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O Brasil continua com três lutadoras na liderança do ranking mundial de judô, que teve a sua atualização publicada nesta terça-feira pela Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês), após a realização do Grand Prix de Rijeka, na Croácia, no último fim de semana. Na lista, Sarah Menezes, Mayra Aguiar e Maria Suelen Altheman ocupam a primeira colocação.

Sarah está na primeira posição na categoria até 48kg com 2.454 pontos e mais de 500 de vantagem para a segunda colocada, a mongol Urantsetseg Munkhbat. Mayra lidera entre as judocas de até 78kg, com 2.380 pontos, mais de 300 à frente da húngara Abigel Joo. Já Maria Suelen é a número 1 na categoria mais de 78kg, com 2.756 pontos, apenas 26 a mais do que a cubana Idalys Ortiz.

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O País ainda tem outras duas judocas entre as três melhores do mundo. Érika Miranda é a vice-líder da categoria até 52kg, com 1.670 pontos, contra os 2.980 de Majlinda Kelmendi, do Kosovo.

Já a campeã mundial Rafaela Silva caiu para o terceiro lugar na categoria até 57kg, com 1.918 pontos, ao ser ultrapassada pela alemã Miryam Roper, com 1.994, medalhista de ouro no último fim de semana na Croácia. A primeira colocação da lista segue sendo da francesa Automne Pavia, com 2.230 pontos.

Entre os judocas, o Brasil ten dois vice-líderes. Victor Penalber, na categoria até 81kg, com 1.556 pontos, atrás do georgiano Avtandili Tchrikishvili, com 1.994, e Rafael Silva, na categoria mais de 100kg, com 2.280 pontos, 20 a menos do que o francês Teddy Riner.

O Mundial de Judô foi como uma guerra para Mayra Aguiar. A primeira batalha ela perdeu, eliminada nas quartas de final da categoria até 78kg pela holandesa Marhinde Verkerk. Mas, após intervalo de quase três horas entre as duas etapas do dia no Maracanãzinho, a brasileira recarregou os cartuchos e venceu a segunda batalha, conquistando a sua sétima medalha seguida em competições desse nível, a segunda consecutiva de bronze.

"Perder uma luta é muito, muito difícil. Temos que usar essa pausa (na competição, até o começo das finais) para esquecer e entrar numa nova competição. O primeiro tiro foi dado. Mas eu ainda tinha mais munição para conquistar o bronze. Fiquei muito abalada, mas tinha muita gente para me motivar. Tem que ser forte para voltar", comentou Mayra Aguiar, após vencer a canadense Catherine Roberge na disputa pela medalha de bronze.

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De acordo com o técnico dela na Sogipa, Kiko, Mayra Aguiar lutou apenas com 40% do seu potencial, culpa de uma lesão no pulso direita sofrida ainda durante o Masters de Judô, em maior. "Não deu tempo de recuperar bem. Quando você está lesionado, você não se prepara bem. Ela estava com 40% da condição dela", disse o treinador.

Mas, na área de entrevista do Maracanãzinho, Mayra Aguiar não quis apontar a parte física como culpada por não ter conseguido o esperado ouro - era a líder do ranking mundial na sua categoria. "Dor não tem como não sentir. Foi na base da superação. Dor vou sentir sempre. Mas agora vou me recuperar para a disputa por equipes, domingo. Vou fazer o que puder para ajudar", avisou..

Em contrapartida, ela revelou que o problema foi mental. "Pesou um pouco a cabeça. Mas isso não vai mais acontecer", explicou a judoca de apenas 22 anos, sem ir a fundo no problema. Durante a entrevista, porém, falou da pressão da mídia e que todo o atleta tem problemas pessoais.

Depois de subir ao pódio nas três últimas edições do Mundial na categoria adulto (foi também quatro vezes medalhista no Mundial Júnior), Mayra Aguiar ainda não ganhou a tão sonhada medalha de ouro - tem prata em Tóquio/2010 e bronze em Paris/2011. Para ela, isso é só questão de tempo. "Fui com muita vontade, mas não conseguiu sair daqui com o ouro. Mas tem Mundial todo ano. Uma hora vai vir o ouro", disse ela, esperançosa - o próximo é no ano que vem, na Rússia.

Antes, Mayra Aguiar ainda tem a chance de ser campeã mundial por equipes, neste domingo, no Rio. Como a categoria de peso dela (até 78kg) não consta no programa da disputa por equipes, será a reserva de Maria Suelen Altheman e, se a seleção precisar, lutará contra atletas sem limite de peso, muitas vezes mais de 50kg mais pesadas do que ela.

O judô brasileiro tem chance de conquistar duas medalhas nesta sexta-feira no Mundial, que está sendo realizado no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio, mas nenhuma de ouro. Derrotadas nas quartas de final, Mayra Aguiar e Maria Portela vão disputar a repescagem nesta tarde e garantem o bronze caso conquistem duas vitórias cada.

Líder do ranking mundial na categoria até 78kg, Mayra era favorita a ser campeã no Rio. Ela estreou apenas na segunda rodada do Mundial de Judô. A brasileira encarou a italiana Assunta Galeone e forçou a adversária a receber duas punições. Além disso, Mayra conseguiu aplicar um wazari no final da luta, avançando assim para a etapa seguinte da competição no Rio.

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Em seguida, diante da holandesa Marhinde Verkerk, Mayra começou melhor a luta e viu a adversária levar uma punição. A adversária, porém, se recuperou no combate. A brasileira recebeu duas punições, o que pôs sua oponente em vantagem. Além disso, sofreu um ippon quando faltavam apenas quatro segundos para o encerramento da luta.

Pesou para a eliminação de Mayra a lesão no punho direito sofrida pela brasileira durante o Masters de Judô, vencido por ela, no final de maio, na Rússia. Depois disso, mesmo com a contusão, ela participou de outras competições, mesmo que siga com dificuldades até para fechar a mão.

A expectativa, inclusive, é para que Mayra realize uma cirurgia após o encerramento do Mundial. Com dores e decepcionada com a chance perdida de conquistar a medalha de ouro dentro do próprio País, a brasileira deixou o tatame após a sua luta chorando muito.

Sem conseguir a classificação para as semifinais do Mundial de Judô, Mayra disputará nesta tarde a repescagem, quando tentará igualar o seu desempenho na Olimpíada de Londres, no ano passado, quando faturou o bronze. A brasileira vai enfrentar a ucraniana Viktoriia Turkis. Em caso de triunfo, disputará o bronze.

A situação é a mesma de Maria Portela. Nesta sexta, na categoria até 70kg, a brasileira venceu suas duas primeiras lutas, mas acabou sendo derrotada nas quartas de final. Assim, disputará a repescagem ainda nesta tarde, assim como Mayra na categoria até 78kg.

Oitava colocada no ranking mundial na sua categoria, Maria Portela estreou na sua categoria com vitória sobre a dinamarquesa Emile Sook, com um wazari. Em seguida, a brasileira encarou a casaque Dinara Kudarova, que chegou a aplicar um wazari. Maria Portela, porém, conseguiu um ippon quando faltavam 58 segundos para o final da luta para se garantir nas quartas de final.

Em busca de uma vaga nas semifinais, Maria Portela encarou a sul-coreana Ye-Sul Hwang, mas não teve o mesmo sucesso. Diante de uma lutadora mais alta, a brasileira teve dificuldades para aplicar golpes e perdeu por yuko. Assim, vai disputar a repescagem contra a francesa Lucie Decosse nesta tarde. Em caso de triunfo, lutará pelo bronze da categoria até 70kg.

Maria Suelen Altheman (até 78kg) conquistou neste domingo (21) a única medalha de ouro do Brasil no último dia do Grand Slam de Judô de Moscou. Os lutadores do País subiram ao pódio outras duas vezes, com Mayra Aguiar (até 78kg), que ficou com a prata, e Luciano Corrêa (até 100kg), que faturou a medalha de bronze.

A medalha de ouro de Maria Suelen foi garantida com um ippon na final contra a japonesa Kanae Yamabe. Já Mayra perdeu a sua decisão por um yuko para a húngara Abigel Joo. Luciano Corrêa, por sua vez, venceu o casaque Maxim Rakov, que sofreu quatro shidôs, caracterizando Hansoku-make, na disputa do bronze. Na mesma etapa, Victor Penalber (até 81kg) ficou sem medalha ao perder por ippon para o russo Ivan Vorobev.

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Os outros brasileiros que competiram neste domingo não tiveram o mesmo sucesso. Bárbara Timo (até 70kg) perdeu na sua segunda luta para a alemã Lauras Vargas Koch, por ippon, e na repescagem para a britânica Sally Conway, também por ippon. Eduardo Silva (até 90kg) foi batido pelo georgiano Zviad Gogotchuri na sua segunda luta.

Rochele Nunes (mais de 78kg) perdeu na segunda rodada por ippon para a japonesa Kanae Yamabe e na repescagem para a britânica Sarah Adlington. Rafael Silva (mais de 100kg) caiu na segunda luta para o georgiano Levani Matiashvili e na repescagem para o tunisiano Faicel Jaballah, ambas por ippon.

Mauro Moura (até 81kg) foi eliminado logo na sua luta de estreia, contra o checo Jaromir Jezek, por ippon, assim como Maria Portela (até 70kg), que caiu por ippon ante a japonesa Yuka Osumi. Renan Nunes (até 100kg) foi derrotado por ippon na sua estreia ante o alemão Dimitri Peters. David Moura (mais de 100kg) perdeu na primeira rodada para o alemão Robert Zimmerman por ippon.

Com esses resultados, o Brasil encerrou a sua participação no Grand Slam de Judô em primeiro lugar no quadro geral de medalhas, com três ouros, quatro pratas e três bronzes. No sábado, Sarah Menezes (até 48kg) e Charles Chibana (até 66kg) foram campeões, Ketleyn Quadros (até 57kg), Érika Miranda (até 52kg) e Felipe Kitadai (até 60kg) ficaram com a prata, enquanto Rafaela Silva (até 57kg) e Luiz Revite levaram o bronze.

Na melhor fase da sua história a três anos dos Jogos do Rio, o judô brasileiro comemora ter alcançado um feito inédito: atualmente, três atletas do País ocupam o topo do ranking mundial em suas categorias. É a primeira vez que isso acontece ao mesmo tempo, com Sarah Menezes (48kg), Mayra Aguiar (78kg) e Victor Penalber (81kg) apontados como melhores do mundo.

A última atualização do ranking, na semana passada, devolveu Victor Penalber ao primeiro lugar. "O Brasil está cada vez mais forte, competitivo e, durante o ciclo olímpico, certamente teremos outros atletas chegando ao topo do ranking. Estou muito feliz por voltar a liderar minha categoria mas sei que ainda tenho muito o que trabalhar, especialmente com foco no Mundial. É muito legal estar no topo do ranking, contudo é apenas um detalhe na preparação para as próximas competições", disse Victor.

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O Brasil, que teve a terceira maior delegação do último Masters de Judô (do qual só participam os 16 melhores de cada categoria) tem ainda Maria Suelen Altheman e Rafael Silva na segunda posição do ranking dos pesos pesados. Felipe Kitadai (60kg) está na terceira posição.

Os judocas brasileiros já conhecem os adversários de estreia no World Masters e o caminho na luta pelo título do torneio, que será realizado em Tyumen, na Rússia, neste fim de semana. O combate que mais chamou a atenção envolve Sarah Menezes, na categoria até 48kg. A campeã olímpica medalhista de bronze em 2011 e 2012 no World Masters vai enfrentar a também brasileira Taciana Lima, que agora compete por Guiné-Bissau. No mesmo peso, que será disputado neste sábado, Gabriela Chibana vai encarar a mongol Urantsetseg Munkhbat.

Também no sábado, na categoria até 52kg, Eleudis Valentim luta com a espanhola Laura Gomez e Érika Miranda vai pegar a francesa Priscilla Gneto. Na categoria até 57kg, Ketleyn Quadros e Rafaela Silva vão enfrentar a japonesa Megumi Ishikawa e a sul-coreana Jan-Di Kim, respectivamente. Já Katherine Campos (até 63kg) vai lutar com a austríaca Kathrin Unterwurzacher.

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No masculino, na categoria até 60kg, Felipe Kitadai estreia contra Ilgar Mushkiyev, do Azerbaijão, e Diego Santos enfrenta Amartuvshin Dashdavaa, da Mongólia. No sábado, Luiz Revite (até 66kg) enfrentará o israelense Golan Pollack e Bruno Mendonça (73kg) vai lutar contra Nugzar Tatalashvili.

"De uma maneira em geral, achei que o sorteio foi bom para os brasileiros, já que numa competição desse nível não dá para escolher quem vai enfrentar. É uma competição muito forte mas a maioria dos adversários já são conhecidos dos atletas que tiveram contatos com eles nos treinamentos de campos que participaram ou em competições", analisou o técnico Luiz Shinohara.

No domingo, competem Maria Portela (70kg), Mayra Aguiar (78kg), Maria Suelen Altheman (+78kg), Rochele Nunes (+78kg), Victor Penalber (81kg), Tiago Camilo (90kg), Renan Nunes (100kg), Luciano Correa (100kg), Rafael Silva (+100kg), Walter Santos (+100kg) e David Moura (+100kg).

Campeão em 2012, Rafael Silva pode aproveitar a ausência do francês Teddy Riner para faturar o bicampeonato do World Masters. Na primeira rodada, o peso pesado vai encarar o vencedor da luta entre o russo Renat Saidov e o egípcio Islam El Shehaby. Já Mayra Aguiar, que também foi campeão no ano passado, lutará com o vencedor do combate entre a croata Ivana Maranic e a ucraniana Victoria Turks.

Líder do ranking, Victor Penalber também vai estrear na segunda rodada, diante do vencedor da luta entre o francês Loic Pietri e o russo Ivan Nifontov. Tiago Camilo, bronze no World Masters de 2012, vai lutar com o francês Ludovic Gobert na primeira rodada.

Conheça os adversários dos judocas brasileiros na estreia no World Masters:

Masculino

60kg

Diego Santos x Amartuvshin Dashdavaa (Mongólia)

Felipe Kitadai x Ilgar Mushkiyev (Azerbaijão)

66kg

Luiz Revite x Golan Pollack (Israel)

73kg

Bruno Mendonça x Nugzar Tatalashvili (Geórgia)

81kg

Victor Penalber x Ivan Nifontov (Rússia) ou Loic Pietri (França)

90kg

Tiago Camilo x Ludovic Gobert (França)

100kg

Luciano Correa x Ramadan Darwish (Egito)

Renan Nunes x Elkhan Mammadov (Azerbaijão)

+100kg

David Moura x Iurii Krakovetskii (Casaquistão)

Rafael Silva x Islam El Shehaby (Egito) ou Renat Saidov (Rússia)

Feminino

48kg

Gabriela Chibana x Urantsetseg Munkhnat (Mongólia)

Sarah Menezes x Taciana Lima (Guiné-Bissau)

 

52kg

Eleudis Valentin x Laura Gomez (Espanha)

Erika Miranda x Priscilla Gneto (França)

57kg

Ketleyn Quadros x Megumi Ishikawa (Japão)

Rafaela Silva x Jan-Di Kim (Coreia do Sul)

63kg

Katherine Campos x Kathrin Unterwurzacher (Áustria)

70kg

Maria Portela x Seongyeon Kim (Coreia do Sul)

78kg

Mayra Aguiar x Ivana Maranic (Croácia) ou Victoria Turks (Ucrânia)

+78kg

Maria Suelen Altheman x Aleksandra Babintceva (Rússia) ou Jung Eun Lee (Coreia do Sul)

Rochele Nunes x Heidy Abreu (Cuba)

Medalha de bronze na Olimpíada de Londres, na categoria até 78 quilos, a judoca Mayra Aguiar foi submetida a uma cirurgia e precisará ficar seis meses afastada dos tatames. Ela vinha sentindo dores no ombro direito, fruto de uma lesão no ligamento posterior sofrida ainda em abril, mas só agora será operada.

Mayra se contundiu em uma queda durante o Campeonato Pan-Americano de Montreal. De acordo com o médico da seleção brasileira de judô, Breno Schor - que também será o responsável pela cirurgia -, o tratamento fez com que ela chegasse à Olimpíada de Londres sem dores, mas ainda com a lesão, que causava limitações.

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"Mayra apresentou uma lesão no ligamento posterior do ombro direito, que a limitava nos treinos e em alguns golpes durante as lutas. Ela foi tratada com fisioterapia e medicação até Londres e conseguiu ficar sem dor para competir, mas com algumas limitações", explicou. "Não havia tempo para operar a Mayra antes dos Jogos Olímpicos e o controle que fizemos minimizou o risco de aumentar a lesão".

Problema semelhante viveu Mariana Silva. A judoca da categoria até 63 quilos teve o ombro deslocado quatro meses antes da Olimpíada e isso gerou uma lesão ligamentar no local. Com isso, ela também chegou limitada a Londres, onde caiu na estreia, e só pôde lutar por conta da fisioterapia.

"Optamos, junto com a Mariana, por tentar o tratamento clínico até Londres, mesmo sabendo que teríamos que operar ao voltar das Olimpíadas. Na preparação para os Jogos ela fez fisioterapia todos os dias, às vezes duas vezes por dia, e isso ajudou a conseguir garantir a vaga e chegar em condições de disputar a sua primeira olimpíada", disse Breno Schor.

Para o coordenador técnico internacional da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Ney Wilson, é importante que as cirurgias sejam realizadas neste momento para que ambas as atletas possam aproveitar a temporada do ano que vem. "Nossa expectativa é contar com estas atletas a partir de abril de 2013. O mais importante agora é trabalhar para que elas tenham uma ótima recuperação".

Grande favorita ao ouro Olimpíco, a número 1 do ranking mundial na categoria até 78 kg, Mayra Aguiar, não conseguiu chegar ao lugar mais alto do pódio, mas venceu a disputa pelo bronze, vencendo a holandesa Marhinde Verkerk. Recuperada após a derrota para a americana Kayla Harrison, nas semifinais, a brasileira venceu por ippon e garantiu a medalha.

Logo no inicio da luta, com 3m36seg, Mayra conseguiu encaixar um toque na perna da holandesa, que acabou lhe rendendo o ippon da vitória.

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Com o resultado positivo, Mayra se tornou a terceira atleta do país na história a subir no pódio olímpico do judô. Antes dela, Ketlyn Quadros com bronze em Pequim 2008 e Sarah Menezes, ouro há poucos dias em Londres 2012, haviam conquistado medalha.

A judoca apareceu no cenário nacional no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, quando conquistou a medalha de prata. Em 2008 ela foi para os jogos de Pequim, mas não correspondeu as expectativas e voltou da China sem medalhas. Com o bronze da gaúcha, essa é a quarta medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Não deu para Mayra Aguiar. Nesta quinta-feira (02), a número 1 do ranking mundial na categoria até 78 kg, perdeu para a americana Kayla Harrison, quarta do ranking e sua maior rival. Agora, pela disputa do bronze, a judoca irá enfrentar a holandesa Marhinde Verkerk, que venceu a primeira luta da repescagem.

Mayra começou a luta sendo atacada pela americana, demonstrando uma boa base e se defendendo muito bem. Faltando pouco mais de um minuto para o fim do combate, a brasileira sofreu um yuko. Mayra foi para cima, mas não conseguia encaixar sua entrada. A 15 segundos do final, a norte-americana conseguiu derrubar Aguiar e aplicou uma chave de braço, vencendo a luta por ippon. A disputa do bronze será realizada nesta quinta, às 11h20 (horário de Brasília).

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Nesta quinta-feira (02), a judoca Mayra Aguiar venceu sua segunda luta e se garantiu nas semifinais da categoria até 78 kg das Olimpíadas de Londres 2012. Com dois wazaris, a brasileira derrotou a polonesa Daria Pogorzelec.  Agora, a gaúcha está nas semifinais da competição e irá enfrentar a norte-americana Kayla Harrison, sua maior rival. 

Mayra impôs o mesmo ritmo da luta que fez mais cedo em sua estreia, quando venceu Hana Mareghni, da Tunísia. A judoca demorou a encaixar suas entradas, mas quando conseguiu aplicou dois wazaris e garantiu a classificação. 

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As semifinais da categoria começam às 10h (horário de Brasília). A brasileira, número 1 do ranking mundial, enfrentará Kayla Harrison, quarta do ranking e sua grande rival. O último confronto entre as duas judocas aconteceu no Grand Slam de Paris desse ano. Na ocasião, Mayra venceu. 

 

A judoca Mayra Aguiar é cada vez mais favorita à conquista de uma medalha de ouro para o Brasil na Olimpíada de Londres. Campeã dos dois torneios preparatórios mais importantes do ano, o último deles o Grand Slam de Paris, no fim de semana passado, a brasileira assumiu a primeira colocação do ranking mundial na categoria até 78kg após a atualização feita pela Federação Internacional de Judô (FIJ) nesta quarta-feira. Se conseguir manter a posição até o fim de abril, terá uma chave privilegiada em Londres.

Esta é a primeira vez que uma brasileira lidera o ranking criado pela FIJ em 2009 e que é também o principal critério de classificação para as Olimpíadas de Londres. A brasileira, pelos 1730 pontos que tem, já está garantida nos Jogos londrinos.

"Eu sempre sonhei em chegar na primeira posição no ranking. Era um objetivo e acho que todas as meninas vão se motivar. É bom para todo mundo, pois prova que é possível. O judô feminino do Brasil cresceu bastante nos últimos anos. Esta posição não é por acaso. Fico orgulhosa e satisfeita, mas a primeira posição no ranking não vai abalar a nossa forma de trabalhar, sempre com empenho, dedicação e seriedade", diz Mayra Aguiar, de apenas 20 anos.

Terceira colocada até a última atualização, Mayra Aguiar somou 300 pontos com o título no Grand Slam de Paris e foi a 1730, ultrapassando a japonesa Akari Ogata, que foi bronze na França e está com 1610 pontos. Logo atrás aparecem a francesa Audrey Tcheumeo e a norte-americana Kayla Harrison, que foi derrotada por Mayra na final do último Grand Slam e tem 1440 pontos.

A técnica da seleção feminina, Rosicleia Campos, comemora a evolução da modalidade neste ciclo olímpico. "Quando entrei na seleção, em 2005, ninguém imaginava que o judô feminino poderia ter resultados expressivos, muito menos vislumbrar uma brasileira como número 1 do mundo. Hoje temos várias atletas no Top 10 do ranking e isto é combustível de motivação para toda a equipe. Além de refletir em moral e respeito dentro do tatame", afirma a treinadora.

Atualmente o Brasil tem outras três judocas com chances reais de pódio na Olimpíada. Medalhista de prata em Paris, Sarah Menezes é a terceira do ranking na categoria até 48kg. Rafaela Silva aparece em quarto na categoria até 57kg e Erika Miranda ocupa o sexto lugar na até 52kg. Além delas, o Brasil deve ser representado em Londres por Mariana Silva (19.ª na até 63kg), Maria Portela (21.ª na até 70kg) e Maria Suelen Altheman (10.ª entre as peso pesado).

Entre os homens, Leandro Guilheiro ficou muito perto de se tornar o primeiro do mundo na categoria até 81kg. Mesmo sem competir em Paris, ele reduziu a diferença para o coreano Jae-Bum Kim para seis pontos apenas, uma vez que o asiático tinha descartes a fazer. Rafael Silva, que foi vice-campeão na França entre os pesos pesados, subiu uma posição e agora é o quarto do mundo.

Na categoria até 90kg, Hugo Pessanha passou Tiago Camilo e seria o representante do Brasil em Londres se a definição das vagas fosse hoje. Ele está em sétimo, com 920 pontos, com Camilo em oitavo, com 886. Já na até 100kg, Luciano Correa (19.º) tem 22 pontos de vantagem, apenas, sobre Leonardo Leite. O calendário do Circuito Mundial ainda tem programadas quatro competições até a data limite (1.º de maio): duas Copas do Mundo, um Grand Prix e os torneios continentais.

Também estão dentro dos critérios de classificação (22 homens e 14 mulheres, com um representante por país em cada categoria) Felipe Kitadai (14.º na até 60kg), Leandro Cunha (sexto na até 66kg) e Bruno Mendonça (13.º na até 73kg).

O Brasil encerrou neste domingo a sua participação no Masters de Judô com a conquista de quatro medalhas, sendo duas de ouro, com Mayra Aguiar (até 78kg) e Rafael Silva (mais de 100kg). Tiago Camilo e Hugo Pessanha, ambos na categoria até 90kg, faturaram o bronze na competição, realizada na cidade de Almaty, no Casaquistão.

No sábado, o Brasil já havia subido ao pódio com Sarah Menezes (até 48kg) e Rafaela Silva (até 57kg), que conquistaram a medalha de bronze e garantiram 160 pontos cada no ranking mundial, que definirá os judocas classificados para a Olimpíada de Londres, assim como Tiago Camilo e Hugo Pessanha. Com os títulos deste domingo, Mayra Aguiar e Rafael Silva somam 400 pontos na lista.

Mayra Aguiar estreou apenas na segunda rodada em Almaty e derrotou a japonesa Tomomi Okamura. Depois, a brasileira superou a chinesa Zhehui Zhang. Nas semifinais, ela passou pela eslovena Anamari Velensek. Para faturar o ouro, Mayra Aguiar precisou de 32 segundos para derrotar a Xiuli Yang, atual campeã olímpica, com um ippon.

Já Rafael Silva iniciou a sua campanha com vitória sobre o usbeque Abdullo Tangriev. Em seguida, venceu o casaque Yerzhan Shynkeyev. O alemão Andreas Tolzer foi derrotado pelo brasileiro nas semifinais. Em uma decisão equilibrada, Rafael Silva superou o japonês Daiki Kamikawa no golden score.

Tiago Camilo conseguiu três vitórias neste domingo em Almaty. O brasileiro superou Timur Bolat, do Casaquistão, venceu Varlam Liparteliani, da Geórgia, e eliminou Elkhan Mammadov, do Azerbaijão. Nas semifinais, porém, perdeu para o japonês Masashi Nishiyama e ficou com o bronze.

Hugo Pessanha, que não participou da primeira derrota, venceu o italiano Roberto Meloni e o japonês Daiki Nishiyama. Em seguida, no entanto, perdeu para o russo Kirill Voprosov e teve que se contentar com a medalha de bronze.

Os outros três brasileiros que competiram neste domingo no Masters de Judô foram eliminados logo na primeira luta. Maria Suelen (mais de 78kg) perdeu para a chinesa Wen Tong, Luciano Correa (até 100kg) foi superado pelo israelense Ariel Zeevi e Daniel Hernandes (mais de 100kg) caiu para o russo Alexander Mikhaylin.

O Brasil encerrou a sua participação no Grand Slam de Judô de Tóquio, a penúltima competição da atual temporada do circuito mundial de judô, com a conquista de duas medalhas de bronze neste domingo. Os lutadores Mayra Aguiar (até 78kg) e Rafael Silva (mais de 100kg) subiram ao pódio no último dia de competições. Além destas medalhas, os judocas do País conquistaram no sábado uma prata com Leandro Guilheiro (até 81kg) e um bronze com Rafaela Silva (até 57kg).

Com esses resultados, o Brasil terminou em quinto lugar no quadro de medalhas do Grand Slam de Tóquio, que conta pontos para o ranking da Federação Internacional de Judô e definirá os atletas classificados para a Olimpíada de Londres, em 2012. Anfitrião, o Japão dominou completamente a disputa e faturou 11 das 14 medalhas de ouro em disputa.

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A medalha de bronze em Tóquio foi a primeira a ser conquistada por Rafael Silva em um Grand Slam. Na estreia, o brasileiro venceu o japonês Ryu Shichinohe na decisão dos árbitros. Depois, superou o romeno Vladut Simionescu por ippon e o holandês Luuk Verbij por wazari. Na semifinal, perdeu para o russo Alexander Mikhaylin pela decisão dos árbitros.

Mayra Aguiar, que conquistou a sua quinta medalha em um Grand Slam, venceu a italiana Assunta Galeone por ippon e a alemã Luise Malzahn por wazari. Porém, a brasileira parou nas semifinais ao perder para a norte-americana Kayla Harrison e precisou se contentar com a medalha de bronze.

Os outros brasileiros que competiram neste domingo em Tóquio foram eliminados precocemente. Na categoria até 100kg, Luciano Corrêa perdeu na estreia para o japonês Haga Ryunosuke por yuko, enquanto Leonardo Leite venceu o japonês Yusuke Kumashiro, por ippon na primeira luta, mas perdeu em seguida para o russo Sergei Samoilovich, por wazari. Já Daniel Hernandes (100kg)foi derrotado na primeira luta pelo holandês Luuk Verbij.

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