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O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou, nesta quinta-feira (30), que todos os dias o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) promove um "pesadelo matinal" ao se pronunciar ou conceder entrevistas à imprensa na saída do Palácio da Alvorada.

"Todo dia acordamos com esse pesadelo matinal que é a aparição do presidente Jair Bolsonaro diante da imprensa, em Brasília. Nenhum dia assistimos a qualquer ato de humildade do presidente, qualquer ato de boas intenções ou declarações que tranquilizem os brasileiros", escreveu o governador no Twitter.

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"São sempre discursos raivosos contra algo ou alguém. Para o presidente tudo é pessoal", acrescentou Witzel.

Nesta quinta, ao deixar a residência oficial, Bolsonaro questionou o isolamento social defendido pelos governadores e disse que as ações dos gestores estaduais não "achataram a curva" de mortes do novo coronavírus. "Governadores e prefeitos que tomaram medidas bastante rígidas e não achataram a curva, a curva tá aí. Partindo do princípio que o número de óbitos é verdadeiro", afirmou o presidente.

Para Wilson Witzel, não há argumentos científicos que endossem a fala do presidente. "Não é possível que até agora ele continue afirmando que o isolamento social não gerou resultados, numa opinião que não resiste a um embasamento científico, à avaliação de um especialista", cravou o gestor.

Ao avaliar a postura do presidente, o governador ainda se solidarizou com a imprensa. "E a imprensa sofre. Hoje de manhã um jornalista foi humilhado várias vezes pelo presidente, com gritos e grosserias. A imprensa é livre. Se não quer responder, não responda. Mas tenha um mínimo de educação com os profissionais, que estão trabalhando", afirmou Witzel.

Divididas em nove municípios de Pernambuco, as 34 novas mortes confirmadas por Covid-19 neste domingo (26) apresentam o potencial de disseminação da doença e a extensão a qual ela já atingiu no Estado. Além da Região Metropolitana do Recife (RMR), Agreste e Sertão foram afetados, aponta o boletim emitido pela Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES).

Com idades entre 48 e 93 anos, 18 homens e 16 mulheres representam as novas mortes no Estado. Os pacientes faleceram entre os dias 7 e 25 de abril nos municípios do Recife (20), Jaboatão dos Guararapes (7), Olinda (1), Paulista (1), Goiana (1), Pombos (1), Bom Jardim (1), Frei Miguelinho (1) e Terra Nova (1). Eles elevaram para 415 o registro de óbitos em Pernambuco.

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A investigação das mortes prossegue, mas 23 deles apresentavam comorbidades que impulsionaram o agravamento da infecção. De acordo com os históricos, eles sofriam de hipertensão (13), diabetes (8), obesidade (1), sequela de AVC (1), doença cardíaca (2), doença renal (3), cardiopatia (5), epilepsia (1), asma (1), Parkinson (1) e doença cardiovascular crônica (1).

Embora as mulheres lideram os diagnósticos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), são os homens que menos resistem às complicações respiratórias no Estado. Das 415 mortes, 227 foram de homens, o que representa a parcela de 54,7%. Enquanto 188 mulheres já morreram pela doença, complementando em 45,3%.

A SES também informou 4.898 casos confirmados. Dos considerados graves, 1.864 estão em isolamento domiciliar e 790 estão internados, sendo 192 em UTI e 598 em leitos de enfermaria. Em relação a capacidade de internação, 92% dos leitos estão ocupados por pacientes que apresentam os sintomas característicos da pandemia. Os de enfermaria já atendem em 86% da capacidade e os de UTI em 98%.

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