O candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), prometeu, nesta segunda-feira (29), que uma das primeiras ações na área da cultura, durante um eventual governo dele, é a realização de um concurso público para a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Além disso, durante a sabatina com a Coligação Cultura Pernambuco o postulante também se comprometeu em ampliar o orçamento do estadual para o setor e interiorizar o Funcultura.
“Vamos observar as necessidades, mas acho que tem muita gente lá contratada para temporada, nós devemos fazer já para dar um sinal de que queremos estruturar quadros permanentes”, frisou. Segundo ele, ainda não se tem uma estimativa de quantos cargos serão oferecidas. “Tenho o compromisso de fazer, se não nos primeiros dias, mas nos meses”, acrescentou.
##RECOMENDA##Na questão dos recursos estaduais voltados para financiamentos na área, que atualmente corresponde a 0,4%, o petebista não se comprometeu em fechar um percentual. A proposta da Coligação é que os investimentos cheguem a 2%. “Não assumo este percentual. Primeiro temos que fazer uma reestruturação dos órgãos. Fechar agora um número seria irrealista. Reconheço que 0,4% é pouco, acho possível ampliar isso”, observou. O crescimento dos recursos, segundo o petebista está condicionada ao estadual. “Se continuar neste patamar, vamos ampliar todas as demandas”, acrescentou.
Outra sugestão da Coligação Cultura PE foi o estimulo do mercado artístico local. A iniciativa, segundo Armando será voltada para a economia criativa. “Temos 2.500 empresas vinculadas a este ambiente. Pernambuco pode ter cada vez mais pessoas ligadas a isso”, frisou.
Armando Monteiro também prometeu que vai estruturar a TV Pernambuco, que, atualmente, possui um orçamento anual de pouco mais de R$ 1,5 milhão. Com isso, o petebista vai utilizar a emissora estadual para dar vazão à produção artística local. Para o candidato, a cultura tem que estar no centro da estratégia de desenvolvimento de Pernambuco, uma vez que o Estado possui um amplo repertório de produtos no setor.
“A cultura é algo que o Estado precisa vender melhor. E a cultura é transversal. Quando se fala em turismo, tem que se falar em cultura. Educação, cultura. Quer dizer: a cultura tem que estar presente em todas as áreas e ações estratégicas do governo”, afirmou.
O grupo também defendeu, durante o debate, uma política estratégica para a participação popular nos ciclos culturais e a utilização das emendas parlamentares voltadas para a cultura, sem fins comerciais e políticos. No total foram 12 pontos.
Pedido por Paulo Câmara
Durante o debate, o jornalista Ivan Moraes Filho, que mediou a conversa, fez apelos para que o candidato a governador pela Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), aceitasse o convite da Coligação Cultura de Pernambuco para receber as propostas e debater com o grupo. “Ainda temos tempo”, frisava ele ao convocar o socialista.
Antes de Armando, na semana passada, o grupo recebeu o postulante ao Palácio do Campo das Princesas, Zé Gomes (PSOL).