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Empregados de uma pedreira instalados em um cortiço em péssimas condições de vida enfrentam as consequências da exploração de sua força de trabalho. A sinopse de “O Cortiço”, clássico da literatura brasileira escrito por Aluísio de Azevedo no século XIX, logo capturou a atenção do estudante Kaio Silva, usuário assíduo da Biblioteca Popular do Coque, uma das comunidades mais pobres do Recife. “Eu preciso de um dicionário para ler, mas é meu livro brasileiro preferido. Acho que é porque ele trata de coisas que tem aqui no cotidiano da comunidade, como crianças brincando na rua, lavadeiras, brigas e vizinhos comprando fiado, por exemplo”, comenta. Aos 16 anos, Kaio conta que já leu, em 2023, 360 livros emprestados pela biblioteca comunitária, composta por um acervo de cerca de 3 mil livros, todos eles doados por seus entusiastas.

Dois deles, a administradora de empresas aposentada Penellope de Moura Silva e seu filho, e o estudante de administração Rafael de Moura, vivem a menos de seis quilômetros do endereço da sede da biblioteca, em um condomínio de classe média no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Há alguns meses, os dois cederam cerca de 20 livros para a Biblioteca Popular do Coque. “Minha sobrinha é biblioteconomista e me falou dessa comunidade muito carente, em que os livros seriam bem-vindos. Aqui em casa a gente já tem o hábito de doar alimentos, roupas, móveis e livros. Em cada sorriso de gratidão ou muito obrigada, a gente vê que recebe muito mais do que dá quando faz uma doação”, celebra Penellope.

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Responsável pela maior parte dos livros cedidos pela família, Rafael ressalta a importância dos títulos entregues para sua própria formação como leitor. “São livros que adquiri na adolescência, quando desenvolvi o hábito da leitura e têm uma importância inestimável para mim. Hoje em dia, não aprecio mais essa literatura infantojuvenil, então espero que eles sejam a porta de entrada para muitos jovens no mundo da leitura”, comenta.

Antigo xodó de Rafael, "O Lar da Senhorita Peregrine para Crianças Peculiares", de Ransom Riggs, já foi notado por Kaio e é o próximo alvo de sua lista de leituras. “Queria agradecer, né? Porque você tá fazendo com que uma pessoa que não tem condições de comprar um livro, que provavelmente não tem uma biblioteca perto de casa se não for essa, possa entrar em outro mundo. Viajar sentada. É muito legal isso”, agradece o garoto.

Criado por sua mãe- que não possui hábito de leitura- na comunidade com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Recife, Kaio desbanca até mesmo as teses deterministas que influenciaram o autor de seu livro predileto, criticado por correntes estéticas posteriores por tratar o ser humano como consequência invariável do meio em que vive. Ao lado de Aluísio Azevedo, o garoto elege Machado de Assis e Júlio Verne como os melhores que já leu, mas tagarela com empolgação quando o assunto é sua atual leitura, “...E o vento levou”, de Margaret Mitchell. Com facilidade, Kaio se diverte ao encontrar similitudes entre o clássico da literatura norte-americana e o quadrinho Sin City, que folheia durante a entrevista. “Com os quadrinhos que pego aqui, ensinei minha irmã mais nova a ler. Ela tem 10 anos, então lê os da Turma da Mônica que levo”, comemora.

Antenado, Kaio aponta a escritora Coleen Hoover como um fenômeno entre o público adolescente e cobra mais livros dela nas prateleiras da biblioteca. O garoto, que estuda em uma escola localizada na própria comunidade do Coque, se esforça para convencer os colegas a frequentar o espaço. “Acho que a literatura aproxima as pessoas. Nesse ano, eu trouxe dez colegas da escola para frequentar a biblioteca e eles se apaixonaram pela leitura. Gosto de ver essas pessoas falando de livro, dá alegria ver que influenciei alguém a fazer uma coisa boa”, celebra. Modesto, Kaio se considera o terceiro da turma escolar, mas garante que está pronto para assumir a monitoria da disciplina de português. No futuro, ele pensa em estudar letras ou pedagogia, mas deixa claro que entrar na universidade não é seu único sonho. “Gostaria que as pessoas da comunidade, ao invés de pensar no que vão comer amanhã, possam pensar no livro que querem ler”, conclui.

Dificuldades

Orgulhoso, o articulador pedagógico da Biblioteca do Coque, Ednílio da Silva, conta que Kaio frequenta a biblioteca há dois anos, desde que participou de um dos eventos literários promovidos pela instituição. “A gente tem muitas ações de leiturização, de onde conseguimos prospectar nosso público. Ele participou de uma delas e passou a frequentar o espaço, muitas vezes acompanhado de colegas da escola que ele traz para cá. É um dos frequentadores mais assíduos”, afirma. De acordo com Ednílio, que é nascido e criado no Coque, a biblioteca existe há 16 anos, atravessados a despeito de uma série de dificuldades financeiras e estruturais. “Já tivemos quatro sedes, todas elas localizadas em casas alugadas na comunidade. A gente saiu da última em razão de infiltrações causadas pelas chuvas. Isso provocou a perda de um acervo que também tinha três mil livros”, lamenta.

Com um novo acervo organizado a partir de doações, o espaço sobrevive através com o apoio do projeto Itaú + Leitura, com término previsto para o final deste ano. “Se a gente não conseguir renovar um projeto que permita o pagamento de pessoal, não sei se poderemos manter as atividades. Estamos iniciando uma campanha, em busca de parcerias para poder construir formas de impedir que isso aconteça. Se a gente fechar, vamos perder toda essa estrutura, muito importante para a comunidade”, ressalta Ednílio.

Formação de leitores

Em 2007, um grupo de bibliotecas comunitárias da Região Metropolitana do Recife (RMR) deu início à Releitura- Bibliotecas Comunitárias em Rede, uma iniciativa conjunta para promoção do diálogo entre as instituições.“A Releitura hoje congrega nove instituições dos municípios de Olinda, Recife e Jaboatão dos Guararapes. A princípio, várias delas passavam pelas mesmas dificuldades, a exemplo de falta de conhecimento de gestão, captação de recursos, manutenção e catalogação de acervos. Com a rede, passamos a contar com um fórum que dialoga com o poder público, pois infelizmente Pernambuco ainda não possui uma política pública voltada para apoio e permanência de bibliotecas comunitárias”, cobra.

Sob a batuta da Releitura, o grupo buscou articulação nacional e fundou a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias, atualmente composta por 133 instituições de todo o país. “Na rede, nosso foco é estimular a formação de leitores. Por esse motivo, geralmente a gente não aceita doações de livros didáticos, dicionários e enciclopédias, que ficam desatualizados muito rápido e não têm viés literário. Além disso, pedimos que os livros estejam em bom estado, com todas as páginas, sem mofo e sem rasuras, até porque se você empresta um livro rasurado para as crianças, está incentivando essa prática”, ressalta.

Cultura: o oposto de morte

Em 1997, Rogério fez parte do grupo de artistas que decidiu ocupar de forma autônoma a estrutura do antigo Matadouro Municipal Industrial de Peixinhos, um dos grandes responsáveis pelo arruado que fez deslanchar o bairro homônimo, localizado na região limítrofe entre Recife e Olinda. Inaugurado em 1919, o Matadouro funcionou até 1970, a partir de quando se tornara uma espécie de não-lugar, tomado por mato, prostituição e tráfico de drogas. Apenas no ano 2.000, a inauguração de uma biblioteca comunitária transformou em Nascedouro um espaço que parecia vocacionado à morte. “Ela surgiu como um equipamento importante inclusive para os fundadores. A maioria de nós não teve uma boa relação com a escola formal, onde a biblioteca costumava ser tratada como depósito de materiais ou sala de castigo. A biblioteca foi criada para ser o oposto, é o que chamamos de biblioteca viva, que dialoga com outras linguagens artísticas, contando com cineclube e espaço de leitura coletiva”, lembra Rogério.

Sem recursos, o grupo contou com a solidariedade dos moradores do bairro para organizar a biblioteca. As primeiras prateleiras, por exemplo, foram improvisadas em caixas de tomate cedidas por feirantes. “Hoje, a gente conta com cerca de 8 mil livros. Apesar disso, as doações seguem sendo muito importantes para a renovação do acervo”, ressalta Rogério. Nascida e criada em Peixinhos, a fotógrafa Renata Rodrigues atribui à biblioteca uma profunda ressignificação de sua relação com o bairro. “Quando eu comecei a frequentar o Nascedouro, ainda na adolescência, eu mesma reproduzia vários preconceitos contra o bairro, que eu via como um lugar ruim e violento. Ainda é uma comunidade muito invisível, composta por maioria de população negra e pobre. Além disso, fica localizada entre Olinda e Recife, parece que nenhuma das duas prefeituras quer assumir a responsabilidade pelos problemas daqui”, denuncia. Aos 32 anos, Renata deixou de ser apenas usuária, para se tornar doadora da instituição. “É uma forma de agradecer por tudo que esse lugar me proporcionou. Aqui descobri que Peixinhos tem uma cultura forte e uma história muito interessante”, orgulha-se, citando o cantor e compositor Chico Science como um dos ícones culturais revelados pelo bairro.

Cultura de doação

Após a perda do pai, a engenheira civil Patrícia Torquato também escolheu as bibliotecas comunitárias como principal destino para centenas de livros que herdou. “Meu pai sempre nos mostrou que através dos livros a gente poderia conhecer muita coisa e que esse conhecimento precisava ser repassado para outras pessoas.Ele tinha um acervo bem eclético, era um amante de literatura de maneira geral”, afirma. Segundo Patrícia, não houve apego no processo de repasse dos títulos, pois a família já nutria forte cultura de doação. “Sempre fomos uma família estimulada a doar aquilo que a gente não estivesse utilizando. O que a gente ganha com isso é saber que o conhecimento está sendo multiplicado e com isso a educação está sendo ampliada, especialmente para pessoas que não têm condições de comprar um livro”, coloca.

Segundo a Pesquisa Doação Brasil 2022, promovida pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), 84% dos brasileiros realizaram alguma doação no ano passado, dos quais 75% praticaram repasses de bens, materiais e alimentos. Além disso, 48% dos doadores brasileiros fizeram doações em dinheiro, 36% repassaram dinheiro para ONG’s e 26% doaram o próprio tempo, através de trabalho voluntário. “Outro dado interessante é o aumento do valor doado no ano, que passou de R$ 200, em 2020, para R$ 300, em 2022. Esse número representa uma mediana, isto é, o valor que ficaria no meio se a gente fizesse uma reta entre todos os valores doados”, explica a gerente de comunicação do IDIS, Luísa Lima.

De acordo com Luísa, o doador brasileiro não possui um perfil específico, em relação a categorias como classe social, raça, gênero e adesão a uma religião. “A doação está muito enraizada em diferentes níveis e estratos da população”, frisa Luísa. Apesar disso, a pesquisa traz um recorte específico sobre a participação de jovens entre 18 e 27 anos nas doações. “Eles são menores doadores porque têm menos recursos, mas estão mais conscientes em relação ao trabalho das organizações. De forma geral, nossa leitura é a de que a pandemia de covid-19 teve um impacto muito grande na cultura de doação, com uma série de campanhas e iniciativas convocando pessoas e empresas a realizarem doações”, comenta Lima.

Para ela, o aquecimento do debate sobre as doações na opinião pública e nos meios de comunicação é a maneira mais eficaz de difundir a importância de doar. “Quando falamos de cultura de doação, falamos de pessoas que entendem a doação como um ato cívico, que contribui para a transformação dos problemas e combate às desigualdades. É diferente de uma doação pontual, que muitas vezes tem o objetivo de aliviar o sofrimento de alguém. A cultura de doação é quando as pessoas entendem que podem ir além da emergência”, defende.

Espontaneidade e autonomia

De acordo com a professora aposentada do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ester Rosa, as bibliotecas comunitárias têm em comum o fato de que não serem fruto de iniciativas do poder público, mas da atuação de pessoas ou grupos já envolvidos na luta por direitos e melhores condições de vida das comunidades, que colocam em pauta a importância do acesso à leitura. “As bibliotecas comunitárias surgem e se mantêm de forma autônoma. Mesmo quando recebem recursos de editais, elas têm autonomia para gerir a programação ou escolher quem vai trabalhar lá. Outra característica é que normalmente quem atua na biblioteca muitas vezes são jovens, mulheres e vizinhos do próprio bairro, que têm vontade de manter um projeto, mas também precisam ser remuneradas por seu trabalho”, explica.

Coordenadora do projeto de extensão “Bibliotecas Comunitárias na UFPE e UFPE nas Bibliotecas Comunitárias”, que articula alunos dos cursos de letras, biblioteconomia e pedagogia a 13 bibliotecas comunitárias da Região Metropolitana do Recife (RMR), a professora também observa que esses equipamentos costumam surgir como espaços de apoio às tarefas escolares, com acervos inicialmente compostos por livros didáticos e informativos, que, com o tempo, passam a ganhar perfil mais literário. “A gente vê uma predominância de literatura para jovens e crianças, bem como um estímulo para práticas de leitura compartilhada. Em Peixinhos, há um cineclube, enquanto na biblioteca comunitária de Caranguejo Tabaiares há um trabalho com idosas. São bibliotecas que têm o cuidado de atender às demandas dos leitores”, completa.

Uma das bibliotecas contempladas pelo programa “Bibliotecas Comunitárias na UFPE e UFPE nas Bibliotecas Comunitárias”, a Biblioteca Comunitária Inez Fornari- Mangueira da Torre, na Zona Norte do Recife, foi inaugurada em outubro de 2019 com o objetivo de preencher a carência de atividades para crianças e jovens no horário de trabalho das mães. “Aqui temos muitas mães solo, mulheres negras, que precisam trabalhar e não tem com quem deixar os filhos. Eu mesma trabalho das 16h às 00h e uso a biblioteca como uma creche temporária ”, diz a atendente Tássia Andrea da Silva, mãe de Maria Laura Silva, de 10 anos.

A menina frequenta a biblioteca desde os quatro anos de idade e, graças ao contato intenso com a leitura, aprendeu a ler ainda aos seis anos. “Minha mãe me deixava aqui e eu vinha ler com a tia. Aí, um dia, eu juntei as palavras de um livro e comecei a ler. Gosto de vir para cá ficar com as tias, brincando e lendo”, diz Maria Laura.

Composta por apenas três ruas, Mangueira da Torre é lar de 600 famílias e curiosamente não possui nenhuma casa para vender ou alugar. Imprensada entre os edifícios dos bairros da Torre e da Madalena, ambos majoritariamente habitados pela classe média, a pequena comunidade se desenvolveu a partir de casamentos entre membros de quatro famílias, que ao longo de pelo menos cem anos de existência foram construindo moradias para os parentes em seus quintais e garagens. “Aqui não tem problema de violência nem de drogas, todo mundo se conhece. Mesmo assim, a gente não vê ninguém descer dos prédios para ajudar nossa biblioteca, que é o único equipamento cultural que temos”, acrescenta Tássia.

Uma das responsáveis pela biblioteca, fundada com o apoio das lideranças comunitárias, ela ressalta que a biblioteca só conta com o apoio dos bolsistas da extensão da UFPE para manter suas atividades, motivo pelo qual não consegue se manter aberta todos os dias. “Os livros sempre são bem-vindos, mas o que a gente está precisando muito de voluntários para fazer atividades com as crianças, sejam leituras, brincadeiras e ou sessões de cinema”, cobra Tássia. Na biblioteca também falta acesso à internet, bem como fornecimento de água e alimento em atividades importantes. “Outra coisa que a gente queria era uma parceria para oferecer passeios culturais para as crianças. É importante ler, mas elas não podem ficar fechadas no mundo lúdico dos livros, sem conhecer o mundo real, os museus e espaços culturais do estado. Principalmente os que são voltados para nossa história, como uma comunidade de maioria negra”, completa.

Hoje (23) é comemorado o Dia do Atleta Olímpico e o objetivo da data é homenagear os atletas que se dedicam com treino a participarem dos esportes olímpicos. Para celebrar a data, a equipe do LeiaJá separou cinco histórias de atletas que participaram das Olimpíadas e viraram roteiro de cinema. Confira a seguir. 

Jamaica Abaixo de Zero (1993) – um dos clássicos da sessão da tarde, a comédia conta a história da equipe jamaicana de bobsleigh. Formada por quatro pessoas, é considerada a primeira equipe de trenó da Jamaica que participou dos Jogos de Inverno de Calgary, no mesmo ano, sem ter visto neve antes. Com a ajuda de um ex-campeão desonrado desesperado para se redimir, os jamaicanos decidem tentar a classificação para a seleção olímpica e buscar a glória.  

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Eu, Tônia (2017) - o filme retrata a história da patinadora olímpica Tonya Harding (interpretada por Margot Robbie). Forçada a competir desde cedo por sua mãe, ela se torna uma das principais atletas dos Estados Unidos por emergir como campeã no Reino Unido e em segunda colocada no Campeonato Mundial, por isso, é forte candidata para o ouro nos Jogos de Inverno de 1994. No mesmo ano, ela ficou conhecida quando seu marido e dois ladrões tentaram incapacitar uma de suas concorrentes quebrando a perna dela durante um treino às vésperas do campeonato nacional de patinação em Detroit.  

Raça (2016) - este drama conta a história de uma das figuras mais emblemáticas do esporte: Jesse Owens (1913-1980). Além dos desafios como atleta americano, Owens enfrentou o racismo na Olímpiada de 1936, que ocorreu em Berlim em plena Alemanha Nazista e conquistou quatro medalhas de ouro. 

Carruagem de Fogo (1981) - este clássico não pode ficar de fora quando se fala sobre Olimpíadas. A obra mostra a preparação da equipe de atletismo da Grã-Bretanha para os Jogos Olímpicos de Paris, em 1924. A equipe formada por corredores que são colegas na faculdade de Cambridge, decidem superar os desafios pessoais na competição. Sua trilha sonora ficou famosa ao retratar a competição.  

King Richard: Criando Campeãs (2021) - Richard Williams é um pai determinado a tornar suas filhas, Venus e Serena, em lendas do esporte. Com métodos pouco tradicionais. Desde os Juvenis até os campeonatos mundiais, ele cria duas das maiores atletas de todos os tempos. O filme deu o Oscar de melhor ator para Will Smith em sua premiação.  

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No domingo, 14 de maio, é comemorado em todo o mundo o Dia das Mães. A data tem como objetivo prestar homenagens às mulheres que exercem o papel de mãe.

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Para Sueli Nunes, vendedora de açaí na Feira da 25, em Belém, a maternidade muda tudo na vida. Primeiro se pensa no bem-estar e na felicidade dos filhos, para depois se pensar na sua própria, explicou. “Tenho dois filhos, um de 21 anos e uma de 12 anos. Eu tive meu primeiro com 18 anos e mudou tudo na minha vida. Todos os momentos são especiais ao lado dos meus filhos”, afirmou a vendedora.

De acordo com Sueli Nunes, a realização dos filhos é o “maior presente” que uma mãe pode ter. Um exemplo é a entrada de seu filho mais velho no ensino superior, motivo de grande felicidade para ela, disse Sueli.

A comerciante de ovos Tereza Freitas destacou as dificuldades que sua mãe teve para criá-la junto com seus irmãos. A pobreza, a fome e a ausência de uma figura paterna marcaram sua infância, explicou. “Nasci no interior do interior de Tomé-Açu. Vim para Belém com a minha mãe doente. Eu ficava olhando no supermercado aquelas famílias e sentia falta de uma família desse jeito, isso é ruim”, falou Tereza.

“Eu fui uma mãe que deu tudo para minhas filhas. Tentei suprir a falta de um pai que eu não queria que elas sentissem. Se elas tivessem uma infância melhor que a minha, já estava bem", disse Tereza. A comerciante contou também que procurou dar de tudo que estivesse em suas condições para sua mãe. "A maneira que eu fui criada não tem como mudar. Cada um tem sua história e vai querer tentar fazer melhor do que a criação que lhe foi dada", explicou Tereza Freitas.    

A vendedora de refeições da Feira de 25 Nilza Conceição contou que é uma mãe do tipo "mãezona" e "coruja". O problema em ser desse tipo é que "mima" demais os filhos e acha que eles sempre vão estar com a mãe, explicou a vendedora. "Tive dois filhos homens e criei um desde quando ele nasceu, então tenho 3 filhos homens. Meu problema maior com eles é ter ciúmes", disse Nilza.

"Eu morei com minha sogra e tive a ajuda dela para criar meus filhos", falou Nilza Conceição. A vendedora de refeições destacou que se casou com 13 anos e teve a imagem da sogra como uma mãe para ela e exemplo de como criar filhos.

Nilza explicou que as mães "criam os filhos para o mundo". Ela ressaltou a importância de manter tradições, como o Dia das Mães, para se reunir com a família.

Por Hellen Rocha e Júlia Marques (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Os mistérios do universo fascinam, intrigam e rendem boas histórias, afinal, temas como corrida espacial, viagens interplanetárias e vida em outros planetas são constantemente abordados no cinema. E hoje (9) é comemorado o Dia do Astronauta. Para quem curte histórias do gênero, a equipe do LeiaJá listou quatro filmes que estão disponíveis na Netflix sobre histórias no espaço. Confira a seguir: 

Ad Astra: Rumo às Estrelas (2019) - Um homem viaja pelo interior de um sistema solar sem lei para encontrar seu pai desaparecido – um cientista renegado que representa uma ameaça à humanidade. Este filme foi indicado ao Leão de Ouro, Oscar de Melhor Mixagem de Som, Green Drop Award e outras indicações.   

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Apollo 11 (2019) - Um documentário que acompanha a missão mais famosa da NASA, que levou os astronautas Neil Armstrong (1930-2012), Buzz Aldrin e Michael Collins (1930-2021) até a Lua. Também apresenta imagens em alta resolução nunca vistas antes. Este documentário ganhou o Prêmio Emmy do Primetime de Melhor Edição e Melhor Mixagem de Som, Peabody AwardDocumentary e outros prêmios.  

O Céu da Meia-Noite (2020) - Um cientista solitário no Ártico corre contra o tempo para impedir que um grupo de astronautas volte à Terra depois de uma catástrofe global. Este filme foi indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais, Satellite Award de Melhor Som, Melhor Trilha Sonora, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e outras indicações.  

Passageiro acidental (2021) - A tripulação de uma missão de dois anos para Marte enfrenta um dilema fatal depois que um passageiro inesperado coloca todos em risco.

 

Apaixonados pelas culturas e histórias que cercam as mais diversas bebidas produzidas a partir do sumo da uva, o casal de autores Rui Marcos e Taiana Jung lançaram em  agosto o livro “Contos de Vinho”, que reúne diversos conteúdos produzidos no Instagram @contos_de_vinho e detalha curiosidades sobre os rótulos desses líquidos.

Tudo começou em 2016, momento em que o casal começou a participar de degustações de vinhos na companhia de amigos. Um amor que no decorrer do tempo se ampliou ainda mais. “Até que um dia ingressei na Associação Brasileira de Sommeliers, do Rio de Janeiro e passei a estudar de forma técnica, além de conhecer mais histórias e curiosidades sobre o mundo dos vinhos. Quanto mais sabia sobre um vinho, mais interessante ele se tornava ao degustá-lo”, explica Marcos.  

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Segundo Marcos, a produção do livro foi motivada pela vontade de contribuir com a temática do vinho e aproximar as pessoas dessa cultura. Desta maneira, a obra realiza uma ligação entre a história dos rótulos e questões como gênero, empreendedorismo, geologia e antropologia. “Mostramos para o leitor que o vinho não está longe e inacessível, ele é parte da nossa cultura e a história dele pode e deve compor a nossa apreciação”, afirma.

Para que a produção fosse possível, foi necessário dedicar um ano de curadoria aos conteúdos publicados pelo casal no Instagram. “Talvez o nosso livro seja um dos primeiros a fazer esse caminho: de posts do Instagram para as páginas de um livro”, comenta Taiana.

A rede social do casal contava com 70 histórias publicadas e 50 delas precisariam ser selecionadas para compor o livro. De acordo com Marcos, as escolhas levaram em consideração a diversidade de lugares, o tipo do assunto e afinidade dos autores com a história.

Durante o processo, para aprofundar alguns conteúdos, determinados contos precisaram ser reescritos. “O desafio foi o acesso às informações, porque nem todas as histórias e curiosidades dos rótulos estão organizadas em uma única publicação, foi preciso pesquisar em diferentes fontes, foi como montar um quebra-cabeça”, lembra Marcos.

Outro problema encarado pelo casal, foi encontrar imagens dos rótulos com boa qualidade para impressão. “E esse foi um desafio que gostamos, porque compramos vários vinhos que já havíamos experimentado para degustar novamente, e assim tirar os rótulos das garrafas para serem usados no livro”, recorda Taiana.

 Recomendações dos autores

Para os leitores do LeiaJá que apreciam uma boa degustação, o casal separou algumas dicas de vinhos que se encaixam em diferentes bolsos e gostos, entre eles, o “130 Casa Valduga”, que segundo Marcos, é considerado o melhor espumante brasileiro. Outra recomendação foi o “Marlborough Sun”, que é “um Sauvignon Blanc da Nova Zelândia, um rótulo cheio de irreverência e leveza, que expressa bem seu produtor” , define o autor.

Também foi mencionado o “Norton D.O.C.”,  “um Malbec, uva que amamos, tanto que no livro tem mais cinco rótulos com essa variedade”, aponta Marcos. “’El Enemigo’, tanto o Cabernet Franc como o Chardonnay, pois foi um projeto desenvolvido por dois ícones do vinho: Alejandro Vigil e Adrianna Catena”, complementa. Outra dica é o Lote 43, um grande feito na produção do vinho de qualidade brasileiro, segundo o autor. 

Segundo Taiana, cada rótulo se adequa a diferentes situações, dia, hora, tempo, lugar, dinheiro ou refeição que acompanha a degustação. “Desta maneira, nossa sugestão é que experimente. Procure no livro os rótulos que você não conhece. Identifique se terá a possibilidade de degustar e o aprecie”, destaca.

“Contos de Vinho” está disponível para vendas no site da editora Máquina de Livros, por R$44,90. Acompanhe:http://http://maquinadelivros.iluria.com/pd-8af294-contos-de-vinho.html?ct=&p=1&s=1

Além do Instagram @contos_de_vinho, os autores podem ser acompanhados em @ruimarcosts e @taianajung.

Aos que desejam expandir os conhecimentos sobre vinhos, o LeiaJá também separou três canais que abordam a temática e trazem curiosidades sobre as mais diversas bebidas. Acompanhe:

Confraria do Bob:https://www.youtube.com/user/toxrj

Jessica Marinzeck: https://www.youtube.com/user/ocanaldovinho

Paula Brazuna: https://www.youtube.com/channel/UCtD1uak_f_V4pOKr7uGkF5A

O programa Plurarte desta semana, com apresentação da cantora Sandra Duailibe, entrevista a jornalista Proscilla Borges. O Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas. Também será exibido no Espaço Universitário da TV Unama, na TV RBA, no sábado de manhã, e no portal LeiaJá. Acesse o Plurarte no Youtube aqui.

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Um dos maiores sucessos de Maria Bethânia, a música Cheiro de Amor, foi descoberta pela artista de uma forma um tanto inusitada. A canção, ou parte dela, era, na verdade, um jingle de um motel na Bahia. Apaixonada pela composição, a cantora acabou tomando-a para si e transformando-a em um sucesso maior ainda.

A história foi revelada pelo publicitário Duda Mendonça no livro Casos e Coisas. Ele contou que parte da música foi escrita para a propaganda do motel Le Royale, localizado em Salvador, na Bahia, em 1979, e a publicidade se tornou um grande sucesso; tanto que várias cópias foram feitas para serem entregues aos clientes.

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Maria Bethânia também se encantou pela canção e entrou em contato com o publicitário, na época, pedindo-lhe autorização para gravar a música. Devidamente autorizada, a artista encomendou a segunda parte da composição a Jota Moraes e Paulo Sérgio Valle. Cheiro de Amor foi gravada no disco Mel e chegou a ser trilha de novela.  

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) iniciou nesta semana o retorno gradual das atividades, depois de ser fechado em março devido à pandemia do novo coronavírus. A decisão respeita a passagem da capital para Fase Verde do Plano São Paulo. As novas regras de funcionamento e visitação seguem as orientações de um rigoroso protocolo sanitário aprovado pela prefeitura da cidade, assim como recomendações de organismos internacionais para reabertura de estabelecimentos da cultura, caso do Comitê Internacional de Museus.

MASP funciona agora com horário reduzido: de terça a sexta, das 13h às 19h, sábado e domingo, das 10h às 16h, com agendamento online obrigatório, inclusive para as terças gratuitas. Regras como redução da capacidade máxima, uso de máscaras e distanciamento social mínimo de 1,5 metros entre os visitantes também serão obrigatórias.

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Neste ano, o eixo temático que pauta todas as atividades do museu são as histórias da dança. Estão abertas as exposições Hélio Oiticica: a Dança na Minha Experiência (curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Tomás Toledo, curador-chefe, MASP), Trisha Brown: Coreografar a Vida (curadoria de André Mesquita, curador, MASP) e Senga Nengudi: Topologias (conceito e ideia de Stephanie Weber, curadora, Lenbachhaus, e apresentação no MASP de Isabella Rjeille, curadora, MASP), além do Acervo em Transformação. A grade de mostras para o segundo semestre de 2020 continua com as individuais de Edgar Degas e Beatriz Milhazes previstas para dezembro.

Já a exposição coletiva Histórias da Dança ocorrerá na forma de um catálogo, uma antologia, uma seleção de obras nos cavaletes de vidro do Acervo em Transformação e terá uma presença digital no site do museu. As mudanças decorrem de ajustes orçamentários que precisaram ser feitos no contexto da pandemia.

Na sala de vídeo, as artistas deste ano serão Babette Mangolte, entre outubro e novembro, e Mathilde Rosier, entre novembro e dezembro. A seleção de filmes da cineasta e fotógrafa Mangolte (França, 1941) tem como foco seu interesse pela dança e pelo movimento do corpo, sobretudo dois projetos realizados a partir do trabalho de Yvonne Rainer. A curadoria é de Maria Inês Rodríguez, curadora adjunta de arte moderna e contemporânea no MASP. 

Como o restante das atividades presenciais continua suspenso, grande parte das ações que foram criadas ou migraram para as redes sociais do MASP continuará online. É o caso da atividade desafio MASP [desenhos] em casa, que convida o público a reinterpretar obras icônicas da coleção do museu e passará a ser mensal; do Diálogos no acervo, que aborda elementos como biografia, contexto e técnica para analisar obras do MASP e continuará semanal e das lives com convidados que  passam a ser mensais. A novidade fica por conta da ação Diálogos Plurais, que são lives que terão o curador Artur Santoro, curador e pesquisador de histórias e culturas afro-brasileiras, conversando com diferentes convidados no Instagram do @masp. Este projeto também será mensal.

Protocolos de segurança

A bilheteria física do museu permanecerá fechada. A compra de ingressos, com dia e horário marcados, se dará exclusivamente online sem cobrança de taxa de conveniência pela página masp.org.br/ingressos –inclusive para as terças gratuitas. Entradas estarão sujeitas à disponibilidade e valores continuam sendo R$ 45 (inteira) e R$ 22 (meia).

A nova sinalização visual respeita a distância de 1,5 metros entre os visitantes, tanto frontal e traseira como lateral. Tratando-se de familiares, acompanhantes e moradores da mesma residência, a distância mínima não será necessária, mas grupos superiores a 5 pessoas ficam vetados.

O uso de máscaras será obrigatório por todos os visitantes durante o período de permanência no museu. Para crianças, o uso é obrigatório a partir dos 6 anos. O museu não oferecerá máscaras.

Haverá aferição de temperatura de todos na entrada. Caso alguém apresente febre igual ou superior a 37,5°C, não poderá visitar o museu e receberá um vale ingresso com prazo de uso de 6 meses. Tapetes sanitizantes e secantes foram instalados para higienização dos calçados de todos antes da entrada no museu.

O guarda-volumes continuará fechado e bolsas grandes e mochilas devem ser levadas em frente ao corpo. A entrada de visitantes com malas de viagem, guarda-chuvas e garrafas de água não será permitida.

Novos acessos para entrada e saída de visitantes foram criados, bem como acessos independentes para entrada e saída das galerias. O número de pessoas em cada galeria será limitado a até 60% da capacidade máxima.

A distribuição de folhetos em papel está interrompida; alguns conteúdos serão disponibilizados no site do museu. Não haverá possibilidade de interação com obras. Totens de álcool em gel com acionamento por pedal foram instalados em frente aos elevadores, em todos os andares e nas entradas das galerias.

Banheiros poderão ser usados por visitantes respeitando a quantidade máxima de pessoas estabelecida por vez. Os secadores de mão foram desativados e instalados porta toalhas de papel. Bebedouros ficarão disponíveis apenas para encher copos e garrafas por acionamento automático.

Foi intensificada a limpeza de filtros, condensadores e bandejas de condensação dos ares-condicionados. Para melhorar e aumentar a proporção de ar renovado, foi alterado o percentual de renovação de ar externo. Também está prevista a desinfecção regular da casa de máquinas do ar-condicionado, com desinfetante hospitalar aplicado com tecnologia de nebulização.

O MASP também providenciou aumento na frequência de limpeza nas áreas com maior circulação de pessoas, como banheiros, elevadores, além de maçanetas, corrimãos. O museu fará desinfecção com desinfetante hospitalar aplicado com tecnologia de nebulização em todos os ambientes do museu, como corredores, escritórios e casa de máquinas do ar-condicionado.

Serviço

Endereço: avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP

Telefone: (11) 3149-5959

Horários: terça a sexta, das 13h às 19h; sábado e domingo, das 10h às 16h; fechado às segundas.

O MASP tem entrada gratuita às terças-feiras.

Agendamento online obrigatório, inclusive para as terças gratuitas, pelo link: masp.org.br/ingressos

Ingressos: R$ 45 (entrada); R$ 22 (meia-entrada)

Acessível a pessoas com deficiência física, ar condicionado, classificação livre

A paralisação da economia após a adoção de medidas de isolamento para tentar conter o avanço do novo coronavírus derrubou o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre de 2020.

A atividade econômica teve retração de 1,5%, afetada pelo fechamento de indústrias e comércio a partir da segunda metade de março e também pela queda no consumo das famílias. Além da perda de renda generalizada, o isolamento impediu que os brasileiros saíssem de casa para fazer compras - o consumo se limitou ao essencial.

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A rotina da população mudou e todos tiveram de procurar soluções para atravessar esse momento inédito na vida do brasileiro e da população mundial em geral. Queda na atividade econômica e aumento no desemprego não são exclusividades do Brasil.

O baque atingiu tanto as grandes empresas - que têm recorrido à suspensão de contratos de trabalho, redução de jornada e salários e, no extremo, a demissões - quanto os médios e pequenos negócios.

No entanto, as grandes empresas, geralmente, têm mais fôlego antes de chegarem a demitir os funcionários, ou mesmo a fechar as portas.

Cresceu o comércio online com o uso de aplicativos. Com medo do contágio, o brasileiro está evitando aglomerações e a rotina de ir a supermercados tem sido trocada pelas compras pela internet. Bares e restaurantes incrementaram seus serviços de delivery.

Os motoboys entregam de documentos a comida. Os microempreendedores usam as redes sociais na busca de clientes. Artistas recorrem a lives.

Mas tudo isso não conseguiu evitar que a taxa de desemprego subisse para 12,6% em abril e quase 5 milhões de brasileiros perdessem o emprego no País.

A reportagem do Estadão foi ouvir a história desses brasileiros que buscam caminhos para atravessar um dos momentos mais difíceis da economia do País.

'É triste ver o espaço vazio'

O chef Cristiano Xavier, que trabalha no grupo de organização de eventos El Dorado, sente falta do movimento de antes. "É triste ver um espaço vazio onde servíamos refeições para até 8 mil pessoas. Eu me sinto um pouco impotente, sem poder fazer nada." Xavier é um dos 75 funcionários da empresa que foram mantidos. Outros 250 intermitentes ficaram sem trabalho.

Concorrência na rua aumentou

Caíque Alves, de 27 anos, faz entregas de moto - de documentos a comida - por aplicativos e percebeu o aumento na concorrência durante a pandemia. "Tem de ficar mais tempo na rua e trabalhar mais para ganhar o mesmo de antes."

Filho ajuda com redes sociais

Sem festas de casamento e outros eventos programados, a florista Érica Tiburcio enfrenta a queda de 70% na demanda por suas flores. "O que tem segurado um pouco são os clientes que compram arranjos e dão flores de presente." Sem familiaridade com plataformas online de venda, ela conta com a ajuda do filho de 13 anos para gerenciar conta no Instagram.

'Divulgo um novo cardápio por semana'

O chef Matheus Zanchini fechou uma das duas unidades de seu restaurantes de comida italiana e demitiu oito funcionários. O Borgo Mooca não fazia delivery, mas as entregas sob encomenda se tornaram inevitáveis. "Aproveito a rede de clientes no WhatsApp que já tinha e divulgo um novo cardápio a cada semana."

Renda aumentou. E o medo também

Trabalhando em uma pizzaria e em um restaurante em São Bernardo do Campo, o motoboy Lucas Souza Ferreira, 22 anos, viu crescer a correria das entregas desde o início do isolamento. Mas todo dia tem de lidar com medo de ser contaminado pelo coronavírus e passar para o filho, de seis meses.

'Daqui depende o susten de famílias'

O salão de beleza Retrô Hair, em São Paulo, está fechado há mais de dois meses. Cerca de 160 funcionários e profissionais autônomos tiveram os contratos suspensos. "Sabemos que daqui depende o sustento de muitas famílias", diz Andréia Silva, diretora operacional do salão.

'Venda de vouchers foi o que salvou'

Antes mesmo da decretação da quarentena, Igor Bueno, de 39 anos, fechou o estúdio de música que administra com o irmão em Santo André (SP). Conseguiu um respiro nas contas ao oferecer serviços a preços promocionais, para quando reabrir. "A venda de vouchers foi o que salvou."

Neste sábado (16), às 16h, a dupla Palavra Cantada fará uma live em seu canal no YouTube com conteúdo para o público infantil. É a oportunidade para os pais procuram entreter os pequenos no período de quarentena.

Com uma carreira consolidada, Paulo Tatit e Sandra Peres apresentam um repertório musical que já é conhecido pelas crianças, com canções como "Carnaval das Minhocas" e "Menina Moleca".

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Além das músicas, em suas apresentações, a Palavra Cantada também declama poesias, promove brincadeiras e contam histórias que instigam a curiosidade nos pequenos.

A live deste sábado (16) é em parceria com a marca Pampers, que tem promovido uma série de lives em seu perfil no Instagram com contação de histórias para bebês, shows e bate-papos.

 

Uma pedagoga no Ceará criou um canal no YouTube para continuar contando histórias infantis aos netos durante a pandemia do novo coronavírus. Sany Rios sempre teve o hábito de contar histórias para os netos Lucca e Clara.

 A mulher decidiu fazer o canal após o neto dizer que sentia falta das leituras da avó. Ela começou a fazer gravações curtas, que começaram a ser pedidas também por um sobrinho e pais dos colegas das crianças.

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 "Foi ganhando uma dimensão que eu não imaginava, as mães começaram a compartilhar nos grupos das escolas. Então, decidi colocar no YouTube porque preserva a qualidade e tenho mais liberdade quanto ao tempo", disse Sany ao G1.

A avó tem lido textos de Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Sylvia Orthof, Elvira Drummond, além de produções autorais. Os vídeos são feitos de forma simples, segundo ela para deixar o mais natural possível.

 O canal da pedagoga tem quase 500 inscritos em pouco mais de duas semanas do primeiro vídeo. "Foi ganhando uma dimensão que eu não imaginava, as mães começaram a compartilhar nos grupos das escolas. Então, decidi colocar no YouTube porque preserva a qualidade e tenho mais liberdade quanto ao tempo", avalia ela ao G1. Sany pretende continuar produzindo conteúdos mesmo após o fim do isolamento.

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Com o caos causado pela chuva, um grupo de sete funcionários de um banco se viu preso na Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, sem poder ir para o trabalho ou voltar para casa.

Qual foi a solução? Ir a uma lojinha do terminal e comprar um baralho de Uno. "Foi o jeito que a gente arrumou para matar o tempo. Estamos ilhados. Nunca vi nada igual", contou Carla Moreira de Aguiar, de 22 anos. 

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Por volta de meio-dia, um grupo de dez atendentes de telemarketing que não tinha sido liberado pelos supervisores resolveu abrir as marmitas e almoçar no chão. "Disseram para a gente esperar", disse William Souza, de 21. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cheia do Rio Tietê nesta segunda-feira (10) virou motivo para um protesto feito pelo funileiro aposentado Mário Roberto dos Santos, de 70 anos. Com duas varas de pescar, ele parou sobre a Ponte das Bandeiras no fim da tarde. "Vi acontecer a primeira cheia quando era criança", disse.

"Estou curtindo o Tietê. Temos de olhar pelo rio", acrescentou ele, que é morador do bairro da Casa Verde, na zona norte da capital paulista. De lá, saiu andando pela região, no fim da manhã, até parar na ponte, onde expunha suas varas com peixes de plástico no anzol. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Giovana Girardi, repórter do jornal O Estado de S. Paulo, falou sobre o que viu na chuva desta segunda-feira (10). "A Avenida Ermano Marchetti, na Lapa, interditada desde a madrugada de ontem (segunda) no trecho entre a Rua Cenno Sbrighi e a Praça Jácomo Zanella, só podia ser transposta com a ajuda de um transporte pouco usual: um trator. Foi assim que consegui chegar ontem à tarde à redação do Estado, mais de duas horas após ter saído de casa, a cerca de 5 quilômetros do jornal.

Na avenida, uma pequena multidão formava uma espécie de fila desorganizada à espera do "Uber" informal. Bem, pensei, os carros estão conseguindo vir pela avenida. Mas não. O "Uber" era o trator com o qual Paulo Copino, de 39 anos, trabalha em uma concreteira nas proximidades. Quando viu tudo alagado, passou a dar carona para os colegas de trabalho. "Quando vi todo mundo parado, resolvi ajudar quem quisesse. Estou aqui, indo e voltando, desde às 9h40", contou, quando já passava das 16h30.

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Resolvi embarcar. Junto comigo, dentro da pá coletora, tinham outras dez pessoas. A pá se mexeu. "Seja o que Deus quiser", alguém falou. Eu estava na beirada. Um senhor olhou pra mim e disse: "Fica tranquila que eu te seguro." Cheguei ao jornal às 17h30, quase 2h30 depois de sair de casa. De carro, teria levado 15 minutos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quanto pesa uma estatueta do Oscar? Qual atriz recebeu o maior número de indicações na história do prêmio? Quem foi premiado mais vezes? Quanto custa o tapete vermelho?

Confira algumas curiosidades sobre os prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, os mais importantes da história do cinema, que serão entregues em cerimônia neste domingo.

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- Tio Oscar? -

Segundo uma das lendas contadas em Hollywood, o prêmio da Academia foi batizado com o nome de Oscar depois que uma bibliotecária - e depois diretora-executiva - da instituição Margaret Herrick, disse que a estatueta era parecida com o seu tio Oscar.

Outra teoria é de que a lendária atriz Bette Davis teria comentado que a estatueta lhe lembrava o seu primeiro marido, o músico Harmon Oscar Nelson Jr., embora depois ela tenha negado essa informação.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas adotou esse nome oficialmente em 1939, 10 anos depois da data inicial da entrega dos prêmios.

- Peso pesado -

A estatueta do Oscar é feita em bronze sólido e banhada a ouro 24 quilates. Mede 34 cm e pesa 3,8 kg.

A fundação Polich Tallix Fine Art Foundry, situada em Nova York, demora cerca de três meses para fazer o lote de 50 estatuetas. Mais de 3.140 prêmios já foram entregues desde 1929.

A estatueta representa um cavalheiro que carrega uma espada sobre um carretel de filme com cinco vincos, que fazem referência aos pontos fundamentais para a Academia: atores, diretores, produtores, técnicos e roteiristas.

O custo de cada uma delas é estimado em US$ 400, segundo o site WalletHub.

- Realeza da atuação -

Meryl Streep é a atriz com o maior número de indicações na categoria de atuação, com 21. Ela e Jack Nicholson - o homem mais indicado, por 12 vezes - tem cada um, respectivamente, duas estatuetas de melhor atuação e uma atuação coadjuvante.

Walt Disney é, por sua vez, o integrante da indústria do cinema com a maior quantidade de prêmios no Oscar. Ele ganhou a estatueta 22 vezes e recebeu da Academia quatro prêmios de honra.

Katharine Hepburn foi a maior vencedora de prêmios por atuação, tendo recebido quatro estatuetas, enquanto Daniel Day-Lewis foi o único a vencer por três vezes o prêmio de "Melhor Ator".

- Jovens e velhos ganhadores -

A pessoa mais jovem a receber um Oscar foi Shirley Temple, que tinha apenas seis anos quando foi premiada em 1935. Na época, ela recebeu um prêmio em homenagem a atuação realizada no ano anterior.

A mais jovem a ganhar um prêmio durante a competição foi Tatum O'Neal, que tinha 10 anos quando recebeu o Oscar de "Melhor Atriz Coadjuvante" por seu trabalho em "Lua de Papel", em 1974.

No extremo oposto, o mais velho a receber uma estatueta da Academia foi o ator Christopher Plummer, que tinha 82 anos ao receber o prêmio de "Melhor Ator Coadjuvante" por "Toda Forma de Amor", em 2012.

- Muito dinheiro -

O custo total da cerimônia é estimado em US$ 44 milhões, segundo o site WalletHub, incluindo US$ 24.700 apenas para o tapete vermelho.

A instalação do tapete, que tem mais de 1.500 m2 - e que terá uma parte reciclada e outra doada para ONGs - requer 900 horas de trabalho e uma equipe de 18 pessoas para a sua instalação.

No Dolby Theater, onde a cerimônia acontecerá, são usados seis quilômetros de fiação elétrica, além de 32 mil grampos, 12 mil flores e mais de 55 litros de material de pintura.

A cada ano, a indústria cinematográfica investe mais de US$ 100 milhões na divulgação dos filmes indicados ao Oscar, o que representa um aumento de mais ou menos US$ 15 milhões nas bilheterias para o ganhador e um aumento de 20% nos cachês dos atores premiados.

Outra grande vencedora é a cidade de Los Angeles, que recebe cerca de US$ 130 milhões em sua economia por causa da cerimônia.

Em comemoração ao mês das crianças, o Shopping Tacaruna, em Santo Amaro, área central do Recife, recebe nos próximos domingos 13, 20 e 27 de outubro, o Teatrinho de Fantoches Turma do Mizack, uma programação gratuita onde a criançada poderá se divertir assistindo clássicos infantis e outras histórias, como “Os Super-Heróis” (13), “Os Porquinhos” (20) e “Os Dinossauros” (27). A atração é realizada em parceria com a Turma do Mizack, grupo de teatro de bonecos e recreação infantil, localizado no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, fundado há 25 anos pelo artista e produtor Mizack Coelho.

“É muito bom poder realizar mais uma temporada de teatrinho de fantoches no Shopping Tacaruna. O retorno do público é maravilhoso, de uma energia incrível, principalmente quando as crianças interagem com os personagens. O rooftop sempre fica cheio e nós só temos a agradecer”, destaca Mizack Coelho. Cada espetáculo dura em média 45 minutos e conta com quatro a seis personagens em cena. As apresentações acontecem no rooftop do shopping, a partir das 17h. O acesso é gratuito, porém, sujeito à lotação do espaço.

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Serviço

Teatrinho de Fantoches Turma do Mizack

13, 20 e 27 de outubro | 17h

Shopping Tacaruna (Av. Agamenon Magalhães, 153)

Entrada gratuita

*Da assessoria

Na década de 1920, o mundo passou a se adaptar a uma invenção revolucionária. A televisão, criada sob muita pesquisa do escocês John L. Baird, ganhou diversas intervenções desde que passou a ter transmissões na Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética por volta de 1935. No Brasil, o aparelho se popularizou em 1950, com o sinal aberto durante a inauguração da TV Tupi.

A partir de 1958, em 11 de agosto, foi decretado o Dia da Televisão. A intenção era homenagear Santa Clara pela repercussão da invenção de John L. Bird. Segundo relatos da época, Santa Clara não conseguiu comparecer a uma missa por limitações de saúde, e sendo assim conseguiu ouvir e visualizar o que estava acontecendo na igreja. A santa recebeu essa homenagem do Papa Pio XII.

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De lá para cá, as alterações na estética do objeto e nas programações das emissoras só cresceram. Em uma disputa acelerada com outros veículos de comunicação, a televisão tem o dom de proporcionar apreço e repugnância. Buscando sempre fincar o seu lugar no topo, a TV está longe de ser extinta, apesar das plataformas digitais estarem subindo os degraus da inovação. Para celebrar o Dia da Televisão neste domingo (11), o LeiaJá chacoalhou a história da TV e relembra momentos icônicos que marcaram o entretenimento brasileiro.

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Em julho, a dupla O Tapete Voador faz uma maratona de shows por Recife e Garanhuns. Neste sábado (13), Mila Puntel e Bruna Peixoto aterrissam no Plaza Shopping para uma apresentação a partir das 17h, no piso E4, do edifício garagem, com o show musical e narrativo "O Segredo da Oncinha".

O espetáculo conta com músicas cantadas e tocadas ao vivo. Os ingressos custam R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia), e podem ser adquiridos no local. Já no dia 26 de julho, a dupla segue para o Festival de Inverno de Garanhuns, onde apresenta, gratuitamente, dois de seus espetáculos.

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A partir das 10h, o grupo sobe à Praça da Palavra, e exibe o musical "Pedrinho e a Chuteira da Sorte". No mesmo dia, o grupo retorna ao local às 16h, para a exibição do espetáculo "Cantaventos de Alegria". No dia 27, o grupo retorna ao Plaza Shopping, e exibe o clássico "Brincando com as Histórias". O musical ocorre a partir das 17h, no piso E4, do edifício garagem, e os ingressos custam R$14 (inteira) e R$ 7, à venda no local. 

*Da assessoria

  O site Pottermore anunciou que o universo de um dos bruxos mais amados do universo nerd, Harry Porter, irá ganhar quatro histórias. Os livros serão publicado em formato digital.

As obras irão abordar matérias do currículo escolar de Hogwarts: Uma Jornada por Feitiços e Defesa Contra as Artes das Trevas; Uma Jornada por Poções e Herbologia; Uma Jornada por Adivinhação e Astronomia e Uma Jornada pelo Trato das Criaturas Mágicas.

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O primeiro livro será publicado no Pottermore em 27 de junho.

 Recife será a segunda cidade a receber a edição 2019 do projeto itinerante Teatro Móvel. A ação aporta na capital pernambucana a partir desta segunda-feira (13) e segue até a sexta-feira (17). Durante esta semana serão encenadas peças voltadas para o incentivo das crianças no mundo da tecnologia e da ciência.

Protagonizado pela Companhia Realejo, a ação conta com histórias autorais e com contação de obras importantes da literatura brasileira que de forma lúdica leva para o universo infantil temas contemporâneos, como igualdade de gênero, tecnologia e empoderamento. Nesta edição, o projeto visita 10 cidades.

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No Recife, o Teatro Móvel ocupa a Praça do Arsenal, na área Central da cidade. A programação é gratuita. O projeto é realizado pelo Ministério da Cidadania e pela Magma Cultura.

Serviço

Teatro Móvel

Segunda-feira (13)

Praça do Arsenal 

Gratuito

 

Programação

Segunda: 14h/15h30 (apresentações teatrais)

Terça: 8h30/10h/14h/15h30 (apresentações teatrais)

Quarta: 8h30/10h/14h/15h30 (apresentações teatrais)

Quinta: 8h30/10h/14h/15h30 (apresentações teatrais)

Sexta: 8h30/10h (apresentações teatrais)

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