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A derrota do Santos para o Corinthians, em tenso clássico disputado na Vila Belmiro na noite de quarta-feira, foi a gota d'água para a diretoria santista. Nesta quinta-feira, o técnico Odair Hellmann foi demitido, na esteira das atuações irregulares do Santos nesta temporada.

"O Santos Futebol Clube comunica que Odair Hellmann não comanda mais o elenco profissional. O técnico assinou oficialmente nesta quinta-feira (22) sua rescisão contratual em comum acordo com o clube", anunciou a direção santista.

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"Além de Odair, também deixam o clube os auxiliares Maurício Dulac e Fábio Moreno, e o preparador físico Rogério Dias. O Santos FC agradece os serviços prestados pelos profissionais e deseja sorte no decorrer de suas carreiras."

O clássico foi marcado pela forte pressão da torcida, que já vinha fazendo protestos contra o time nos últimos dias. Ao longo do jogo, torcedores lançaram sinalizadores e rojões em campo. A partida precisou ser finalizada mais cedo, aos 42 minutos do segundo tempo, por causa da insegurança na Vila Belmiro. A polícia chegou a entrar em confronto com torcedores.

O revés por 2 a 0 em casa, pelo Brasileirão, marcou a nona partida seguida do Santos sem vitória, por diferentes competições. Neste intervalo, o time de Odair foi eliminado tanto na Copa do Brasil quanto na Copa Sul-Americana. No Campeonato Brasileiro, está na parte inferior da tabela, mais perto da zona de rebaixamento do que da zona de classificação para a próxima edição da Libertadores. Em 13º lugar, tem 13 pontos.

O técnico somou 34 jogos, com 11 vitórias, 12 empates e 11 derrotas. No total, alcançou um aproveitamento de 44,11% dos pontos disputados. Sob o comando de Odair, o Santos marcou 34 gols e sofreu 33.

O treinador chegou ao time da Vila Belmiro em novembro do ano passado, poucos dias depois do fim do Brasileirão. Vindo do Al-Wasl, dos Emirados Árabes Unidos, acertou contrato até o final de 2023. E começou a trabalhar na pré-temporada, em dezembro.

Com a contratação, o presidente Andrés Rueda esperava dar maior estabilidade ao time e à comissão técnica, após as seguidas trocas de treinadores que predominaram no clube nos últimos três anos. Dentro de campo, a expectativa era de que Odair aproveitasse bem a famosa base do Santos para valorizar a nova geração dos "Meninos da Vila", composta por jogadores como Marcos Leonardo e Ângelo.

O treinador tem larga experiência em trabalhos com jovens atletas. Atuou na base do Internacional e foi auxiliar técnico de Rogério Micale na conquista da primeira medalha de ouro da seleção brasileira (sub-23) na história das Olimpíadas, no Rio-2016.

Ao mesmo tempo, Odair ganhou reforços mais experientes, como o atacante Stiven Mendoza e jogadores que foram vice-campeões do Paulistão neste ano, pelo Água Santa. A mistura, contudo, ainda não deu resultados, ao custo de duas eliminações e de desempenhos abaixo do esperado no Brasileirão.

Sem perspectiva de crescimento, o Santos poderá até flertar com a zona de rebaixamento, como aconteceu nas duas edições anteriores do campeonato, se não voltar a jogar bem, ao menos dentro de casa. O time não vence na Vila Belmiro desde o triunfo sobre o Bahia por 3 a 0, no início de maio, pelo Brasileirão.

O Santos volta a campo no domingo para uma missão complicada. Vai receber o embalado Flamengo, novamente em casa. Uma eventual derrota poderá aproximar o time paulista da zona da degola.

Com um caminho longo a percorrer para se aproximar da solidez do trabalho feito pelo rival Palmeiras nos últimos anos, o Santos saiu parcialmente satisfeito da Vila Belmiro após empatar o clássico deste sábado. O técnico Odair Hellmann viu a postura em campo como um motivo para celebração, pois considera que sua estratégia foi bem-sucedida.

"Não comemoramos o empate, o que nós comemoramos é o que a nossa equipe fez em campo e como a nossa equipe competiu contra um time que enfrenta todos os adversários dentro e fora de casa e encontra mais facilidade do que encontrou hoje", disse. "A estratégia deu certo, nós conseguimos. Acho que faltou a parte final. Faltou um pouco mais de calma, um pouco mais de contundência para transformar aquela estratégia em uma saída na frente no placar", completou.

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A valorização do desempenho, apesar do empate em casa, também se estendeu ao elenco. O zagueiro Joaquim, um dos destaques da equipe, viu a efetividade defensiva do time alvinegro como um dos pontos positivos, até porque o Palmeiras tem o melhor ataque do Brasileirão, com 16 gols marcados. Este foi o primeiro jogo do campeonato em que o time alviverde passou em branco.

"A gente sabia que seria um jogo muito difícil aqui, a gente se preparou bem e infelizmente não conseguimos marcar o gol para conseguir a vitória. Temos que olhar o lado positivo também, o quarto jogo que a gente não toma gol e isso é uma entrega de toda a equipe no dia a dia. Agora é continuar o trabalho, focar e dar sequência ao campeonato", disse o defensor do Santos.

O empate deixou a equipe santista, com 11 pontos, na oitava colocação do Campeonato Brasileiro, mas com chance de perder posições até o fim da rodada. A partir de agora, a equipe volta a atenção à Copa Sul-Americana, competição pela qual tem um compromisso na quarta-feira, contra o Audax Italiano.

A diretoria do Fluminense confirmou nesta segunda-feira a saída do técnico Odair Hellmann. O treinador de 43 anos deixa o clube carioca para treinar o Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos. O auxiliar técnico permanente Marcão assume o comando do time até o fim da temporada, segundo a direção do Flu.

"Odair Hellmann não é mais técnico do Fluminense. O treinador comunicou à diretoria que aceitou uma proposta de um clube de fora do Brasil e deixou o comando do Tricolor", anunciou o Fluminense. Auxiliar de Odair, Maurício Dulac também está deixando o time brasileiro.

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Odair, que se destacou no cenário nacional como treinador do Internacional, tinha contrato com o clube carioca até o fim deste ano. Ele e o Flu chegaram a abrir negociação para renovação, mas o técnico pediu para adiar as conversas para o final deste ano. Odair vai se despedir do elenco nesta terça após folga dos jogadores nesta segunda.

O treinador deixa o Flu após exatos 50 jogos, com 24 vitórias, 12 empates e 14 derrotas, totalizando um aproveitamento de 56% de aproveitamento. Foram 75 gols marcados e 47 sofridos no período.

Com Odair à frente da comissão técnica, a equipe carioca faturou o título da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca, e foi vice-campeão estadual. "O Fluminense agradece o trabalho realizado por Odair Hellmann e Maurício Dulac a frente da equipe e lhes deseja sucesso em suas carreiras."

No Brasileirão, o Flu vinha fazendo boa campanha com Odair no comando. O time ocupa o quinto lugar, com 39 pontos, a oito do líder São Paulo. Apesar da proximidade das primeiras colocações, o treinador vinha sofrendo críticas nas redes sociais, o que vinha lhe incomodando.

"Na rede social tudo pode, né?! As pessoas ficam escondidas atrás de um computador. E às vezes se dizendo torcedor do Fluminense, mas com certeza não são porque só atrapalham. Atrapalha o ambiente só falar coisa negativa. Aí quando acontece a derrota, aquilo tudo se potencializa, o que não deveria acontecer. Não deveria nem ter voz esse tipo de situação", reclamou Odair, recentemente.

Antes vindo de oito tropeços consecutivos em jogos oficiais na retomada do futebol, o Fluminense parece ter deixado a má fase para trás, tendo triunfado em três dos últimos quatro compromissos. Essa recuperação foi confirmada na noite de terça-feira (25), quando o time derrotou o Figueirense por 3 a 0, no Maracanã, um resultado que classificou a equipe para a quarta fase da Copa do Brasil - na ida, havia perdido por 1 a 0.

Essa reação passa pelos pés de Nenê. O atacante marcou os três gols da partida. São seis nos últimos três jogos em que atuou e 15 na temporada, o que o deixa como artilheiro do futebol brasileiro em 2020 ao lado de Tiago Orobó, hoje no Fortaleza e que iniciou a temporada pelo América-RN. Desempenho que o faz ser exaltado pelo técnico Odair Hellmann.

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"Falei varias coisas para o Nenê, mas uma delas é que os chutes dele ainda estão fracos e precisam melhorar muito. Precisa trabalhar muito para acertar mais que três. A gente sempre quer mais. Mas isso, fora a brincadeira, é a coroação de um trabalho. Estamos em uma situação que precisamos treinar e, ele junto com outros jogadores, ficam após o treinamento treinando, e aí acontece no jogo e é premiado com tudo isto", afirmou.

O treinador destacou que a classificação à próxima etapa da Copa do Brasil lhe dá mais tranquilidade para dar sequência ao seu trabalho. "Falar sem ter resultado não adianta nada, principalmente no futebol brasileiro, vencendo, você pode fazer qualquer coisa. Se você não ganhar, não adianta, meu amigo. Futebol brasileiro tem prazo de vitória, é o nome da sequência. O profissional que está nessa batalha tem que saber disso. Só que ele tem que saber que ele tem que botar uma equipe em campo que não tem tempo para treinar, que ele precisa ganhar e que ele precisa fazer um jogo de alta performance e de alta qualidade. Nem sempre as coisas vão acontecer", disse.

Diante do Figueirense, além de Nenê, o Fluminense se destacou pelo bom desempenho do trio de meio-campistas - Yuri, Dodi e Michel Araújo - e de Calegari, que vai se firmando na lateral direita. "É uma importante vitória, e o grupo, mais uma vez, deu uma resposta muito boa. Quem iniciou e quem entrou. E a gente vai fortalecendo as ideias, o modelo para que a gente possa continuar forte", acrescentou.

O adversário do Fluminense na quarta fase da Copa do Brasil será definido através de sorteio. O próximo compromisso do time será pelo Brasileirão, domingo, novamente no Maracanã, contra o Vasco.

Com o Fluminense em desvantagem de 2 a 0 no placar diante do Moto Club, o técnico Odair Hellmann não esperou o intervalo para mexer na formação e trocou o volante Yuri Lima pelo meia Paulo Henrique Ganso. A mudança deu certo, tanto que o time conseguiu virar o placar para 4 a 2, em São Luís (MA), e avançou para a segunda fase da Copa do Brasil, na noite de quarta-feira.

Após o duelo, o técnico deixou claro que a estratégia foi circunstancial, avisando que não pretende escalar Ganso junto a Nenê no início das partidas. Pesa para isso a sua preocupação com a segurança do sistema defensivo.

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"É uma variação que nós temos. O time não pode ter só uma forma de jogar. A gente visualiza sempre o próximo jogo. A princípio continuamos com um meia de ligação. A gente vai usar os dois sempre para potencializar a qualidade que eles têm. A ideia segue sendo com um meia só, mas não tem nada definitivo. Se isso nos mostrar na sequência que podemos mudar, ser agressivo ofensivamente e seguros defensivamente, vamos usar inicialmente também", afirmou o treinador.

Apesar do alívio pela classificação, Odair admitiu incômodo com a atuação do Fluminense contra o Moto Club. Ele apontou que o time foi vazado em lances que foram estudados e cobrou mais atenção dos seus jogadores.

"Mostramos na preleção as características, uma dessas era a bola longa, outra era a bola parada no primeiro pau. Temos consciência de que erramos em coisas que treinamos. Sabíamos que isso poderia acontecer. Nós precisamos corrigir isso. Não podemos entrar em um jogo e dar essa possibilidade, tendo estudado o adversário", disse.

Ao mesmo tempo, Odair elogiou a inteligência emocional do elenco do Fluminense na busca pela virada. "Iniciar o jogo perdendo de 2 a 0 pode comprometer a vitória, a classificação. Depois do segundo gol, a equipe se estabilizou e teve méritos de não entrar em desespero ou de querer fazer gol a qualquer custo. Eles baixaram a linha de marcação em um campo pesado, não dava para acelerar o jogo. Depois de um tempo, trocamos passes, circulamos e por isso vencemos por 4 a 2, fomos merecedores da classificação", acrescentou.

Classificado à segunda fase da Copa do Brasil, o Fluminense vai encarar o Botafogo-PB na próxima quarta-feira (4), no Maracanã. Antes, no mesmo local, no domingo, estreará na Taça Rio diante do Madureira.

O Fluminense junta os cacos depois da eliminação precoce na Copa Sul-Americana. Com o empate sem gols contra o Unión La Calera, na terça-feira (18), no Chile, o time carioca se despediu da competição continental ainda na primeira fase e agora já pensa em um novo duelo decisivo, desta vez pela Copa do Brasil. A missão do técnico Odair Hellmann é reanimar o elenco para encarar o Moto Club, no Maranhão, na próxima quarta, pela estreia no torneio nacional. O confronto é em jogo único e o empate dá a vaga aos tricolores.

"Não conseguimos dessa vez. Está todo mundo muito dolorido, chateado com a eliminação. Temos que retomar o mais rápido possível para as próximas competições. Semana que vem temos uma competição parecida, mata-mata. Essa eliminação tem que doer em todos nós. Estamos criando uma identidade de buscar as classificações, os objetivos. Não deu nessa, infelizmente. Temos que voltar a trabalhar, para que na próxima entrevista possamos estar em uma situação feliz", disse o treinador.

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Odair Hellmann reconheceu que é necessário melhorar a contundência na parte ofensiva, podendo mudar algumas convicções que apresentou neste início de trabalho à frente do Fluminense.

"Precisamos melhorar ao enfrentarmos adversários que baixam a linha de marcação. Precisamos ter o domínio, ter a posse, mas precisamos ser mais contundentes, mais definidores, incomodar mais o goleiro adversário. Criamos três ou quatro situações perigosas, de chance de gol. Mas com esse volume de passe e posse, precisamos criar mais, para incomodar mais. Porque, senão o time adversário vai se sentindo confortável dentro do confronto e foi o que aconteceu", comentou.

A Copa do Brasil é uma competição que dá boas premiações aos clubes que vão passando de fase. A diretoria esperava o mesmo na Sul-Americana, mas a eliminação precoce vai atrapalhar bastante os planos para esta temporada.

Dos US$ 6,5 milhões de dólares (cerca de R$ 27,6 milhões) possíveis de ganhar no torneio continental com premiações, o Fluminense levou apenas US$ 300 mil (R$ 1,26 milhão) pela participação na primeira fase. A competição era a chance de dar um "respiro" aos cofres, mas nada disso acontecerá. Se tivesse passado pelo time chileno, já receberia mais US$ 375 mil (R$ 1,57 milhão) só pela classificação, valor que equivale a quase metade da folha salarial do atual elenco.

A diretoria do Fluminense agiu rápido depois do término do Campeonato Brasileiro, encerrado no último domingo, e anunciou nesta quarta-feira a contratação do técnico Odair Hellmann, ex-Internacional, para a temporada de 2020. Com contrato assinado por um ano, o treinador chegará junto de seu auxiliar técnico Maurício Dulac.

Segundo nota oficial divulgada pelo Fluminense, o acordo com Odair Hellmann foi selado na noite de terça-feira, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), onde o novo comandante tricolor se encontra fazendo o curso de treinadores da CBF, exigido pela Conmebol, nesta semana.

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Odair Hellmann ocupará a função que vinha sendo exercida por Marcão desde a conturbada demissão de Oswaldo de Oliveira em setembro deste ano. Sob o comando do ex-jogador, o Fluminense conseguiu uma reação na reta final e escapou do rebaixamento à Série B, terminando o Brasileirão na 14.ª colocação, que deu direito a uma vaga na Copa Sul-Americana. Mesmo assim, a recuperação não foi suficiente para mantê-lo no cargo.

"O Fluminense agradece por toda a dedicação, lealdade e entrega de Marcão, cujo aproveitamento dignificou sua história e a do clube. Marcão, um dos melhores profissionais da nova geração de técnicos brasileiros, seguirá no clube como responsável pela equipe sub-23 e manterá suas funções no departamento de futebol profissional como auxiliar técnico", disse o Fluminense na nota oficial.

Odair Hellmann estava no comando do Internacional até outubro deste ano. No time gaúcho, o técnico foi terceiro colocado no Brasileirão de 2018, chegou às quartas de final da Copa Libertadores e na final da Copa do Brasil em 2019. Além disso, o profissional esteve presente na comissão técnica - foi auxiliar técnico de Rogério Micale - na conquista do ouro olímpico da seleção brasileira nos Jogos do Rio-2016.

O técnico comandou o Internacional em 116 jogos, acumulando 61 vitórias, 27 empates e 28 derrotas, tendo 60% de aproveitamento.

Um dia depois de o Internacional ser derrotado pelo CSA por 1 a 0, em Maceió, e amargar o seu quarto tropeço consecutivo no Campeonato Brasileiro, o técnico Odair Hellmann foi demitido pelo clube gaúcho nesta quinta-feira. O treinador estava à frente do time colorado desde novembro de 2017 e acabou não resistindo ao momento ruim vivido pela equipe, que entrou em declínio após o vice-campeonato da Copa do Brasil.

Ao total, Odair dirigiu o Inter em 116 jogos, nos quais acumulou 61 vitórias, 27 empates e 28 derrotas: um aproveitamento de 60,34%. Ao longo desta trajetória, que ele iniciou como técnico interino como substituto do demitido Guto Ferreira nas três rodadas finais da Série B de 2017, o comandante não conseguiu conquistar nenhum título.

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Neste ano, além do revés diante do Athletico-PR na decisão da Copa do Brasil, Odair amargou um vice-campeonato gaúcho com o Inter ao ser derrotado pelo Grêmio na final do Estadual. No Brasileirão, a equipe está com 38 pontos na sexta posição e agora começa a ver ameaçada até a sua vaga na fase preliminar da Copa Libertadores de 2020. Com a mesma pontuação dos colorados, que hoje fecham a zona de classificação para o torneio continental, Grêmio e Bahia ocupam as respectivas sétima e oitava colocações.

A demissão do treinador começou a ficar clara que ocorreria logo após a derrota para o CSA, na capital alagoana, onde o vice-presidente colorado, Roberto Melo, confirmou que uma reunião foi marcada para esta quinta-feira para definir a situação do comandante. "Vamos chegar em Porto Alegre, sentar e conversar sobre o que é melhor para o futebol do clube", avisou.

ADEUS APÓS MARCA HISTÓRICA - E no final da tarde desta quinta-feira, o Inter oficializou a demissão do treinador. Apesar da falta de títulos, Odair completou 20 meses no comando do time em julho passado, se tornando o mais longevo técnico do clube em 40 anos. Ele repetiu um recorde de permanência que havia sido conseguido anteriormente por Rubens Minelli, que fez história com dois troféus do Brasileirão pelo time, em 1975 e 1976, após ter iniciado o seu trabalho no cargo em 1974.

Na nota oficial em que confirmou a saída do técnico, o clube exaltou esta marca de Odair e lembrou que ele também vestiu a camisa do time como jogador, tendo sido campeão gaúcho em 1997. "O Sport Club Internacional comunica que Odair Hellmann deixa o comando técnico do time. Sai também o auxiliar técnico Maurício Dulac. Ex-atleta do clube, Odair assumiu como interino em novembro de 2017 e foi efetivado como treinador após o acesso para a Série A", destacou o comunicado, que depois completou: "Foram 23 meses e 116 jogos no cargo, sendo o mais longevo desde os anos 70. O clube agradece a todos pelos serviços prestados e deseja sorte na sequência de suas carreiras".

Antes de alcançar esta marca, em 2018, ano de reconstrução do Inter após a sua volta à elite nacional, Odair liderou o time que terminou o Brasileirão em terceiro lugar e conquistou uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores. E a campanha da equipe foi muito boa neste estágio do torneio continental em 2019, terminando com folga na ponta de uma chave que contou com a presença do River Plate, atual campeão.

Nas oitavas de final, o bom momento foi mantido com duas vitórias sobre o Nacional, do Uruguai, mas nas quartas o Inter acabou sendo eliminado pelo Flamengo. Com a desilusão na competição, o clube passou a focar a conquista do título da Copa do Brasil. A equipe atropelou o Cruzeiro nas semifinais, mas depois sofreu duas derrotas para o Athletico-PR na decisão (1 a 0, em Curitiba, e 2 a 1, em Porto Alegre), fato que elevou a cobrança interna por uma campanha expressiva na continuidade do Brasileirão.

E essa última série de quatro jogos sem vitórias foi suficiente para a diretoria colorada tomar a decisão de demiti-lo. Foi um fim de uma longa trajetória de um ano, dez meses e 15 dias no cargo. O Inter também confirmou nesta quinta que Ricardo Colbachini, técnico do time B do clube, vai comandar o treino da equipe profissional nesta sexta-feira, visando a partida contra o Santos, domingo, às 16 horas, no Beira-Rio, pelo Brasileirão. O elenco colorado não treinou nesta quinta, data do seu retorno de Maceió.

A derrota para o Flamengo por 2 a 0 no Maracanã, na noite desta quarta-feira (21), pela partida de ida da Copa Libertadores, não desanimou os jogadores do Internacional. Na saída do gramado, Rafael Sóbis revelou frustração pela derrota, mas não mostrou qualquer sinal de abatimento, deixando claro que a equipe colorada irá tentar reverter o resultado no jogo de volta.

"Vamos começar a pensar em uma forma de virar o jogo. Foi uma partida de igual para igual. Estava tudo controlado até sofrermos o primeiro gol. Mas sabemos da nossa força, da nossa qualidade. Pode ter certeza que lá no sul vai ser totalmente diferente", afirmou Rafael Sóbis, que chamou a torcida para comparecer em peso no Beira-Rio.

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"Libertadores é isso aí. Já passamos por momentos difíceis nesse ano, em outros anos também. Temos que trabalhar para superá-los. Está em aberto. Eles sabem, nós sabemos. Peço ao torcedor que confie na gente, porque já viramos jogos assim", concluiu.

A confiança estava explícita também em Odair Hellmann. O treinador deu entrevista coletiva falando na possibilidade de virar o duelo diante do Flamengo. O time gaúcho precisará vencer por três gols de diferença na próxima quarta-feira, no Beira-Rio.

"Vamos criar o mesmo ambiente em nosso estádio. Torcida vai estar junto, vai nos apoiar durante os 90 minutos. Dentro da nossa casa, podemos buscar a classificação. Os torcedores podem ter a certeza de que a equipe vai lutar até o ultimo segundo, junto com eles, para que conseguimos essa classificação", disse o técnico.

A diretoria do Internacional anunciou neste domingo a renovação de contrato com o técnico Odair Hellmann, que vai continuar no comando do time gaúcho até 31 de dezembro de 2019.

Odair dirigiu o time em toda a temporada, com 57 jogos disputados. Foram 29 vitórias, 16 empates e 12 derrotas, totalizando um aproveitamento de 60,3%. Vindo da Série B, o Inter terminou o Brasileiro na terceira posição, com vaga direto para a fase de grupos da Libertadores. O time só ficou atrás de Palmeiras, Flamengo e à frente do rival Grêmio, para quem perdeu o Campeonato Gaúcho.

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Formado como atleta e treinador desde as categorias de base do Internacional, Odair Hellmann soma 20 anos no clube. Até chegar ao posto de técnico do time principal, o treinador fez parte das avaliações técnicas, em 2009. Depois foi auxiliar das categorias de base e, em 2013 passou a integrar a comissão permanente da equipe profissional.

"Fico muito honrado com a continuidade do trabalho e por seguir construindo minha história dentro de um clube do tamanho do Inter. Meu agradecimento à direção, aos atletas e aos profissionais do clube, pois só tivemos um bom 2018 pelo trabalho de todos", disse o treinador.

Odair pediu a ajuda da torcida para enfrentar os obstáculos do próximo ano. "Teremos grandes desafios em 2019 e, como foi nesta temporada, ter o torcedor ao nosso lado fará a diferença novamente. Não faltará empenho, trabalho e muita dedicação nossa para termos uma grande temporada", destacou o treinador.

A direção do Internacional também confirmou a permanência do auxiliar técnico Maurício Dulac.

A derrota da última sexta-feira para o Sport, por 2 a 1, de virada, na Ilha do Retiro, estendeu uma incômoda marca do Internacional neste Campeonato Brasileiro. Afinal, o time gaúcho tem sofrido para vencer nos últimos duelos com os últimos colocados da competição.

Nas quatro últimas rodadas do Brasileirão, o Inter enfrentou três adversários que figuravam na zona de rebaixamento. Fora de casa, perdeu para a Chapecoense e o Sport por 2 a 1, ambos de virada. No Beira-Rio, suou demais para bater o Vitória pelo mesmo placar, também de virada e em jogo marcado por polêmicas da arbitragem.

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"Quando a gente perde, a gente fica triste. A gente não veio para perder. A gente continua na parte de cima, continuamos fazendo um campeonato muito regular em termos de pontuação. Quando acontecem as derrotas, é sentar, observar, para que no próximo passo, a gente vença", declarou o técnico Odair Hellmann após a queda na sexta.

Com o resultado, o Inter parou nos 53 pontos, mesmo número do líder Palmeiras, que, no entanto, ainda atua na rodada. Para não deixar os rivais na briga pelo título dispararem, Odair pediu que seus comandados esqueçam o resultado e levantem a cabeça para o duelo direto com o São Paulo no próximo dia 14, no Beira-Rio.

"Assim é a nossa campanha, com nossa regularidade. É não ficar valorizando ou abaixando a cabeça por derrota. Temos que ficar tristes, porque foi uma derrota, mas vamos buscar reação", afirmou.

O técnico Odair Hellmann lamentou na noite desta terça-feira (5) o empate do Internacional com o São Paulo, no Morumbi. Apesar de enfrentar um rival que vinha em bom momento, brigando pela liderança do Brasileirão, o treinador ficou insatisfeito com a igualdade fora de casa: "ficou o gostinho da vitória".

"Enfrentamos o São Paulo de igual para igual. Lutamos até o fim pela vitória. A frustração é que a vitória não veio", disse o treinador, para quem o time gaúcho esteve melhor em campo durante boa parte do jogo. "Tivemos um primeiro tempo normal, sem supremacia do São Paulo. Eles ficaram próximos de perder. Estivemos muito bem no segundo tempo."

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Apesar do lamento, Odair tratou de valorizar o ponto conquistado fora de casa. "Somamos um ponto fora, mas que fique claro que viemos para vencer o jogo", destacou. "Quando você não soma três pontos, que some um e fique na ponta de cima da tabela. Aí depois há a segunda perna [do campeonato]. Queremos estar no bolo [dos primeiros colocados]."

Numa avaliação geral do momento do Inter na temporada, o treinador ressaltou a sequência recente sem derrotas. "É o sexto jogo sem derrota, o que mostra uma consolidação da ideia [de trabalho]. Temos coisas a evoluir, mas outras que estão aparecendo, como a compactação defensiva. Temos a evoluir no aspecto ofensivo e vamos trabalhar para isso", projetou.

Mesmo com o empate, na abertura desta 10ª rodada do Brasileirão, o Inter segue próximo do G-4. Com 16 pontos, ocupa o quinto posto provisoriamente - poderá ser superado no decorrer da rodada. O time gaúcho voltará a campo no domingo para enfrentar o Santos, na Vila Belmiro.

A efetivação de Odair Hellmann como treinador do Internacional parece ter sido o primeiro acerto da diretoria para a temporada de 2018. Foi, ao menos, o que apontaram os jogadores do clube nesta terça-feira.

Uendel, por exemplo, explicou que o elenco já está acostumado com os métodos de Odair, o que tem facilitado a preparação na pré-temporada. "A vantagem é a manutenção do trabalho. Nas férias já sabíamos o que teríamos quando chegar aqui, o conceito de trabalho, o tipo de jogo", comentou o lateral-esquerdo.

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"Não mudar isto é importante, dá uma continuidade muito boa para nós que estávamos aqui. Não precisa de adaptação, ainda mais em uma pré-temporada curta. Odair tem o benefício de começar em etapa avançada, não perde tempo com conceitos táticos, pois já sabemos o que ele gosta e o que espera da equipe", pontuou Uendel.

Avaliação similar foi feita pelo volante Charles: como o treinador conhece o estilo de cada jogador, a pré-temporada tem sido muito boa. "Odair trabalhou o ano inteiro com a gente. Conhece o grupo. Quem chega, se adapta a ele. Ele sabe das características de cada um. É manter o que fizemos ano passado."

Charles falou ainda sobre alguns conceitos exigidos pelo treinador durante a pré-temporada, como a intensa movimentação. "Ele pede para a gente ter saída boa, dar opção para os laterais, zagueiros. Ser um homem de apoio para o meio-campo, para os centroavantes. O jogo apoiado é muito utilizado hoje em dia. Temos que impor nosso ritmo. Sabemos da nossa qualidade, queremos fazer bons jogos e colocar o Inter lá em cima", completou.

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