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A seleção masculina de vôlei será dirigida pelo experiente Bernardinho nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) anunciou nesta quarta-feira que o treinador aceitou o desafio de substituir Renan Dal Zotto na missão de subir ao pódio na França.

"Ele voltou! Bernardinho aceitou o convite da CBV e assume o comando da seleção masculina adulta até os Jogos Olímpicos de 2024. Valeu, Bernardinho! Vamos juntos! Paris nos espera!", oficializou o CBV.

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Atualmente coordenador das seleções masculinas, Bernardinho vai acumular funções até Paris-2024. Depois, espera que um novo nome assuma para novo ciclo olímpico enquanto voltará às funções nas equipes de base.

Aos 64 anos, o técnico ainda dirige o Sesc/Flamengo na Superliga e se dedicará exclusivamente à seleção adulta a partir de abril, quando reunirá os futuros convidados para série de treinos em Saquarema, no Rio.

"Olá pessoal, estou aqui para fazer um comunicado, desta vez oficial, do meu retorno ao comando da seleção brasileira masculina de voleibol. Era algo que não estava nos meus planos, mas há três meses, a convite do presidente Radamés Lattari, da Confederação Brasileira de Voleibol, assumi a função de coordenador de seleções. Estou aqui para alinhar o trabalho da base com a seleção principal, e reiniciar o trabalho da seleção de novos, que visa justamente os próximos ciclos olímpicos", anunciou Bernardinho.

Depois de sete anos fora do comando da seleção, Bernardinho fez questão de frisar que atuará somente como um "quebra galho." "Por decisão pessoal do Renan (Dal Zotto) de se afastar momentaneamente do voleibol e da seleção brasileira (problemas de saúde e pessoais), reassumo esse cargo, para continuar com o trabalho feito, contribuir de alguma forma com minha experiência para que a gente possa buscar a tão almejada medalha em Paris", disse.

Dono de sete medalhas olímpicas incluindo a carreira como jogador, Bernardinho é apontado como o nome certo para reerguer a seleção após fracassos recentes. Bicampeão em Atenas-2004 e no Rio-2026, ele promete que trabalho e empenho não vão faltar. Antes, porém, quer ser campeão da Superliga.

"Nesse momento meu foco está totalmente voltado para a Superliga Feminina, com a minha equipe do Sesc/Flamengo. Assim como os jogadores estão focados tanto na Superliga como nos campeonatos internacionais, nas ligas que disputam na Europa", disse, sem esconder que observa a seleção.

"Já acompanhamos à distância o planejamento junto com os treinadores da seleção, algo diário, para que em abril comecemos o trabalho em Saquarema, nosso Centro de Treinamento. Focados que estamos (na Superliga), mas com pensamento obviamente voltado nessa busca de uma medalha e uma boa campanha em Paris", frisou. "Obrigado pela torcida e energia que sempre mandam. Uma coisa podemos prometer, que é muito trabalho e dedicação na busca dessa medalha."

O Comitê Olímpico Russo recorreu à Corte Arbitral do Esporte (CAS) contra a suspensão imposta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) no mês passado, por ter incorporado conselhos esportivos ucranianos. O tribunal divulgou nesta segunda-feira que registrou o recurso, mas não definiu prazo para um veredicto.

A disputa jurídica não deverá afetar os atletas russos que se classificarem para os Jogos Olímpicos de Paris no próximo ano. O COI já havia anunciado que os esportistas do país poderiam competir na França, desde que recebam convite direto das federações de cada modalidade, em um processo que não passa pelo comitê russo.

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A última rusga entre a Rússia e o COI foi provocada pela incorporação, pelo organismo russo, dos conselhos desportivos de quatro regiões da Ucrânia. Ao anunciar a sanção, o COI afirmou que a ação "constitui uma transgressão da Carta Olímpica porque viola a integridade territorial do Comitê Olímpico da Ucrânia".

A Rússia fez um movimento semelhante em 2016 para incorporar conselhos desportivos na região da Crimeia, que tinha sido anexada pelo país dois anos antes. Naquela ocasião, o COI não anunciou nenhuma suspensão. Na Olimpíada de Tóquio, em 2021, os atletas russos não puderam competir em nome do país nem exibir seus símbolos nacionais, como hino e bandeira, mas a sanção foi uma resposta ao histórico de uso de substâncias proibidas. Por anos, a Rússia operou um programa de doping patrocinado pelo Estado.

A Corte Arbitral do Esporte divulgou que o apelo russo pede que o comitê olímpico do país seja reintegrado "beneficiando-se de todos os direitos e prerrogativas concedidos pela Carta Olímpica". Com a punição, o comitê russo perde o direito de uma parte dos direitos de transmissão da Olimpíada e patrocínio, o que equivale a milhões de dólares no ciclo olímpico de quatro anos. Autoridades russas trabalham juridicamente ter acesso aos recursos que não estão sendo pagos devido às sanções econômicas provocadas pela guerra na Ucrânia.

A Rússia é uma potência olímpica. Nos Jogos de Tóquio, os atletas russos terminaram na quinta colocação no quadro de medalhas, com 20 ouros, 28 pratas e 23 de bronze. O Brasil ficou em 12º lugar, com 7 medalhas de ouro, 6 de prata e 8 de bronze.

A sede do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 foi alvo de buscas de uma operação contra corrupção executada por autoridades francesas na quarta-feira. Foi a segunda ação do tipo que o local recebeu neste ano, após uma primeira abordagem em junho, em meio a suspeitas de favorecimento ilegal, conflito de interesses e utilização indevida de recursos na concessão de contratos comerciais.

A operação foi confirmada em nota oficial publicada pelo próprio comitê nesta quinta-feira. "Estamos cooperando completamente com a investigação, como nós sempre fizemos", diz o curto texto, no qual também está escrito que os oficiais "obtiveram todas as informações que foram requisitadas".

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O foco da apuração são 20 contratos comerciais, de um total que chega a centenas, assinados pelos organizadores olímpicos em meio aos preparativos para a Olimpíada do ano que vem. Tony Estanguet, presidente do comitê, defendeu recentemente, em entrevista à agência de notícias Associated Press, colegas cuja casas foram revistas. Além disso, disse não considerar concebível qualquer comparação entre os preparativos atuais e os casos de corrupção identificados nas organizações dos Jogos de Tóquio, em 2021, e nos Jogos do Rio-2016.

A avaliação de Estanguet encontra apoio em Jean-François Bohnert, chefe da procuradoria nacional financeira da França, que não vê indícios de um grande esquema criminoso. "Trata-se de favorecimento, obtenção ilegal de juro. É sobre a forma como certos contratos foram distribuídos, os acordos... Mas não vejo quaisquer elementos, pelo menos não nesta fase, que possam levar a investigação para os casos mais graves de corrupção ou tráfico de influência", disse em entrevista à Rádio RTL.

As classificações para Olimpíada de Paris-2024 alcançadas durante o final de semana, no Mundial de Ginástica Artística, sob a liderança de Rebeca Andrade, e no Pré-Olímpico de Vôlei Masculino, fizeram o Brasil atingir a marca de 105 vagas olímpicas já garantidas em 17 modalidades diferentes. As vagas são contadas individualmente mesmo nos esportes coletivos, nos quais os times são considerados grupos de atletas, portanto a classificação da seleção de vôlei, por exemplo, é contabilizada como um total de 12 vagas, número de jogadores que serão convocados para os Jogos.

A expectativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é que o número de representantes do país na próxima olimpíada aumente consideravelmente durante a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, que começam no dia 20 de outubro e oferecem 21 vagas diretas para Paris-2024. Outras 12 competições do evento contam pontuação para os rankings olímpicos. As modalidades que distribuirão classificações diretas são: boxe, breaking, escalada esportiva, ginástica artística, ginástica rítmica, ginástica trampolim, handebol, hipismo adestramento, hipismo CCE, hipismo saltos, hóquei sobre grama, nado artístico, pentatlo moderno, polo aquático, saltos ornamentais, surfe, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo e vela.

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"Ginástica artística e vôlei são duas modalidades importantes e estratégicas no planejamento esportivo do COB e ficamos muito felizes com as vagas conquistadas para os Jogos Olímpicos de Paris nos últimos dias. Foram resultados que nos encheram de orgulho e confiança de que estamos no caminho certo. Agora, o foco passa para os Jogos Pan-americanos, de onde queremos sair com o máximo possível de vagas olímpicas. Para isso, o COB dará todo o suporte necessário para nossos atletas alcançarem grandes resultados", afirmou Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento do COB.

Ao longo do Mundial de Ginástica Artística, disputado na Antuérpia, Bélgica, a seleção brasileira conseguiu sete vagas olímpicas, cinco femininas e duas masculinas, uma delas nominal para Diogo Soares. O grande destaque do campeonato foi Rebeca Andrade, que subiu nos pódio em todas as provas que disputou, com seis medalhas. Um dos pódios foi ao lado das companheiras Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares, na conquista da prata da disputa por equipes, responsável por garantir as cinco vagas femininas. Rebeca ainda foi ouro no salto, superando Simone Biles, bronze na trave e prata no individual geral e no solo, aparelho no qual fez uma dobradinha com Flavinha, medalhista de bronze.

Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Já a vaga olímpica do vôlei masculino veio com muita emoção, no tie break, com uma vitória por 3 sets a 2 sobre a Itália, com parciais de 25/23, 23/25, 15/25, 25/17 e 15/11. Mesmo depois da classificação, o técnico Renan Dal Zotto, que vinha sendo alvo de muitas críticas, pediu demissão do cargo por questões pessoais. No mês passado, o Brasil já havia conseguido a classificação do vôlei feminino para Paris.

Confira as vagas garantidas pelo Brasil nos Jogos de Paris-2024:

ATLETISMO (12)

Feminino

Marcha atlética 20km (2)

Masculino

Arremesso do peso

Marcha atlética 20km

Maratona

100m rasos (2)

110m com barreiras

400m rasos (2)

400m com barreiras

Salto triplo

CANOAGEM SLALOM (2)

Feminino

K1

C1

CANOAGEM VELOCIDADE(1)

Masculino

C1 1000m

CICLISMO BMX RACING (1)

Individual feminino

FUTEBOL (18)

Equipe feminina

GINÁSTICA ARTÍSTICA (7)

Feminino

Equipe

Masculino

Diogo Soares

+1 atleta individual geral

GINÁSTICA RÍTMICA (6)

Individual

Equipe

HIPISMO SALTOS (3)

Equipe

NATAÇÃO (4)

Feminino

1500m livre

Masculino

100m livre

400m livre

100m borboleta

RUGBY(12)

Equipe Feminina

SALTOS ORNAMENTAIS(2)

Feminino

Plataforma 10m

Masculino

Plataforma 10m

SURFE(3)

Masculino

Filipe Toledo

João Chianca

Feminino

Tatiana Weston-Webb

TÊNIS DE MESA (6)

Equipe feminina

Equipe masculina

TIRO COM ARCO (1)

Recurvo individual (masculino)

TIRO ESPORTIVO (1)

Pistola de ar 10m (masculino)

VELA (2)

Masculino

Fórmula Kite

IQFoil

VÔLEI(24)

Equipe feminina

Equipe masculina

TOTAL - 105 VAGAS

A seleção de basquete dos Estados Unidos ganhou um reforço de peso para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O pivô camaronês Joel Embiid, que também tem nacionalidade americana e francesa, optou por defender a equipe da América do Norte atendendo ao apelo de LeBron James.

A escolha do pivô deixa o já forte time dos Estados Unidos como grande favorito para a medalha olímpica no próximo ano. A equipe titular dos EUA deve contar com Stephen Curry, LeBron James, Kevin Durant, Embiid e Devin Booker ou Jaysun Tatum.

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Atual MVP (jogador mais valioso) da temporada regular da NBA, o camaronês do Philadelphia 76ers era cotado para defender seu país no Pré-Olímpico que terá 24 equipes disputando quatro vagas para Paris. Mas aceitou a "convocação" de LeBron para recolocar os EUA no topo após fracasso no Mundial. O astro dos Lakers disse que os melhores jogadores da NBA devem jogar a Olimpíada do ano que vem defendendo o país.

"Meu filho é americano, e você acrescenta isso ao fato de eu estar aqui há tanto tempo, sinto que nos últimos anos isso tem sido cada vez mais baseado na família", justificou o pivô. Ele namora com a modelo brasileira Anne de Paula, de 28 anos, com a qual está há cinco anos e são pais do pequeno Arthur, de 2 anos e 11 meses.

A seleção americana pode ter no elenco para a Olimpíada, ainda, kyrie Irving, Anthony Davis, Kawhi Leonard, Damian Lillard, Bam Adebayo, Anthony Edwards e Jordan Poole, em composição de um novo Dream Team após não conquistar medalha no Mundial.

Questionado se tinha alguma relação com o anúncio de Embiid em defender a seleção dos EUA, LeBron James foi irônico: "Não tenho ideia", disse. Mas celebrou a notícia ao ser informado sobre a decisão do pivô. "Isso é ótimo, um grande momento."

O Comitê Olímpico Internacional (COI) não quer saber de censura ou discriminação nos Jogos de Paris-2024 e garantiu nesta sexta-feira que a proibição do uso do hijab imposta pela ministra dos esportes da França, Amelie Oudea-Castera, sob alegação de imposição religiosa, não será levada em consideração para quem estiver hospedado na Vila Olímpica.

A vestimenta das pessoas da doutrina islâmica está liberada para a vila olímpica e o COI está em contato com o Comité Olímpico Francês (CNOSF) para saber o motivo de tal proibição, inicialmente apenas a atletas franceses.

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"Para a Vila Olímpica, aplicam-se as regras do COI", afirmou um porta-voz do Comitê Internacional. "Não há restrições ao uso do hijab ou de qualquer outro traje religioso ou cultural", seguiu, salientando que não haverá proibições religiosas contra os cerca de 10 mil atletas que residirão no local.

Os Jogos de Paris-2024 ocorrem entre 26 de julho e 11 de agosto e a decisão de proibir o uso do hijab não foi bem aceita por atletas e federações do mundo todo, que protestaram. O gabinete de direitos humanos das Nações Unidas, inclusive, criticou a decisão dos franceses.

País da Europa com uma das maiores minorias muçulmanas, a França já vinha adotando tal postura sob alegação de "proteger a suas forma estrita de secularismo, o 'laicité', acusando-a de ameaça do islamismo.

"Quando se trata de competições, aplicam-se os regulamentos estabelecidos pela Federação Internacional (FI) relevante", enfatizou o porta-voz do COI, garantindo que agirá com diplomacia com os franceses, mesmo liberando o uso do hijab também aos atletas do país-sede. "Uma vez que este regulamento francês se refere apenas aos membros da seleção francesa, estamos em contato com o CNOSF para compreender melhor a situação dos atletas franceses."

O comitê organizador dos Jogos de Paris-2024, presidido pelo ex-canoísta francês Tony Estanguet, revelou, nesta terça-feira, o design da tocha olímpica. Projetada pelo designer Mathieu Lehanneur, em parceria com a empresa ArcelorMittal, a peça de cor champanhe, com 70 centímetros e 1,5 quilos, tem sua chama alimentada por biopropano. Foram produzidas 2 mil unidades para o tradicional revezamento.

Para desenhar a tocha, Lehanneur inspirou-se em três símbolos da próxima Olimpíada: igualdade, água e conciliação. "A igualdade é simbolizada pela simetria perfeita", disse o designer em coletiva de imprensa. "A água é simbolizada pela onda e pelos efeitos de vibração. A conciliação é simbolizada pela gentileza das curvas", completou.

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O design será utilizado tanto na jornada do revezamento da chama olímpica quanto da paralímpica. "Seguindo nossa lógica de construir pontes entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, este último já compartilha o mesmo emblema e mascote do primeiro. Em Paris-2024, também teremos um design de tocha único", explicou Estanguet.

Conforme a tradição, a chama será exibida inicialmente em uma cerimônia em Olímpia, na Grécia. Então, viajará de barco à cidade francesa de Marselha, com desembarque previsto para o dia 8 de maio de 2024, data a partir da qual passará por diversas localidades e mãos, durante 68 dias, até acender a pira olímpica na cerimônia de abertura em Paris. Depois, a chama acenderá a pira dos Jogos Paralímpicos, dia 28 de agosto.

"A tocha é o objeto mais complexo, tecnicamente e tecnologicamente, do que eu imaginava a princípio. Tentamos manter sua dimensão icônica, que é muito simbólica e quase mágica. Como poderíamos transmitir tanta energia, tanta densidade e tantas mensagens para algo que não é vivo? A ideia era que este objetivo, seja sendo carregado pelos participantes do revezamento da tocha ou em um museu, incorporasse e fosse o símbolo absoluto de Paris 2024 e do que acontece nestes Jogos Olímpicos e Paralímpicos", disse Lehanneur.

Fotos: Reprodução/Facebook/Paris-2024

A presidente do Comitê Olímpico da França, Brigitte Henriques renunciou ao cargo nesta quinta-feira, a menos de 500 dias do início dos Jogos de Paris-2024. A saída da primeira mulher a comandar os esportes olímpicos do país é mais uma mudança no comando de entidades esportivas na França na reta final da preparação para o grande evento do próximo ano, a ser realizado entre 26 de julho e 11 de agosto.

Ex-jogadora da seleção francesa de futebol, Henriques anunciou sua despedida no início de uma assembleia geral do comitê, que não revelou as causas da saída. Mas, segundo a imprensa francesa, ela teria apresentado suas razões durante a reunião. A dirigente exercia esta função desde junho de 2021.

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Ela será substituída temporariamente pela atual secretária-geral do comitê, Astrid Guyart. Tanto Henriques quanto Guyart têm assento no Comitê Organizador dos Jogos de Paris-2024, mas não são responsáveis diretas pela gestão da entidade. Ambas estão sob o comando do presidente do Comitê Organizador, Tony Estanguet.

A decisão inesperada pode ter relação com as dificuldades que a então presidente vinha tendo na gestão do Comitê Olímpico. Henriques havia solicitado ao Comitê Olímpico Internacional (COI) uma auditoria interna da entidade que presidia devido a divergências com Didier Seminet, secretário-geral na gestão anterior.

Ela ficou dois meses afastada do cargo por licença medica, alegando ter sofrido violência psicológica de Seminet, que negou as acusações e disse ter aberto processo contra Henriques. A agora ex-presidente do Comitê Olímpico também entrou em atrito com seu antecessor, Denis Masseglia, e o advogado Arash Derambarsh, a quem acusou iniciar uma campanha para desestabilizá-la no cargo.

A renúncia de Henriques não é a primeira em entidades esportivas nos últimos meses. No futebol, Noël Le Graët deixou o cargo de presidente da federação após acusações de machismo e má gestão. Bernard Laporte se afastou da presidência da federação de rúgbi e Claude Atcher foi demitido do cargo de CEO da Rugby World Cup, a ser disputada em solo francês em setembro.

A presença de atletas transgêneros na Olimpíada de Paris-2024 está condicionada às regras a serem adotadas pelas federações esportivas internacionais. Nesta quarta-feira, a ministra do Esporte e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris-2024, Amélie Oudéa-Castera, afirmou que esta é uma questão complexa, mas que não irá intervir na decisão das entidades.

Em entrevista à rádio France Info, Amélie comentou sobre a recente decisão da World Athletics, a Federação Internacional de Atletismo, de excluir transgêneros das competições femininas. Para ela, estudos sobre o papel da testosterona no desempenho esportivo podem esclarecer os pontos controversos do debate.

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"É uma questão difícil e que está em evolução, na qual navegamos entre duas demandas, a inclusão e o respeito à igualdade esportiva", disse Amélie, em entrevista à rádio France Info. "Nem todos estão nessa linha. O progresso científico vai esclarecer a decisão desses atores."

O Comitê Olímpico Internacional (COI) renunciou no final de 2021 a estabelecer diretrizes uniformes quanto aos critérios de participação de atletas intersexuais e transgêneros. Assim, deixou o caminho livre para a decisão das federações internacionais. A participação do atleta dependerá do que a sua respectiva modalidade estabelece.

Na Olimpíada de Tóquio, em 2021, a levantadora de peso neozelandesa Laurel Hubbard fez história ao se tornar a primeira mulher abertamente transgênero a participar de um evento olímpico. Ela atendeu aos critérios de classificação, que exigiam um nível de testosterona abaixo de 10 nmol por litro por pelo menos 12 meses.

A organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris-2024 revelou, nesta quarta-feira, sua identidade visual e seus pictogramas, insígnias que representam cada modalidade esportiva. As famosas ruas de pedras da capital francesa são o elemento central do novo e colorido visual dos Jogos, que vão refletir a "elegância francesa".

Pela primeira vez na história das Olimpíadas, haverá flexibilidade na identidade visual. Assim, as cores roxa, rosa, azul, branca e dourada, em tons suaves, poderão ser adaptadas em cada uma das cidades-sede dos Jogos Olímpicos de Paris - haverá eventos esportivos em cidades como Lyon, Nice, Lille e Marselha.

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"Os Jogos são para toda a França e em todo o país você pode ver os pavimentos de pedras nas ruas da cidade", disse a diretora de marca Paris-2024, Julie Matikhine. "Os Jogos serão vistos em cada uma dessas pedras usadas como pavimento, seja você cidade-sede ou celebrando enquanto veste as cores do visual (de Paris-2024)."

Os 62 pictogramas também foram divulgados e, pela primeira vez, são brasões. Eles têm sido parte dos Jogos Olímpicos desde a edição de Tóquio-1964. "Os pictogramas são muito mais do que uma única imagem, eles unem atletas e espectadores. O visual dos Jogos anda de mãos dadas com os pictogramas. Isso é o que fica na história, nas filmagens e nos vídeos, e diz algo sobre o país", disse Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador de Paris-2024.

"Um pictograma também é um símbolo de algo colecionável", disse o presidente de Paris 2024, Tony Estanguet, no evento de lançamento do visual e dos pictogramas. "Quando você é um atleta, você tem orgulho de exibir o pictograma do seu esporte - pins e camisetas... lembro de colecionar essas coisas."

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O Nado Artístico que tanto empolga pelos impressionantes movimentos e sincronismo entre as equipes olímpicas vai deixar de ser exclusividade feminina. A World Aquatics revelou nesta quinta-feira que os homens também defenderão a modalidade, nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Nada de equipes masculinas inteiras, contudo. A aprovação do Comitê Olímpico Internacional permite no máximo dois homens entre os oito atletas selecionados no evento. Ao menos 10 nações devem estar em Paris-2024.

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"Os esportes aquáticos são universais e os homens provaram ser excelentes nadadores artísticos", disse o presidente da World Aquatics, Husain Al-Musallam, em comunicado.

Os homens já competem na natação artística nos campeonatos mundiais bienais de esportes aquáticos desde 2015. Bill May e Christina Jones garantiram o ouro para os Estados Unidos no evento inaugural de dueto misto em Kazan, na Rússia.

"A inclusão de homens na natação artística olímpica já foi considerada um sonho impossível", disse May, citando a "perseverança, a ajuda e o apoio de tantos". No mundial de 2022 em Budapeste, o dueto misto foi vencido pelos italianos Giorgio Minisini e Lucrezia Ruggiero em uma competição de 13 nações.

"Este anúncio é um marco na história da natação artística", afirmou Minisini, comemorando a inclusão olímpica.

A organização da Olimpíada e da Paralimpíada de Paris-2024 revelou nesta segunda-feira seus mascotes. A Phryge Olímpica e a Phryge Paralímpica representam o barrete frígio, um tipo de gorro que tem forte simbologia na França. O barrete remete à Revolução Francesa e simboliza a liberdade.

"Escolhemos um ideal em vez de um animal", disse o chefe do Comitê organizador de Paris-2024, Tony Estanguet. "Escolhemos o barrete frígio porque é um símbolo muito forte da República Francesa. Para os franceses, é um objeto muito conhecido que é um sinônimo de liberdade, um objeto que representará mascotes em todo o mundo. O fato de que a mascote Paralímpica tem uma deficiência visível também manda uma forte mensagem: a promoção da inclusão."

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As duas mascotes são predominantemente vermelhas, com traços em branco e azul, contendo o logo de Paris-2024. Cada "gorro" traz a bandeira da França na altura dos olhos. "Elas são as protagonistas de uma grande tribo, são parte da família de Phryges", explicou Julie Matikhine, diretora de marca de Paris-2024. "De acordo com nossa narrativa, elas existem há milhares de anos e estavam presentes durante vários eventos-chave na história da França".

"Agora elas retornaram para este grande evento na França para liderar uma missão de revolução pelo esporte. O objetivo é mostrar que o esporte pode mudar tudo na sociedade. O objetivo é mostrar que o esporte e seus valores podem fazer grandes coisas. É sobre fraternidade, solidariedade e ajuda a sociedade a crescer", completou.

Historicamente, este tipo de gorro era comum na Ásia, na região onde está localizada a Turquia atualmente. Na época da Revolução Francesa, o chapéu se tornou comum entre as pessoas que faziam parte do movimento em favor da República e que culminou na Tomada da Bastilha, em 1789. O evento marcou o início da Revolução Francesa.

"O barrete frígio tem um significado de habilidade, que todos temos quando atuamos coletivamente para nos levantarmos e trabalharmos juntos por algo melhor", afirmou Matikhine. "Este foi o caso da Revolução Francesa e será o caso dos Jogos de Paris-2024 porque este evento será uma revolução através do esporte."

Em termos práticos, a maior diferença entre a Phryge Olímpica e a Phryge Paralímpica, nas imagens divulgadas pela organização dos Jogos de Paris, é que a mascote da Paralimpíada é um pouco maior e usa uma prótese para corrida na perna direita.

Pela primeira vez na história da programação dos Jogos Olímpicos, a final feminina vai encerrar as atividades do futebol na Olimpíada de Paris, daqui a dois anos. Tradicionalmente, a final do masculino foi a última disputa dos Jogos anteriores - a seleção brasileira venceu as duas últimas.

A decisão entre as mulheres está marcada para o dia 10 de agosto, penúltimo dia da Olimpíada, a ser encerrada no dia 11. A final entre os homens será realizada na véspera, ambas marcadas para o Parque dos Príncipes, local onde o Paris Saint-Germain manda seus jogos, na capital francesa.

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O futebol vai começar no dia 24 de julho, dois dias antes da cerimônia de abertura da Olimpíada. A modalidade será disputada em sete cidades: Bordeaux, Lyon, Marselha, Nantes, Nice e Saint-Étienne, além de Paris. A Fifa informou ainda que não haverá mais de um jogo por dia ao longo da Olimpíada.

A largada do futebol nos Jogos começará com a disputa masculina em Marselha, tendo a seleção francesa como uma das participantes, no dia 24. No dia seguinte, será a estreia das mulheres, em Lyon, novamente com a equipe francesa. Quase todas as vagas para os Jogos ainda estão em aberto.

A seleção brasileira feminina assegurou a classificação antecipada ao conquistar a vaga na final da Copa América, nesta semana. Colômbia, outra finalista do torneio continental, e Estados Unidos também estão confirmados.

A exatos dois anos do início da Olimpíada de Paris, a organização dos Jogos de 2024 lançou nesta terça-feira o slogan do evento e intensificou a campanha de divulgação da grande competição, a ser realizada entre 26 de julho e 11 de agosto de 2024.

O slogan da próxima edição da Olimpíada será "Ouvrons Grand les Jeux", em francês, ou "Games Wide Open", na versão em inglês. Numa tradução livre, a mensagem poderia ser compreendida como "Jogos escancarados" ou "Jogos para todos", numa referência às características únicas que esta edição olímpica deve ter.

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Pelo planejamento inicial da organização, a Olimpíada terá muitas modalidades sendo disputadas ao ar livre, permitindo maior acesso e visibilidade por parte dos torcedores. Além disso, os preços devem ser mais baixos em comparação às edições mais recentes dos Jogos.

Os valores dos ingressos, confirmados na noite de segunda-feira, ficarão entre 24 e 950 euros (entre R$ 133 e R$ 5.200, no câmbio atual), sem incluir as cerimônias de abertura e encerramento, que terão valores superiores.

Mas o Comitê Organizador de Paris-2024 garantiu que metade dos bilhetes disponíveis para o público em geral vai custar até 50 euros (R$ 278). E que ao menos 1.000 ingressos serão vendidos pelo menor preço (24 euros).

No total, a organização prevê vender 10 milhões de ingressos para os Jogos Olímpicos e 3,4 milhões para a Paralimpíada, que é disputado logo depois da Olimpíada.

O vídeo da campanha de divulgação mistura cenas de competições anteriores com pontos turísticos tradicionais de Paris, valorizando principalmente o aspecto cultural, grande marca de Paris, em imagens de obras de arte, apresentações de teatro, corredores de museus consagrados.

CALENDÁRIO

A organização também anunciou o calendário da disputa das modalidades. Algumas terão início antes mesmo da abertura oficial, o que é rotina no histórico olímpico. As primeiras a serem disputadas serão tiro com arco, handebol, rúgbi e futebol, a partir do dia 24 de julho de 2024.

Modalidades das mais populares e nobres da programação olímpica, a natação e o atletismo serão disputados à noite em semanas distintas, como costuma acontecer. A natação está marcada para 27 de julho até 4 de agosto, assim como o tênis, agendado para o complexo de Roland Garros. O atletismo será realizado entre 1º e 11 de agosto. O vôlei vai estrear em 24 de julho.

Para a ginasta Rebeca Andrade, o dia 1º de agosto de 2021, ficará marcado para sempre. Ela iniciou sua corrida no ginásio, em Tóquio, tomou impulso no trampolim, tocou na mesa e, após instantes de solidão no ar, aterrissou com os dois pés em sincronia, para ganhar a primeira medalha de ouro olímpico na história da ginástica artística feminina do Brasil. Dias antes, já havia ficado com a prata na individual geral, tornando-se a primeira esportista brasileira a conquistar duas medalhas olímpicas em uma mesma edição.

Assim que fincou os pés na superfície lisa, Rebeca, ginasta do Flamengo, passou a ver o mundo sob uma nova ótica. A de ser famosa internacionalmente. Em entrevista ao Estadão, ela afirma que essa foi a grande mudança em sua vida. "Mudou muita coisa depois da Olimpíada. Mas a maior mudança foi que, depois das medalhas olímpicas, agora mais gente me conhece. Tenho feito mais trabalhos com parceiros, novos patrocinadores, e estou adorando, mas faço isso nos meus momentos de folga. Minha rotina segue a mesma, continua como era antes, com muitos treinamentos e o mesmo foco. Divido bem os meus horários e meus compromissos, nada pode atrapalhar a minha rotina de atleta, o meu dia a dia no esporte", diz.

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Com uma carreira bem estruturada, que evoluiu por etapas e com conquistas anteriores, ela diz ter consciência de que as pressões por novas medalhas passam a ser uma consequência natural. Da fama e do reconhecimento de seu potencial. Enquanto treina, corre, salta, Rebeca também tenta se equilibrar mentalmente, para lidar com as expectativas em torno dela, na próxima Olimpíada, de Paris, em 2024.

"Estou muito tranquila, não deixo que essas pressões ou cobranças mudem a minha maneira de trabalhar, o meu foco e o meu planejamento. Claro, eu sei que as medalhas no Japão criam uma expectativa enorme, aumenta a torcida de todos por mim, mas sei da minha responsabilidade. Treino com a mesma intensidade sempre, dando o meu melhor sempre para poder chegar bem nas competições e fazer o meu melhor", diz a ginasta, de 22 anos.

ESSÊNCIA NA GINÁSTICA

Voltemos ao momento do salto. Enquanto Rebeca rodopiava no ar, aqueles instantes solitários bem poderiam se assemelhar a uma fábula. Na qual a personagem que sonha, enquanto sobrevoa campos e cidades, visualiza passagens de sua vida.

Lá do alto, era como se Rebeca saltasse sobre sua infância pobre ao lado de sete irmãos, em Guarulhos, onde nasceu; revisse a luta da mãe para sustentar a família e visualizasse o primeiro dia em que foi treinar, no Ginásio Bonifácio Cardoso, em sua cidade natal.

Naquele momento, Rebeca revelava para o mundo, com toda a plenitude, sua mais profunda essência. A ginástica, para ela, sempre foi uma brincadeira muito séria. A glória é apenas um detalhe. E uma consequência.

"Amo a ginástica, amo o meu esporte, amo o que faço e sempre sonhei estar onde cheguei. Todos os dias acordo feliz em poder fazer o que mais amo, isso é um privilégio, fruto de muita dedicação, de acreditar no meu sonho e do apoio de muita gente, da minha família, meus amigos, minha equipe, meu clube, o Flamengo, o COB... Estou sempre motivada, a ginástica é o meu trabalho, a minha profissão, mas é também onde eu me divirto, é o que me faz feliz. Tenho o mesmo carinho e paixão pelo esporte que tinha quando eu comecei, quando era criança", revela.

TRABALHO COM NUTRÓLOGO

Nesta nova etapa, novidades continuam a se encaixar à carreira da atleta. A questão psicológica sempre foi um suporte importante para ela lidar com a pressão. Já passou por três cirurgias no joelho e o acompanhamento da psicóloga Aline Wolff, desde os nove anos, a ajudou a superar as dificuldades.

Após a Olimpíada, Rebeca também passou a contar com o trabalho de um nutrólogo, visando a aprimorar a relação entre alimentação e saúde. "Minha alimentação não mudou em nada. Continuo mantendo a mesma alimentação, balanceada, comendo de tudo um pouco, com os mesmos cuidados que sempre tive nos períodos de treinos mais intensos e competições. Agora eu tenho o acompanhamento de um nutrólogo, mas ele me falou que eu já como bem, como tudo certinho", conta Rebeca.

Tanto o nutricionista quanto o nutrólogo orientam os pacientes para hábitos alimentares saudáveis.

A diferença é que o nutrólogo é médico e, além de poder receitar medicamentos, trabalha na prevenção, diagnóstico e tratamento de possíveis doenças e sequelas ligadas à alimentação. O nutrólogo de Rebeca preferiu não dar declarações, com o argumento de que não fala sobre seus pacientes. Também não autorizou a divulgação de seu nome.

Ainda em 2021, Rebeca mostrou que pode seguir na trilha das conquistas, ao novamente fazer história, ficando com o ouro no salto e a prata nas barras, no Mundial de Kitakyushu, também no Japão. Desde o fim da Olimpíada, ela descansou pouco.

"Depois de Tóquio, depois que cheguei ao Brasil, tive poucos dias de folga, só três na verdade para descansar um pouco, até a retomada dos treinamentos já pensando no Campeonato Brasileiro e no Mundial do Japão. No fim do ano eu tive duas semanas de férias e já comecei o ano a todo vapor, treinando", conta.

TEMA DA SORTE

A ginasta parece não ter pressa em buscar um outro tema para suas apresentações no solo e na individual geral. O funk "Baile de Favela", complementado por trechos da obra "Tocata e Fuga", de Bach, foi uma espécie de talismã nos Jogos de Tóquio. A letra, também considerada machista por muitos, descreve a visão e os hábitos de uma parcela da população desfavorecida economicamente, contando também um pouco da história de um ambiente social que cercou a infância de Rebeca.

Por isso, é possível que, ainda em 2022, ela continue a disputar as provas nos embalos desta música. Alguma troca de tema deve ocorrer somente no ano que vem. "Ainda não conversamos sobre isso (novo tema). Eu realmente não sei, mas não chegou a hora ainda de decidir isso, ainda posso me apresentar com o 'Baile de Favela' esse ano", disse.

Depois de 100 anos, os Jogos Olímpicos vão retornar para Paris em 2024. A capital francesa, que recebeu o evento pela última vez em 1924, tem como objetivo sediar a Olimpíada mais sustentável de todos os tempos. O plano prevê 95% de instalações já existentes ou temporárias. Paris-2024 promete ainda uma estratégia inovadora de redução de emissões de gás para entregar uma pegada de carbono 55% menor em comparação, por exemplo, aos Jogos de Londres, em 2012.

A Vila Olímpica será uma vitrine de desenvolvimento sustentável com edifícios de baixo carbono e ecológicos, usando 100% de energia renovável e uma estratégia de política de zero resíduo. Será também uma edição mais compacta dos Jogos, sem grandes deslocamentos. Com 85% dos locais de competição situados em um raio de 10 km, a menos de 30 minutos da Vila Olímpica, por exemplo.

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Muitas modalidades, inclusive, serão disputadas na região central da cidade, em instalações montadas em cartões postais da capital francesa. Diante da expectativa de que até lá o mundo terá controlado a disseminação do novo coronavírus e suas variantes, os organizadores querem conectar os Jogos Olímpicos à população local, algo que Tóquio não conseguiu por causa da pandemia.

"Estou ansioso e animado para ver locais icônicos no meio de Paris se transformarem em um Parque Olímpico. São áreas que reúnem o melhor da cultura e vão reunir também o melhor dos esportes", disse Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Paris, durante a sua passagem por Tóquio para promover a próxima Olimpíada. "Nosso objetivo é levar os Jogos para fora dos estádios, para lugares onde as pessoas estão, como museus e praças públicas de Paris."

A Place de la Concorde, localizada no fim da Avenida Champs-Élysées, por exemplo, vai receber as provas de basquete 3x3, skate e BMX, além do breakdance, a nova modalidade que será incluída no programa olímpico em Paris. Já o Palácio de Versalhes será palco das competições de hipismo.

Outra novidade dentro do esforço de envolver o máximo de pessoas nos Jogos é que a cerimônia de abertura deverá ocorrer às margens do Rio Sena. O objetivo de ter um novo formato para o ato que abre oficialmente a Olimpíada, levando a festa para fora dos estádios, é permitir que milhares de espectadores participem desse momento simbólico do esporte.

Vale destacar ainda que, no mesmo dia da maratona de Paris, atletas amadores disputarão uma prova idêntica à dos corredores de elite. A diferença é que a "maratona pública" não começará ao mesmo tempo que o evento olímpico, mas o público vai correr no mesmo percurso e nas mesmas condições dos competidores profissionais.

SURFE NO TAITI - Justamente em uma edição dos Jogos Olímpicos que promete deixar o público mais próximo dos atletas, uma das modalidades mais esperadas pelos expectadores será realizada a 15 mil quilômetros de distância do centro de Paris. As provas do surfe serão no Taiti, na Polinésia Francesa, território ultramarino da França. Nunca uma medalha olímpica foi disputada tão distante da cidade-sede.

"Essa é uma decisão muito importante que tomamos. Queremos oferecer as melhores condições esportivas aos atletas e, todos os anos, em agosto, acontece um evento internacional no Taiti nas praias de Teahupo’o. Lá está a melhor onda do mundo. Então, unimos esses dois eventos para garantir que os atletas que competem lá também participem dos Jogos."

PLANEJAMENTO DO BRASIL - Antes mesmo do fim dos Jogos de Tóquio, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) já começou os preparativos para Paris. Membros do órgão fizeram duas viagens à França, chamadas de "precursoras", e uma terceira visita está programada para outubro.

Marselha, cidade portuária no sul da França, na costa do Mediterrâneo, será a base da vela, por exemplo. Parte do material utilizado pelos atletas da modalidade durante dos Jogos de Tóquio nem retornará ao Brasil e vai diretamente para a França com antecedência.

Dentro do planejamento montado pelo COB, Portugal deverá ser a maior base de treinamento e aclimatação do Time Brasil para os Jogos de Paris. "Vamos ter a base de suporte, numa dinâmica diferente do que tivemos no Japão. Nossa base principal deve ser em Portugal, porque temos uma relação muito boa entre os comitês", disse Jorge Bichara, sub-chefe da Missão Brasil em Tóquio.

No ano passado, no início da pandemia, mais de 200 atletas brasileiros foram treinar em Portugal, em Rio Maior, nas cidades de Cascais, Coimbra e Sangalhos. Foi uma solução encontrada pelo COB enquanto centros de treinamento estavam fechados no Brasil.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta terça-feira que o breakdance, o skate, a escalada esportiva e o surfe foram incluídos de forma provisória no programa de modalidades dos Jogos de Paris-2024. A entidade revelou a provável entrada destes esportes no calendário da Olimpíada durante reunião ocorrida em Lausanne, na Suíça, onde representantes do Comitê Organizador francês apresentaram a proposta de inclusão após discutirem esta possibilidade com 19 federações internacionais reconhecidas pelo máximo órgão olímpico.

Por meio de um comunicado divulgado em seu site oficial, o COI deixou claro que estas quatro modalidades têm grandes chances de serem confirmadas nos Jogos de 2024 ao ressaltar que a "proposta foi totalmente apoiada pela sua Comissão do Programa Olímpico e fortemente endossada pelo Conselho Executivo" da entidade.

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O COI, porém, esclareceu que a decisão final sobre este assunto só será tomada em dezembro do próximo ano, depois de três destas modalidades (skate, escalada esportiva e o surfe) estrearem em uma edição da Olimpíada nos Jogos de Tóquio-2020.

"A Comissão do Programa Olímpico agora continuará sua análise e observação dos quatro esportes propostos por Paris-2024. Isso incluirá observações oficiais conjuntas nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com (representantes de) Paris-2024 e a Comissão do Programa Olímpico", informou.

O presidente do COI, Thomas Bach, não escondeu a sua empolgação com a provável confirmação do breakdance, do skate, da escalada esportivo e do surfe nos Jogos de 2024. "Os quatro esportes que Paris propôs estão totalmente em linha com a Agenda Olímpica de 2020 porque contribuem para tornar o programa mais equilibrado e mais urbano, e oferece a oportunidade de se conectar com a geração mais jovem", disse o dirigente nesta terça-feira.

"Os esportes propostos estão alinhados com esses princípios e aprimoram o conceito geral dos Jogos dinâmicos de Paris-2024, que se concentram na inclusão, inspirando um novo público e abrigando Jogos socialmente responsáveis", reforçou.

O breakdance e a escalada foram incluídos entre os eventos que valeram medalhas nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018, em Buenos Aires, na Argentina, e a proposta apresentada agora pelos organizadores da Olimpíada na capital francesa promete uma evolução do programa de Tóquio-2020. Este apresentado para 2024 prevê 248 atletas participando destes quatro esportes provisoriamente incluídos, sendo que este número entrará na cota total de 10.500 competidores, divididos igualmente entre homens e mulheres, que participação do grande evento que ocorrerá daqui a cinco anos.

"Estou muito satisfeito com a votação da sessão do COI em favor da nossa proposta de incluir o breakdance, a escalada esportiva, o skate e o surfe no programa dos Jogos Olímpicos de Paris-2024", afirmou Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador da Olimpíada em solo francês.

"Nosso objetivo desde o início foi destacar qual tem sido a força dos Jogos durante 32 Olimpíadas - a diversidade dos esportes e a emoção que vem com o desempenho - ao mesmo tempo em que aproveitamos a oportunidade oferecida pelo COI para melhorar o programa e oferecer uma nova dimensão", reforçou o dirigente.

Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 anunciaram nesta quinta-feira que querem incluir o breakdance em seu programa de competições. O comitê organizador vai propor também ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que a futura Olimpíada francesa conte com escalada, surfe e skate, modalidades que já estarão em Tóquio-2020.

Já o caratê e o beisebol/softbol, garantidos nos Jogos do próximo ano, ficaram de fora da lista de sugestões do programa de Paris-2024. A organização poderia propor convite para até cinco modalidades novas na grande competição, mas preferiu indicar apenas quatro, sendo o breakdance o mais surpreendente.

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"Esporte urbano, universal e popular com mais de 1 milhão de 'BBoys' e 'BGirls' na França. Propomos trazer o breakdance e seus famosos duelos para os Jogos de Paris-2024 pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos", anunciou o Comitê Organizador local, nas redes sociais. "A ideia é dar à Olimpíada uma dimensão mais urbana, mais de esporte de natureza, mais artística", declarou Tony Estanguet, chefe do comitê parisiense.

Sem qualquer histórico na Olimpíada, o breakdance fez sua estreia em grandes eventos esportivos no ano passado, ao ser incluído no programa dos Jogos Olímpicos da Juventude, realizada em Buenos Aires.

Organizada pela Federação Mundial de Dança Esportiva (World DanceSport Federation), a modalidade consiste em duelos entre dois atletas, que são avaliados por juízes. Para a competição realizada na Argentina, a inscrição para a disputa foi feita através do envio de vídeos dos interessados, pela internet.

Parte da cultura hip-hop, que surgiu em Nova York na década de 70, o breakdance não conta com grande estrutura em sua organização. Há apenas uma grande competição da modalidade, de nível mundial, a BC One (Break Championship), criada pela Red Bull.

A escolha das quatro modalidades convidadas foi exaltada pela ministra do Esporte da França, Roxana Maracineanu. "Ao propor quatro novas disciplinas espetaculares e orientadas para os jovens, os Jogos de Paris-2024 mostrarão ao mundo a face de uma França criativa, inspiradora e conectada ao seu tempo", declarou a ministra, nas redes sociais.

As quatro novas modalidades, contudo, ainda não estão garantidas nos Jogos de Paris-2024. A decisão final cabe ao COI, em reunião que deve ser realizada em dezembro de 2020, meses após o fim da Olimpíada de Tóquio. Mas a entidade já indicou estar aberta a modalidades que consigam atrair mais a atenção dos jovens.

Uma semana após ser confirmada como a futura sede da Olimpíada de 2024, Paris já começa a planejar os Jogos. E, nesta terça-feira (8), um dos líderes da candidatura parisiense admitiu que a programação olímpica de 2024 pode ter novidades. Uma delas seriam os jogos de videogame, rebatizados recentemente de e-sports.

"Os jovens estão interessados em e-sports e este tipo de coisa. Vamos dar uma olhada nisso, vamos conversar com eles. Vamos ver se conseguimos estabelecer algumas pontes [entre os e-sports e a Olimpíada]", afirmou Tony Estanguet, copresidente da candidatura de Paris aos Jogos de 2024, em entrevista à agência Associated Press.

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Estanguet quer aproveitar o momento favorável dos e-sports para ganhar audiência e maior atenção do público jovem na futura edição da Olimpíada parisiense. Torneios mundiais de videogames ganharam fôlego nos últimos anos, mobilizando arenas e estádios em diversos países, incluindo o Brasil.

Tentando buscar status de esporte, o e-sport já conseguiu ser aceito pelos Jogos Asiáticos. Entrará na programação do evento de 2022. Detalhes sobre quais jogos e quais formatos de disputas ainda serão definidos pela organização da competição continental.

Para o dirigente francês, o videogame deve ser legitimado como esporte se o movimento olímpico quer manter sua relevância para as novas gerações de fãs. "Não quero dizer 'não' desde o começo. Acho que será interessante interagir com o Comitê Olímpico Internacional, com eles, e a família do e-sports, para entender melhor o processo de disputa e por que tem feito tanto sucesso", afirmou.

A cidade de Paris foi confirmada como futura sede olímpica na semana passada, quando Los Angeles aceitou receber o evento de 2028. As duas sedes disputavam a competição de 2024. Por aceitar receber os Jogos quatro anos mais tarde, a cidade norte-americana receberá uma compensação financeira do COI. Paris ainda será oficializada como sede no Congresso do COI marcado para setembro, na cidade de Lima, no Peru.

O presidente francês, François Hollande, começou uma visita de dois dias ao Rio de Janeiro, nesta quinta (4), às vésperas da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, para defender o projeto de Paris-2024 e lançar um apelo à unidade em um contexto nacional e internacional extenuado por atentados.

"É a França, que por Paris, é candidata, e era meu dever estar aqui, no Rio, para encontrar com o maior número de representantes do movimento olímpico e convencê-los de que Paris é a melhor escolha, e a França, o melhor destino", explicou.

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O objetivo é "apoiar os atletas franceses", os quais ele disse esperar que estejam "à altura da esperança que lhes é confiada" em uma França "que está sendo testada" e "tem necessidade de momento de unidade, de união".

Depois de visitar o Parque Olímpico acompanhado do presidente do Comitê Organizador da Rio-2016, Carlos Nuzman, da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e do presidente do comitê Paris-2024, Bernard Lapasset, Hollande almoçou com atletas, entre estrelas e desconhecidos, veteranos e novatos.

"Se vocês ganharem uma medalha de ouro, irão ao Eliseu", prometeu às meninas da equipe francesa de handebol.

'Dupla competição'

Mostrando-se bastante à vontade, em meio aos inúmeros pedidos de selfie, o presidente declarou que apoiará as esperanças francesas para as próximas semanas, assim como as ambições parisienses para 2024.

"Estamos em uma dupla competição", disse à AFP.

"Em relação à primeira, temos esperança de medalhas, ainda que não se deva superestimar para não criar decepções. Sobre a competição para ter os Jogos, isso será uma corrida de obstáculos", reconheceu.

E a primeira barreira - talvez a mais importante - será a da segurança, afirmou.

Há alguns meses, a França se tornou alvo privilegiado do grupo Estado Islâmico. Um tema incontornável, acrescentou o presidente Hollande, sem "apresentar Paris, em qualquer momento, como uma cidade mártir".

"É preciso convencer (...) sobre a questão da segurança", insistiu o presidente.

"Não podemos imaginar o que será 2024, mas, de qualquer maneira, será preciso um alto nível de segurança para uma organização impecável - o que fomos capazes de fazer, aliás, para a Euro e para o Tour de France", ressaltou.

Essa visita de dois dias ao Rio é sua primeira viagem fora da Europa desde o atentado em Nice, em 14 de julho. Reticente quanto à ideia de deixar o continente em um período tão tenso, Hollande preferiu continuar fiel à sua determinação de ver o país continuar a viver e não ceder ao terror.

"A última razão que justifica (sua) presença", que é "a mais essencial", são "os valores olímpicos da fraternidade, da partilha, da liberdade, da tolerância, do esforço também" em um espírito de "unidade do mundo", completou François Hollande.

"É muito importante, no momento em que há atos bárbaros acontecendo", comentou, rejeitando que esteja usando "as circunstâncias que nós conhecemos" para defender sua candidatura.

O chefe de Estado aterrissou depois das 6h30 em solo carioca, a bordo de um avião com o logo da candidatura francesa. Grande fã de esportes, Hollande enviou nos últimos dias uma carta pessoal a cada um dos 396 atletas franceses envolvidos na competição.

Para apoiar o projeto parisiense para 2024, François Hollande já havia visitado, em Lausanne, o Comitê Olímpico Internacional (COI).

Agora à noite, ele participa de um jantar oficial oferecido pelo presidente do COI, Thomas Bach.

Sexta-feira de manhã, Hollande dará uma coletiva de imprensa conjunta com o comitê de candidatura Paris-2024, antes de assistir à cerimônia de abertura da competição, no Maracanã. Ele embarca de volta para a França em seguida.

Os adversários de Paris também estão mobilizados.

Roma recebeu na quarta-feira (3) o apoio do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi; e Budapeste, o apoio do premiê Viktor Orban e do presidente Janos Ader. Considerada favorita com Paris, Los Angeles recebeu o apoio do secretário de Estado americano, John Kerry, que representará Barack Obama na cerimônia de abertura.

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