Tópicos | Museu de Arte Moderna de São Paulo

A performance realizada pelo artista Wagner Schwartz, no Museu de Arte Moderna (MAM), de São Paulo, na última terça (26), vem causando polêmica após um vídeo em que uma criança aparece interagindo com Wagner nu, ter viralizado nas redes sociais. Nesta sexta-feira (29), o ator Alexandre Frota esteve no Ministério Público da capital paulista para registrar uma representação contra a performance de Schwartz, além de ter visitado o museu pessoalmente para questionar seus diretores a respeito da obra.

Em suas contas de Twitter e Instagram, Frota divulgou a foto da representação e falou sobre sua posição. Em vídeo, ele comentou que não concorda com este tipo de manifestação artística: "Eles chamam isso de arte e ainda ganharam R$ 6 milhões incentivados pela Lei Rouanet. É um absurdo, eu não aceito isso. É uma vagabundagem que a esquerda propõe o tempo todo chamando de arte". Ele também esteve no MAM nesta sexta, alegando ter ido questionar os organizadores da mostra a respeito da participação de crianças na performance. "Se aquele vagabundo estivesse deitado aqui eu ia levantar ele", disse em uma transmissão ao vivo em seu Facebook enquanto caminhava pelo museu.

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Nos comentários, as opiniões dos internautas se dividiram. Alguns apoiaram a atitude do ator, como Marcio Nunes que disse: "E ainda vejo imbecis que se autodenominam 'intelectuais' te ironizando sempre. Parabéns pela iniciativa.'; e Cristiana Menshova que postou: "Obrigada por defender nossas crianças". Já outros, brincaram com o posicionamento do ator. Felipe Sales escreveu: "Pensei que fosse mais um contrato de filme pornô"; e Cobain disse: "De tocar em homens nus você entende bem".

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O Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo iniciou neste final de semana uma exposição que conta sua própria trajetória. Intitulada O Retorno da Coleção Tamagni: Até as Estrelas por Caminhos Difíceis, a mostra coloca em cena as obras que pertenceram ao acervo de Carlo Tamagni e foram doadas ao MAM em 1967.

Em 1963 todo o acervo do museu foi repassado à Universidade de São Paulo (USP), para a formação da coleção inicial do Museu de Arte Contemporânea (MAC). Sem o acervo original e existindo apenas como nome, o MAM fica à beira da extinção até 1967, quando Carlo Tamagni, então conselheiro da entidade, doa ao museu todo o seu acervo particular, com obras de artistas como Alfredo Volpi, Clóvis Graciano, Francisco Rebolo e Aldo Bonadei.

“Tivemos a ideia de revisitar esse período traumático do MAM e, depois com a nova coleção, que começa uma nova fase do museu. Vamos confrontar isso com as obras contemporâneas que mostram a vocação experimental da coleção do MAM hoje”, disse Felipe Chaimovich, que divide a curadoria com Fernando Oliva.

A Coleção Tamagni é predominantemente modernista, com obras de Tarsila do Amaral, Aldo Bonadei e Francisco Rebolo, mas também tem referência à vanguarda dos anos 1940-50, nos trabalhos de Fernando Lemos, Livio Abramo e Arnaldo Pedroso d’Horta.

Um destaque da mostra é a obra contemporânea A Máquina Curatorial, de Nicolás Guagnini, constituída por diversos painéis em forma de hélice. A peça é o suporte das obras e de documentos presentes na exposição. Ela permite a participação do público, que pode girar as estruturas da “máquina” e mudar a configuração das obras, fazendo novas combinações e permitindo novas interpretações.

A exposição fica aberta até 11 de março, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Parque do Ibirapuera.

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