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Uma semana após ser confirmada como a futura sede da Olimpíada de 2024, Paris já começa a planejar os Jogos. E, nesta terça-feira (8), um dos líderes da candidatura parisiense admitiu que a programação olímpica de 2024 pode ter novidades. Uma delas seriam os jogos de videogame, rebatizados recentemente de e-sports.

"Os jovens estão interessados em e-sports e este tipo de coisa. Vamos dar uma olhada nisso, vamos conversar com eles. Vamos ver se conseguimos estabelecer algumas pontes [entre os e-sports e a Olimpíada]", afirmou Tony Estanguet, copresidente da candidatura de Paris aos Jogos de 2024, em entrevista à agência Associated Press.

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Estanguet quer aproveitar o momento favorável dos e-sports para ganhar audiência e maior atenção do público jovem na futura edição da Olimpíada parisiense. Torneios mundiais de videogames ganharam fôlego nos últimos anos, mobilizando arenas e estádios em diversos países, incluindo o Brasil.

Tentando buscar status de esporte, o e-sport já conseguiu ser aceito pelos Jogos Asiáticos. Entrará na programação do evento de 2022. Detalhes sobre quais jogos e quais formatos de disputas ainda serão definidos pela organização da competição continental.

Para o dirigente francês, o videogame deve ser legitimado como esporte se o movimento olímpico quer manter sua relevância para as novas gerações de fãs. "Não quero dizer 'não' desde o começo. Acho que será interessante interagir com o Comitê Olímpico Internacional, com eles, e a família do e-sports, para entender melhor o processo de disputa e por que tem feito tanto sucesso", afirmou.

A cidade de Paris foi confirmada como futura sede olímpica na semana passada, quando Los Angeles aceitou receber o evento de 2028. As duas sedes disputavam a competição de 2024. Por aceitar receber os Jogos quatro anos mais tarde, a cidade norte-americana receberá uma compensação financeira do COI. Paris ainda será oficializada como sede no Congresso do COI marcado para setembro, na cidade de Lima, no Peru.

Os organizadores dos Jogos de Tóquio, em 2020, anunciaram nesta segunda-feira (18) a recomendação da inclusão de cinco esportes ao programa olímpico. São eles: o beisebol e o softbol, em uma candidatura conjunta, o surfe, o skate, o caratê e a escalada.

A decisão do Comitê Organizador da Olimpíada de Tóquio cortou o boliche, o squash e o wushu da lista de oito finalistas. Agora a recomendação será submetida ao Comitê Olímpico Internacional (COI), que irá tomar uma decisão final no Rio, em agosto de 2016.

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No âmbito da "Agenda Olímpica 2020" adotada pelo COI em dezembro passado, as cidades-sede estão autorizados a propor um ou mais esportes para os seus Jogos, fora os 28 já existentes no programa. A expectativa era para que Tóquio indicasse um ou dois nomes. Ao escolher cinco esportes, os organizadores fizeram questão de incluir os que são importantes para o Japão, casos do beisebol e do caratê, bem como atendeu o pedido do COI de incluir eventos com forte apelo entre os jovens.

"Foi uma tarefa bastante difícil", disse Toshiyuki Akiyama, vice-governador de Tóquio e membro da comissão criada para apontar novos esportes para o programa olímpico. Beisebol, softbol e caratê foram propostos e apoiados pela assembleia metropolitana de Tóquio. "Para o skate, a escalada esportiva e o surfe, a palavra-chave é a juventude", completou o vice-governador, replicando a declaração de Fujio Mitarai, o presidente honorário do comitê organizador, que observou que o skate é um esporte urbano, cabendo para uma metrópole como Tóquio.

Os eventos propostos acrescentariam 474 atletas aos Jogos, um total que se encaixa dentro do limite de 500 competidores adicionais estabelecidas pelo COI. Para se manter dentro dos limites, o comitê de Tóquio fez cortes, como a disputa do beisebol sendo limitada a seis equipes. "Sabemos que as pessoas mais jovens tendem a ficar em casa nos dias de hoje, e acreditamos que incluímos eventos que irão conduzir as pessoas para fora", disse Tomiaki Fukuda, o presidente da Federação de Luta do Japão. "Isso vai criar uma nova imagem para Jogos Olímpicos".

As recomendações foram recebidos pelo COI, que não disse quantos esportes gostaria de acrescentar, e se vai fazê-lo. "Este é mais um passo concreto em frente na aplicação da Agenda Olímpica 2020, mostrando uma abordagem nova, renovada e muito emocionante para o programa dos Jogos Olímpicos", disse o porta-voz do COI, Mark Adams. "A proposta reflete um apelo especial aos jovens". Vinte e seis esportes tinham originalmente apresentado suas candidaturas. Em junho, então, a relação foi reduzida para oito. Agora será a vez do COI avaliar as indicações para definir as novidades no programa olímpico para os Jogos de Tóquio.

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