Tópicos | Oralidade

No mercado de trabalho, a capacidade de comunicar e ser entendido é muito requisitada. Para o advogado, então, é essencial. A oralidade é uma ferramenta importante para o exercício da função, pois é preciso ser claro e compreensível em toda apresentação e realização do seu ofício.

“O advogado é um profissional que trabalha com a linguagem, seja ela escrita, seja ela falada, seja a própria linguagem em todo o seu conjunto de manifestações. Então a importância de uma oralidade é a importância de poder defender bem o seu cliente, uma importância bem instrumental para a sua própria atividade”, declara Diego Nieto, professor e advogado, em conversa ao LeiaJá.

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Diego lembra que a palavra “advogado” vem do latim “advocatus”, que significa aquele que fala pelo outro e que representa o outro. Para fazer isso da melhor forma, ter uma boa oralidade faz parte da essência e da natureza da tarefa da advocacia.

Ter uma boa dicção é um ponto chave para a oralidade. Esta capacidade pode vir de uma questão de aptidão natural de cada pessoa, mas também pode ser desenvolvida através de exercícios e treinos específicos. O profissional pode procurar por um fonoaudiólogo, cursos de oratório e trabalhar essa habilidade.

“A prática, e obviamente as técnicas de uma boa oralidade e de uma boa dicção, são essenciais no avanço para essa função. Importante dizer que não existe impedimento no desenvolvimento de uma oralidade, uma boa dicção. Ainda que a pessoa não tenha uma vocação específica, é possível trabalhar e evoluir sim. E, obviamente, quem já tem uma facilidade, é possível ir até muito melhor no uso dessa oralidade”, afirma Nieto.

Além da oralidade, a capacidade de passar as informações pela fala, a técnica da oratória diferencia o profissional do direito. A oratória conta com técnicas específicas para se comunicar com perfeição e eloquência, desde o tom de voz à forma de se apresentar, entregando uma fala clara e fluída aos receptores. 

O professor menciona um conjunto de circunstâncias que fazem a pessoa a evoluir nesse processo de oralidade e oratória. Os pontos destacam o treino da fala, treino da respiração, controle das pausas durante a fala, domínio do próprio acervo linguístico e do conteúdo linguístico da fala. Há, também, o treino específico para fala de improviso, fala preparada ou fala projetada que o profissional deve desenvolver. 

“É importante entender que esses exercícios são plenamente possíveis a todos. E, com um bom treino, com uma boa dedicação é possível que o candidato a um bom orador possa atingir esse nível [de orador]”, garante o docente.

Quando se fala sobre o direito e o cargo de advogado, o que muito se destaca é o vocabulário jurídico e sua complexidade. Muitas pessoas possuem dificuldade em utilizar muitos dos termos do vocabulário jurídico, assim como muitos possuem dificuldades em entendê-los. Contudo, ao pensar no cargo de advogado, é preciso compreender a importância do domínio e o uso deste vocabulário, sabendo dosar e adaptar a depender de onde está se apresentando.

“Em relação ao posicionamento dele como profissional do direito, a aquisição de vocabulário jurídico, de termos técnicos, a aquisição até mesmo de algumas expressões latinas, considerando que nossa nossa linguagem jurídica vem muito de latim, ajuda sim [na oralidade], sem esquecer, no entanto, que o excesso também de formalismo jurídico pode atrapalhar. Então sempre é importante entender em que contexto o profissional vai se manifestar, em que ambiente ele vai se manifestar, para que o público ele vai se manifestar, porque tudo isso vai impactar no uso dessas ferramentas de uma maneira mais eficaz ou não”, reitera Diego.

A boa oralidade acompanhada de um conhecimento sobre oratória, eleva o nível de conhecimento e persuasão do profissional, duas coisas essenciais na atuação na área da advocacia.

“É importante dizer que a oratória ela compõe, como técnica o profissional, desenvolver uma série de ferramentas de convencimento, ferramentas de persuasão, ferramentas que podem colocar o profissional numa posição de conquista, numa posição agradável em relação a fala, em relação a oralidade”, alega o professor.

Nieto assegura que o profissional direito não é só 'da fala', ele também é um profissional jurídico, da imagem, da postura e da posição. Então é muito importante que o profissional de direito compreenda esse conjunto de circunstâncias, da linguagem falada, da linguagem escrita, da linguagem corporal e da linguagem não verbal que ele pode utilizar para ajudar na sua comunicação e persuasão.

Um evento inédito na capital paraense teve início no domingo (4), no Boulevard Shopping. Trata-se do Festival de Contadores de Histórias, iniciativa de incentivo à leitura e que pretende, também, valorizar a tradição oral entre crianças, adolescentes, jovens e adultos, por intermédio das narrativas. As atividades terão prosseguimento nos próximos três domingos, dias 11; 18 e 25 de março.

No primeiro dia, domingo, foram contadas as histórias "O patinho Feio" e "A Cigarra e a Formiga". No segundo dia, 11 de março, será apresentada a narrativa da pequena menina curiosa "Cachinhos Dourados", além de "O Ratinho Convencido". No dia 18, é a vez de "Os Três Porquinhos" e "O Alfaiate Valente". Já no dia 25, será contada a história "A Tartaruga e a Lebre", além de "O Leão e o Ratinho". “Nosso objetivo é, além de oferecer o melhor do entretenimento, integrar as pessoas em um ambiente lúdico e de aprendizagem”, diz a gerente de marketing do Boulevard, Glenda Abdon.

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Pensar em atividades que estimulem o imaginário e, sobretudo, a leitura é importante durante toda a vida. “Estimular o poder da leitura e despertar a vontade de descobertas, a partir da literatura, é de suma importância porque as crianças crescerão acostumadas em um ambiente que não será estranho”, afirma o mestre em arte, João Carlos Cunha.

Serviço

O 1º Festival Contadores de Histórias ocorrerá em quatro domingos, no Boulevard Shopping: 4; 11; 18 e 25 de março, sempre das 16h às 18h. A entrada é gratuita.

Da assessoria do evento.

O festival Conte Outra Vez começa, neste domingo (21), com o objetivo de atrair a atenção de crianças e adultos, e estimulá-los a mergulhar no mundo da imaginação através de contação de histórias. A terceira edição do projeto tem como tema A Magia da Tradição Oral, e traz em sua programação espetáculos, shows musicais e debates que botam em foco a tradição da oralidade. 

Para abrir as atividades, os grupos Tapete Voador (PE), Historietas Cantadas (SP), Cordelândia (PE) e Flávio Renovatto (PE), apresentam-se no Barchef, em Casa Forte, à partir das 15h. O evento é aberto ao público. Confira a programação completa do festival.

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Serviço:

Conte Outra Vez com Tapete Voador (PE), Historietas Cantadas (SP), Cordelândia (PE) e Flávio Renovatto (PE)
Domingo (21)  | 15h
Barchef (Avenida Dezessete de Agosto, 1893 - Poço da Panela)
Gratuito 

 

 

 

 

 

 

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