Tópicos | Mark Rutte

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, anunciou que deixará a política depois das eleições parlamentares antecipadas que acontecerão no fim do ano, o que marcará o fim da carreira do chefe de Governo que permaneceu por mais tempo no cargo na história do país.

Rutte, que liderou quatro governos de coalizão desde 2010, anunciou na sexta-feira (7) o fim de sua coalizão de quatro partidos, depois de disputas internas sobre o endurecimento da política de asilo.

"Ontem de manhã tomei a decisão de que não sou mais adequado para liderar a lista do VVD novamente. Quando um novo governo tomar posse após as eleições, eu vou deixar a política", afirmou nesta segunda-feira (10) no Parlamento.

Rutte, do Partido Popular pela Liberdade e a Democracia (VVD, centro-direita), destacou que permanecerá como líder do governo interino até as eleições, que não devem acontecer antes de meados de novembro, de acordo com o Conselho Eleitoral Holandês.

Porém, ele enfrenta ainda nesta segunda-feira uma votação no Parlamento, onde a oposição está disposta a destituí-lo como primeiro-ministro interino.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe, nesta terça-feira (9), a visita oficial do primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, em Brasília. O premiê holandês está em missão comercial no país, acompanhado de uma comitiva de empresários do país europeu. A visita começou em São Paulo nesta segunda-feira (8), passa por Brasília e depois pelo Ceará.

Rutte será recebido amanhã, no Palácio do Planalto, às 16h30, em reunião bilateral com foco em temas da agenda comercial. Uma declaração conjunta entre os dois chefes de governo está prevista para o fim do dia. Depois disso, o presidente Lula e a primeira-dama, Janja da Silva, oferecerão um jantar à delegação holandesa no Palácio do Itamaraty.

##RECOMENDA##

Segundo o Palácio do Planalto, a última parte da visita de Rutte será em Fortaleza, onde o premiê vai conhecer o Terminal Portuário do Pecém, que tem uma parceria de 75 milhões de euros com o Porto de Roterdã, um dos principais da Europa.

Tradicionais parceiros comerciais do Brasil, os Países Baixos estão entre os maiores investidores estrangeiros imediatos no mercado brasileiro, com estoque de cerca de US$ 126 bilhões em 2021, segundo o governo. Em 2022, foi o quarto país no mundo – e o primeiro da Europa – que mais importou produtos brasileiros, com fluxo de US$ 11,9 bilhões. O Reino dos Países Baixos está em 21º lugar no ranking de países que mais exportaram para o Brasil, com US$ 2,75 bilhões.

O principal produto brasileiro de exportação para a Holanda foi o petróleo, com 18% do total, seguido por soja (9,5%) e ferro (5,9%). Os combustíveis refinados responderam por 42% dos produtos importados pelo Brasil, seguidos por adubos e fertilizantes (11%) e produtos industrializados (4,7%).

A presidente Dilma Rousseff teve, neste sábado, 11, pela manhã, uma primeira reunião bilateral com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, e terá outras duas, com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ainda nesta primeira parte da Cúpula das Américas.

O encontro com o primeiro-ministro tratou essencialmente de educação e internet. De acordo com informações do Palácio do Planalto, Rutte elogiou a ação brasileira que resultou na criação de uma resolução das Nações Unidas sobre a privacidade na internet.

##RECOMENDA##

Os dois chefes de Estado também trataram da compra da BG Group, uma das maiores sócias da Petrobras no campo de Lula do pré-sal brasileiro, pela empresa anglo-holandesa Royal Dutch Shell, e teriam concordado que a associação será muito boa para a Petrobras.

A rainha da Holanda, Beatriz, decidiu realizar eleições nacionais no dia 12 de setembro após a renúncia do primeiro-ministro Mark Rutte, que permanecerá no cargo interinamente até o pleito. A Holanda ficará por mais de quatro meses com um governo interino, que luta para manter o déficit do orçamento dentro do limite de 3% da União Europeia (UE).

O ministro de Finanças, Jan Kees de Jager, teve reuniões nesta quarta-feira em uma tentativa de encontrar um denominador comum entre os vários partidos políticos, antes de um debate que acontecerá amanhã sobre as finanças públicas do país.

##RECOMENDA##

Após apenas 18 meses de governo, Rutte apresentou seu pedido de renúncia na segunda-feira por não conseguir aprovar no Parlamento uma proposta que reduziria os gastos públicos em bilhões de euros. A extrema direita holandesa, que dava apoio ao governo de coalizão de centro-direita, abandonou a base parlamentar do primeiro-ministro, que ficou sem a maioria no Parlamento.

Em reunião com Rutte na noite de ontem, a rainha Beatriz o orientou a dissolver o Parlamento e marcar eleições para 12 de setembro.

Rutte é um dos principais críticos dos países que não seguem as regras orçamentárias da União Europeia e agora, no governo provisório, enfrenta a difícil tarefa de reduzir o déficit holandês a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Partidos de oposição dizem que cortes orçamentários drásticos prejudicariam a economia.

A agência de classificação de risco Fitch publicou hoje um relatório no qual manteve a classificação de risco triplo A da Holanda, embora tenha alertado que se o país fracassar em reduzir o déficit a 3% do PIB em 2013, a pressão sobre a nota holandesa aumentará. Para 2012, projetou a agência, o déficit holandês deverá ser de 4,5% do PIB.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando