Tópicos | Museu da Imagem e do Som de Pernambuco

A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) informa que, a partir do próximo dia 16 de setembro, reabrirá para visitação pública os museus e centros culturais localizados no Recife e em Olinda que gerencia.

Compõem o calendário de reabertura os seguintes espaços: Museu do Estado de Pernambuco, Estação Capiba – Museu do Trem, Museu de Arte Sacra de Pernambuco, Museu Regional de Olinda, Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (atendimento ao pesquisador), Torre Malakoff e Espaço Pasárgada.

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MEDIDAS - Para essa etapa de reabertura, a Fundarpe adotará requisitos básicos e procedimentos seguros para funcionamento e abertura gradual à visitação dos espaços. O objetivo é retomar e dar continuidade às atividades presenciais das instituições e manter as medidas de prevenção diante da pandemia da doença causada pelo coronavírus (SARS-CoV-2 /COVID-19), garantindo que colaboradores e público sigam as recomendações mundiais de saúde, respeitando as orientações de distanciamento social e higiene.

O uso de máscaras será obrigatório, com implementação de regras de circulação e definição de quantidade de visitantes por ambientes e turnos, de acordo com as especificidades de cada um desses equipamentos culturais. Ainda, cada um dos espaços culturais passará por um rigoroso e contínuo processo de higienização, de acordo com as normas sanitárias vigentes e terá sinalização informativa acerca das recomendações e práticas para funcionários e público.

O horário de visitação será de terça a sexta, das 11h às 17h (exceto para o Espaço Pasárgada, que abrirá de segunda a sexta, das 11h às 17h); sábados e domingos, das 14h às 17h. A realização de ações de música, teatro, cinema, saraus e outras atividades específicas nesses locais permanecem suspensas.

Os equipamentos culturais em todo o Estado tiveram suas atividades ao público interrompidas no mês de março, em cumprimento ao Decreto Estadual nº 48.832, de 19 de março de 2020, que traz recomendações do Governo de Pernambuco para a pandemia.

A flexibilização não atingirá, neste momento, o Museu do Barro de Caruaru, o Teatro Arraial Ariano Suassuna e os cinemas São Luiz e Cineteatro Guarany, também ligados à Fundarpe.

*Com informações da assessoria de imprensa. 

O Museu da Imagem e do Som de Pernambuco, fundado em 1970, surgiu para servir de lar dos registros da cultura pernambucana em sua forma auditiva e visual. O acervo começou a ser composto por áudios de entrevistas marcantes com personalidades da época de sua abertura, como João Cabral de Melo Neto, Cícero Dias e Gilberto Freire. Inicialmente, essas peças eram todas guardadas na Casa da Cultura de Pernambuco, a primeira sede do museu.

No ano de 1992, o Mispe ganhou um casarão do século XIX, localizado na Rua da Aurora, para ser seu próprio lar. O endereço abrigou o museu durante 16 anos, até que, em 2008, por problemas na estrutura do prédio histórico, o acervo precisou ser temporariamente transferido de volta para o seu local de origem, a Casa da Cultura.

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A Casa guarda o vasto acervo do Mispe, que atualmente conta com mais de 20 mil peças, segundo Pedro Aarão, responsável pelo setor dos filmes. Além das películas estão guardadas no local partituras, fitas de áudio, discos, cartazes, cartões postais, slides, fotografias, livros, cordéis, recortes de jornal e todo o acervo jornalístico doado pela TV Universitária. Há também cercade 350 aparelhos de imagem e som, como câmeras fotográficas e cinematográficas, projetores, toca-discos, rádios e televisores.

A riqueza dos arquivos, no entanto, encontra-se disponível apenas para pesquisadores ou para intercâmbios com outros centros culturais. Pedro conta que não há planos para disponibilizar as peças para o público em geral ainda na Casa da Cultura. A ideia é que elas sejam expostas novamente aos visitantes apenas quando o edifício do Mispe for reaberto.

No período de quase dez anos desde o fechamento e seis anos de reforma, foram feitas algumas promessas de reinauguração do espaço. A última era de que o local reabriria em setembro de 2014. Três anos se passaram desde então, e ainda não há sinal de uma possível reabertura.

Segundo informações do site do Portal Cultura de Pernambuco, o projeto de requalificação da sede do Mispe, incluindo o orçamento arquitetônico e complementar, está pronto e seu valor é de aproximadamente R$ 3,5 milhões, que serão arrecadados com auxilio da Lei Rouanet. A meta é a otimização na guarda do acervo e melhorias na estrutura do edifício. André Arararipe,  diretor de gestão de equipamentos da Fundarpe, explicou em 2013 que o projeto é utilizar os quatro andares do prédio, com exposições permanentes e sessões de cinema.

Procurada pelo LeiaJá, a Fundarpe, responsável pela manutenção do equipamento cultural, teve seis dias para responder aos questionamentos enviados pela reportagem, mas não respondeu a nenhum. Em vez disso, se resumiu a enviar, por meio da assessoria, uma cópia do texto que já está disponível no Portal Cultura de Pernambuco.

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Foram mais de sete anos à frente do Governo de Estado e, consequentemente, das políticas públicas implantas em Pernambuco. No âmbito da Cultura, o ex-governador Eduardo Campos, ao longo dos seus dois mandatos (2007-2011 e 2012-2014) trouxe avanços significativos, a exemplo da implantação no calendário de eventos do Festival Pernambuco Nação Cultural, da ampliação do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), e da criação de uma secretaria específica para o setor, a Secretaria de Cultura (Secult), em 2011. Por outro lado, algumas mazelas envolvendo a gestão cultural em Pernambuco não foram sanadas, a exemplo do abandono de alguns equipamentos culturais, como o Museu de Imagem e Som de Pernambuco (MISPE), do atraso crônico na divulgação dos resultados do Funcultura e da demora na adesão pernambucana ao Sistema Nacional de Cultura (SNC).

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Mudanças na gestão da Cultura

De acordo com a Secretaria de Cultura, em 2007, quando Eduardo Campos assumiu o Governo do Estado, a instituição responsável pela elaboração e gestão das políticas culturais do Estado era a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), que até 2011 estava vinculada à Secretaria de Educação e sob a presidência de Luciana Azevedo. Ainda em 2007, Ariano Suassuna foi nomeado secretário especial de Cultura de Pernambuco, cargo vinculado ao gabinete do governador e sem responsabilidade de gestão cultural.

Em 2011, início do segundo mandato de Eduardo Campos, foi criada a Secretaria de Cultura, entidade que passou a centralizar e responder pelas políticas culturais de Pernambuco, incluindo a Fundarpe, e contou com Fernando Duarte como o primeiro secretário. Mas desde outubro do ano passado, Marcelo Canuto é o gestor da pasta. Em relação à Fundarpe, Severino Pessoa passou a responder pela presidência do órgão público em 2011, após uma investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que afastou Luciana Azevedo do cargo.

Segundo a Secretaria de Cultura, desde 2007 o princípio da gestão cultural no Estado tem sido difundir e fomentar todos os setores artístico-culturais pernambucanos, com foco na valorização da cultura popular, incluindo as manifestações dos povos tradicionais, como os quilombolas e os indígenas. E, para que isso se concretize, o orçamento estadual para a Cultura tem sido ampliado. Em 2007, o orçamento destinado foi de R$ 46 milhões, e para 2014 há uma previsão orçamentária na ordem de R$ 133 milhões. 

Funcultura Independente

Criado em 2003, o Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura foi uma das iniciativas públicas que mais teve avanços significativos durante a gestão de Eduardo Campos. Até 2007, primeiro ano da gestão socialista no Estado, o Fundo contemplava todas as linguagens artísticas e tinha um orçamento de, em média, R$ 4 milhões ao ano. A partir do primeiro ano de Eduardo Campos como governador, o orçamento subiu para R$ 8,1 milhões e hoje conta com R$ 33,5 milhões de caixa, dos quais R$ 11,5 milhões são destinados ao Funcultura Audiovisual – também criado em 2007 e voltado para o fomento do cinema pernambucano.

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Em linhas gerais, de 2007 até 2013, foram investidos R$ 142,1 milhões e contemplados 1863 projetos culturais. No final de 2013, o ex-governador sancionou a Lei 15.225/2013 que assegura um montante mínimo de recursos para o Funcultura de R$ 33,5 milhões (sendo R$ 11,5 milhões para o Audiovisual e R$ 22 milhões para as outras linguagens). Mas apesar de tantos avanços, uma atitude recorrente por parte do Funcultura e que tem prejudicado o cronograma dos projetos proponentes é o anúncio, com meses de atraso, do resultado das iniciativas contempladas pelo fundo. Segundo a assessoria do fundo estadual, a Fundarpe repassou 46% dos R$ 33,5 milhões destinados aos projetos aprovados no ano passado.

Festival Pernambuco Nação Cultural 

Criado em 2008, o Festival Pernambuco Nação Cultural (FPNC) é um momento de culminância das diversas ações e políticas culturais do Estado. Além dos shows de atrações nacionais e locais, o evento congrega mostras de todas as linguagens artísticas, como cinema, teatro, dança, circo, fotografia e artesanato, entre outras, além de encontros de cultura popular e de povos tradicionais, oficinas e seminários. De 2007 a 2011, a média era de cinco edições por ano.

A partir do início do segundo mandato de Eduardo Campos e com as mudanças na gestão das políticas culturais do Estado, o festival passou a ter uma média de dez edições anuais - com destaque para o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), que passou a integrar o FPNC - e a percorrer todas as regiões pernambucanas. Neste ano, a caravana do Pernambuco Nação Cultural começou na Mata Norte, com ações em Goiana e mais dez cidades da região, e a programação segue até o próximo dia 13 de abril.

Concursos e premiações

Consequência direta do FPNC, o Concurso de Fotografia Pernambuco Nação Cultural já teve sete edições. O prêmio é de R$ 5 mil para cada vencedor e as fotos circulam em exposição nas edições do Festival Pernambuco Nação Cultural. O objetivo é dar visibilidade aos fotógrafos profissionais e amadores do Estado.   

o Prêmio Pernambuco de Literatura, que em 2014 completou duas edições, foi criado com o objetivo de fomentar a produção literária em todas as macrorregiões do estado. Além das publicações dos títulos vencedores pela Companhia Editora de Pernambuco, os vencedores de cada macrorregião levam um prêmio no valor de R$ 5 mil. Há ainda um prêmio especial de R$ 15 mil para um dos cinco vencedores. 

Equipamentos Culturais de Pernambuco

De acordo com a Secretaria de Cultura, a rede de equipamentos culturais da Secult/Fundarpe em funcionamento é composta pelo Cinema São Luiz, a Casa da Cultura Luiz Gonzaga, o Museu da Imagem e do Som, o Museu do Estado de Pernambuco, o Museu de Arte Contemporânea, o Teatro Arraial, a Torre Malakoff, o Museu de Arte Sacra de Pernambuco, a Estação Cultural Senador José Ermírio de Moraes, o Museu do Barro de Caruaru, o Espaço Pasárgada, o Museu Regional de Olinda (Mureo) e o Cine Teatro Guarany (Triunfo). 

Espaços culturais da RMR sofrem com obras intermináveis

Na lista de reformas e melhorias nos equipamentos culturais de Pernambuco durante a gestão de Eduardo campos, destaque para o Cinema São Luiz, adquirido e restaurado pelo Governo do Estado e que está com um processo licitatório em andamento para compra de um novo sistema de som e projeção digital. Além disso, há a promessa por parte da Secretaria de Cultura de entregar dois novos equipamentos para a população: o Centro Cultural Miguel Arraes e a Estação Central Capiba (Museu do Trem).

No entanto, um exemplo de espaço público importante para a cultura pernambucana e que está fechado há muitos anos é o Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (MISPE), que desde 2007 não está acessível à população. O casarão do início do século 19, que fica na Rua da Aurora, no centro do Recife, está abandonado e o acervo do museu abrigado na Casa da Cultura. A diretoria de gestão de equipamentos da Fundarpe informou à imprensa, em agosto do ano passado, que a obra estava em curso e que o prazo de entrega seria em 2014. Atualmente, o acervo do museu - que conta com mais de seis mil peças - está disponível apenas para pesquisadores.

Sistema Nacional de Cultura

No dia 22 de novembro do ano passado o governador de Pernambuco Eduardo Campos anunciou a adesão do Estado ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), após boatos de que a Secretaria de Cultura seria extinta. Mas o LeiaJá publicou uma matéria no dia 18 de fevereiro deste ano explicando que, na verdade, ainda falta muito para que a terra dos altos coqueiros faça parte do SNC. Além da publicação do acordo de cooperação entre o Governo do Estado e o Ministério de Cultura (MinC) no Diário Oficial da União, que só aconteceu no último dia 26 de fevereiro, é necessário que o Estado tenha um órgão gestor (Secretaria de Cultura), um fundo de cultura (Funcultura), prepare um Plano Estadual de Cultura com duração de dez anos e tenha um Conselho de Política Cultural com 50% de participação da sociedade civil.

A partir o anúncio no Diário Oficial da União, Pernambuco terá dois anos para estruturar o Plano Estadual de Cultura e reformular o Conselho Estadual de Cultura, as duas pendências que faltam para a inserção completa no sistema. A Secretaria de Cultura chegou a anunciar que a a nova composição do Conselho Estadual de Cultura está em fase de conclusão e que o projeto de lei seguiria para a Assembleia Legislativa até o final de fevereiro passado, mas até o momento não há informações sobre o assunto. Em relação ao Plano Estadual de Trabalho, a Secult/PE informa que está recompondo sua Comissão Interna de Trabalho para cumprir a agenda de reuniões, fóruns e validação com a sociedade civil. No entanto, prazos não foram divulgados.

Em entrevista concedida ao LeiaJá e publicada no último dia 3 de fevereiro, Canuto não poupou críticas ao SNC. “Eu acho que é um avanço, mas ainda tem muita incerteza. Primeiro, qual é o valor que vai ter para o Sistema? Falou-se em R$ 170 milhões para todos os Estados brasileiros, mas só o Funcultura tem R$ 33 milhões. O SNC é legal, mas na execução faltou pedra para fazer. Política cultural não tem jeito, tem que ter orçamento”, afirmou o secretário.

A população precisa de locais em que possa exercer seu direito de acesso a bens culturais. Teatros, cinemas, museus, são espaços de encontro das pessoas com outras e com a cultura. Além da questão artística, os equipamentos culturais públicos, ao atrair um grande número de pessoas, também têm impacto na economia do entorno. Muitos são também patrimônio histórico e arquitetônico, trazendo mais uma dimensão para sua importância na vida da cidade.

O Recife e sua Região Metropolitana vêm sofrendo com casos crônicos de abandono de equipamentos culturais geridos pelo poder público. Alguns dos mais importantes espaços culturais - muitas vezes única opção de lazer e acesso à cultura da sua região - estão fechados há anos, quando não décadas, e alguns não têm sequer data para início das obras necessárias ao seu funcionamento. O LeiaJá foi ao Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes procurar saber como estão alguns dos mais importantes e simbólicos equipamentos culturais da Região Metropolitana.

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E o que encontrou foi espaços abandonados, obras que se arrastam há anos e promessas repetidas do poder público de entrega destes equipamentos culturais à população, que até agora não se concretizaram. Confira nesta reportagem especial como estão o Teatro do Parque e o Museu da Imagem e do Som - MISPE, no Recife, o Cine Teatro Samuel Campelo, em Jaboatão, e os cinemas Olinda e Duarte Coelho, em Olinda. Navegue pelos links para conferir as reportagens completas sobre todos estes espaços fechados para o acesso do público.

Em agosto deste ano, o Governo Federal contemplou o Estado de Pernambuco com R$ 171 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC Cidades Históricas para restauração e manutenção de patrimônios históricos. Recife ficou com R$ 78,4 milhões, Olinda com R$ 61,8 milhões e Fernando de Noronha com R$ 30,8 milhões. Confira a lista completa neste link.

A lista de obras no Recife contempla mercados, igrejas e museus. Fernando de Noronha se resumiu à restauração, conservação e revitalização de fortes, ruínas e pátios seculares. Olinda foi a maior beneficiada, com um total de 14 projetos aprovados. Estão contemplados casarões, igrejas, praças, bicas, ruas, mosteiros, o Palácio dos Governadores e o Cine Duarte Coelho, no bairro do Varadouro.

Olinda

O LeiaJá visitou as obras do Cine Olinda, no Carmo, e descobriu que estão adiantadas. Segundo o mestre de obras Marcolino da Silva, 80% da reforma está terminada, faltando detalhes de acabamento. ''Concluímos a parte mais pesada, como paredes e as partes hidráulica e elétrica. Esperamos entregar até o final de novembro'', afirmou Marcolino da Silva. As obras do Cine Olinda são de responsabilidade do IPHAN e não estão incluídas no PAC - Cidades Históricas. Segundo Fernando Medeiros, responsável pela obra, ela estará concluída até o final de dezembro deste ano.

Já o Cine Duarte Coelho está totalmente abandonado. Sem ninguém trabalhando, entregue à própria sorte. Nossa equipe esteve no local e encontrou um prédio destruído pelo tempo, tomado pelo mato e cheio de pichações. “Aguardávamos ansiosos pelos filmes. Assisti muitos de humor e bang bang. Era muito bom. Fico triste quando vejo o estado do Cine Duarte Coelho. O que não pode é ficar do jeito que está. É uma vergonha'', lamenta José Laurentino Ferreira, de 73 anos. A Prefeitura de Olinda, através de nota, informou que o projeto está em fase de licitação e que após a aprovação do plano de execução pelo IPHAN, a obra levará 12 meses para ser concluída, sem informar o prazo para ter início.

Confira a matéria completa sobre os cinemas Olinda e Duarte Coelho

Recife

Apesar do clamor da classe artística, o Teatro do Parque - fechado desde 2010 - não foi contemplado com a verba do PAC - Cidades Históricas. A Prefeitura do Recife, no entanto, pretende investir cerca de R$ 1 milhão na reforma do prédio. O dinheiro é suficiente, garantiu o presidente da FCCR, Roberto Lessa, já que a estrutura do teatro está sólida e não precisa de grandes intervenções.

Até agora, a obra não teve início, o que gera desconfiança por parte dos comerciantes próximos ao teatro. ''Não vi até agora nem uma telha entrando no local. Lamento que ele fique parado, já que ganhamos um dinheirinho maior quando ele funciona”, diz Joaquim Argemiro, que há 36 anos tem um bar na frente do Teatro do Parque. “É muito estranho só ter uma placa de obras na porta e nenhum operário'', diz, desconfiado, o comerciante. A Prefeitura do Recife promete entregar o Teatro do Parque à população em agosto de 2015, quando completa 100 anos.

Confira a matéria completa sobre o Parque

Jaboatão

O Cine Teatro Samuel Campelo é outro exemplo na demora em entregar equipamentos fechados de volta ao uso da população. Já são duas décadas fechado. A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes promete entregar o espaço cultural em dezembro deste ano e a reforma tem um custo total de R$ 5,6 milhões. O dinheiro vem do Ministério da Cultura, com contrapartida de R$ 500 mil da prefeitura.

Desde julho de 2011, jovens do Centro do Movimento Social Núcleo Educacionista de Jaboatão vêm acompanhando o andamento das obras e do processo de liberação dos recursos. "As obras estão devagar, não andam. Tem muito tempo que a população reclama que não existe lazer na cidade. Constatamos que a prefeitura não entregou documentos essenciais ao Governo Federal. Diante disso, só foi liberada uma parcela de R$ 500 mil para o teatro”, informa Gérson Vicente, líder do Grupo. A prefeitura rebate a informação.

Confira a matéria completa sobre o Samuel Campelo

Imagem e som

Outro exemplo de espaço público importante para a cultura fechado há muitos anos é o Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (MISPE). Desde 2007, o MISPE não está acessível à população. O casarão do início do século 19, que fica na Rua da Aurora, no centro do Recife, está abandonado e o acervo do museu abrigado na Casa da Cultura.

O LeiaJá esteve no local e não havia nenhuma pessoa trabalhando. A diretoria de gestão de equipamentos da Fundarpe informou à imprensa, em agosto desse ano, que a obra estava em curso, e que o prazo de entrega seria em 2014. Atualmente, o acervo do museu - que conta com mais de 6 mil peças - está disponível apenas a pesquisadores. E a situação não tem data para mudar.

Confira a matéria completa sobre o MISPE

*Edição: Felipe Mendes

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