Tópicos | Monte do Templo

Israel removeu nesta quinta-feira (27) os últimos mecanismos de controle que restavam no acesso ao Monte do Templo, também chamado de Esplanada das Mesquitas para os muçulmanos, em Jerusalém. Foram retiradas todas as barreiras que eram usadas para o controle de fluxo de pessoas e que levavam até os detectores de metais.

O local tinha sido equipado com detectores de metais há duas semanas devido a um atentado terrorista cometido por árabes-israelenses que mataram dois policiais. Desde então, Israel havia adotado medidas para reforçar a segurança do local sagrado, mas a decisão gerou tensão com muçulmanos que frequentam a Esplanada para orações. Muitos se recusaram a entrar na Esplanada para rezar.

##RECOMENDA##

Além disso, foram convocados protestos nas ruas. O movimento Hamas, que ontem voltou a ser listado como grupo terrorista pela União Europeia (UE), mantém agendada uma manifestação para esta sexta-feira (28). De acordo com o governo israelense, os detectores de metais serão substituídos ao longo dos próximos meses por câmeras de vigilância de alta tecnologia que poderão fazer reconhecimento facial de suspeitos. 

A polícia israelense entrou em choque nesta sexta-feira com centenas de palestinos em um dos lugares mais sagrados de Jerusalém para as religiões judaica e islâmica, o Monte do Templo, onde fica a mesquita de Al-Aqsa. Ainda não está claro o que provocou o confronto, que ocorreu após as preces muçulmanas do meio dia, quando jovens palestinos começaram a apedrejar a polícia. Nos últimos dias, websites de ativistas palestinos publicaram informações de que extremistas judaicos tentariam ocupar o Monte do Templo e a mesquita, o que ajudou a acirrar os ânimos. A polícia israelense disse que as informações são falsas.

No passado, a violência irrompeu várias vezes no complexo da mesquita de Al-Aqsa, que fica sobre os restos dos dois templos bíblicos judaicos. O local é o mais sagrado para o judaísmo e o terceiro mais sagrado para o Islã, após as mesquitas de Meca e Medina.

##RECOMENDA##

O porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, disse que centenas de fiéis que saíram de Al-Aqsa começaram a apedrejar os policiais, que responderam com granadas de efeito moral para dispersá-los. Najeh Bkeirat, um funcionário palestino que estava no local, disse que os palestinos começaram a apedrejar a polícia após policiais tentarem impedir a passeata.

Rosenfeld disse que 11 policiais ficaram levemente feridos pelas pedras. Bkeirat disse que cerca de 30 palestinos, por sua vez, receberam ferimentos leves por causa da inalação do gás das bombas e de cacetadas de policiais. Rosenfeld afirmou que nenhuma bomba de gás lacrimogêneo foi disparada e que quatro palestinos foram detidos.

As informações são da Associated Press.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando