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A partir do dia 27 de maio, estreia no Museu de Arte de Moderna do Rio de Janeiro a exposição gratuita “Museu-escola-cidade: o MAM Rio em cinco perspectivas”, que ficará em cartaz até 3 de dezembro. A mostra comemora os 75 anos da instituição.

A exibição destaca as primeiras três décadas da história do MAM, nas áreas de Educação, Design, Cinema, Experimental e Criação Artística. Além de um evento que marcou seu curso - o incêndio ocorrido em 1978, representando mudanças caracterizadas pelo engajamento coletivo de profissionais da cultura e população e a revisão institucional.

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Também haverá documentos do arquivo do museu, que trazem histórias através de objetos, imagens e impressos.  

 

Entre as obras apresentadas estão nomes de artistas como: Anita Malfatti, Candido Portinari, Djanira, Lygia Clark, Milton Dacosta, Nelson Leirner, Zélia Salgado, etc.

Os ingressos são gratuitos no site https://mamrio.byinti.com/#/ticket/. O público também pode realizar uma contribuição opcional entre R$ 5 e 80 reais.

Serviço - Exposição “museu-escola-cidade: o MAM Rio em cinco perspectivas”

Data: 27 de maio a 3 de dezembro

Horário: Quarta à sábado, das 10h às 18h. No domingo, das 10h às 11h é reservado para pessoas com deficiência ou com algum tipo de hipersensibilidade a estímulos visuais ou sonoros. Das 11h às 18h é aberto ao público em geral.

Local: Mam Rio

Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, número 85 - Parque do Flamengo, Rio de Janeiro/RJ

Ingressos online: https://mamrio.byinti.com/#/ticket/

A 1ª edição do Festival Internacional de Cinema de Humor começa nesta quarta-feira (7) na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM- Rio). Até o próximo dia 16, serão exibidas 64 produções, entre longas e curtas-metragens, de 18 países.

Na sessão de abertura, às 19h desta quarta-feira (7), será prestada homenagem a Buster Keaton, um dos maiores nomes do humor no cinema, com a exibição dos curtas Day Dreams (1922) e O Aeronauta (1923).

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A exibição será acompanhada por um piano ao vivo, assim como ocorria nas salas de cinema no passado.

Entre os destaques da mostra competitiva estão o ucraniano The Inglorious Serfs (2020), dirigido por Roman Perfilyev; o argentino El Cuento del Tío (2021), que tem a direção de Ignacio Guggiari; e o russo Shameless (2021), de Nikita Vladimirov.

Entre os curtas-metragens, há sete produções nacionais: Ela que Mora no Andar de Cima (2020), de Amarildo Martins; À Espera do Chock (2020), de Rogerio Boo e Jorge Lepesteur; Atitude Suspeita (2020), de Pietro Sargentelli; Diagnóstico (2022), de Gabriela Camargo; Estática (2022), de Gabriela Queiroz; Os Antissociais (2021), de Gabriel Silva; e Tarja Preta (2021), de Nícolas Sanches Martins.

A programação completa pode ser conferida no site do festival .

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acolheu liminar no Habeas Corpus 150180 para sustar os efeitos da ordem de condução coercitiva do artista Wagner Schwartz para depor na CPI dos Maus-Tratos, do Senado, que investiga supostas irregularidades e crimes relacionados a hostilidades a crianças e adolescentes no País. A decisão mantém, no entanto, a convocação do artista para comparecer à sessão a ser designada pela CPI, "garantindo-lhe o direito de ser assistido por advogado e com ele comunicar-se, além do pleno exercício do direito ao silêncio". As informações foram divulgadas no site do Supremo.

O coreógrafo se apresentou na abertura do 35.º Panorama de Arte Brasileira que aconteceu no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Na performance "La Bête", Schwartz se deita nu sobre um tablado e o público é convidado a manipular seu corpo. A apresentação se tornou alvo de polêmicas após ser divulgado vídeo de uma criança tocando o artista.

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De acordo com os autos, a condução coercitiva foi requerida pelo senador Magno Malta (PR/ES), presidente da CPI dos Maus-Tratos, sob o pretexto de que o artista, intimado, não teria comparecido à audiência pública nos dias 23 e 24 no Ministério Público do Estado de São Paulo. O pedido do senador foi acolhido pela Comissão. Até aqui, não foi designada nova audiência para o depoimento.

A defesa de Schwartz alega que o artista não foi intimado a comparecer à audiência. Explica que a intimação foi enviada ao MAM/SP e não ao domicílio do coreógrafo. Pediu a dispensa de comparecimento à CPI sob condução coercitiva, uma vez que não houve recusa injustificada para comparecer a depoimento anterior.

Em caso de comparecimento espontâneo, a defesa pede que o artista tenha seus direitos fundamentais ao silêncio e à não-autoincriminação garantidos.

Alexandre de Moraes observou que as CPIs, em regra, têm os mesmos poderes que os magistrados possuem durante a instrução processual penal, mas deverão exercê-los dentro dos mesmos limites constitucionais impostos ao Poder Judiciário, inclusive em relação ao respeito aos direitos fundamentais.

Sobre a condução coercitiva, o ministro afirmou que a possibilidade legal de sua determinação deve ser aferida de acordo com o caso concreto, e realizada com base na razoabilidade, impedindo assim tratamentos excessivos e inadequados.

"Pelo que se depreende das alegações trazidas, a medida de condução coercitiva [no caso], ao menos neste juízo preliminar, não se revela razoável, sobretudo em razão da aparente irregularidade da convocação para a audiência pública realizada em 24 de outubro de 2017", assinalou.

Sobre a presença do artista na Comissão, o ministro ressaltou que o Supremo já assentou a obrigatoriedade de comparecimento de particular, devidamente intimado, para prestar esclarecimento perante CPI.

Alexandre também garantiu a Wagner Schwartz o exercício do direito ao silêncio, caso seja indagado sobre questões que o possam incriminar, e o direito de ser assistido por advogado e de poder se comunicar com ele durante o depoimento.

Com a palavra, Wagner Schwartz

A reportagem está tentando localizar o artista para comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Ao Supremo, a defesa de Schwartz alega que o artista não foi intimado a comparecer à audiência. A defesa explica que a intimação foi enviada ao Museu de Arte Moderna de São Paulo e não ao domicílio do coreógrafo.

A defesa pediu a dispensa de comparecimento à CPI dos Maus-Tratos sob condução coercitiva, uma vez que não houve recusa injustificada para comparecer a depoimento anterior.

Em caso de comparecimento espontâneo, a defesa pede que o artista tenha seus direitos fundamentais ao silêncio e à não-autoincriminação garantidos.

A CPI dos Maus-Tratos do Senado aprovou hoje (8) o mandado de condução coercitiva para que o artista catarinense Wagner Schwartz preste depoimento sobre o ocorrido em sua performance no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). De acordo com os parlamentares, ele e o curador da mostra, Gaudêncio Fidélis, recusaram os convites de comparecer às reuniões da CPI em São Paulo e agora serão conduzidos por força policial para que deem explicações.

A comissão foi criada para investigar pessoas que produzem, comercializam e compram material pornográfico envolvendo menores de idade. Representantes do Ministério da Justiça, Polícia Federal, Secretaria da Receita Federal, Banco Central do Brasil, Ministério Público, Safernet e Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) foram convocados para participar, fornecendo dados financeiros que ajudem a identificar grupos criminosos.

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Promotores da infância e do Ministério Público de São Paulo conversaram com Malta, que explicaram o ocorrido ao parlamentar. Em uma das reuniões da CPI, Elizabete Finger, mãe da menor que tocou os pés do homem nu na mostra compareceu mas ficou em silêncio. O presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES), disse que uma das perguntas feitas à mãe foi se ela tinha conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente. 

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) emitiu uma ordem judicial, a pedido da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, solicitando que o Facebook garanta o acesso de juristas aos vídeos que mostram a criança que visitou a mostra do Museu de Arte Moderna (MAM) em que um artista faz uma performance nu. De acordo com o órgão, a intenção é responsabilizar as pessoas que propagaram o vídeo e expuseram a menor.

A ação foi motivada pelo elevado número de denúncias que o MPSP recebeu, relatando que o museu estava veiculando conteúdo impróprio. O Facebook chegou a retirar alguns links do vídeo do ar, porém, manteve outros, alegando que a veiculação não feria o código de conduta da rede social. Mesmo com as pessoas não sendo identificadas nas imagens que foram mantidas, o Ministério Público considera que a publicação por si só já configura crime.

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No dia 29 de setembro, o Ministério Público abriu inquérito para apurar o caso do MAM. Google e Facebook tiveram que retirar todas as postagens que faziam referência ao caso da performance de um artista nu, em que aparecia uma criança tocando os pés do homem. Na semana passada, a Polícia Militar foi chamada durante uma apresentação de dança em Londrina que também envolvia nudez. O público fez um cordão de isolamento e impediu que o artista fosse levado preso.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu um inquérito para apurar denúncias relacionadas à performance de nu artístico do artista Wagner Schwartz no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). As mensagens recebidas pelo MPSP relatam que a entidade (MAM) estaria expondo crianças e adolescentes a conteúdo impróprio, já que o artista convida todos os participantes a tocar seu corpo, inclusive os menores.

O promotor José Eduardo Dias Ferreira, que atua na Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude, solicitou que o museu envie explicações sobre como foi determinada a classificação etária do evento e enviou um comunicado ao Facebook e ao Google, solicitando a retirada dos vídeos e imagens que exibem a interação entre os menores e o artista.

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“Não é interesse do Ministério Público cercear o direito de criação, a liberdade e a exposição de obras de arte. O que nós queremos é que o Estatuto da Criança e do Adolescente seja cumprido e que as classificações sejam observadas”, disse o magistrado. De acordo com ele, caso as determinações de retirada do material que expõe a criança nas redes sociais sejam descumpridas, uma multa será aplicada.

O museu está veiculando em sua página oficial um comunicado em que afirma que os trabalhadores da instituição vem sofrendo ataques. “Na sexta-feira, o museu foi invadido e seus colaboradores e visitantes foram alvo de ofensas e agressões verbais, em claro ato intimidatório”, afirma a nota. “No sábado, o museu foi palco de novo protesto patrocinado pelo mesmo grupo de indivíduos, que desta vez, além das agressões verbais, cometeram atos de violência física contra visitantes e colaboradores”, completa o comunicado.

Em decorrência desses casos, o MAM registrou dois boletins de ocorrência, em que constam as ameaças, agressões e danos ao patrimônio público. A instituição também agradeceu as manifestações de apoio que circulam nas redes sociais e os atos de solidariedade de alguns artistas com o tema da mostra.

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O Ministério Público (MP) de São Paulo pediu que as gigantes da tecnologia Facebook e Google retirem da internet, em dez dias úteis, os endereços que contenham imagens e vídeos que mostram uma criança tocando um homem nu, na última terça-feira (26), durante a mostra 35ª Panorama da Arte Brasileira – 2017, do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).

Na performance chamada "La Bête", o artista fluminense Wagner Schwartz manipula uma réplica de plástico de uma das esculturas da série e se coloca nu, convidando o público a fazer o mesmo com ele. A promotoria investiga um vídeo desta mostra em que uma criança aparece tocando o homem sem roupa.

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O promotor Eduardo Dias de Souza Ferreira destacou que o pedido de remoção foi feito com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e afirmou que, caso essas imagens continuem sendo veiculadas por esses sites, medidas judiciais cabíveis serão tomadas.

"Não é interesse do MP cercear o direito de criação, a liberdade e a exposição de obras de arte. O que nós queremos é que o ECA seja cumprido e que as classificações sejam observadas", destacou o promotor. Ao MAM, foram solicitadas ainda informações sobre a referida mostra, além de esclarecimentos sobre o critério de classificação etária.

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A performance realizada pelo artista Wagner Schwartz, no Museu de Arte Moderna (MAM), de São Paulo, na última terça (26), vem causando polêmica após um vídeo em que uma criança aparece interagindo com Wagner nu, ter viralizado nas redes sociais. Nesta sexta-feira (29), o ator Alexandre Frota esteve no Ministério Público da capital paulista para registrar uma representação contra a performance de Schwartz, além de ter visitado o museu pessoalmente para questionar seus diretores a respeito da obra.

Em suas contas de Twitter e Instagram, Frota divulgou a foto da representação e falou sobre sua posição. Em vídeo, ele comentou que não concorda com este tipo de manifestação artística: "Eles chamam isso de arte e ainda ganharam R$ 6 milhões incentivados pela Lei Rouanet. É um absurdo, eu não aceito isso. É uma vagabundagem que a esquerda propõe o tempo todo chamando de arte". Ele também esteve no MAM nesta sexta, alegando ter ido questionar os organizadores da mostra a respeito da participação de crianças na performance. "Se aquele vagabundo estivesse deitado aqui eu ia levantar ele", disse em uma transmissão ao vivo em seu Facebook enquanto caminhava pelo museu.

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Nos comentários, as opiniões dos internautas se dividiram. Alguns apoiaram a atitude do ator, como Marcio Nunes que disse: "E ainda vejo imbecis que se autodenominam 'intelectuais' te ironizando sempre. Parabéns pela iniciativa.'; e Cristiana Menshova que postou: "Obrigada por defender nossas crianças". Já outros, brincaram com o posicionamento do ator. Felipe Sales escreveu: "Pensei que fosse mais um contrato de filme pornô"; e Cobain disse: "De tocar em homens nus você entende bem".

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O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) emitiu uma nota oficial na noite de ontem (29) sobre a performance de um artista que participa de uma exposição no espaço. A 35ª Mostra Panorama da Arte Brasileira teve uma única apresentação performática em que um modelo aparecia nu e poderia interagir com a plateia. O que gerou uma série de comentários e críticas foi o fato de uma garota que aparenta ter menos de cinco anos de idade aparecer interagindo com o artista.

O vídeo que circula nas redes sociais mostra o carioca Wagner Schwartz no centro de um tablado, montado para sua apresentação, deitado, enquanto a menina toca suas pernas. A performance tem o nome de “La Bête” e faz parte da obra da artista Lygia Clark intitulada “Bichos”. Muitos internautas classificaram a exibição como um incentivo à pedofilia e pediram que seja retirado o apoio de verbas públicas para o espetáculo.

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Em nota oficial, o MAM declarou que a sala faz parte de um local isolado, devidamente identificado com a classificação indicativa e o conteúdo do espetáculo que seria exibido naquele espaço. O museu também lembrou que a mãe da garota estava presente e foi ela quem permitiu a entrada da filha no local. A performance já foi executada em Salvador e o MAM declarou que “as insinuações de pedofilia são resultado de deturpação do contexto e significado da obra”.

Mais uma performance artística está sendo acusada de afrontar valores morais. A apresentação de 'La Bête', do coreógrafo Wagner Schwartz, no Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo, na última terça (26), viralizou na internet com fotos e vídeos e a acusação de pedofilia.

A performance foi apresentada na abertura da Mostra Panorama da Arte Brasileira. Nela, o artista permite que o público toque e manipule seu corpo despido. Durante o espetáculo, uma criança foi uma das pessoas a interagir com o coreógrafo, e as imagens estão sendo compartilhadas por vários perfis e grupos de internet com pesadas críticas. Muitas pessoas estão comentando as publicações da página do museu no Facebook com referências à performance.

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O MAM se posicionou, em nota publicada nas redes sociais: "O trabalho não tem conteúdo erótico e trata-se de uma leitura interpretativa da obra Bicho, de Lygia Clark, artista historicamente reconhecida pelas suas proposições artísticas interativas." A nota afirma ainda que o museu sinaliza aos visitantes o teor das performances, incluindo a presença de nudez artística.

O MAM afirma que a menina estava acompanhada da mãe, que também interage com o artista. Assista ao vídeo da performance:

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Leia a nota do Museu de Arte Moderna na íntegra:

"O Museu de Arte Moderna de São Paulo informa que a performance "La Bête", que está sendo questionada em páginas no Facebook, foi realizada na abertura da Mostra Panorama da Arte Brasileira, em evento de inauguração.

É importante ressaltar que o Museu tem a prática de sinalizar aos visitantes qualquer tema sensível à restrição de público. Neste sentido, a sala estava devidamente sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez artística. O trabalho não tem conteúdo erótico e trata-se de uma leitura interpretativa da obra Bicho, de Lygia Clark, artista historicamente reconhecida pelas suas proposições artísticas interativas.

É importante ressaltar que o material apresentado nas plataformas digitais omite a informação de que a criança que aparece no vídeo estava acompanhada de sua mãe durante a abertura da exposição.

Portanto, os esclarecimentos acima denotam que as referências à inadequação da situação são fora de contexto."

Recentemente, diferentes atrações de arte foram censuradas após protestos e postagens em redes sociais criticando uma suposta imoralidade destas obras. O caso de maior repercussão foi o encerramento antes da data prevista da exposição 'Queermuseu', que estava em cartaz no Santander Cultural. O espetáculo 'Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu', em que uma mulher transexual vive Jesus Cristo também teve uma apresentação proibida pela Justiça.

 

 

O encerramento da temporada de 2014 da São Paulo Companhia de Dança ocorre em grande estilo a partir desta quinta-feira, 27, mas o grupo já anuncia uma agenda cheia para o próximo ano. Uma das novidades é a residência artística em que bailarinos e coreógrafos vão trabalhar no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), em um processo completamente aberto ao público.

A ocupação, que começa no dia 16 de janeiro e vai até 20 de março, é dividida em duas: nos primeiros 45 dias, bailarinos da companhia vão ser supervisionados pelo coreógrafo Clébio Oliveira e, na outra metade do tempo, é Rafael Gomes quem comanda os artistas. "No exterior, muitas companhias de dança têm parcerias com museus. Para a SPCD é a primeira vez", diz a diretora do grupo, Inês Bogéa, animada com os trabalhos que estão por vir.

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Com o curador do museu, Felipe Chaimovich, Inês escolheu obras do acervo do MAM - pinturas, instalações, objetos - e três temas que dão norte às criações: gravidade, desequilíbrio e suspensão. A diretora adianta algumas das intenções dos coreógrafos, como fazer criações em dança usando uma parede inclinada, levando os bailarinos a ficarem fora do eixo. Outra performance pode criar uma inversão do céu, envolvendo pantufas e estudando o movimento das crianças.

A agenda do projeto ainda não está definida, mas é esperado que o processo coreográfico ocorra três vezes por semana. O público pode ver o início da criação, um ensaio corrido intermediário e a performance final. As peças com as quais os bailarinos vão interagir ainda não foram divulgadas, mas é possível que haja criações de nomes como Hélio Oiticica e Mira Schendel.

Temporada. As viagens da companhia nesses quase sete anos de existência - a SPCD foi criada no dia 28 de janeiro de 2008 - ajudaram Inês a escolher o tema da temporada de espetáculos de 2015. "Quando nos apresentamos no exterior, o público se pergunta que Brasil é esse que estamos mostrando", conta a diretora. Pensando na multiplicidade de culturas, chegou ao tema O Corpo no Mundo. Assim, selecionou trabalhos que, de alguma maneira, relacionem o Brasil com outros países. "A ideia é pensar a cultura do corpo no mundo e a cultura do mundo no corpo."

A primeira semana ocorre em junho, com um programa de três coreografias de Jirí Kylián - checo que fez carreira na Holanda e cujas obras fazem sucesso por aqui -, com ordem de apresentação escolhida pelo próprio. Outro destaque ganha espaço em novembro: com a vida profissional dividida entre Alemanha e Chile, a brasileira Marcia Haydée condensa o clássico Dom Quixote.

As assinaturas podem ser renovadas a partir de 2/12 e adquiridas entre 8 de dezembro e 4 de maio de 2015. Por R$ 100, tem-se acesso a todos os espetáculos, sempre no mesmo dia da semana, mantendo a mesma poltrona. As cadeiras disponíveis aos assinantes são limitadas a 50% da casa, que tem capacidade total de 829 lugares.

Somente aos poucos, entre muitas formas circulares coloridas, reconhecemos a representação de uma mulher e de uma criança na pintura Maternidade em Círculos (1908), de Belmiro de Almeida. A obra é uma quase abstração realizada antes do modernismo, ou "a matriz da vontade construtiva no Brasil", diz o curador Paulo Herkenhoff. Entretanto, mesmo sendo uma espécie de embrião do exercício de transformação da linguagem figurativa no início do século 20, o óleo sobre tela está na última sala da exposição Vontade Construtiva na Coleção Fadel, que será inaugurada na segunda-feira, 31, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo.

O percurso da abstração, ou melhor, os meandros do construtivismo no Brasil, são apresentados de trás para frente (ou da década de 1980 a 1908) na mostra que é uma variação, maior, da exibição homônima apresentada no ano passado na inauguração do Museu de Arte do Rio (MAR), do qual Herkenhoff é diretor.

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A pintura de Belmiro de Almeida está no fundo do espaço expositivo, próxima de O Lago (1928), na qual a artista Tarsila do Amaral delineia uma perspectiva diferente com a montanha no fundo da composição que talvez se refira, diz o curador, à Lagoa Rodrigo de Freitas, do Rio. Da modernista, ainda, vê-se uma pureza formal impressionante na obra Nu Cubista Ou O Modelo (1923), feita de tons claros e azuis, e o cubismo na tela A Boneca (1928). E até que o visitante chegue a essa "esplêndida sala", ele terá passado por criações de pura geometria, exemplares do concretismo e do neoconcretismo - como um belo Objeto Ativo de 1969, de Willys de Castro, ou paredes obras de Sergio Camargo, Antonio Maluf e de Lygia Pape - e 18 têmperas de Volpi, entre tantos outros grandes artistas da arte brasileira.

Se Vontade Construtiva fosse apenas uma grande reunião de obras e conjuntos de trabalhos exemplares do concretismo e do neoconcretismo, já seria, por tal, motivo de celebração, mas a exposição é mais que isso, aborda caminhos da arte - ou cultura - brasileira. Com 216 pinturas, esculturas e peças gráficas, a mostra chega a São Paulo com aquisições novas, como a série de serigrafias de 1974/75 de Mary Vieira. A Coleção Hecilda e Sergio Fadel - com peças de desde o século 17 -, abrange, hoje, diz o curador, o maior acervo privado de abstração geométrica no Brasil.

Temperos

O conceito da exposição está calcado no termo "vontade construtiva" do título, referência a uma reflexão da década de 1960 do artista carioca Hélio Oiticica. "Na época da Nova Objetividade Brasileira (1967), em que Oiticica discute algumas marcas da cultura brasileira, uma delas seria a vontade construtiva, que não era só a experiência geométrica dos anos 1950, mas seus desdobramentos na década de 60, como ainda a modernidade e a arquitetura", afirma Paulo Herkenhoff.

No Brasil, o construtivismo é mais que pesquisa formal ou "lógica matemática" - ele é "temperado" por particulares manifestações, vê-se na exposição. Como a "geometria doce" de Mira Schendel, representada logo no início da mostra com obras dos anos 1960 e 1980. Ou as "fantasmagorias" da "geometria de fluxos" da pintora e escultora Tomie Ohtake. Há ainda, na entrada, uma pintura de 1987 de Eduardo Sued, peças escultóricas de José Resende e Waltercio Caldas ao lado de relevos e colunas de mármore de Sergio Camargo. Gerações se misturam e as absorções da empreitada construtiva são diversas.

A partir da primeira sala, o percurso da mostra, "inverso", vai se dando do neoconcretismo até o início do século 20. Artistas como Ione Saldanha, Hélio Oiticica e Lygia Pape têm paredes individuais e as pinturas de Alfredo Volpi formam uma espécie de linha que conecta os tempos porque "ele é uma unanimidade", diz Herkenhoff.

Até se chegar ao modernismo, as histórias dos grupos concretos Frente (Rio) e Ruptura (São Paulo) também são mencionadas, assim como o Ateliê Abstração, que tinha como mestre Samson Flexor (e uma de suas alunas foi, curiosamente, a professora de literatura Leyla Perrone-Moisés). Até os mares planos das pinturas de Pancetti dos anos 1940 começam a ser vistos de outra maneira, falam, também, da "consciência da superfície", de um raciocínio formal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um homem e uma mulher entrados em seus 70 ou 80 anos. Relaxados numa praia, sob o abrigo de um gigantesco guarda-sol. A posição dos corpos é típica de um amor adolescente: ele, com a cabeça no colo da companheira, tem semblante perdido; ela contempla o companheiro. As varizes, os pelos, as unhas mal cortadas, as manchas senis, os vincos na pele, todas as características físicas são reproduzidas com extrema perfeição e sofisticação técnica nessa escultura dupla de dois metros de altura do artista australiano Ron Mueck. É a mais corpulenta da mostra a ser aberta ao público nesta quinta-feira (20), no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio.

Casal Debaixo do Guarda-sol, a despeito das dimensões, não é necessariamente a mais impactante entre as nove obras trazidas ao Rio. A poucos metros está Mulher com as Compras, de 1,13 metro. Uma mulher de olhar vazio carrega nas mãos sacolas de supermercado e traz o filho bebê sob o casaco pesado. Sua matéria é de resina, fibra de vidro, silicone e acrílico, mas a expressão de cansaço é idêntica à das mães de carne, sangue e osso.

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Não tivessem dimensões não-humanas, as esculturas de Mueck passariam por pessoas que vemos nas ruas. Se o espectador as observa por muito tempo, a impressão é que logo vão piscar. "É muito bonito ver a interação do público com as obras. É a humanidade diante da humanidade. É o que faz com que a arte de Mueck seja única", diz Hervé Chandès, diretor da Fundação Cartier para a Arte Contemporânea, que veio para a abertura.

Foi a fundação que montou a exposição, em seu moderno prédio parisiense, projetado pelo arquiteto Jean Nouvel. Os visitantes chegaram a quase 400 mil. Em seguida, o conjunto foi para a Fundação PROA, em Buenos Aires, e o sucesso se repetiu: 200 mil pessoas em três meses. "A expectativa deles era de apenas 50 mil. A gente está esperando entre 200 mil e 220 mil até junho. O trabalho dele é muito instigante, tem um boca a boca importante", acredita o presidente do MAM, Carlos Alberto Chateaubriand.

Ainda que desconhecido no Brasil, Mueck chega ao MAM com status de exposição do ano, promessa de recorde de visitação - este é de 1999, quando Picasso atraiu 280 mil pessoa em quatro meses.

A escala, a ambiência, as intenções das figuras, tudo isso é material da arte de Mueck. O rapaz e a moça da escultura Jovem Casal (feita especialmente para a ocasião, mesmo caso do Casal Debaixo do Guarda-sol e de Mulher com as Compras e do filme Natureza Morta, incluído na exposição) têm uma dinâmica curiosa: embora a expressão deles seja pacífica, ele segura firmemente o punho da namorada. O que teria acontecido? "Nada em Mueck é por acaso. Não são manequins", comenta a curadora Grazia Quaroni.

Só recentemente ele passou a criar seres acompanhados - a solidão é uma marca de sua produção até aqui. Cada detalhe é amplo em significado: a depilação mal feita da mãe com o bebê nos leva a crer que ela não tem tempo para si; a palidez extrema do senhor nu num barco enorme em Homem em um Barco sugere que ele está perto da morte. A Mulher com Galhos, gorda, nua e arranhada, mistura, paradoxalmente, força e vulnerabilidade. Com centenas de fios de barba implantados um a um, a Máscara II, do rosto do artista, é a única escultura oca.

Mueck nasceu em 1958 em Melbourne e se radicou em Londres. Sua família fabricava brinquedos e ele não teve formação artística. Criou bonecos para a TV e o cinema e entrou para o mundo das artes quando chamou a atenção do milionário colecionador britânico Charles Saatchi, nos anos 90. Hoje, suas esculturas maiores valem dezenas de milhões de dólares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Será realizado nesta (8), das 9h às 17h, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (Parque Ibirapuera, portão 3), o seminário Arte Sem Limites: Trabalhando Com Públicos e Artistas com Deficiência. O encontro, que contará com a presença de consultores da Shape Arts, organização britânica que tem como objetivo promover o acesso à cultura para artistas e público com deficiência, tem entrada gratuita e as inscrições devem ser feitas através do e-mail acessibilidade@mam.org.br ou pelo telefone (11) 5085 1313.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) nomeou Marcelo Rezende para a diretoria do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA). Rezende ocupará o lugar deixado pela professora Stella Carrozzo, na última segunda-feira (17). O secretário da Cultura no Estado da Bahia, Antônio Rubin, afirmou que a escolha se deve ao perfil agregador do escritor.

Stella Carrozzo foi diretora do MAM por dois anos e, segundo ela, foi afastada do cargo de forma abrupta e desumana. No momento da demissão, Stella lançou uma carta fazendo críticas à forma como foi demitida pelo secretário. Rubim se pronunciou acerca da contratação de Marcelo Rezende afirmando que: “O convite feito a Marcelo Rezende não se deve apenas à trajetória e experiência vinculadas à arte contemporânea, mas também ao seu perfil, que agrega a possibilidade de desenvolver um trabalho mais articulado e coletivo, alinhada ao modelo de gestão que estamos tentando implementar dentro da própria secretaria”.

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O secretário de Cultura espera que a nova gestão do MAM promova o diálogo entre instituições nacionais e internacionais sobre a arte feita na Bahia.

O Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo iniciou neste final de semana uma exposição que conta sua própria trajetória. Intitulada O Retorno da Coleção Tamagni: Até as Estrelas por Caminhos Difíceis, a mostra coloca em cena as obras que pertenceram ao acervo de Carlo Tamagni e foram doadas ao MAM em 1967.

Em 1963 todo o acervo do museu foi repassado à Universidade de São Paulo (USP), para a formação da coleção inicial do Museu de Arte Contemporânea (MAC). Sem o acervo original e existindo apenas como nome, o MAM fica à beira da extinção até 1967, quando Carlo Tamagni, então conselheiro da entidade, doa ao museu todo o seu acervo particular, com obras de artistas como Alfredo Volpi, Clóvis Graciano, Francisco Rebolo e Aldo Bonadei.

“Tivemos a ideia de revisitar esse período traumático do MAM e, depois com a nova coleção, que começa uma nova fase do museu. Vamos confrontar isso com as obras contemporâneas que mostram a vocação experimental da coleção do MAM hoje”, disse Felipe Chaimovich, que divide a curadoria com Fernando Oliva.

A Coleção Tamagni é predominantemente modernista, com obras de Tarsila do Amaral, Aldo Bonadei e Francisco Rebolo, mas também tem referência à vanguarda dos anos 1940-50, nos trabalhos de Fernando Lemos, Livio Abramo e Arnaldo Pedroso d’Horta.

Um destaque da mostra é a obra contemporânea A Máquina Curatorial, de Nicolás Guagnini, constituída por diversos painéis em forma de hélice. A peça é o suporte das obras e de documentos presentes na exposição. Ela permite a participação do público, que pode girar as estruturas da “máquina” e mudar a configuração das obras, fazendo novas combinações e permitindo novas interpretações.

A exposição fica aberta até 11 de março, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Parque do Ibirapuera.

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