mais competitiva. "Antes do GP da Hungria teremos algumas semanas que serão decisivas, e teremos que aproveitar ao máximo, tanto no que se refere ao rendimento dos pneus como no desenvolvimento do carro", comentou.

Assim, Montezemolo destacou a necessidade da Ferrari recuperar o espaço perdido para as outras equipes, especialmente Red Bull e Lotus, que dominaram o GP da Alemanha. "Comprovamos uma vez mais a importância de analisar e gerenciar o comportamento dos pneus. Esta é uma regra válida para todos, mas nós temos que fazê-lo melhor que os outros se queremos ganhar. E também temos que ser melhores do que os outros no que se refere ao desenvolvimento do F138", concluiu, ao site oficial da Ferrari.

Por Thiago Augustto

Depois de um ano de altos e baixos, a Ferrari foi tomada por alguns rumores que o  presidente,  Luca di Montezemolo, estaria prestes a abandonar o cavalo rampante, para aceitar um cargo no Parlamento Italiano. O empresário comanda a Ferrari desde 1991. 

##RECOMENDA##

Durante sua gestão foram numerosas vitórias desportivas da equipe Ferrari e de Michael Schumacher (sete vezes campeão do mundo de Fórmula 1) e nos sucessos comerciais e técnicos conquistados pelos carros de série da Ferrari em todos os continentes. Montezemolo, que fundou o grupo liberal Itália Futura em 2009, afirmou que haveria conflito de interesses caso decidisse acumular as duas funções.

“Não lutarei para conseguir um cargo. Deixarei isso para pessoas qualificadas, que apoiaram e trabalharam com o nosso grupo durante todos estes ano. É justo que essas pessoas sejam as protagonistas do cenário político”, declarou o presidente da Ferrari.

No início dos anos 1990, quando foi nomeado presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, passou a dar prioridade ao automobilismo mundial, e transcendeu sua vontade de promover carros esportivos. Contou com a parceria do piloto Michael Schumacher, que após 21 anos de jejum trouxe um título do Mundial para a equipe. Somando todos os triunfos o “poderoso chefão” já acumula seis títulos de pilotos e oito campeonato construtores. 

O russo Vitaly Petrov novamente é notícia no mundo esportivo. No entanto, dessa vez, não foi pela sua atuação dentro das pistas da Fórmula-1. O corredor da Caterham concedeu uma entrevista polêmica ao jornal italiano “La Stampa”. Na ocasião, ele não poupou ao falar do concorrente Fernando Alonso e de Luca di Montezemolo, piloto e presidente da Ferrari, respectivamente, além da presença feminina na disputa da categoria.

Petrov e Alonso trocam farpas desde a temporada de 2010, por conta da corrida de Abu Dhabi. Naquele momento, o espanhol queria que o russo facilitasse sua ultrapassagem, já que lutava pelo título. Como não teve o desejo aceito, Fernando e Vitaly ficaram com a relação abalada.

##RECOMENDA##

Quando perguntado sobre a questão de pilotos patrocinados, Petrov se comparou ao espanhol. “Não acredito que exista diferença entre nós dois. Ele é financiado pelo Banco Santader. De toda forma, para chegar a disputar a Fórmula-1, é preciso ter talento”, afirmou o russo, que é apoiado financeiramente pela empresa Lada. Sobre suas relações com os outros pilotos na Fórmula 1, Petrov não hesitou e afirmou ao jornal: “É impossível ter amigos na Fórmula-1”.

O presidente da Ferrari também foi alvo das palavras do piloto. “Quando você não alcança o triunfo é mais cômodo se lastimar”, comentou em referência às reclamações de Luca em relação à aerodinâmica na categoria.

Petrov ainda rechaçou a participação de mulheres na categoria, dizendo que elas “não possuem o físico e também não são preparadas para alta velocidade”, no entanto, ele ainda abriu um parêntese na questão: “Na vida, tudo é possível”. Por fim, ele comentou sobre a falta de pilotos italianos na elite da disputa da F-1, já que ele ficou com a vaga de Jarno Trulli. Vitaly afirmou que “faltava paixão e apoio nas categorias de base” na Itália.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando