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O resgate de 10 trabalhadores desaparecidos em uma mina do México desde o último dia 3 pode levar até 11 meses, indica um plano apresentado nesta quinta-feira pelo governo a parentes dos funcionários, o que, praticamente, acaba com a sua esperança de encontrá-los com vida.

"Estamos desesperados, não sabemos o que fazer, não podemos aceitar isso", disse à AFP Juani Cabrales, irmã de Mario Alberto Cabrales, um dos mineradores acidentados. A estratégia foi proposta pela titular da Defesa Civil, Laura Velázquez, que se reuniu hoje com parentes dos funcionários na comunidade Agujita, estado de Coahuila, onde fica o complexo de carvão inundado.

Desde que o acidente ocorreu, não há sinais de vida dos trabalhadores. "Tínhamos esperança de que levaria um mês, e agora vêm com isso. É quase um ano, não é possível, deve haver outras formas", protestou Guadalupe Cabrales, também irmã do trabalhador.

Embora desconheçam os detalhes técnicos, as duas mulheres disseram que o plano consiste em fazer uma nova perfuração para entrar na mina. O presidente Andrés Manuel López Obrador anunciou na manhã de hoje que o plano seria apresentado aos familiares dos mineradores, para que o aprovassem, e divulgado ao público nesta sexta-feira.

Um tribunal sul-africano autorizou nesta sexta-feira que milhares de mineiros com problemas respiratórios e suas famílias possam iniciar uma ação coletiva contra quase 30 empresas de mineração para tentar obter indenizações.

"Consideramos que no contexto deste caso, uma ação coletiva é a única opção realista", declarou o juiz Phineas Mojapelo no Tribunal Superior de Johannesburgo.

Muitos trabalhadores contraíram silicose, uma doença pulmonar incurável provocada pela inalação de dióxido de silício. Os sintomas são uma tosse persistente e problemas respiratórios, que podem resultar em tuberculose.

Caso cestas medidas de proteção sejam adotadas, a doença pode ser evitada.

"É a única via que a Constituição estabelece para chegar ao tribunal", disse o juiz.

Em outro caso similar na África do Sul, as gigantes da mineração Anglo American e AngloGold Ashanti concordaram em março em pagar 32 milhões de dólares a ex-funcionários que têm silicose.

A África do Sul é um dos países com as maiores reservas de ouro no mundo. As medidas mínimas de proteção trabalhista e os métodos aplicados durante o apartheid contribuíram para multiplicar os casos de doenças contraídas no trabalho.

Acabou neste sábado (19) o prazo para cerca de 40 mil mineradores de ouro legalizarem sua situação na região sudeste do Peru, onde caçadores de fortuna estão devastando as florestas tropicais e contaminando os rios. Mas a promessa do governo peruano de proibir a mineração ilegal levanta preocupações sobre confrontos violentos.

Mineradores já estão em conflito com a polícia e, como forma protesto à tentativa do governo de restringir os embarques de gasolina usada nas máquinas, bloqueiam intermitentemente o tráfego na rodovia interoceânica, que é comercialmente vital porque liga a costa do Pacífico ao Brasil. Um minerador já foi morto e mais 50 ficaram feridos.

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Mas autoridades insistem que desta vez levarão a sério o combate da mineração ilegal, que responde por 20% das exportações de ouro do Peru. "Não vamos recuar nem um centímetro", disse Daniel Urresti, ex-oficial do exército, que lidera a força-tarefa do presidente Ollanta Humala.

O conflito já deixou as cidades do sudeste do Peru sem alimentos, o que provocou alta de preços. Autoridades locais, que apoiam os mineradores, viajaram à capital para pressionar por mais tempo, mas não tiveram negada uma audiência com Urresti e outras autoridades.

"Eu não sei o que vai acontecer depois que o prazo do governo acabar. Eu acho que a violência se intensificará", disse Jorge Aldazabal, governador da região de

Madre de Dio, que passou mais de uma semana acampado em um colchão em frente a uma igreja do século 17 para protestar contra a repressão e exigir uma solução para o conflito. Fonte: Associated Press.

A polícia da África do Sul usou bombas de efeito moral e balas de borracha nesta terça-feira (4) para dispersar cerca de 3 mil "violentos" mineradores grevistas que se aglomeravam no acesso à mina de Khuseleka, da Anglo American Platinum. O incidente marca o primeiro caso de grande agitação na greve do setor, que entra em sua segunda semana.

Segundo a polícia, os grevistas portavam pedaços de pau e bloqueavam o acesso às minas, ameaçando retirar do local os trabalhadores que não aderiram à greve. "A polícia foi obrigada a usar bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a multidão", informaram as autoridades, acrescentando que dois manifestantes foram presos sob acusação de violência pública.

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Desde 23 de janeiro cerca de 80 mil mineradores estão em greve reivindicando um salário mínimo mensal de 12.500 rands (US$ 1.100), quase o dobro do piso atual. Na última quinta-feira, os grevistas rejeitaram um acordo de três anos com as empresas Anglo American Platinum, Impala Platinum Holdings e Lonmin que previa reajustes anuais de 7% nos salários. As negociações entre grevistas e empresas foram retomadas nesta terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

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