O delegado de Petrolina, Marceone Ferreira, responsável pelo caso Beatriz, convocou coletiva de imprensa na noite desta terça-feira (29), na sede operacional da Polícia Civil, área central do Recife. Durante a ocasião, novas informações foram repassadas sobre o assassinato. O fato aconteceu no dia 10 de dezembro, durante uma festa de formatura na quadra do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no sertão do estado. A criança levou 40 brutais facadas.
[@#galeria#@]
##RECOMENDA##De acordo com o delegado, três chaves que dariam passagem para o locais próximos ao ginásio da festa estão desaparecidas. Com isso, as possibilidades de qual foi o local exato do crime foram reduzidas. Além disso, quem matou a menina Beatriz só teria uma rota de tráfego, em frente ao palco da festa; no entanto, a falta de imagens (não há circuito de vigilância) dificulta as investigações.
Estão sendo analisadas imagens dos profissionais de vídeo e fotografia que registravam a festa, além das imagens do evento feitas pelos convidados. Ainda segundo as investigações, cinco personagens são suspeitos e todos pertencem ao quadro de funcionários da escola. "Cinco pessoas estão entre os suspeitos e todos apresentam mentiras durante o depoimento. O que há em comum é que todos são funcionários da escola", explica o delegado.
Foram ouvidas mais de 100 pessoas e, dentre elas, nove testemunhas dizem ter visto o suspeito do retrato falado no local onde o corpo da criança foi encontrado. Uma delas contou que cruzou com Beatriz enquanto ela descia as escadas para a área do bebedouro. Outra, de acordo com imagens, desceu as escadas vinte e nove segundos após a vítima e ao chegar no local do bebedouro, ela já não estava mais lá.
Apesar disso, as investigações apontam que a escolha da vítima foi feita de forma aleatória. "Uma outra criança foi convidada a ir em uma sala buscar uma mesa, mas correu de volta para a mesa onde se encontravam os pais", detalha o delegado.
Segundo as informações, Beatriz não foi atraída até o local da morte. A mãe havia permitido sua ida ao bebedouro, no entanto, fez o pedido para que voltasse rápido para assistir a entrega do diploma da irmã que estava se formando. Diante dos acontecimentos da celebração da festa, a mãe somente deu conta da falta da menina após vinte minutos.
As investigações apontam que todo o processo da chegada da menina ao local do bebedouro, sua morte e a limpeza do local aconteceu em vinte minutos. "Esse caso ainda está cercado de mistérios", aponta o delegado.