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A Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovou 4 dos 16 relatórios setoriais do Orçamento de 2024 (PLN 29/23). A presidente do colegiado, senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), pediu aos relatores que ainda não publicaram seus pareceres que o façam logo para que todos os textos sejam votados até quinta-feira (14).  A comissão volta a se reunir na quarta-feira (13) às 10 horas.

Confira o cronograma de votação do Orçamento

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Hoje foram aprovados os relatórios das seguintes áreas:  Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio; Trabalho e Previdência; Poderes de Estado e Representação; e Integração, Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.

Emendas individuais

No relatório da área de Fazenda, o relator, senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), destacou que foram apresentadas 968 emendas individuais, quase todas de transferências especiais para estados e municípios, no valor de quase R$ 8 bilhões.

O valor é 32% do total reservado no Orçamento para as emendas individuais. 

Sistema S na LDO

Vários parlamentares anunciaram na reunião que fizeram destaques contrários ao relatório final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 (PLN 4/23) em relação ao dispositivo que estaria incluindo as receitas do Sistema S no Orçamento da União. 

O Sistema S é composto por nove entidades como o Sesi e o Senac e é administrado por federações empresariais.  Emendas de comissões Já o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que o relator da LDO, deputado Danilo Forte (União-CE), está querendo obrigar o governo a executar mais R$ 11 bilhões em emendas de comissões. Já existem quase R$ 38 bilhões em emendas individuais e de bancadas estaduais que são obrigatórias. Farias afirmou que isso é um “ataque” ao Executivo, que ficará com menos espaço de atuação.

O deputado José Rocha (União-BA), afirmou, porém, que o aumento da execução obrigatória do Orçamento é uma forma de “democratizar” a distribuição dos recursos públicos.

*Da Agência Câmara de Notícias

O deputado estadual Antônio Moraes (PP) afirmou que a reforma tributária “criou aumento de imposto”, ao observar as movimentações dos estados para garantir um aumento orçamentário para os próximos anos, antes de sua implementação total. O parlamentar conversou com o LeiaJá logo após a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), da qual é presidente, realizou, nesta terça-feira (29), a distribuição do pacote fiscal do governo do estado, enviado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), na última sexta-feira (24), com caráter de urgência. 

Segundo Moraes, a maioria dos estados já aprovaram o orçamento para o próximo ano que aumento da carga tributária, sendo Pernambuco e Paraíba os únicos estados que ainda não haviam realizado. 

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O pacote fiscal do Governo do estado altera valores de tributações, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), fixando em 20,5% a partir de 2024. “O que é lamentável é que você está fazendo uma reforma tributária, onde o princípio era de diminuir os impostos, e você está, na verdade, estimulando o aumento de imposto. Porque a lógica do projeto da reforma tributária é que, de 2024 a 2028, você vai fazer uma média para que em 2032 os estados sejam remunerados com um imposto único. Então, isso levou a que todos os estados do Brasil aumentassem a carga tributária do ICMS”, declarou o parlamentar. 

Há, no entanto a redução do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) para 2,4%, além da isenção para diversos tipos de condutores, como motociclistas, veículos escolares, pessoas com deficiência, entre outros. O material foi repassado para as Comissões de Finanças, Orçamento e Tributação e de Administração Pública, de onde será enviado para a assembleia da Alepe, que deverá votar sua aprovação até o dia 30 de setembro. 

Segundo a deputada estadual Dani Portela (PSOL), líder da oposição na Casa, a fixação da alíquota do IPVA pode trazer mais problemáticas do que soluções, porque "ela iguala a mesma alíquota de um carro de luxo a uma moto, promovendo uma injustiça fiscal ao, na prática, prejudicar aqueles trabalhadores que por algumas razões precisam utilizar motocicletas ou carros populares.” 

Entenda o pacote fiscal 

Entre os anos de 2024 e 2028 será extraída uma média da arrecadação tributária. O cálculo passa a valer a partir de 2032, quando haverá apenas o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que vai centralizar toda a lista de tributos que são cobradas atualmente do contribuinte. 

“Primeiro a gente precisa entender que o município é o ente federativo mais perto do cidadão. O município alcança o contribuinte no cotidiano de maneira mais palpável. Seja na coleta de lixo, iluminação pública, calçamento de ruas, rede de ensino, postos de saúde. O cenário desenhado pelas alterações fiscais propostas pela governadora é um cenário de insegurança. Sabemos que metade da arrecadação do IPVA vai para os cofres do município. Então a diminuição de alíquota pretendida pelo governo do estado pode vir a fragilizar ainda mais a arrecadação municipal, sobretudo com a queda dos repasses do FPM aos municípios”, afirmou a deputada Dani Portela. 

A votação, segundo Antônio Moraes, deverá ser em favor da aprovação, “se não for, a perda futura vai ser muito grande”. Portela, por outro lado, refuta a afirmação. “Está muito cedo para antecipar uma votação que nem sabemos qual dia será. Os deputados e deputadas ainda estão discutindo com profundidade o Projeto de Lei”, conclui.

 

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