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O jogo entre Irã e Iraque pelas Eliminatórias da Copa do Mundo marcou o retorno das mulheres iranianas aos estádios de futebol, o que não acontece há três anos. Foram duas mil torcedoras no duelo desta quinta-feira (27).

As mulheres no Irã vivem sob forte repressão do governo e, durante décadas foram proibidas de ver um jogo de futebol in loco. Mas em 2019 houve a primeira liberação, mas a única até o duelo desta quinta.

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As duas mil mulheres presentes no estádio ficaram em uma área separada dos homens e sob constante vigilância policial. A permissão em 2019 aconteceu depois que a ativista Sahar Khodayari ateou fogo no próprio corpo do lado de fora de um tribunal de Teerã ao ser condenada a seis meses de prisão por ter tentado entrar em um estádio disfarçada de homem.

O Irã derrotou o Iraque por 1 a 0 e se classificou para a Copa do Mundo de 2022, no Catar.

Com a estreia da terceira temporada prevista para o dia 5 de junho, a série The Handmaid's Tale (O conto da Aia, no Brasil), baseada no romance distópico de Margaret Atwood é uma das produções mais aclamadas da contemporaneidade. Em 2017, ano do seu lançamento, levou 8 das 13 indicações ao Primetime Emmy Awards.

Em The Handmaid's Tale, o telespectador é apresentado à Gileade, onde geograficamente se localiza o Estados Unidos. Essa sociedade, foi vítima um ‘golpe’ de governo mascarado de intervenção necessária diante de uma onda de infertilidade nacional e agora as mulheres são tratadas como inferiores, onde as leis têm como base os ensinamentos bíblicos.

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Sem voz ativa, direitos ou meios de fugir dessa ditadura, as Aias, como são chamadas as mulheres férteis, são estupradas regularmentes pelos chefes de governo, além de serem violadas psicologicamente todos os dias. O uniforme vermelho que essas mulheres usam na produção virou símbolo de protesto internacional pelos direitos femininos. No Brasil, foi usada em agosto de 2018, para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) na decisão de descriminalização do aborto.

Assim como Gileade, outras sociedades com governos opressores já ganharam produções audiovisuais. Conheça algumas séries que abordam o tema:

Holocausto

Lançada em 1977, a série Holocausto conta a história de uma família judia alemã fictícia e ilustra momentos importantes que acontecem nas vésperas e durante a II Guerra Mundial. Apesar de ser aclamada, a produção recebeu diversas críticas de sobreviventes do holocausto e foi considerada simplista. De toda forma, após ser exibida novamente este ano na Alemanha, a produção trouxe de volta a discussão no país sobre as atrocidades cometidas durante o período. De acordo com a BBC, cerca de dez mil alemães ligaram para emissora WDR, da Alemanha, para expressar seu choque e vergonha em relação a esse capítulo da história.

 

Os dias eram assim

No Brasil, o país vivenciou por mais de 20 anos um regime opressor e é no cenário da ditadura militar do Brasil, que o enredo de ‘Os dias eram assim’ se desenvolve. Com 88 capítulos, a série conta a história de amor de Alice e Renato, que ao longo da trama enfrentará vários percalços por conta da divergência política das pessoas próximas ao casal. A super série foi exibida de abril a setembro de 2017 pelo Rede Globo.

 

3%

Outra produção brasileira que retrata um governo opressor e que segrega é a série 3%, da Netflix. Nesta sociedade pós-apocalíptica, grande parte da população sobrevivente no ‘Continente’, um lugar miserável, onde falta tudo: água, comida e energia. Aos 20 anos, todo ‘cidadão’ tem o direito de participar de uma seleção para morar no ‘Maralto’, onde há abundância de recursos, mas só 3% das conseguem passar no processo.

 

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