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 A Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Alepe entregou à governadora Raquel Lyra, na manhã desta quarta-feira (27), o relatório final do processo de escutas da população para elaboração de propostas para o Plano Plurianual do Estado.

Estiveram presentes na entrega a presidenta da comissão, deputada Dani Portela (PSOL); o deputado Luciano Duque (Solidariedade), integrante da CCDHPP; e representantes de movimentos sociais como a ex-deputada Jô Cavalcanti, coordenadora do MTST; Jerônimo Cisneiros, representante do Sintepe; e Maria Gabriela, integrante do Movimento Camponês Popular (MCP). 

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Durante os doze encontros realizados (seis seminários regionais e seis encontros temáticos), foram colhidas propostas nas áreas de Direito à cidade, saúde, educação, segurança pública, cultura e agroecologia.

O projeto foi realizado durante os meses de agosto e setembro de 2023 e passou pelas cidades de Recife, Condado, Serra Talhada, Salgueiro, Palmares e Paudalho. Cerca de 800 pessoas participaram dos eventos presencialmente, com o recolhimento de 339 propostas escritas; além de 123 propostas feitas oralmente. Durante todo o período do projeto, o site da Assembleia Legislativa de Pernambuco recebeu 1.265 propostas através do formulário online. 

“Alguns dados colhidos durante o processo nos mostram um pouco do perfil da população que participou ativamente da nossa escuta. 53,7% das pessoas que enviaram propostas se autodeclaram negras. O tema da segurança pública foi o mais abordado em todo o processo, sendo tema de 54% das propostas enviadas online. O segundo tema mais tratado foi Educação, totalizando 38,3% das propostas enviadas. O terceiro assunto mais abordado foi a saúde, sendo matéria de 3,5% das propostas enviadas para a plataforma. Para nós da Comissão, foi um processo muito rico e potente. Esperamos que a governadora incorpore as propostas da população na peça orçamentária que será enviada à Casa”, afirmou a presidenta da CCDHPP.

Segundo Dani Portela, as atividades tiveram como objetivo ampliar a cultura política da participação social das redes, fóruns, coletivos e conselhos estaduais no processo de elaboração e aprovação do PPA 2024-2027; contribuir na formação política da população pernambucana para o conhecimento do ciclo orçamentário, composto pelo Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) do Governo do Estado de Pernambuco;  e acolher propostas da sociedade e dos movimentos sociais para serem inseridas nas três peças orçamentárias indicadas.

*Da assessoria 

Com previsão de arrecadar até R$ 54 bilhões até 2026, a taxação dos investimentos da parcela mais rica da população depende de votação no Congresso Nacional. Caberá aos parlamentares aprovar a medida provisória que tributa os fundos exclusivos e o capital aplicado em offshores (empresas no exterior).

O governo precisa reforçar o caixa para compensar o aumento do limite de isenção da tabela do Imposto de Renda, sancionada nesta segunda-feira (28) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O dinheiro também é importante para cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024, conforme estipulado pelo novo arcabouço fiscal, aprovado na última semana pelo Congresso.

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Com a resistência de parlamentares à tributação das offshores, o governo decidiu transferir o tema para um projeto de lei e passar a tributar os fundos exclusivos, instrumentos personalizados de investimentos, com um único cotista, que exigem pelo menos R$ 10 milhões de entrada e taxa de manutenção de R$ 150 mil por ano. Atualmente, apenas 2,5 mil brasileiros aplicam nesses fundos, que acumulam patrimônio de R$ 756,8 bilhões e respondem por 12,3% da indústria de fundos no país.

Atualmente, os fundos exclusivos pagam Imposto de Renda (IR), mas apenas no momento do resgate e com tabela regressiva, quanto mais tempo de aplicação, menor o imposto. O governo quer igualar os fundos exclusivos aos demais fundos de investimento, com cobrança semestral de IR conhecida como come-cotas. Além disso, quem antecipar o pagamento do imposto pagará alíquotas mais baixas.

Em relação à taxação das offshores, que inicialmente estava em medida provisória mas foi transferida para um projeto de lei, o governo quer instituir a tributação de trusts, instrumentos pelos quais os investidores entregam os bens para terceiros administrarem. Atualmente, os recursos no exterior são tributados apenas e se o capital retorna ao Brasil. O governo estima em pouco mais de R$ 1 trilhão (pouco mais de US$ 200 bilhões) o valor aplicado por pessoas físicas no exterior.

Confira as propostas do governo

Fundos exclusivos

•    Instrumento: medida provisória;

•    Como é: tributação apenas no momento do resgate do investimento;

•    Tributação: alíquota de 15% a 22,5% de Imposto de Renda sobre os rendimentos uma vez a cada semestre, por meio do mecanismo chamado “come-cotas”, a partir do ano que vem. Fundos com maiores prazos de aplicação têm alíquotas mais baixas por causa da tabela regressiva de Imposto de Renda;

•    Atualização antecipada: quem optar por começar a pagar o come-cotas em 2023 pagará 10% sobre o estoque dos rendimentos, passando a pagar de 15% a 22,5% nos anos seguintes. Quem não optar, pagará só em 2024, mas com as alíquotas mais altas;

•    Previsão de arrecadação: R$ 24 bilhões entre 2023 e 2026, divididos da seguinte forma:

       –    R$ 3,21 em 2023;

       –    R$ 13,28 bilhões em 2024;

       –    R$ 3,51 bilhões em 2025;

       –    R$ 3,86 bilhões em 2026.

Offshore e trusts

•    Instrumento: projeto de lei;

•    Como é: recursos investidos em offshores, empresas no exterior que abrigam fundos de investimentos, só pagam 15% de Imposto de Renda sobre ganho de capital se voltarem ao Brasil;

•    Tributação: cobrança anual de rendimentos a partir de 2024, com alíquotas progressivas de 0% a 22,5%. Ainda não está claro se alíquotas variarão conforme o prazo ou o valor aplicado.

•    Forma de cobrança: tributação dos trusts, relação jurídica em que dono do patrimônio transfere bens para terceiros administrarem.

•    Como funcionam os trusts: atualmente, legislação brasileira não trata dessa modalidade de investimento, usada para reduzir o pagamento de tributos por meio de elisão fiscal (brechas na legislação) e facilitar distribuição de heranças em vida;

•    Atualização antecipada: alíquota de 10% sobre ganhos de capital para quem atualizar o valor de bens e direitos no exterior para o valor de mercado em 31 de dezembro de 2023. Quem não fizer o procedimento pagará 15%.

•    Previsão de arrecadação: R$ 24 bilhões entre 2023 e 2026, divididos da seguinte forma:

       –    R$ 7,05 bilhões em 2024;

       –    R$ 6,75 bilhões em 2025;

       –    R$ 7,13 bilhões em 2026.

 

Em audiência realizada nesta segunda-feira (24), no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Passageiros do Recife e Regiões Metropolitana, da Mata Sul e Norte de Pernambuco (STTREPE) confirmou que a greve, marcada para iniciar na próxima quarta-feira (26), está mantida. A categoria alega que não houve negociação de contraproposta por parte do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Pernambuco (URBANA-PE). 

A audiência de conciliação foi realizada por meio de convite, sem haver obrigação da presença de nenhuma das partes, e mediada pelo desembargador Fabio André de Farias. Ficou acordado de haver nova reunião na terça-feira (25), onde a Urbana deverá apresentar uma proposta de negociação exclusivamente acerca das cláusulas econômicas, informou o sindicato por meio de nota. "Caso se alcance um consenso, continuarão válidas as demais cláusulas da convenção coletiva celebrada em 2022”, complementa a classe. 

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O STTREPE destacou ainda que não houve a presença de representantes do governo do estado. A atitude foi vista pela categoria como negativa, tendo em vista os transtornos que a população deverá enfrentar nos próximos dias, caso a greve aconteça. 

Demandas dos rodoviários 

As propostas foram enviadas pelo STTREPE ainda no mês de junho. A categoria pede reajuste do piso com base no acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), reajuste de 10% acima da inflação, ticket alimentação de R$ 600,00, cesta básica de R$ 400,00, plano de saúde para todos os cargos da categoria, adicional de R$ 300,00 para motoristas de veículos articulados, adicional de R$ 500,00 para motoristas que acumularam a função de cobrador, entre outras cláusulas. 

Confira a lista de demandas dos rodoviários: 

- Reajustes/correções salariais com base no acumulado do INPC; 

- Recomposição inflacionária até atingir o total de 10% de reajuste; 

- Pisos salariais para os trabalhadores da manutenção e do setor administrativo; 

- Auxílio alimentação (ticket alimentação) de R$ 600,00; 

- Cesta básica de R$ 400,00; 

- Passe gratuito nos transportes públicos; 

- Plano de saúde; 

- Seguro de vida por morte ou invalidez de R$ 20.000,00 nos casos de morte ou invalidez permanente do empregado, decorrente de assalto ou acidente no exercício de sua atividade; 

- Auxílio funeral de R$ 2.000,00; 

- Adicional de R$ 300,00 aos trabalhadores que operam veículos articulados; 

- Registro da exposição a ruídos no PPP; 

- Garantia ao emprego prestes a se aposentar; 

- Jornada de trabalho em horário administrativo de 8 horas diárias; 

- Jornada de trabalho em horário operacional em regime de seis dias de trabalho por um de folga, com jornada diária de 7 horas e 20 minutos, ou 44 horas semanais, com intervalo de 1h; 

- Proibição da compensação de horas; 

- Modificação do controle eletrônico de jornada, adoção das guias ministeriais e controle eletrônico para motoristas; 

- Horas extras com acréscimo de 100% sobre a hora normal;  

- Gratificação de R$ 500,00 para os motoristas que laboram em dupla função; 

- Liberação de dirigente sindical.

 

O Ministério da Fazenda apresentou nesta quinta-feira (20) 17 propostas para reformas financeiras no país. As ações, apresentadas por entidades do setor privado, envolvem medidas nos segmentos de tributação, seguros, previdência, mercado de capitais e crédito. 

A Agenda de Reformas Financeiras - Ciclo 2023-2024, começou com o convite a 40 associações do setor privado, que enviaram 120 propostas para o governo, das quais 17 foram selecionadas para receberem prioridade.

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"São diversas propostas que a gente está fazendo em diálogo com o setor privado para implementar uma série de pequenas reformas que, em conjunto, vão ter um impacto muito significativo na economia brasileira. É a melhor forma de fazer reformas, e talvez seja a única forma de fazer reformas, seja mediante o diálogo com a sociedade", afirmou o secretário nacional de Reformas Econômicas, Marcos Barbosa Pinto.

Agenda de reformas financeiras

Cada proposta será trabalhada por uma equipe temática, a partir de agosto. Durante um ano, a equipe discutirá o assunto e, ao final, preparará um relatório, que deverá ser entregue em maio de 2024. 

"A ideia dessa agenda é fazer subgrupos de discussão para cada um desses 17 temas, para que, a partir do ano que vem, a gente comece a transformá-lo em projetos de lei, em iniciativas de política pública para implementar essas reformas que são muito importantes para o país", disse o secretário.

"Nós recebemos uma centena de propostas. E nós selecionamos as 17 que podem efetivamente impactar mais e no curto prazo, se nós trabalharmos juntos, em equipe, e formularmos soluções inovadoras para problemas específicos bem identificados. Se a gente souber lidar com isso, a cada semestre, a gente vai ter uma agenda nova", disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante apresentação das propostas, no Rio de Janeiro.

Entre as associações que tiveram propostas selecionadas estão a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). 

Confira as propostas para reformas financeiras:

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que propôs ao líder do grupo Wagner, Yevgueni Prigozhin, que seus combatentes servissem sob a autoridade oficial de outro comando, mas que ele rejeitou a oferta após o motim fracassado do grupo paramilitar.

Em uma entrevista ao jornal russo Kommersant publicada na quinta-feira à noite, Putin falou sobre uma reunião com Prigozhin e os comandantes do grupo Wagner em 29 de junho no Kremlin.

Os combatentes do grupo Wagner "poderiam ter sido reunidos em um apenas lugar e prosseguir com seu serviço. Nada mudaria para eles, seriam liderados pela pessoa que realmente era seu comandante todo este tempo", disse Putin.

O Kommersant explica que a pessoa citada é um comandante do grupo Wagner conhecido como "Sedoy" (cabelo grisalho), que segundo Putin foi quem realmente liderou os paramilitares na frente de batalha ucraniana durante os últimos 16 meses.

O presidente russo afirmou que muitos participantes na reunião "concordaram" com a proposta, mas que Prigozhin não aceitou a solução.

O motim do grupo Wagner abalou o governo da Rússia, envolvido com a guerra na Ucrânia.

Durante a rebelião, os combatentes do grupo Wagner ocuparam durante várias horas o quartel-general do exército na cidade de Rostov, sul da Rússia, e avançaram centenas de quilômetros na direção de Moscou.

O motim terminou em 24 de junho, com um acordo para que Prigozhin viajasse para Belarus e uma proposta para que os combatentes do grupo Wagner integrassem o exército oficial, aceitassem o exílio em Belarus ou retornassem à vida civil.

Diante da suspensão pelo Ministério da Educação (MEC) do cronograma do novo ensino médio para que o modelo seja reavaliado, o Brasil discute propostas que substituam o que não está dando certo. Mais de 7 milhões de alunos cursam a etapa no País e já neste novo formato, que começou em 2022 nas escolas públicas e particulares. Entre especialistas, há os que sustentam que só a revogação completa da reforma resolve o problema porque ela é impossível de ser posta em prática. Outros defendem que sua essência deve ser mantida, mas apontam mudanças de desenho e implementação.

A reforma pressupõe currículo flexível, que proponha escolhas para o jovem, e não modelo único. É assim em países referência, mas o formato criado no Brasil, com itinerários formativos muito amplos, levou a opções sem função pedagógica ou dadas por professores sem preparo. E, para incluir inovações sem perda da formação básica, especialistas dizem que ele deveria ser em tempo integral. O MEC abriu consulta pública para discutir o que fazer com a crise, que tem contornos políticos, já que parte da esquerda pressiona a gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela revogação. O Estadão ouviu especialistas para listar possíveis soluções.

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CARGA HORÁRIA

A reforma prevê elevar a carga horária total, das antigas 2,4 mil para 3 mil horas (nos três anos), o que especialistas elogiam. A questão é que no máximo 1,8 mil dessas horas são para formação básica - disciplinas tradicionais como Português, Matemática e Biologia. E 1,2 mil horas ficam com o chamado itinerário formativo - pode ser um aprofundamento em linguagens ou curso técnico, por exemplo. A crítica é que as matérias gerais básicas perdem espaço, o que prejudicaria a formação para o vestibular.

O Todos pela Educação defende que essa divisão seja feita por porcentual e não por número de horas, e que a maioria do tempo seja na formação básica. "Ao pôr um valor absoluto, não importa quantas horas a escola ofereça, serão sempre 1,8 mil horas, no máximo. Em escolas em tempo integral, isso significa 30% do ofertado", diz Olavo Nogueira Filho, diretor executivo do Todos.

Há escolas que têm quase toda a formação básica no 1º ano. Depois, no 2º e 3º ano, diminui-se sensivelmente essa parte, ficando só com Português e Matemática, além dos itinerários. Segundo o presidente do conselho de secretários estaduais de educação (Consed), Vitor de Angelo, disciplinas de ciências humanas foram as mais prejudicadas pelo limite de horas. "Professores dessas áreas, que estão dedicados a uma reflexão mais ampla, acabaram assumindo disciplinas eletivas", diz.

O Todos ainda defende aulas em tempo integral. Com 7 horas diárias, Nogueira Filho acredita que a distribuição da carga horária permitiria que disciplinas básicas não fossem cortadas. "No paralelo com países desenvolvidos, o tempo integral é a regra", afirma.

PERCURSOS

Os itinerários formativos estão entre as polêmicas do novo ensino médio. A lei prevê que eles sejam divididos em Ciências da Natureza, Humanas, Linguagens Matemáticas e Formação Técnica e Profissional. Nesses grandes grupos, os Estados deveriam criar opções que aprofundassem as disciplinas, levando em conta eixos como investigação científica, processo criativo e empreendedorismo.

Mas a ideia muito ampla de itinerários, para especialistas, abriu espaço para opções rasas e sem proposta pedagógica. "Professores assumiram itinerários sem formação para isso. Interdisciplinaridade é ótima, mas precisa de conhecimentos básicos", diz Anna Helena Altenfelder, do Cenpec, entidade que busca aprimorar a qualidade da educação púbica. Ela e outros pedem que o MEC "dê direção" para os itinerários, reduzindo o leque de opções.

Já Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da USP, que é a favor da revogação, acredita que os itinerários devem ser substituídos por áreas nas quais o aluno pode circular. "Teríamos formação geral básica mais extensa, até o fim do 2º ano. No 3º , haveria o ingresso em áreas nas quais o aluno poderia optar por matérias realmente eletivas de aprofundamento, pautadas nas disciplinas clássicas", afirma. Esse modelo, afirma Cara, ajudaria no desempenho dos alunos nos vestibulares, "além de garantir formação mais sólida".

FORMAÇÃO DOCENTE

A dificuldade em preparar professores para a ampla gama de itinerários formativos é consenso ente os especialistas. "Uma das questões mais sensíveis de qualquer reforma curricular é exatamente o fato de serem planejadas para serem executadas por professores formados por outros modelos", diz Maria Luiza Süssekind, da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped).

No período de implementação da reforma, ainda durante a gestão Jair Bolsonaro (PL), houve pouca ajuda federal para que os Estados fizessem essa adaptação. Especialistas defendem que o MEC assuma esse papel, após uma reavaliação do perfil dos itinerários.

DIÁLOGO

Alunos e professores reclamam que não foram ouvidos na implementação, principalmente porque ela ocorreu na pandemia. "Se queremos pensar em mudar o ensino médio, precisamos discutir com as comunidades escolares", diz Maria Luiza, da Anped. Especialistas acreditam que agora que a reforma já está em curso, o MEC precisa fazer o diagnóstico do que existe nas redes ouvindo professores e jovens. Anna Helena sugere que as secretarias organizem essas escutas. "Não é possível implementar uma política educacional só com um belo documento", afirma a especialista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em pouco mais de dois meses, a atual legislatura da Câmara dos Deputados já possui 16 propostas de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em processo de coleta de assinaturas. Os temas são variados e tratam de acontecimentos de grande repercussão nacional, como a crise humanitária no território indígena Yanomami, os ataques anti-democráticos do dia 8 de janeiro, o rombo nas finanças das lojas Americanas e as joias que o governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente ao País, com colar e brincos de diamante avaliados em R$ 16,5 milhões - caso revelado pelo Estadão. O levantamento é do portal Poder360.

A legislação nacional prevê que uma CPI tem poder de investigação e, portanto, pode inquirir testemunhas, ouvir suspeitos, prender (em casos de flagrante delito), requisitar da administração pública informações e documentos, convocar ministros de Estado e autoridades, quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados, entre outras ações.

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O Regimento do Congresso Nacional define que, para que uma CPI seja criada, é necessário que o requerimento seja assinado por um terço dos membros das Casas (27 senadores ou 171 deputados). Nesta quinta-feira, 9, o líder do PP na Câmara, André Fufuca (MA), protocolou requerimento para que seja criada uma CPI para investigar suposta fraude contábil de R$ 20 bilhões nas Lojas Americanas.

A decisão sobre a abertura da investigação cabe agora ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Fufuca ultrapassou ontem as 171 assinaturas necessárias para o pedido de CPI, que foi protocolado com o apoio de 216 parlamentares.

Confira a lista:

- CPI da investigação da responsabilidade do ministro da Justiça, Flávio Dino | Autor: Evair de Melo (PP-ES)

- CPI da organização e financiamento dos atos antidemocráticos | Autora: Sâmia Bonfim (PSOL-SP)

- CPI da reserva Yanomami | Autor: Dorinaldo Malafaia (PDT-AP)

- CPI da Transsexualização Infantil | Autor: Otoni de Paula (MDB-RJ)

- CPI das Lojas Americanas | Autor: André Fufuca (PP-MA)

- CPI das Apostas Esportivas | Autor: Felipe Carreras (PSB-PE)

- CPI das invasões de terras | Autor: Ricardo Salles (PL-SP)

- CPI das joias ilegais | Autor: Rogério Correia (PT-MG)

- CPI das Pirâmides Financeiras | Autor: Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ)

- CPI do Abuso de Autoridade do STF e TSE | Autor: Marcel Van Hattem (Novo-RS)

- CPI do MEC e FNDE | Autora: Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP)

- CPI do MST | Autor: Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS)

- CPI dos Agrotóxicos | Autor: Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)

- CPI dos Bilionários | Autora: Fernanda Melchiona (Psol-RS)

- CPI dos Sem Terras | Autor: Kim Kataguiri (União Brasil-SP)

- CPI dos Yanomami | Autor: José Nelto (PP-GO)

O atacante Cristiano Ronaldo foi apresentado aos torcedores do Al-Nassr em uma cerimônia de recepção no estádio Mrsool Park, na Arábia Saudita, nesta terça-feira (03). Em entrevista coletiva, o craque português defendeu o futebol árabe e revelou que recebeu propostas de clubes europeus, da Austrália e do Brasil.

“Posso dizer agora que tive muitas oportunidades na Europa, muitos clubes no Brasil, na Austrália, Estados Unidos e até em Portugal muitos clubes tentaram me contratar, mas eu dei minha palavra a esse clube [Al-Nassr]”, afirmou.

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O atacante de 37 anos disse que o seu trabalho na Europa está feito, descartando a possibilidade de um possível retorno ao futebol do Velho Continente. "Me sinto muito orgulhoso por essa decisão na minha vida, na minha carreira. Meu trabalho na Europa está terminado. Venci tudo, joguei nos clubes mais importantes do mundo. Agora é um novo desafio", pontuou.

CR7 também saiu em defesa do futebol árabe, do qual será o grande protagonista a partir de agora. “Muitos dizem que o nível do futebol neste país é baixo, mas poucos conhecem o futebol. Várias seleções fizeram um excelente percurso, o futebol evoluiu. E não é o fim da minha carreira vir para aqui”, afirmou.

“Não penso no que as pessoas dizem, tomei minha decisão e estou feliz por estar aqui. Sei que o campeonato é competitivo. Todo mundo diz que não, mas já vi várias partidas. Quero continuar me divertindo”, concluiu.

O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que apoiará o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na “mesma hora” se o petista apresentar boas propostas em seu governo. Em entrevistas recentes à imprensa, o gestor estadual mostrou ter interesse em manter relação “republicana” e amistosa com o petista, apesar de ter se considerado “PTfóbico” e ter representado forte oposição a Lula durante as campanhas de primeiro e segundo turno. 

“Se o presidente eleito propor uma boa reforma tributária, uma boa reforma administrativa, eu vou lá para Brasília apoiá-lo na mesma hora porque o que o Brasil precisa de reforma“, afirmou o chefe do Executivo mineiro em entrevista ao Poder360, nessa terça-feira (22). 

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Zema disse que será responsável ao estabelecer oposição, mas também alertou que Lula não encontrará um terreno fácil nos principais estados do país. 

“Eu vou estar aqui protegendo os interesses do Estado e confio muito que o presidente vai agir de maneira republicana. Até porque eu não sou o único governador nessa situação. Nós temos São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Goiás, todos em uma posição semelhante a mim. Os principais resultados do Brasil hoje não são pró-presidente Lula. Muito pelo contrário, são anti-Lula”, declarou. 

Em outra entrevista, nesta quarta-feira (23), Romeu Zema, que foi coordenador da campanha de Jair Bolsonaro (PL) em Minas Gerais, revelou que não tem contato com o presidente desde a derrota do mandatário nas urnas. “O presidente depois da eleição tem se mantido distante, me parece que ele está tratando de um problema de saúde. Não tive mais contato com ele”, disse. 

Por fim, reforçou que não quer que a relação com o próximo Governo Federal seja baseada em confrontos. “Vai ser uma relação republicana, boa, transparente. A não ser que eles não queiram. Não vou ficar atacando, mandando pedra, que não é o meu estilo. Mas nós vamos também reclamar. Qualquer coisa indevida, que venha a prejudicar Minas Gerais, não vamos concordar de forma nenhuma”, concluiu. 

 

A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia pelo menos cinco propostas para tentar garantir a continuidade do pagamento de um Auxílio Brasil (que voltará a ser chamado de Bolsa Família no novo governo) de R$ 600 a partir de janeiro de 2023.

As propostas se acumulam, e cada uma delas tem padrinhos importantes no PT, no Congresso, no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União (TCU).

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Coordenador do governo de transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin disse, nessa terça (8), que a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição é uma possibilidade para garantir a continuidade do pagamento do benefício de R$ 600, mas não descartou outras alternativas em análise.

Ele afirmou que a solução será definida nos "próximos dias", diminuindo a expectativa no mercado em torno de um possível anúncio ainda hoje - quando o presidente eleito estará em Brasília para reuniões com lideranças políticas e com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

"Isso não está ainda definido. É uma possibilidade. Têm várias possibilidades. Uma delas é ter uma PEC para garantir a continuidade do trabalho com foco na questão social. Esse é um caminho, tem outros. Isso vai ser definido nos próximos dias", disse Alckmin.

Ao longo das negociações feitas ontem, ganhou força no Congresso proposta de retirar todas as despesas do novo Bolsa Família do teto de gastos - a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação. Retirado o custo integral do benefício, abre-se espaço no Orçamento para acomodar outras promessas feitas por Lula durante a campanha eleitoral, como a correção da tabela do Imposto de Renda de pessoas físicas.

Espaço orçamentário

A retirada do programa social do governo sempre foi um "desejo" do mundo político, sobretudo depois da pandemia de Covid-19, quando a elevação das despesas do Auxílio Brasil comprimiu ainda mais o espaço orçamentário para outras políticas devido às restrições do teto de gastos.

Nesse cenário, um total de R$ 175 bilhões sairia do teto de gastos, sendo R$ 105 bilhões já previstos no Orçamento para bancar o pagamento de R$ 405, R$ 52 bilhões para o adicional de R$ 200 e R$ 18 bilhões para um novo benefício, de R$ 150, que Lula prometeu para famílias com crianças de até seis anos.

Sem dar detalhes e se desviando de questionamentos sobre valores da "licença" para gastar em 2023, Alckmin citou alternativas que estão sendo discutidas também com integrantes do Judiciário e do Tribunal de Contas da União usando a opção de abrir um crédito extraordinário. Apesar da insistência da imprensa sobre o valor da licença, ele repetiu que a definição sobre valor e formato será tomada "nos próximos dias".

Na defesa do aumento de gastos para garantir o novo Bolsa Família, Alckmin disse que todos são favoráveis a dar prioridade à agenda social. "Ninguém é contra garantir, nesse momento, o Bolsa Família de R$ 600. Isso foi unânime", disse o vice-governador eleito.

Emendas para infraestrutura

A equipe de transição busca uma costura política para usar uma parcela do orçamento secreto para bancar um programa de obras. A carteira de obras seria pactuada com os parlamentares.

No projeto do Orçamento de 2023, os recursos previstos para as chamadas emendas de relator, que sustentam o orçamento secreto, são de R$ 19,4 bilhões. Pela proposta em discussão, essa carteira não seria uma imposição do Executivo, mas baseada em critérios definidos em torno de obras estruturantes com impacto no crescimento da economia.

Além da ausência de transparência, uma das críticas ao orçamento secreto é de que as emendas são muito pulverizadas e não contribuem para um plano estratégico de investimentos para o País, restringindo-se aos interesses paroquiais dos parlamentares.

No Congresso, lideranças do Centrão não querem abrir mão do orçamento secreto. Como mostrou o Estadão, líderes do grupo querem usar o Plano Plurianual (PPA), proposta que define os programas prioritários do governo federal durante quatro anos, para validar o orçamento secreto e blindar essas emendas de cortes durante o próximo mandato presidencial.

Na véspera do segundo turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou 22 promessas para um eventual novo mandato, mas reciclou boa parte das propostas que havia feito ao longo da campanha eleitoral. Nas redes sociais, o chefe do Executivo voltou a mencionar a redução da maioridade penal e o excludente de ilicitude para policiais, além da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até 5 salários mínimos e o adicional de R$ 200 para beneficiários do Auxílio Brasil que conseguirem emprego. O candidato à reeleição se comprometeu, mais uma vez, a não aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

"É preciso compreender aqueles que ainda não decidiram e lhes oferecer segurança para que façam a melhor escolha para o futuro da nossa nação. Mais do que promessas vazias e abstratas, o Brasil precisa de um caminho sólido, pautado em ações concretas e, sobretudo, em princípios", escreveu Bolsonaro, no Twitter. O total de propostas, 22, é uma referência ao número do presidente na urna.

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Na área de segurança pública, o chefe do Executivo prometeu, além do excludente de ilicitude da redução da maioridade penal, acabar com a audiência de custódia para presos, endurecer penas para crimes violentos, criar um "Estatuto de Direitos das Vítimas" e aumentar os recursos para o Fundo Nacional de Segurança Pública.

"Com as medidas de combate à impunidade apresentadas acima, buscaremos reduzir em mais 20% os homicídios nos próximos 4 anos, chegando a uma queda de 50% do pico de mortes violentas atingido no último ano de governo do PT", escreveu Bolsonaro.

No âmbito da economia, além do bônus de R$ 200 para beneficiários do Auxílio Brasil que conseguirem trabalho e da correção da tabela do Imposto de Renda, Bolsonaro prometeu ampliar a desoneração da folha de pagamento para o setor de saúde e, gradualmente, para os outros setores, isentar de impostos a compra de aparelhos celulares "populares" e estabelecer uma "tarifa social" para planos de dados, entregar no mínimo mais 2 milhões de moradias a famílias de baixa renda, aumentar o salário mínimo a R$ 1.400 no ano que vem, como mencionou no debate de ontem na TV Globo, além de manter uma política econômica de livre mercado e com responsabilidade fiscal.

Bolsonaro também afirmou que vai implementar uma "Política Nacional de Fortalecimento dos Laços Familiares", alinhada à pauta de costumes, e fazer indicações de nomes técnicos, independentes e de Ficha Limpa para os Ministérios, bancos públicos e estatais para, segundo ele, impedir que "interesses escusos façam florescer a corrupção sistêmica no governo".

O presidente disse ainda que vai criar um sistema online para o SUS, fazer do Nordeste o centro mundial de geração de energia verde e converter royalties em benefícios sociais como o Auxílio Brasil, implementar o "Programa Educação para o Futuro", com ensino de programação, inglês e educação financeira, além de não interferir na imprensa e preservar a liberdade de expressão, "inclusive na Internet".

Ao dizer que não vai ampliar o número de ministros do STF, proposta que chegou a considerar e que foi aplicada por Hugo Chávez na Venezuela, Bolsonaro afirmou que vai indicar para a Corte magistrados comprometidos com a "proteção da vida desde a concepção", numa referência à rejeição ao aborto, e com a liberdade. O presidente também prometeu respeitar a Constituição e a independência entre os Poderes.

No primeiro debate presidencial do segundo turno, exibido pela Band no domingo (16), os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) repetiram confrontos anteriores e dedicaram pouco tempo à apresentação de propostas para o País. Os adversários usaram somente 4 minutos e 25 segundos do tempo total de 92 minutos para discutir planos de mudanças reais. A discussão de projetos representou cerca de 5% do embate dos postulantes.

Questionados sobre propostas pelos entrevistadores do evento, ambos direcionaram críticas ao passado um do outro, destacando feitos negativos de cada governo, em substituição ao debate de ideias sobre saúde, educação e economia. Na soma final, o petista debateu projetos por três minutos e 45 segundos; Bolsonaro, por 58 segundos.

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O candidato do PT criticou o chefe do Executivo pela condução do País durante a pandemia, o orçamento secreto e a política econômica. Bolsonaro, por sua vez, relembrou casos de corrupção que marcaram as gestões petistas e se defendeu das acusações promovidas pela campanha de Lula.

Por mais que o primeiro bloco do debate tenha sido dominado pelo tema da pandemia e as mortes decorrentes da covid-19, os candidatos falaram sobre como viabilizariam promessas de campanha se o presidente da República controla apenas 4% do Orçamento.

Bolsonaro dedicou 17 segundos para se comprometer a tornar o Auxílio Brasil "vitalício". "A origem virá de uma proposta, que já passou na Câmara, visando à reforma tributária, e está no Senado. Vamos manter essa despesa extra de forma permanente, vitalícia." Ele também destacou que o governo estuda "privatizar alguma coisa", sem deixar claro o que seria. "Uma parte (do dinheiro), obviamente, vai para pagar juros da dívida e outra, para irrigar outros projetos."

Lula citou a aprovação da reforma tributária pela Câmara, tema para o qual dedicou 24 segundos. "Para que a gente possa taxar menos os mais pobres, propomos uma isenção (de) até R$ 5 mil do Imposto de Renda, e cobrar dos mais ricos, que muitas vezes não pagam sobre o lucro e o dividendo."

Indagados sobre projetos que propõem alterações na composição do Supremo Tribunal Federal (STF), Lula disse ser contra. No entanto, cogitou a possibilidade de estabelecer mandato para os ministros. "Acho que a gente pode discutir no futuro, se tiver uma nova Constituinte, quem sabe, ter mandato ou não."

Legislativo

Questionado sobre o orçamento secreto no programa promovido em parceria com a TV Cultura, UOL e Folha de S.Paulo, o ex-presidente destinou 49 segundos à proposta de criação de um "orçamento participativo". Ao responder à mesma pergunta, Bolsonaro usou o tempo para defender sua relação com as Casas Legislativas, rebater o argumento de compra de votos e apontar que parlamentares do PT também receberam as chamadas emendas de relator.

Na área da educação, Lula usou 1 minuto e 30 segundos para prometer que fará uma reunião com governadores e prefeitos para discutir como recuperar o aprendizado após a pandemia. Bolsonaro dedicou 22 segundos para propor aprimorar o aplicativo Graphogame, que, segundo ele, auxilia na alfabetização.

No terceiro bloco, o petista dedicou 36 segundos para defender sua proposta voltada para a Amazônia. "Destruição, invasão de terra indígena, garimpo ilegal, coisas que vamos proibir no nosso governo", disse o ex-presidente. Ele aproveitou o mesmo contexto para difundir sua proposta de criação do Ministério dos Povos Originários. "Indígenas vão indicar um ministro deste país."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As duas principais propostas entregues pela senadora Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar da corrida presidencial, à campanha do ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) têm custo entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões e potencial para reduzir sequelas deixadas pela pandemia da covid-19 nas áreas de saúde e educação, com impacto na produtividade do País.

A senadora propôs uma poupança de R$ 5 mil para jovens de baixa renda que terminarem o ensino médio e zerar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) de cirurgias, consultas e exames não realizados no período desde o início da pandemia.

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O fim da fila foi o tema mais recorrente da pauta da senadora, que visitou hospitais e casas de saúde durante a campanha e defendeu um "estado de emergência" para drenar os recursos à área de saúde, que teve a previsão de gastos no projeto de Orçamento de 2023, enviado pelo governo Jair Bolsonaro, capturado pelo orçamento secreto.

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, calcula em entrevista ao Estadão um custo de R$ 8 bilhões para zerar a fila. Fernandes destaca que essa é a agenda primordial para o próximo governo. Secretário de Saúde do Espírito Santo, o presidente do Conass defendeu ainda que a solução para fila seja encaminhada ainda no período de transição de governo, já que não há espaço no teto de gastos (regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação) para esse suporte orçamentário.

Segundo ele, o governo poderá, dentro de um "estado de emergência", remanejar recursos do orçamento de Saúde no início do governo até que seja mudado o teto de gastos. Na primeira reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), espaço oficial de negociação das demandas dos gestores federais, estaduais e municipais do SUS, em janeiro de 2023, poderá fazer um pacto para destinar os recursos necessários para zerar a fila. "É necessário romper com o teto de gastos; no entanto, ele não vai ser rompido nos primeiros 30 dias; o próprio orçamento do Ministério da Saúde poderá dedicar R$ 8 bilhões", diz ele. Desse total, R$ 2 bilhões seriam destinados às cirurgias eletivas e R$ 3 bilhões em consultas e exames eletivos.

"Para ampliar a oferta de serviços, será preciso aumentar os leitos e as salas de cirurgias nos Estados e municípios e reservar parte desse dinheiro para habilitação e financiamento da rede hospitalar", alerta o presidente do Conass.

Os exames e cirurgias eletivos são os relacionados a procedimentos agendados nos quais o paciente não reúne critérios de urgência ou emergência. O atraso no atendimento acaba levando a diagnósticos tardios, por exemplo de câncer, prejudicando o tratamento e chance de cura, com custo ainda maior para o SUS.

Poupança Jovem

Já a proposta de poupança jovem de incentivo aos jovens de famílias que recebem transferência de renda do governo a completar o ensino médio tem custo que entre R$ 1,7 bilhão a cerca de R$ 4,7 bilhões, a depender do seu valor e do modelo e público a serem alcançados.

Cálculos mais precisos dependem da reestruturação do Cadastro Único, que está com os dados distorcidos depois da concessão do Auxílio Brasil com benefício de R$ 600 por família. Esse piso tem levado ao fenômeno de "divisão" artificial das famílias, inflando o número de beneficiários.

Em proposta semelhante apresentada pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP), em 2021, o projetado para o programa é de cerca de R$ 2 bilhões para 2021 para um total de benefícios de R$ 2,6 mil.

Na justificativa do projeto, a deputada ressalta, que apesar dos custos apresentados, é esperado que o programa resultará numa economia para o País, já que com o ritmo atual de abandono escolar, o Brasil perde R$ 214 bilhões por ano pelo fato de os jovens não concluírem a educação básica.

Ao Estadão, Tabata destaca que o custo de R$ 214 bilhões da evasão escolar foi calculado antes da pandemia e o que impacto atualizado hoje da evasão escolar está mais próximo de R$ 500 bilhões. "É uma tragédia", diz.

Ela lamenta a dificuldade que tem sido aprovar projetos voltados para a educação no Congresso e culpa a inexistência de um interlocutor no Ministério da Educação para avanços nessa área. "É uma proposta barata e bem mapeada que se tornou ainda mais necessária. Não vejo resistência ou que exista dificuldade da sociedade de pautar essa agenda", afirma.

Para Vitor Pereira, doutor em economia e professor da Escola Nacional de Administração Pública, o Brasil tem um problema crônico de evasão do ensino médio que precisa ser enfrentado. Pereira tem vários estudos publicados sobre o tema e acompanha o impacto de experiências desse tipo no nível estadual. Segundo ele, para cada 100 alunos que ingressam no ensino médio, 10 deles evadem a cada ano e menos de 60% vão terminar na idade correta.

Em uma conta preliminar, o programa teria um custo de R$ 4,7 bilhões com base numa comparação com o custo do projeto da deputada Tabata. "É um custo baixo diante do retorno", afirma Pereira. Segundo ele, dados internacionais mostram que concluir o ensino médio reduz em 80% a probabilidade de o jovem precisar de assistência social no futuro, em 22% a chance de prisão e em 33% a probabilidade de morte ao longo de 10 anos." É uma questão urgente reduzir a evasão escolar", alerta o especialista, enfatizando que os resultados de uma política desse tipo são rápidos.

O Brasil perde R$ 372 mil por jovem que não conclui a educação básica. Esse montante se explica porque os jovens que possuem a educação básica completa passam, em média, mais tempo de sua vida produtiva ocupados e em empregos formais, com maior remuneração e maior expectativa de vida com qualidade. Estima-se que cada jovem com educação básica viverá quatro anos de vida a mais que um jovem que não terminou a escolaridade e tendem a ter um menor envolvimento em atividades violentas, como homicídios.

Pesquisa conduzida pelo economista Ricardo Paes de Barros, no ritmo atual, aponta que 17,5% dos jovens que hoje têm 16 anos não completarão a educação básica (pré-escola, fundamental e médio).

Pelo projeto apresentado pela senadora Tebet, o dinheiro para a poupança sairia dos recursos que financiariam o programa social de R$ 600 com a aprovação de uma Lei de Responsabilidade Social. A senadora é relatora de um projeto que cria a lei apresentado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Tanto Tebet como Tasso, porém, não estarão mais no Senado a partir de 2023.

Para o pesquisador Fernando Veloso, que participou da elaboração do projeto do senador Tasso, a poupança de incentivos ao término do ensino médio é um importante fator de estímulo ao aumento da produtividade do País - hoje um dos principais entraves ao crescimento sustentável. Pelo projeto, trata-se de um valor depositado numa poupança do jovem de famílias que estejam num programa de assistência social. O valor preciso do custo, ressaltou, vai depender dos dados do cadastro único e sua atualização. "Incentivar a conclusão do ensino médio é fundamental para a produtividade e a formação de uma não de obra com mais escolaridade", diz Veloso, um dos principais especialistas em produtividade no Brasil.

O candidato do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que quer ser eleito ao Palácio do Planalto para "governar e recuperar o direito do povo trabalhar, comer, estudar, ter acesso a cultura, a uma casa". "Eu vou voltar o Minha Casa, Minha Vida e vocês podem pintar da cor que vocês quiserem."

Lula também destacou que se vencer a disputa para presidente ele fará "um ajuste na relação trabalhista", para repactuar a relação capital e trabalho. "Não pode ser como era no passado, pois muito mudou, mas também não podemos ficar sem calça e cueca no meio da rua."

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De acordo com Luiz Inácio Lula da Silva, se chegar ao Palácio do Planalto em janeiro o "BNDES vai voltar a ser um banco de desenvolvimento, a Caixa vai voltar a investir em casa e saneamento, o BB para investir na agricultura e os micro e pequenos." Ele também destacou que vai fomentar o cooperativismo no País com a concessão de crédito para tal iniciativa.

O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira (22) que é preciso oferecer o serviço de cuidado a idosos de forma gratuita. “Tem uma profissão que está surgindo com força que são os cuidadores. Nós vamos ter que formar muita gente e temos que transformar isso em um serviço público”, disse ao participar de um encontro para discutir políticas para a terceira idade na zona oeste da capital paulista. 

 Segundo Lula, é necessário ainda adaptar os serviços de saúde para atender as pessoas idosas em suas especificidades. “Uma pessoa com uma certa idade que começa a sentir uma dor na perna, uma dor no espinhaço [na coluna], como a gente diz na fábrica, tem que ter fisioterapeuta e isso tem que ser gratuito para o companheiro que está aposentado”. 

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Para financiar essas e outras políticas, o candidato defendeu mudanças na estrutura tributária e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). “E por isso a gente fala tanto em uma nova política tributária, em uma reforma tributária. A gente fala do fortalecimento do SUS. Porque se a pessoa tiver que pagar um cuidador, a pessoa morre porque não pode pagar, o que ele ganha não permite que ele pague”, destacou. 

Medicamentos também devem, segundo o candidato, ser oferecidos de maneira gratuita, especialmente para as pessoas com poucas condições financeiras. “Aquilo que a gente toma de forma contínua tem que ser dado de graça para as pessoas. Porque para uma pessoa que ganha R$ 1,5 mil, ter que gastar R$ 400 com remédio, acabou”, disse.

  Para Lula, as pessoas idosas precisam ser atendidas em todas as áreas levando em conta a contribuição que essa população deu para a construção da sociedade. “Não tem idade para gente fazer política pública para as pessoas. Tudo que a gente fizer para uma pessoa idosa é a contraprestação de serviço pelo que a pessoa já fez pelo país, pela cidade, pela sua família. E, as vezes, a gente precisa reeducar a família para [entender] que cuidar de uma pessoa idosa não é peso. A gente tem que ensinas as pessoas a cuidar”, disse.

Candidatos ao governo de Pernambuco, das eleições de 2022, trazem em suas propostas governamentais, planos, mudanças e metas para a Educação no Estado para os próximos quatro anos. A maioria dos concorrentes ao cargo de gestor estadual prometem nos planejamentos educacionais a expansão das escolas em tempo integral, maior oferta de vagas em creches e valorização dos profissionais da área. No entanto, nenhum dos candidatos faz menção à Educação quilombola e/ou cigana.

Confira, a seguir, os planos para a Educação em Pernambuco dos postulantes ao Governo do Estado:

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Marília Arraes (Solidariedade)

Candidata Marília Arraes. (Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo)

O plano de governo educacional da candidata é o “Educação na Veia” e traz como principais propostas:

- abertura de creches;

- ampliação do ensino integral para o ensino fundamental;

- Ampliar postos de ensino a distância da Universidade de Pernambuco (UPE) em parceria com as prefeituras;

- Ampliar a capacidade de formação universitária ao pernambucanos; - Universalização do ensino de informática (com foco em lógica dos algoritmos e programação.

A candidata não aborda no planejamento metas ou ações, por exemplo, para Educação Inclusiva e política de valorização dos professores.

Raquel Lyra (PSDB)

Candidata Raquel Lyra. (Foto: ​Américo Nunes/Divulgação)

O planejamento para a Educação da candidata e ex-prefeita de Caruaru é o mais extenso em comparação aos demais postulantes ao Governo de Pernambuco. Uma das principais metas de Raquel Lyra é a abertura de mais de 60 mil vagas em creches “nos municípios e comunidades onde houver a maior demanda de vagas de Educação Infantil”.

Veja as principais propostas:

- Curso profissionalizante para as mães;

- Ampliação da Educação Inclusiva;

- Adoção do regime integral a partir do fundamental 2;

- Formação continuada e valorização para os professores;

- Reestruturação do Ganhe o Mundo;

- Criação da ‘Poupança Escola Pernambuco’ (benefício financeiro para concluintes do ensino médio para evitar a evasão escolar);

- Requalificação das estrutura física das escolas estaduais;

- Melhorias no transporte escolar;

- Fortalecimento da UPE

Anderson Ferreira (PL)

Candidato Anderson Ferreira. (Foto: Divulgação)

Ao todo, o plano de governo do candidato e ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, traz cinco eixos temáticos (infraestrutura, econômico, social, ambiental e governança). A questão educacional está presente no eixo social, juntamente com as cartegorias: Saúde, Segurança, Mulher e Direitos Humanos.

O planejamento da Educação de Anderson Ferreira é o menor, em comparação aos outros candidatos no pleito eleitoral, e não traz detalhes sobre as ações para os próximos quatro anos. Além disso, não há pontos sobre Educação Inclusiva e valorização dos profissionais da área. Confira:

- Educação empreendedora alinhada à revolução tecnológica;

- Qualificação técnica;

- Apoio à Educação Básica municipal;

- Ampliação das vagas nas creches

Miguel Coelho (União Brasil)

Candidato Miguel Coelho (de camisa branca) e a candidata a vice Alessandra Vieira. Foto: (Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo)

Como uma das principais propostas, Miguel Coelho tem como meta a abertura de mais de 44 mil novas creches que, de acordo com a assessoria do candidato, serão fomentadas a partir da distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado.

Confira outros pontos do planejamento:

- Incentivos financeiros a partir das “metas de classificação no IDEB”;

- Incentivo, por meio de transparência de recurso, à prefeituras que “conseguirem ampliar o seu cuidado com as crianças”;

- Ampliação das escolas técnicas;

- Implantação do Programa de informatização da gestão escolar por meio de parceria com o setor privado;

- UPE: abertura de novos campi e melhorias na estrutura da instituição

Danilo Cabral (PSB)

Candidato Danilo Cabral. (Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo)

O candidato Danilo Cabral, como quase a totalidade dos concorrentes ao governo estadual, tem como meta a ampliação das escolas em tempo integral (ensino médio) em todos os municípios e oferta de creches.

Veja algumas propostas:

- Escolas técnicas em todas as regiões do Estado;

- Interiorização do ensino superior;

- Articulação do ensino médio e superior à formação profissional e tecnológica;

- Qualificação e valorização dos profissionais da Educação;

- Melhorias da rede escolar de Pernambuco

*Não houve menção à Educação Inclusiva.

Claudia Ribeiro (PSTU)

Candidata Claudia Ribeiro. (Foto: Divulgação/PSTU)

A candidata do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado defende uma Educação pública, gratuita e de qualidade. Além disso, o planejamento educacional de Claudia Ribeiro prevê “zerar o déficit de creches que existe no Estado”.

Confira outras propostas:

- Merenda de qualidade (ausente na maioria dos planos dos demais candidatos);

- Contratação dos 15 mil professores temporários;

- Reajuste automático do piso salarial dos professores;

- Realização de concurso na área;

- Plano de cargos, carreiras e salários para os professores

Jadilson Bombeiro (PMB)

Candidato Jadilson Bombeiro. (Foto: Divulgação)

O representante do Partido da Mulher Brasileira nas eleições estaduais tem como uma das metas educacionais a valorização dos professores. Veja outras propostas:

- Desburocratização da abertura de escolas particulares;

- Segurança nas escolas;

- Construção de um modelo educacional para “incentivar crianças, adolescentes e jovens alunos na conquista dos tão sonhados objetivos a base do mérito e esforções desempenhados”

João Arnaldo (PSOL)

Candidato João Arnaldo. (Foto: Reprodução/Fecebook)

Assim como a maioria dos candidatos ao governo do Estado, o plano de João Arnaldo prevê a valorização dos profissionais da Educação a partir de concursos e qualificação permanente.

Confira outras propostas do psolista:

- Universalização da Educação integral e profissionalizante;

- Expansão da UPE;

- Promover uma gestão escolar democrática e participativa;

- Criação de um programa especial para Educação Básica e indicadores de qualidade

Jones Manoel (PCB)

Candidato Jones Manoel. (Foto: Reprodução/Twitter)

As propostas educacionais do candidato priorizam a “Educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis, incluindo também a um amplo programa de alfabetização de jovens e adultos”.

O planejamento de Jones Manoel foi o único que traz ações voltadas para a educação indígena, implementação do ensino de gênero e sexualidade nas escolas estaduais, assim como, a ampliação e reajuste de bolsas de pós-graduação disponibilizadas pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) e atenção à população LGBT na Educação Básica e superior.

Outras propostas:

- Garantir aos estudantes o acesso à escolas próximas de onde residem;

- Ampliação das escolas de jornada integral;

- Valorizar professores e trabalhadores da Educação através de “carreiras estruturadas, remuneração digna e qualificação adequada às demandas”;

- Estimulo às gestões democráticas e transparentes na rede pública;

- Apoio e fortalecimento à Educação no campo;

- Aumento dos investimentos para a compra de produtos da agricultura familiar destinados à alimentação escolar (como previsto no Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE);

- Defesa das cotas no ensino superior para trans e travestis;

Pastor Wellington (PTB)

Candidato Pastor Wellington. (Foto: João Velozo/LeiaJá Imagens/Arquivo)

Na contramão dos planejamentos anteriores, o candidato Pastor Wellington defende, entre outros pontos, um currículo educacional básico (português, matemática, ciências sociais e livre debate nas escolas) e que a remuneração dos profissionais da Educação seja variável de acordo com a “avaliação dos pais dos serviços prestados na escola”.

Confira outras metas:

- Mudança no modelo de gestão (diretores escolhidos por eleição e com mandato de dois anos);

- Mudança no livro didático;

- Carreira do professor baseada em indicadores do conhecimento;

- Intervenção do Estado para correção “de desvios” de educadores; - Mudança no modelo de avaliação dos estudantes;

- Ensino rural personalizado, mas sem a contratação de professores

Ubiracy Olímpio (PCO)

Candidato Ubiracy Olímpio. (Foto: Reprodução/TV Globo)

As propostas educacionais de Ubiracy Olímpio são “em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade para todos os níveis”. Além disso, o candidato traz no planejamento mais verbas para a Educação (verbas públicas somente para o ensino público) e defesa da revogação de todas as “reformas do regime golpista contra a Educação e ensino público”.

Veja outros pontos:

- Fim dos vestibulares

- Livre ingresso nas universidades

Nesta quinta-feira (25), o candidato a deputado estadual Ivan Moraes (PSOL) apresenta as propostas para o eventual mandato caso seja eleito. O evento será às 18h na Casa Marielle Franco, sede do comitê do PSOL, no bairro do Derby, Centro do Recife. Na ocasião também será lançado o cordel “Pernambuco visse verso (ou: a peleja de Ivan Moraes para ser deputado estadual)”, composto pelo próprio candidato, forma que Ivan encontrou para transformar seu programa em poesia.

“Fizemos essa construção de plataforma política a muitas mãos, contando com a colaboração de pessoas que são referências em suas áreas, como por exemplo a nadadora Joana Maranhão, para as pautas de esportes e Carmen Silva, socióloga do SOS Corpo, para as questões de gênero”, explica Ivan. 

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O candidato destaca ainda que as propostas que vai apresentar na noite desta quinta são um pontapé inicial no debate e que a construção segue e seguirá aberta às contribuições da sociedade civil ao longo de todo o percurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

“Esse tem sido o nosso jeito de fazer desde que fui eleito vereador pela primeira vez, em 2016: com participação, ouvindo quem tem experiências e usando a institucionalidade como meio para a transformação social”, afirma ele, que atualmente está no segundo mandato na Câmara do Recife.

O programa já conta com textos em mais de 20 áreas e soma a participação de mais de cinquenta profissionais de diversos campos. Dentro da plataforma – que inclui proposições  para saúde, educação, reforma agrária, povos tradicionais, dentre outros – destacam-se projetos como a Renda Básica Universal e o Programa Estadual da Maconha Medicinal.

*Da assessoria de imprensa

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, em um encontro com empresários do setor tecnológico em São Paulo, a cartilha “Lula Play”, que apresenta propostas de políticas públicas para o setor de jogos eletrônicos no Brasil. O público gamer no país além de extenso, tem sido alvo de diferentes campanhas, pelo potencial demográfico e também de desenvolvimento. Marcado pela presença do eleitorado mais jovem, o setor também se destaca nacionalmente e atrai investidores. 

A cartilha aponta que o Brasil é o líder na América Latina em número de jogadores on-line, onde 92,4 milhões de pessoas movimentaram 2,3 bilhões de dólares somente em 2021 – crescimento anual de 5,1%, de acordo com relatórios da Newzoo. O país é o décimo no mundo que mais gera receita através dos jogos digitais. Apesar disso, o imposto sobre videogames e periféricos assusta muitos dos que tentam investir no nicho. 

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A iniciativa partiu do Instituto Lula, que em maio deste ano convidou especialistas para discutirem a questão. Entre as demandas apresentadas pelos gamers está a regulamentação da profissão, com garantia de direitos para os trabalhadores da indústria indie, a criação de cursos técnicos e de ensino superior para desenvolvedores de jogos. 

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Público disputado 

Em junho, o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou o quarto corte consecutivo no imposto de importação de videogames e acessórios relacionados. A alíquota de imposto de importação de partes e acessórios de consoles e de máquinas de videogame caiu de 16% para 12%. Já para videogames com telas incorporadas (portáteis ou não) e suas partes, tiveram redução de 16% para 0%. 

A decisão, que agradou sobretudo empresários, também funciona como catapulta para que o discurso do mandatário chegue na parcela gamer ou mesmo nos “geeks”, que contemplam desde adolescentes a adultos veteranos no mundo dos games, ficção e animações. O público mais jovem, como já revelado em pesquisas de intenção de voto anteriores, não é o mais interessado no bolsonarismo.

Além disso, o ano tem sido marcado por diversas intervenções artísticas em prol de Lula, que já lidera neste nicho e ganhou mais popularidade após a movimentação de artistas nas redes e em eventos. Recentemente, a nova estratégia da comunicação de Jair Bolsonaro foi interagir com o público “otaku”, que são os fãs de animações tradicionais do Japão. 

 

Tema de campanha em 2018, a reformulação do Imposto de Renda voltará à pauta dos candidatos neste ano. A proposta de revisão é defendida pelos presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT), que preveem correção da tabela e fixação de novas alíquotas. Já a campanha da candidata do MDB, senadora Simone Tebet (MS), não fala em mudança na tabela e diz que o reajuste do IR não corrigiria as distorções de quem paga pouco ou nada de imposto em aplicações financeiras.

O Estadão procurou as campanhas dos presidenciáveis após mostrar que o congelamento da tabela vai levar a uma situação em que trabalhadores com renda de 1,5 salário mínimo terão de pagar IR. Desde 2015, quando o salário mínimo era de R$ 788, o limite da faixa de isenção é de R$ 1.903. Pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) já aprovada, o valor do mínimo em 2023 será de R$ 1.294 - 1,5 salário equivaleria, então, a R$ 1.941.

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Procurado, o Palácio do Planalto não quis comentar o tema e transferiu a resposta para o Ministério da Economia, que também não quis se manifestar. A campanha do presidente Jair Bolsonaro só começará a responder os questionamentos depois de oficializar a candidatura.

Candidato à reeleição, Bolsonaro prometeu a correção da faixa de isenção do IRPF para R$ 5 mil nas eleições de 2018. Mas a promessa não foi cumprida. O governo enviou uma proposta de reforma do IR taxando lucros e dividendos, reduzindo a tributação das empresas e aumentando a faixa de isenção dos atuais R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil. O projeto foi aprovado na Câmara muito modificado e está parado no Senado.

O PT defende uma revisão da tabela do IRPF coordenada com uma mudança estrutural no modelo de tributação sobre consumo, renda e patrimônio. A proposta é ampliar a cobrança sobre a renda dos muitos ricos e reduzir a tributação que incide mais sobre os trabalhadores.

O economista Guilherme Mello, da Fundação Perseu Abramo e que trabalha na redação do plano de governo de Lula, disse que a tabela do IRPF terá de ser tratada no debate da reforma tributária, porque o seu congelamento amplia a base de tributação para as camadas de renda mais baixa. "A tabela terá de ser revista, mas incorporando alíquotas maiores para aqueles que ganham uma renda muito alta."

Já o PDT diz que Ciro Gomes fará uma completa revisão do IRPF, com a fixação de uma alíquota de 35%. Hoje, a alíquota mais alta da tabela é de 27,5%. Além disso, o presidenciável quer voltar com a cobrança de lucros e dividendos. A campanha não fala ainda em valores para a faixa de isenção, o que "dependerá de estudos complementares, associados à estratégia de fazer o salário mínimo subir acima da inflação", diz a sua assessoria.

Em nota, a candidatura de Tebet afirma que, se é verdade que há o "congelamento" da tabela do IR desde 2015, por outro lado o limite atual não seria baixo para um país com renda per capita de R$ 1,4 mil. "De acordo com a atual tabela, a maioria dos contribuintes não paga IR. São 10,7 milhões de declarantes na faixa de isenção, num universo de 30,4 milhões de declarantes (35,2%). O erro é achar que a pessoa passa de 0 para 7,5% sobre tudo, mas não! A pessoa pagará 7,5% apenas sobre o que excede. No caso de 1,5 salários mínimos, será pago 7,5% apenas sobre R$ 38. Não são nem R$ 3 de imposto", diz a nota.

Caso tenha êxito em chegar ao Palácio do Campo das Princesas, o pré-candidato ao governo pernambucano, Miguel Coelho (União), terá atenção prioritária à saúde do estado. Em seu plano parcial de governo, divulgado nesta segunda-feira (13) através do plano de diretrizes macro, o ex-prefeito propôs um investimento bilionário em assistência médica descentralizada.

De acordo com as propostas já definidas, em quatro anos, a gestão de Coelho construirá 12 Centros de Diagnóstico e Atenção Primária, um em cada microrregião de Pernambuco, além de oito maternidades regionais e cinco novos hospitais, todos eles com referência de atendimento às pessoas com deficiência (PCDs). As unidades hospitalares seriam construídas no Sertão (1), Agreste (1), e Grande Recife (3).

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O postulante mencionou, ainda, a reforma nos cinco principais hospitais do estado, todos na região metropolitana: o Hospital da Restauração, o Barão de Lucena, o Otávio de Freitas, o Agamenon Magalhães e o Getúlio Vargas. Outra promessa da pré-campanha foi zerar a fila dos exames e cirurgias, através do "Mutirão da Saúde". A saúde veterinária não ficou de fora do plano: para a assistência à saúde animal, foi proposta a construção de 12 clínicas veterinárias no estado em quatro anos, uma em cada microrregião do estado.

 - - > LeiaJá também: ‘Se eleito, Miguel Coelho promete não aumentar impostos’

Mais propostas

Segurança pública

- R$ 1 bilhão investidos em inteligência e modernização da segurança

- Integrar nove mil guardas municipais às forças de segurança

- Reduzir em 30% o déficit de pessoal das forças policiais

Infraestrutura

- Programa de manutenção das estradas

- Construir o Arco Metropolitano

- Concessão de portos

- Duplicar em 300 quilômetros as estradas mais movimentadas do estado: BR-232, BR-423, BR-104, PE-060 e PE-090

- Estadualizar o metrô do Recife e privatizar o serviço

Renda

- Dobrar o número de beneficiários do "Chapéu de Palha" e transformá-lo no maior programa de renda básica de Pernambuco

- Bolsa de R$ 300

- Benefício cumulativo, ou seja, assegurado mesmo às famílias que já participam de outros programas sociais e um complemento ao Bolsa Família

Educação

- Abertura de 44 mil vagas

O evento

O anúncio das diretrizes do Plano de Governo do pré-candidato Miguel Coelho foi feito na manhã desta segunda-feira (13), em um evento aberto no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Centenas de lideranças partidárias e aliados do ex-prefeito participaram da solenidade, como o ex-ministro Mendonça Filho (MDB), o presidente do Podemos em Pernambuco, Ricardo Teobaldo, e o pai de Miguel, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB).

Conforme anunciado pelo postulante e por sua coordenadora de campanha, a prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino (MDB), a gestão de Coelho será contemplada por quatro eixos, sendo eles o estado inclusivo e sustentável, infraestrutura, ambiente favorável aos negócios; e serviços públicos e políticas públicas de qualidade.

Para coparticipar no plano de governo de Miguel, que será divulgado gradualmente até outubro, o público poderá enviar sugestões através dos sites porpernambuco.com.br e pernambucodetodos.com.br.

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