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O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) tomou posse no Plenário da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (30). Eleito primeiro suplente do seu partido, ele assumiu a vaga de Marcelo Lima (SP), que foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter se desfiliado do Solidariedade sem justa causa. O ato que declara a perda do mandato de Lima foi assinado também nesta quinta-feira pelos integrantes da Mesa Diretora da Câmara.

Esta é o quinto mandato de Paulinho da Força como deputado federal. 

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*Da Agência Câmara de Notícias

Em votação nesta terça-feira (12), o então deputado federal Arthur do Val (União Brasil), mais conhecido como Mamãe Falei, teve a aprovação da cassação do seu mandato por unanimidade pelo Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo. Agora, o processo por quebra de decoro parlamentar segue para ser votado em plenário e perde o mandato definitivamente se a maioria dos 94 parlamentares votarem a favor do projeto. 

Todos os nove membros do Conselho acataram o parecer do relator Delegado Olim (PP), contra Arthur do Val após o vazamento de áudios machistas e misóginos sobre as refugiadas ucranianas, que ele dizia que as ucranianas “são fáceis porque são pobres”. 

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“Eu errei, ponto final”, disse do Val ao se defender. “Quero pedir desculpas aqui, principalmente às mulheres ucranianas que estão aqui e às pessoas que verdadeiramente se ofenderam com os meus áudios. Eu apareço o tempo todo quando acerto, quando erro vou vir aqui assumir o meu erro, falar, ouvir e merecer algumas palavras que foram ditas aqui”, disse. 

Em seguida, Mamãe Falei apontou que o processo de cassação não era pelo conteúdo do áudio vazado, “é porque sou eu”. “Eu não tenho dúvidas de que vai ser 10 a zero. A gente viu o pessoal correndo com uma urgência que está fora do regimento, que foi atropelado. Isso está acontecendo porque todos aqui me odeiam, e falo isso sempre. Além de toda a minha conduta, que já irrita todo mundo, agora, eu ser o responsável por não conseguirem aumentar R$ 4 mil por mês para alugar carro, sei que isso incomodou muita gente”. 

Ele também apontou vários parlamentares e falou sobre o PT. “Esse processo é pelas minhas virtudes, que eu não sou como o PT, que tem que ser escravo do Lula. Vocês são escravos dessas pessoas; eu também bato de frente com o governo, a verdade é que eu não tenho ninguém aqui pra por um guarda chuva quando eu erro, e eu errei”. 

“Isso claramente não é um processo sobre machismo. Vamos ver o relator Olin, no caso do Fernando Cury, deputado que assediou a Isa Pena de verdade, não mandou um áudio, ele fez. Se fosse ele, eu duvido que seria cassado. Ao falar do relatório do deputado Cury, disse: ‘eu acho que estamos com uma pressa muito rápida, acho que temos que olhar com muita calma, não estou entendendo porque essa pressa. Qualquer coisa prorroga o prazo, ninguém vai deixar de cumprir o que tem que ser feito. Correria, coisa muito na rapidez, não funciona’”, alegou Arthur do Val, ao apontar antigas falas de deputados. 

Ele falou, ainda, sobre a pretensão em disputar ao governo de São Paulo antes de todo o burburinho do áudio vazado e da cassação. “Esse ano eu ia disputar o governo de São Paulo, a minha chance de ganhar era muito alta? Acho que não. O que seria o Arthur do Val nesse mesmo período do ano que vem? A minha força, meu propósito, a minha motivação e a replicação do meu trabalho não vem da atividade legislativa. Isso aqui é só um sintoma de uma causa maior que está aí fora, olha quantas pessoas me apoiam e vocês são testemunhas disso”. 

 

O deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA). Ele foi condenado, por unanimidade, por abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2014. Ele pode recorrer da decisão, tomada nessa terça (19) pelo TRE-PA, junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

Além da perda de mandato, a condenação também determina que o parlamentar fique inelegível por oito anos. Wladimir ficou conhecido como o deputado da tatuagem, por ter homenageado o presidente Michel Temer com a inscrição do nome do peemedebista no ombro antes da votação da denúncia contra ele na Câmara.

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No ano passado, ele já havia sido condenado pela Corte Eleitoral do Pará ao ser julgado pela arrecadação e gastos ilícitos na campanha eleitoral. Segundo o Ministério Público Eleitoral, Costa declarou ter gasto R$ 642.457,48 durante a campanha para a Câmara dos Deputados em 2014, mas deixou de declarar R$ 249.950. Ele recorreu da decisão e continuou no exercício do mandato.

Wladimir Costa exerce seu quarto mandato na Câmara e, além da defesa incisiva de Michel Temer, ele também se destacou em outros episódios. Na votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, por exemplo, ele estourou um rojão de confetes durante seu discurso justificando que o governo do PT dava "um tiro de morte" no coração do povo brasileiro.

 

Mesmo tendo seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral, o vereador do Recife Romero Albuquerque (PP) contou, após uma recente sessão plenária na Câmara, que continua “trabalhando normalmente” visto que teve a oportunidade de recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Os documentos da defesa foram entregues pelos seus advogados na última sexta-feira (30). 

O vereador disse estar confiante com o resultado. “Aqui a gente continua trabalhando como sempre. Está tudo normal. Confio que no tribunal a gente vai conseguir reverter essa sentença negativa porque eu acredito que é necessário um maior aprofundamento. O processo precisa ser analisado com cautela. Estou 100% confiante. Eu não tenho como ser penalizado por algo que eu não fiz”, declarou.

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Romero também chegou a se autoelogiar ao contar sobre feitos de seu mandato. “Temos feito um mandato espetacular. Se você analisar os projetos de lei, eu sou o número um de projetos neste mandato. Também sou o número um de requerimento e o único vereador que não faltou a nenhuma sessão. Eu faço um mandato exemplar e ser penalizado por uma coisa que eu não fiz e que não me beneficiou é muito triste. Eu me apeguei nessa palavra: foi muito triste”, disse.

Trabalho reconhecido

Romero afirmou que teve seu trabalho reconhecido pela população. “Digo porque a gente teve, em menos de um mês, antes de terminar a campanha [2016], mais de 15 mil pessoas com a faixa no Facebook. Foram mais de 15 mil pessoas em menos de um mês. Eu era o número um no Brasil, majoritária, vereadores, ninguém tinha tantas faixinha como eu. Isso porque eu já tinha quase 90 mil pessoas que me seguiam, que eu criei interação através de resgate animal, de atendimento veterinário e através de castrações. Esse trabalho foi reconhecido”, citou.

E voltou a falar sobre a oposição ao seu mandato. “O que aconteceu foi que a oposição trabalhou muito forte em cima da suposta propaganda patrocinada. O que aconteceu que os supostos 15 mil eleitores não quiseram mais  votar em mim tanto que eu tive pouco mais de 5 mil votos. Eu tive uma votação que me surpreendeu negativamente porque imaginava ter mais de 10 mil votos e ter apenas 5.623, o que demonstra que a oposição trabalhou bem não apenas eleitoralmente como também juridicamente”, finalizou.

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