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Marcelo Gallardo todo ano vê seu nome entre os candidatos a assumir um gigante da Europa ou mesmo uma seleção. Aos 45 anos, o treinador parece estar disposto a dar voos maiores na carreira e falou em tom de despedida nesta quinta-feira, logo após conquistar seu 12° título no comando do River Plate.

Campeão de tudo no clube após finalmente conquistar o Campeonato Argentino, Gallardo é visto com bons olhos na Europa pelo seu estilo de jogo, sempre buscando um futebol ofensivo. Quinta-feira, por exemplo, bastava um empate para o inédito título argentino e sua equipe arrasou o Racing, goleando por 4 a 0.

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O treinador pode mudar do continente ou assumir o Uruguai na missão de levar o país vizinho à Copa do Mundo do Catar. Ele não fala qual será seu futuro, mas dá a entender que não permanecerá em Buenos Aires após oito anos dirigindo o River Plate.

"A decisão que eu tomar vai ser muito difícil para mim. Pessoalmente, pode ser o mais difícil da minha vida", disse Galhardo à ESPN da Argentina. No comando do River, faltava o título argentino para coroar o trabalho iniciado em 2014, de 354 jogos, com 191 vitórias, 95 empates, 68 derrotas e 12 taças.

Galhardo ganhou duas Copa Libertadores no River Plate, uma Copa Sul-Americana, três Copas da Argentina, três Recopas, duas Supercopas e agora completou o currículo com o título argentino.

"É difícil ter um palpite sobre a continuidade do Gallardo. É uma escolha muito pessoal e espero que a decisão dele seja continuar no River", pressiona o presidente do River Plate, Rodolfo Donofrio, sem tanta esperança.

Tradicional no mundo do futebol, a revista britânica FourFourTwo (4-4-2, em alusão ao esquema tático) divulgou uma lista dos 50 melhores técnicos do último ano. Apenas três comandantes estão atuando em mercados fora da Europa, sendo que um deles é Hernán Crespo. O argentino de 45 anos assumiu o São Paulo neste ano e, nesta quinta-feira, começa a jornada em busca do seu primeiro título no clube tricolor: o Campeonato Paulista.

Segundo a publicação, Crespo ocupa a 50.ª colocação justamente por seu trabalho anterior ao São Paulo, que o levou a ser contratado pela diretoria tricolor. O treinador conquistou o primeiro título internacional do Defensa y Justicia com a Copa Sul-Americana em 2020. De acordo com a FourFourTwo, o argentino foi um jogador "poderoso e tenaz" e tem mostrado "tons similares" como técnico, além de ser influenciado pelo compatriota Marcelo Bielsa.

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A lista é liderada pelo espanhol Pep Guardiola, que mais uma vez levou o Manchester City ao topo da Inglaterra e está perto de conquistar mais uma Liga dos Campeões da Europa para sua vasta coleção de troféus. Os 10 primeiros colocados ainda contam, respectivamente, com: Antonio Conte (Internazionale), Diego Simeone (Atlético de Madrid), Jürgen Klopp (Liverpool), Julian Nagelsmann (RB Leipzig), Hans-Dieter Flick (Bayern de Munique), Thomas Tuchel (Chelsea), Mauricio Pochettino (Paris Saint-Germain), Gian Piero Gasperini (Atalanta) e Brendan Rodgers (Leicester City).

De fora do continente europeu, além de Crespo, apenas mais dois treinadores estão presentes na lista. Um deles é o espanhol Rafa Benítez, do Dalian Yifang, da China, que ocupa a 43.ª posição. A revista se refere a ele como "o chefe" e diz que é adorado mundialmente por ser cordial e por ter conquistas únicas por toda a Europa. Aos 61 anos, deixou recentemente o futebol asiático.

O outro é Marcelo Gallardo, técnico do River Plate, que ocupa a 30.ª colocação geral. Com seu nome ventilado em clubes brasileiros, o argentino de 45 anos é visto como uma grande "promessa" sul-americana quando o assunto é o mercado de técnicos. A publicação afirma que ele usa a tradicional formação 4-4-2, mas que é completamente capaz de mudar o esquema rapidamente para surpreender seus adversários.

Outros nomes conhecidos mundialmente também fazem parte da lista como o norueguês Ole Gunnar Solskjaer (Manchester United) na 13.ª posição, o português José Mourinho (Roma) na 19.ª colocação e o francês Zinedine Zidane (Real Madrid) em 21.º lugar, entre outros.

Especulado em alguns clubes europeus, o técnico Marcelo Gallardo garantiu que não deixará o River Plate. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o treinador afirmou que nunca teve dúvidas quanto à sua permanência e assegurou que estará na apresentação do time argentino para a pré-temporada.

"Nunca tive dúvidas sobre minha continuidade", garantiu Gallardo. "No dia 2 de janeiro vou estar aqui para começar a pré-temporada, que pode ser no Uruguai, em Buenos Aires ou no sul da Argentina. Não me interessa gerar nenhum tipo de incerteza", continuou.

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Prestigiado no mercado pelo trabalho de sucesso à frente do River Plate, Gallardo passou a ter seu nome ligado a alguns times da Europa. O Everton, que recentemente demitiu o português Marco Silva, foi o último deles, de acordo com a imprensa inglesa. De acordo com a mídia espanhola, o Barcelona também sondou o técnico. Certo é que ao menos por enquanto, Muñeco, como é conhecido, não vai deixar o River.

"Meu desejo é continuar, disse hoje aos jogadores. Além de que em meu contrato, que termina em dezembro de 2021, não há cláusulas e temos uma relação muito cordial e afetiva com (o presidente) Rodolfo (D'Onofrio)", explicou Gallardo.

No cargo desde 2014, Gallardo foi protagonista do ressurgimento do River Plate ao resgatar um combalido time e o transformar em um dos mais temidos da América do Sul. Logo, se tornou o treinador mais vitorioso da história do clube, com sete títulos internacionais: duas Libertadores, uma Copa Sul-Americana, uma Copa Suruga e três Recopas.

Além disso, também venceu uma Supercopa Argentinas e duas Copas Argentinas, torneio este que ele pode vencer pela terceira vez, uma que o River joga a final nesta sexta-feira contra o Central Córdoba.

Falta a Gallardo o título do Campeonato Argentino, que o River não vence desde 2014. Talvez por isso queria ficar mais algum tempo na Argentina antes de se aventurar no futebol europeu.

Uma comitiva liderada pelo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, e advogados do clube já está a caminho do Paraguai para pedir a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) a reversão dos pontos da segunda partida da semifinal da Copa Libertadores, contra o River Plate, em função do descumprimento do regulamento da competição por parte do técnico da equipe argentina, Marcelo Gallardo. Após ser derrotado por 2 a 1 no confronto de volta do mata-mata, o time gremista foi eliminado da competição na noite de terça-feira, em Porto Alegre.

Em meio aos inúmeros questionamentos extracampo, que culminaram com a eliminação do Grêmio, Gallardo também estava proibido pela Conmebol de se comunicar com o auxiliar técnico durante a partida e de ter contato com os atletas no vestiário. Além de descumprir as regras, o treinador argentino afirmou que faria tudo novamente. Direto do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, o vice jurídico do Grêmio, Nestor Hein, afirmou ao Estado que buscará a reversão dos pontos.

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"O Gallardo estava punido e mesmo assim foi ao vestiário, no intervalo, e deu instruções. No final do jogo, ele disse que não tinha cumprido a regra da Conmebol, que se orgulhava disso e que não faria diferente se pudesse voltar atrás. Então, já que há um descumprimento de regra, o Grêmio vai buscar os seus direitos", afirmou.

Nestor Hein ainda vai elencar dois casos envolvendo clubes brasileiros na Libertadores para tentar convencer a Conmebol a acatar o recurso gremista. Segundo o advogado, o Santos foi penalizado contra o Independiente, nas oitavas de final, após a Conmebol ter considerado irregular a escalação do meio-campista Carlos Sánchez. Além disso, o zagueiro Dedé, do Cruzeiro, foi expulso injustamente contra o Boca Juniors, no jogo de ida das quartas de final, teve a penalidade revertida pela organização da competição e pôde atuar na partida de volta. "A possibilidade existe. Vamos ver como o tribunal vai se comportar", assinalou.

A previsão de Nestor Hein é de que Conmebol se manifeste até esta quinta-feira sobre o recurso do Grêmio. Como o tribunal da Conmebol é de penas, não haverá, em um primeiro momento, oportunidade de defesa para o River Plate. O clube argentino somente poderá se pronunciar após a decisão da entidade.

A decisão de ajuizar a reclamação na Conmebol foi tomada nesta manhã de quarta-feira pelo Grêmio. "O Grêmio decidiu ajuizar reclamação por descumprimento do regulamento geral da competição e do regulamento disciplinar, em face da participação irregular do treinador do River Plate no vestiário durante o intervalo para instruções aos atletas do seu clube, assim como por meio de comunicação por rádio com seu auxiliar - estando ele suspenso pela Conmebol. A tipificação do fato está devidamente comprovada no artigo 176 do regulamento geral da competição e artigos 19, 56 e 76 do regulamento disciplinar da Conmebol", descreve.

Além disso, o Grêmio adverte que o primeiro gol do River Plate na última terça ocorreu em condição irregular, sem qualquer participação ou interferência do VAR, embora as imagens tenham constatado o fato de que a bola bateu no braço do atacante Borré após ele dar a cabeçada para empatar o duelo na arena gremista. "A Conmebol, antecipadamente aos jogos das semifinais, reuniu os clubes em sua sede e estabeleceu o fair play com vistas às disputas. Na ocasião, obteve concordância de todos os clubes em competir de forma limpa, cumprindo as regras do jogo, o que motiva o Grêmio a tomar suas providências", diz a nota.

O River Plate não terá tarefa fácil neste domingo. Às 8h30 (horário de Brasília), em Yokohama, decidirá o título do Mundial de Clubes contra o poderoso Barcelona, time mais vitorioso do cenário europeu na última década. Por isso, o favoritismo está todo do outro lado, mas se engana quem pensa que a equipe argentina se contentará com o vice do torneio.

"Eles têm os melhores jogadores, mas nós temos um coração enorme", declarou o técnico do time argentino, o ex-jogador Marcelo Gallardo, neste sábado. Para o treinador, o "Barça é o grande favorito" também porque "o River não chega da melhor maneira possível".

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"Nós estamos em um momento diferente do que tivemos durante o ano. Gostaria que a equipe chegasse em uma melhor situação coletiva, individual e futebolística, mas da mesma forma tentaremos fazer nosso jogo e nos sustentaremos na qualidade da nossa equipe. Temos que jogar uma partida perfeita em todos os níveis", comentou.

Diante do Sanfrecce Hiroshima, nas semifinais, o River de fato apresentou um futebol pobre, chegou a ser dominado em boa parte da partida, mas arrancou a vitória com um gol de cabeça no segundo tempo. Para tentar igualar as forças diante de um dos melhores times do mundo, Gallardo não quer seus comandados apenas defendendo.

"Vamos defender e suportar, mas quando estivermos com a bola, temos que atacá-los e atacá-los, porque considero que temos chance de machucá-los quando estivermos atacando", analisou. "Não devemos pensar demais, é questão de desfrutar. Este tipo de jogo não acontece toda hora."

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