Tópicos | Maicon Andrade

O Brasil encerrou em grande estilo a sua participação no tae kwon do nestes Jogos Pan-Americanos. A equipe nacional faturou quatro medalhas nesta segunda-feira, com um ouro, obtido por Milena Titoneli na categoria até 67kg, em Lima, no Peru. Ícaro Martins conquistou a prata e Maicon Andrade e Raiany Pereira ficaram com o bronze.

Com o resultado, o Brasil obteve sua melhor campanha na modalidade em uma edição do Pan. No total, foram dois ouros, duas pratas e três bronzes. Além disso, Milena se tornou a primeira mulher do País a ser campeã pan-americana no tae kwon do.

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A atleta de 20 anos chegou à competição com status de favorita por ter sido bronze no Mundial, disputado em maio. Mesmo assim, teve dificuldade para superar as rivais pouco a pouco até chegar à final. Ela derrotou a colombiana Katherine Dumar, a cubana Arlettys Acosta e a norte-americana Paige McPherson, esta na final, por um apertado placar de 9 a 8.

Também nesta segunda, Ícaro Miguel levou a prata na categoria até 80kg, após vencer o porto-riquenho Elvis Barbosa e o dominicano Moisés Hernández. Na final, acabou sendo batido pelo colombiano Miguel Angel por 19 a 17.

Os bronzes foram para Raiany Pereira (acima de 67kg) e Maicon Andrade (acima de 80kg). Raiany foi derrotado na semifinal pela colombiana Gloria Mosquera por 23 a 10. E, na disputa do terceiro lugar, venceu com tranquilidade a venezuelana Carolina Fernandéz por 7 a 0.

Maicon Andrade, por sua vez, superou Stuart Achly Gi Smit, de Aruba, por 19 a 6, o canadense Jordan Stewart (14 a 4), mas caiu diante do norte-americano Jonathan Healy (9 a 4). Na briga pelo bronze, bateu o equatoriano Jesus Pera por 15 a 4.

Com o resultado, obteve feito importante: o pódio Pan de Lima se somou aos obtidos nos Jogos Olímpicos e no Mundial. "E ainda tem medalha em Grand Prix", brincou Maicon Andrade. A "Tríplice Coroa" é um feito inédito no País e o atleta se mostra orgulhoso por sua trajetória de 2016 para cá.

"Fico feliz de poder conquistar uma medalha importante para o Brasil e para minha carreira. Estamos aqui conseguindo mostrar nosso trabalho. Agora estou mais experiente, com a cabeça mais centrada e mais focado. Acho que aquela medalha nos Jogos do Rio abriu uma porta", comentou Maicon.

Antes da competição olímpica, ele não era tão conhecido. Mas o bronze em casa alavancou a carreira do lutador, que já tinha em seu currículo vitórias expressivas diante de grandes campeões. "Essas medalhas eram um sonho desde criança. Antes do Rio, tinha de provar para todo mundo que eu era capaz. Mas isso tudo me deu experiência", disse.

Ele não tinha um pódio no Pan e vibrou com a conquista da medalha inédita. Festeja também o fato de poder contar com três patrocinadores (bolsa atleta, Forças Armadas e Petrobrás) e só lamentou não ter tido uma melhor posição em Lima. "Entrei para engolir todo mundo, mas fui barrado na semifinal. Não deu, agora é cuidar dos machucados para competir no circuito mundial."

O Brasil terminou sua campanha no tae kwon do com sete pódios, entre oito possíveis - somente Rafaela Araújo (até 57kg) não se destacou. A melhor campanha anterior havia sido nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, quando o Time Brasil ganhou uma medalha de ouro, duas de prata e uma de bronze.

Desta vez foram duas medalhas de ouro, com Edival Marques (até 68kg) e Milena Titoneli (até 67kg), duas de prata, com Talisca Reis (até 49kg) e Ícaro Miguel (até 80kg), e mais três de bronze, com Paulo Ricardo Souza (até 58kg), Raiany Pereira (acima 67 kg) e Maicon Andrade (acima de 80 kg).

Os lutadores brasileiros se destacaram neste domingo, no dia de encerramento do Mundial de Tae Kwon Do, realizado em Manchester. Os representantes do País subiram ao pódio três vezes, com as medalhas de prata de Icaro Miguel e Caroline Gomes, além do bronze de Maicon Andrade.

A participação de Icaro e Caroline em finais, aliás, encerrou um hiato de 14 anos do Brasil, que não marcava presença na disputa do ouro em um Mundial desde 2005, quando Natalia Falavigna foi campeã e Márcio Wenceslau levou a prata.

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Icaro, de 22 anos e oitavo colocado no ranking da categoria até 87kg, conquistou quatro vitórias em Manchester para chegar à final. Ele passou por Gabriel Diaz, de Porto Rico, por 23 a 14; por Fernando Zapata, do Chile, por 7 a 4; por Alexader Bachmann, da Alemanha, por 19 a 4; e por Ivan Sapina, da Croácia, por 16 a 12.

Na final, perdeu para o russo Vladislav Larin por 19 a 9. O brasileiro chegou a começar a luta na frente, mas foi dominado no segundo round, quando levou vários golpes que atingiram o capacete e depois não conseguiu a virada.

Na categoria até 62kg, Caroline, de 22 anos, perdeu a disputa do ouro para Iren Yaman, da Turquia, atual número um do ranking mundial e bicampeã mundial, por 21 a 7. "Tive lutas duras aqui. Foram cinco lutas, mas infelizmente não levei o ouro, mas trabalhei muito duro pra chegar até aqui e vou continuar trabalhando porque eu sei que eu posso mais", comentou Caroline.

Antes da final, a brasileira havia somado quatro vitórias. Ela havia superado a iraniana Yala Valinejad (39 a 19), a montenegrina Teodora Mitrovic (27 a 2), a espanhola Marta Gomes (25 a 5) e a croata Bruna Vuletic (14 a 11).

Já Maicon levou o bronze após conquistar três vitórias e uma derrota na categoria para lutadores com mais de 87kg. Ele também foi bronze na Olimpíada do Rio, em 2016, resultado repetido com o revés nas semifinais para Rafael Alba, de Cuba, por 17 a 13.

Nas outras fases, ele havia superado o marroquino Ayoub Bassel, o iraniano Sajjad Mardani e o britânico Mahama Cho. "Eu poderia ter ido muito melhor, mas foi a vontade de deus e eu parei no bronze. Agradeço a torcida, as mensagens, meu técnico. É mais uma medalha para eu chegar bem nos Jogos Olímpicos", disse Maicon.

Nos dias anteriores, o Brasil havia faturado bronzes com Paulo Ricardo (até 54kg) e Milena Titoneli (até 67kg). Com isso, o Brasil fechou a competição com cinco medalhas, um recorde na história do Mundial, evento em que o País já subiu 19 vezes ao pódio.

No quadro geral de medalhas, o Brasil foi o 11º colocado do Mundial com duas pratas e três bronzes. A disputa foi liderada pela Coreia do Sul, com quatro ouros e sete medalhas, seguida pela Grã-Bretanha, com três ouros e quatro medalhas.

O brasileiro Maicon Andrade surpreendeu a todos neste sábado (20). Ele conquistou a medalha de bronze na categoria até 80 kg do taekwondo nos Jogos do Rio, com vitória emocionante

O brasileiro bateu por 5 a 4 o britânico Mahama Cho. Foi segunda medalha da história do País na modalidade, depois de outro bronze, de Natália Falavigna, em Pequim-2008.

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O brasileiro Maicon Andrade foi derrotado por 6 a 1 por Abdoulrazak Issoufou Alfaga, do Níger, neste sábado, nas quartas de final da categoria acima de 80 kg do taekwondo nos Jogos do Rio.

O sonho da medalha ainda não acabou totalmente para o paulista de 23 anos. Maicon precisa agora torcer para o 'carrasco' avançar para a final, para ter a possibilidade de disputar a repescagem e manter chances de buscar o bronze.

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Alfaga disputará sua semifinal às 17h15 (horário de Brasília), contra o vencedor do confronto entre o cubano Rafael Castillo e o uzbeque Dimitry Shokin.

No primeiro round, os dois adversários passaram a maior parte do tempo se observando, mas foi Maicon quem encontrou uma brecha primeiro, com um chute que valeu o primeiro ponto da luta (1-0).

O brasileiro foi recebido pelo público aos gritos de "MAICON, MAICON!". O nigerino também contou com uma 'torcida organizada' bastante animada que veio especialmente do pequeno país africano, que em toda sua história venceu apenas uma medalha olímpica, o bronze com o boxeador Issaka Daborg, em Munique-1972.

O brasileiro chegou até a apontar várias vezes para sua cabeça, como se estivesse incentivando o adversário a abrir a guarda para tentar acertá-lo.

No segundo round, Maicon pensou que tinha atingido o nigerino na cabeça, mas os árbitros acabaram não dando a pontuação depois de revisão com vídeo.

Alfaga iniciou a virada no final desse segundo assalto, com dois chutes no colete nos segundos finais.

A torcida gritou "vamos virar Maicon", mas não adiantou. O nigerino, bem mais alto que o brasileiro, dominou o último round e garantiu a vitória com ampla vantagem.

Maicon, que no início de carreira precisou trabalhar como ajudante de pedreiro para ajudar a sustentar a família, tinha feito uma estreia animadora, com vitória emocionante de virada sobre o americano Stephen Lambdin (9 a 7).

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