Tópicos | Orçamento 2014

A última semana legislativa do ano promete ser decisiva para o Plano Nacional de Educação (PNE). A matéria (PLC 103/2012) começou a ser discutida em Plenário na última quarta-feira (11), mas a votação foi adiada para terça-feira (17). O texto do PNE recebeu críticas da oposição por falta de ações práticas e de tempestividade. O texto, que prevê metas para o período de 2011 a 2020, tramita há três anos no Congresso e ainda terá de voltar à Câmara dos Deputados.

Um dos principais críticos ao texto é o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), relator do projeto do PNE na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Das 101 mudanças contidas no relatório do senador e aprovadas pela comissão, 47 foram rejeitadas pelo autor do substitutivo que seria votado pelo Plenário, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). O texto apresentado por Vital foi pouco modificado pelo relator em Plenário, senador Eduardo Braga (PMDB-AM). É essa versão que vai ser votada na terça.

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O PNE tem 14 artigos, 21 metas e 177 estratégias que visam, entre outros objetivos, erradicar o analfabetismo e universalizar o atendimento escolar, com o aumento de vagas em creches e universidades públicas. O plano ainda prevê a destinação de 10% do produto interno bruto (PIB) para a educação e a qualificação dos professores e dos demais profissionais da área.

A pauta do Plenário também prevê a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 34/2013, que restringe a criação ou a extinção de estatais, ministérios e demais órgãos públicos por parte do Poder Executivo. De autoria do senador José Agripino (DEM-RN), a proposta estipula um número maior de votos favoráveis na Câmara dos Deputados e no Senado Federal para a aprovação de projetos que criem repartições públicas. A autorização legislativa passaria de maioria simples para maioria absoluta, em cada Casa. A quinta e última sessão de discussão do primeiro turno da votação da PEC 34 ocorreu na quinta-feira (12).

Outro item que consta da pauta do Plenário é o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 72/2007, que garante às pessoas transexuais o direito de alterar o registro de nascimento para incluir seu nome social na certidão. Os senadores ainda poderão autorizar a criação da Mesorregião Metade Sul do Estado do Rio Grande do Sul (PLS 315/2003) e a obrigação para as concessionárias de energia elétrica a instalarem, sem ônus adicional, relógios de dupla tarifação para produtores rurais (PDL 787/2009), além de uma série de requerimentos sobre a forma de tramitação de vários projetos.

Congresso

Após entendimento entre governo e oposição, o presidente do Senado, Renan Calheiros, convocou para terça-feira (17) uma sessão do Congresso Nacional para a votação do Orçamento Geral da União de 2014 (PLN 9/2013). Ele disse que está empenhado em garantir a aprovação da matéria antes do recesso parlamentar.

- Buscamos um entendimento no sentido de que nós possamos votar na terça-feira o Orçamento. Nós já convocamos o Congresso Nacional exatamente para isso e estamos empenhados nessa direção – afirmou Renan.

Na quarta-feira (18), às 15h, o Congresso Nacional volta a se reunir para devolver simbolicamente o mandato de presidente da República a João Goulart. O Senado aprovou o Projeto de Resolução (PRN 4/2013), que anulou a sessão da noite de 1º para 2 de abril de 1964. Naquela oportunidade, o Congresso declarou vaga a Presidência da República, sob o argumento de que João Goulart havia deixado o país sem autorização da Casa, apesar de o presidente estar em território nacional, no Rio Grande do Sul. A sessão serviu para legitimar a subida dos militares ao poder. O presidente Renan Calheiros disse que o Congresso Nacional tem o dever de repor a verdade sobre esse episódio da história do país.

*Com informações da Agência Senado

Na discussão sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) do Recife para 2014, a vereadora Priscila Krause (DEM) propôs a garantia de recursos para obras como a restauração do Teatro do Parque e a implantação do Parque da Tamarineira, em detrimento de ações como gastos com shows e publicidade institucional. Terminado o prazo para a apresentação de emendas nessa segunda-feira (21), a democrata protocolou 13 propostas de modificações.

Segundo a vereadora, esse é um momento crucial para a construção das políticas públicas que serão efetivadas no ano que vem. “Algumas prioridades da administração são questionáveis e vamos tentar modificar isso garantindo verbas para ações que beneficiam diretamente o cidadão como a implantação do Parque da Tamarineira”, explicou.  Para tanto, Priscila propõe a transferência de R$ 15 milhões, antes destinados à “requalificação de espaços de interesse público”, no âmbito da URB, para a ação “Executar obras do Parque da Tamarineira”. Já para o Teatro do Parque, a democrata quer reduzir o gasto com festividades da Fundação de Cultura (FCCR) em R$ 8 milhões, em troca de dar início à restauração do equipamento.

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Também destacam-se as emendas que propõem investimentos na requalificação da rede de saúde municipal existente e na educação infantil, com ênfase nas creches. No primeiro caso, a vereadora aponta um equívoco da administração Geraldo Julio na distribuição de despesas entre a construção de novas unidades de saúde (previsão de investimento de R$ 64 milhões) em comparação com a atenção à reforma da equipagem existe (R$ 4 milhões). 

“Um governo que se propõe moderno e em consonância com os anseios da população precisa esquecer um pouco de ações de marketing, da construção sem limites de novas unidades de saúde, em busca de cortes de fitas de inauguração, enquanto a rede existente está sucateada. Precisa gastar menos com a política do pão e circo, através de shows, e resolver definitivamente problemas estruturais como o do Teatro do Parque. Até a sanção do orçamento, essas serão nossas lutas”, conclui.

Todas as emendas protocoladas pelos vereadores do Recife seguem agora para a Comissão de Finanças e Orçamento da Casa José Mariano, que elaborará os pareceres a respeito das ideias. Até o dia 30 de novembro, a LOA precisa ser aprovada no Legislativo e sancionada pelo prefeito.

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