O euro subiu para o maior nível em oito meses ante o dólar nesta quarta-feira, 02, impulsionado por comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE) e pelo fim da crise política na Itália. Enquanto isso, a moeda dos EUA foi pressionada pela paralisação do governo e os receios com o debate sobre a elevação do teto da dívida.
No fim da tarde em Nova York, o euro subia para US$ 1,3578, de US$ 1,3526 no fim da tarde da véspera. Durante a sessão, a moeda comum europeia tocou US$ 1,3608, seu maior nível desde 4 de fevereiro. Enquanto isso, o dólar caía para 97,36 ienes, de 98,01 ienes na terça-feira; o euro recuava para 132,27 ienes, de 132,57 ienes. A libra esterlina tinha alta para US$ 1,6229, de US$ 1,6203. O dólar registrava desvalorização para 0,9027 franco suíço, de 0,9056 franco suíço. O índice Wall Street Journal Dollar Index, que pesa a moeda norte-americana ante uma cesta de rivais, tinha queda para 72,343 pontos, de 72,685 pontos.
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O BCE manteve sua taxa básica de juros em 0,5% e o presidente da instituição, Mario Draghi, afirmou que a recuperação da zona do euro ainda está frágil e inconsistente. Mesmo assim, quando questionado sobre a valorização do euro, Draghi disse que "não há política para a taxa de câmbio". Ele também não indicou que o banco central planeja promover outra rodada de empréstimos de longo prazo para os bancos europeus, como se especulava.
"Draghi deu a impressão de que uma ação de estímulo não está por perto, então isso impulsionou o euro", afirmou Joe Manimbo, analista sênior de mercado da Western Union Business Solutions. Na Itália, o governo do primeiro-ministro Enrico Letta sobreviveu a um voto de confiança no Parlamento, após o ex-premiê Silvio Berlusconi voltar atrás e orientar seu partido a apoiar a coalizão atual.
Nos EUA, o relatório da ADP divulgado nesta manhã, que mede a geração de vagas no setor privado, mostrou a abertura de 166 mil postos de trabalho em setembro, abaixo das estimativas dos analistas, de 178 mil. Além disso, o resultado de agosto foi revisado para baixo, de 176 mil para 159 mil. Na sexta-feira, 04, deve sair o relatório do governo sobre o mercado de trabalho (payroll), se a paralisação da administração federal for revertida e houver tempo hábil para o Departamento do Trabalho compilar o dado.
Enquanto isso, a atividade das empresas na área da cidade de Nova York perdeu força em setembro e os gerentes de compras anunciaram a primeira queda nas receitas em quase um ano, de acordo com dados do Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês). O índice de condições empresariais de Nova York recuou para 53,6 em setembro, de 60,5 em agosto. Fonte: Dow Jones Newswires.