Tópicos | Claudionor Germano

Carnaval é celebração de vida, é uma ode à alegria. E em 2024, um dos mais legítimos representantes desta “ofegante epidemia” completa 90 anos de vida: o cantor Claudionor Germano. Em homenagem ao maior intérprete de frevo de Pernambuco que dedicou a maior parte destes anos a este ritmo musical, será realizado o espetáculo Claudionor Germano – 90 Carnavais neste sábado (27), às 20h, no Parque Dona Lindu, aberto ao público. 

Um espetáculo inspirado nas tradições do Carnaval de Pernambuco, tendo como epicentro uma homenagem tocante a este artista que sempre brindou a cultura pernambucana com vitalidade e emoção. Além da música de Claudionor e convidados, o evento busca integrar diversas expressões artísticas como dança e a cultura popular, contando com a participação de renomados artistas como Nonô Germano, Kelly Rosa, Nena Queiroga, Maestro Forró, Spok, Guto Pimenta, Gerlane Lopes, além de blocos Líricos e outras atrações.

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O espetáculo

Neste ano, Claudionor será o homenageado do Carnaval do Estado de Pernambuco, sendo mais uma vez aplaudido por sua importante contribuição à nossa cultura, especialmente a popular, forjada sob um dos ritmos mais significativos de nossa identidade cultural. Por isso, no show, será relembrada sua trajetória artística, desde os primórdios na Rádio Clube de Pernambuco até suas colaborações com a Orquestra de Nelson Ferreira.

Dentre os artistas convidados para o projeto Claudionor Germano - 90 Carnavais, estão nomes como Almir Rouche, André Rio, Ed Carlos, Gustavo Travassos, Maestro Ademir Araújo, Maestro Duda, Maestro Edson Rodrigues, Maestro Forró, Maestro Spok, Nena Queiroga, Nonô Germano, Paulo da Hora, Gerlane Lopes e apresentação e participação de Mônica Feijó. Haverá, ainda, presença de blocos líricos como Com Você no Coração, Boêmios da Boa Vista, Flabelo Encantado e Ricardo Andrade, Sempre Feliz, Verde Linho, Flores do Paulista, Cordas e Retalhos, Bloco da Saudade e muito mais. A concepção artística é de Nonô Germano, a produção geral de Pedro Castro e realização da P Castro Produções.

Claudionor Germano - 90 Carnavais une diversas expressões artísticas. Marcado pela influência do Carnaval, destaca, também, a riqueza cultural da região. De acordo com o produtor geral do show, Pedro Castro, com o objetivo de valorizar o frevo com competência e criatividade, o projeto oferece uma programação dinâmica e acessível para residentes e turistas. “Queremos proporcionar uma imersão na vida e obra do maior intérprete de frevo do Brasil. Uma celebração única que promete enriquecer o entendimento e apreciação da cultura local. A população pernambucana anseia por uma iniciativa que destaque o frevo com a competência, sensibilidade e criatividade que são características distintivas de nossos talentosos artistas. Foi essa aspiração que impulsionou este projeto”, explica.

Quem é Claudionor Germano?

Claudionor Germano da Hora nasceu no Recife, em 10 de agosto de 1932, iniciando a sua carreira artística no Rádio Clube de Pernambuco há sessenta anos, em 1947, transferindo-se depois para o Rádio Tamandaré e, finalmente, para o Rádio Jornal do Commercio, onde teve oportunidade de atuar sob a direção do maestro Guerra Peixe.

Durante muitos anos, foi o cantor da Orquestra de Nelson Ferreira e, a partir do carnaval de 1954, passou a integrar o cast da Fábrica de Discos Rozenblit. Sob o selo Mocambo, veio a gravar, em 1959, os discos long plays Capiba – 25 anos de frevo (LP 40039) e Nelson Ferreira – O Que Eu Fiz e Você Gostou (LP 40040), no que foi seguido em 1961 com Carnaval começa com C de Capiba (LP 40053) e O Que Faltou e Você Pediu, de Nelson Ferreira (LP 40054), que vieram consagrá-lo como o mais importante intérprete do frevo-canção de todos os tempos. Gravou ainda Sambas de Capiba (LP 40044), em 1961, com destaque no lado B para A Mesma Rosa Amarela (Capiba e Carlos Pena Filho), um dos sucessos da bossa-nova por ele lançado nacionalmente em março de 1960. Entre 1966-68, participou como finalista das três versões do Festival Internacional da Canção Popular, defendendo Canção do Amor que Não Vem (Capiba), São os do Norte que Vêm (Capiba e Ariano Suassuna) e Por Causa de um Amor (Capiba).

No âmbito do carnaval, além das dezenas de discos em 78 r.p.m. e dos LPs citados, foi responsável pela interpretação das séries Baile da Saudade v. I e II, O Bom do Carnaval e algumas faixas do Capital do Frevo, produzido anualmente pela Mocambo com as músicas inéditas de cada ano. Gravou ainda Dôzinho e seu carnaval, Cirandas (Musicolor K20286 - 1972) e Nelson Ferreira – Meio século de frevo-canção; este último, juntamente com 25 anos de frevo de Capiba, foram reeditados em compact-disc pela Polydisc-Recife em 1993.

Foi uma presença constante em todos os festivais da música carnavalesca, notadamente do Frevança (1979-89) e Recifrevo (1990-95), participando ainda de onze compactos ( 45 r.p.m.) e dois LPs da série O Bom do Carnaval com a gravadora RCA; participando, ainda, das excursões do Vôo do Frevo por duas vezes nos Estados Unidos (Miami e Nova Iorque) e no Japão (Tóquio).

Graças à sua invejável memória, aliada à pronúncia exata e dicção perfeita, bem como a facilidade na mudança de tons e o conhecimento do estilo de cada compositor, Claudionor Germano vem sendo o mais requisitado intérprete do carnaval pernambucano: é ele o intérprete favorito de Capiba, de quem já gravou 132 músicas. Quando do surgimento da Frevioca em 1980, orquestra volante com 28 músicos para animar o carnaval do centro do Recife, Claudionor Germano e o maestro Ademir Araújo foram convidados para participarem daquela volante do frevo, dupla que nela permaneceu durante muitos anos.

Atualmente, Claudionor Germano apresenta no seu currículo a produção de 23 Lps. e oito CD (compact-disc), nos quais são encontradas 132 músicas criadas por Lourenço da Fonseca Barbosa, o nosso Capiba. Ainda sobre Claudionor, vale transcrever parte do depoimento do crítico musical e historiador José Ramos Tinhorão na contracapa do disco O Bom do Carnaval (RCA n º 1070342), gravado em 1981, com orquestra sob a direção do maestro Edson Rodrigues:

“Embora tendo começado pelas tendo começado pelas canções de Vicente Celestino, ainda na escola (“ meu Brasil para aumentar a tua glória…”), embora não podendo deixar de sofrer, já rapaz, a influência fulminante do sestroso carioca Orlando Silva (ao lado de quem chegou a cantar, menino – que emoção! – durante uma festa de homenagem aos pracinhas da FEB), embora pagando o preço da moda, ao iniciar a carreira de profissional no Rádio Club de Pernambuco, em 1949, como crooner do conjunto Ases do Ritmo, foi como cantor de música tipicamente pernambucana que o estilo de Claudionor Germano se firmou. A ponto de, já em 1967, poder surgir diante dos milhares de brasileiros de todas as regiões que se acotovelavam no Estádio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, durante o II Festival Internacional da Canção, como a única voz capaz de emprestar o indispensável toque à vigorosa canção de Capiba, “São os do Norte que vêm”. Atualmente tão identificado com a música de sua região que pode ser considerado o cantor oficial do Recife (quando chega o carnaval é puxador de marchas e frevos, cantando pelas ruas em cima de um caminhão chamado de “frevioca”, além de figura indispensável, à frente das orquestras dos grandes bailes carnavalescos dos clubes Náutico e Português), Claudionor Germano consegue, no entanto, um privilégio de que poucos artistas podem se orgulhar: sem sair de sua terra pode ser ouvido – e suas interpretações neste disco comprovam isso – como uma autêntica voz nacional.”

SERVIÇO:

Claudionor Germano – 90 Carnavais
Local: Parque Dona Lindu (palco voltado para área externa e pátio)

Endereço: Av. Boa Viagem, s/n, Recife/PE

Data: 27/01/2024

Hora: 20h

Valor do Ingresso: GRATUITO

*Da assessoria de imprensa

 

O Governo de Pernambuco anunciou, na última quinta-feira (4), os homenageados no Carnaval 2024. Em ação inédita, Alceu Valença, Claudionor Germano e Lia de Itamaracá foram escolhidos para serem reverenciados nos festejos de Momo.

“O Carnaval de Pernambuco deste ano será uma linda e grande festa que vai reverenciar a história de artistas que contribuem para Pernambuco, para o Brasil e para o mundo. Lia de Itamaracá, Claudionor Germano e Alceu Valença representam o encanto na nossa cultura e vão abrilhantar ainda mais o nosso Carnaval, assim como fizeram em todas as suas trajetórias. Por isso me sinto muito feliz e honrada por ter feito esse convite e por eles terem aceitado serem os grandes homenageados”, destacou a governadora Raquel Lyra.

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A secretária estadual de Cultura ressaltou a importância dos homenageados para o fortalecimento do nome e imagem de Pernambuco. “Quando pensamos nas vozes do Carnaval de Pernambuco é inevitável lembrar destes três artistas, nomes que representam não só a cultura popular como a música pernambucana das últimas décadas. Artistas que levam o nome do nosso Estado para todas as partes do mundo e que enchem o coração do nosso povo com canções que fazem parte da nossa história e da memória coletiva”, observou.

A presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Renata Borba,  afirmou que o trabalho dos artistas é um legado para a cultura. “É importante destacar que Claudionor e Lia são Patrimônios Vivos do Estado, assim como Alceu é comendador de Pernambuco, o que por si só já demonstra a força de suas artes. Neste ano, serão reverenciados pelo governo estadual como representantes da nossa cultura que merecem reconhecimento e respeito”, disse.

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João Campos anuncia os homenageados do Carnaval 2024

Encerrando 2023 com festa e recorde absoluto de público, com mais de 150 mil visitantes no ano, o Paço do Frevo dá as boas-vindas a 2024 com um Pré-Réveillon gratuito na sexta-feira, 29 de dezembro. O evento anuncia as comemorações do ano novo, em que o Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo completa sua primeira década de existência. Com o tema “Festa, Fé e Frevo”, começa às 11h, com apresentação do Maracatu Encanto do Pina e do Afoxé Omo Nilê Ogunjá. Ao meio-dia, o Maestro Spok faz o fervo com as participações especiais dos músicos convidados Beto Hortis, Claudionor e Nonô Germano, Ed Carlos, Lu Maciel, Nilsinho Amarantes e Surama Ramos.

Spok, natural de Igarassu, começou na música com apenas 13 anos. Com três discos lançados, inúmeros palcos divididos com grandes artistas, ele é arranjador, instrumentista e diretor musical da SpokFrevo Orquestra. Uma das grandes referências da música instrumental brasileira, vem contribuindo para espalhar o Frevo pelo Brasil e pelo mundo. 

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Nos quase dez anos do Paço, Spok esteve presente em todas as celebrações de Pré-Réveillon do museu e, no dia 29, vai colocar o público de todas as idades para frevar junto aos convidados especiais, reverenciando diversas gerações do Frevo. “Quem for para o Pré-Réveillon do Paço do Frevo vai presenciar encontros incríveis de gerações, da linguagem e do espírito sagrado do Frevo, do Carnaval de Pernambuco”, convida Spok.

Da comunidade do Bode, a Nação do Maracatu Encanto do Pina, fundada em 1980 pela yalorixá Maria José da Silva, conhecida como Mãe Maria de Sônia, é atualmente uma das mais importantes nações de maracatu de Pernambuco. Campeã do Carnaval 2023, é regida pela mestra Joana Cavalcante, única mulher mestra de uma nação de maracatu baque virado.

Já o Afoxé Omô Nilê Ogunjá é um grupo cultural e artístico fundado em 2004 na comunidade do Ibura e tem como missão fomentar ações que valorizem a cultura afro-brasileira, construindo e fortalecendo a história de luta e resistência da comunidade negra.

DIA 28 | NASCIMENTO DO PASSO

O Paço do Frevo recebe uma comemoração especial em homenagem à data em que Nascimento do Passo celebraria 87 anos. Com participação de ex-alunos do mestre e do grupo paraibano Frevoada, a apresentação será das 14h30 às 17h30, em 28 de dezembro, instituído em 2022 o Dia Estadual do Passista de Frevo em celebração ao nascimento do artista, falecido em 2009 e ícone que definiu os movimentos até hoje utilizados por quem cai no Frevo. As inscrições prévias devem ser feitas através deste link.

A liderança do evento é de Mestre Landinha, representante da cultura popular pernambucana. Conhecida como Dama do Passo, foi professora e coordenadora da Escola Municipal de Frevo e participou de festivais internacionais de dança junto ao Bacnaré. Ela e o mestre Nascimento do Passo, que ela conheceu em 1987, quando iniciou suas aulas no Clube Vassourinhas, foram companheiros durante anos na vida pessoal e profissional. Atualmente, a mestra está à frente do seu projeto na comunidade de Campo Grande, no Clube das Pás, onde coordena aulas e o Grupo de Dança Cia Abre-Alas.

PAÇO DO FREVO - Reconhecido pelo Iphan como centro de referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais do Brasil, o Frevo. Patrimônio imaterial pela Unesco e pelo Iphan, o Frevo é um convite à celebração da vida, por meio da ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas, que no Paço do Frevo encontram seu lugar máximo de expressão, na manutenção de ações de difusão, pesquisa e formação nas áreas da dança e da música, dos adereços e das agremiações do Frevo.

O Paço do Frevo é uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho, com realização da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura da Cidade do Recife e da Secretaria Municipal de Cultura e a gestão sob o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o patrocínio master do Instituto Cultural Vale e o patrocínio do Banco Itaú e da White Martins. Conta com o apoio do Grupo Globo, Pernambucanas, Rede e Valgroup.

SERVIÇO

Dia 28 | Aniversário do mestre Nascimento do Passo

Com ex-alunos do mestre e grupo Frevoada

Das 14h30 às 17h30

Participação mediante inscrição neste link

Dia 29 | Pré-Réveillon do Paço

Com Afoxé Omo Nilê Ogunjá, Maracatu Encanto do Pina e Maestro Spok convidando Beto Ortiz, Ed Carlos, Claudionor e Nonô Germano, Lu Maciel, Nilson Amarante e Surama Ramos

Às 11h

Acesso gratuito

Paço do Frevo - Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife, Recife

Horários: Terça a sexta, 10h às 17h | Sábado e domingo, 11h às 18h

Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia) - entrada gratuita às terças-feiras

Da assessoria

Após sucesso da música autoral e da releitura do Hino da Pitombeira, a Orquestra Latinolindense (OLO) lança, no próximo dia 13, uma releitura do Frevo Nº1/ Frevo Nº2 com participação especial de um dos maiores intérpretes do frevo, Claudionor Germano.

A OLO traz uma releitura irreverente, onde o tradicional frevo de bloco ganha uma linguagem musical com ritmos latinos. Misturando o tradicional com o contemporâneo. A regravação traz a voz original de Claudionor Germano,  que divide o vocal com o cantor da Orquestra, Roger Ricco. O lançamento acontece durante um show no Teatro Fernando Santa Cruz - Olinda, com participação especial de Claudionor Germano, Nonô Germano, Lu Maciel e Guto Pimenta. Os ingressos custam R$ 40 reais e estão à venda no Sympla.

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Mini Bio

Formada em 2018 em Olinda, a Orquestra Latinolindense é o encontro de músicos de várias linguagens e gerações da música pernambucana. Foi idealizada com a finalidade de criar novas concepções sonoras e trazer para o cotidiano hinos consagrados do frevo pernambucano com uma linguagem diferenciada, criando uma simetria musical e agregando os ritmos latinos, como salsa, cúmbia e rumba. A proposta da OLO é o diálogo musical entre os países da América Latina, explorando a diversidade dos ritmos, principalmente o regional.

A OLO realiza um trabalho de pesquisa, resgate e transformação; no qual as raízes sonoras, afro e indígena, somadas às influências ciganas europeias, pilares da música Pernambucana, ornamentadas pelas bases rítmicas interioranas e litorâneas; como frevo, forró maracatu sejam executados com o sotaque latino por piano, contrabaixo, metais, percuteria e percussão; legítima formação da música Afro-latina (Cubana, Dominicana, Panamenha) somadas ao acordeom. Nasceu da fusão das experiências vivenciadas pelos integrantes, músicos e cantores, e, tem como objetivo difundir e mostrar a nova face da world music Pernambucana, com letras que passeiam pelo inconsciente urbano de uma forma simples como um cordel.

Serviço:

OLO - Orquestra Latinolindense

Show de lançamento do single + videoclipe Frevo nº1/Frevo nº2

Data: 13 de julho, quinta-feira, às 20h

Local: Teatro Fernando Santa Cruz- Mercado Eufrásio Barbosa - Varadouro, Olinda

Classificação: Livre

Ingresso: R$40,00 (Sympla)

Da assessoria

Claudionor Germano, um dos artistas mais importantes do Estado, Patrimônio Vivo de Pernambuco, fez questão de ir às urnas, neste domingo (30), registrar seu voto para presidente e governadora nas eleições de 2022. Aos 90 anos, dono de uma das mais belas e poderosas vozes do frevo, o artista continua usando essa que é seu instrumento de trabalho não só para embalar carnavais como também, e sobretudo, para exercer seu papel de cidadão. 

Acompanhado por seu filho, o também cantor Nonô Germano, o 'rei do frevo' compareceu à sua seção eleitoral, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, mesmo sem ter a obrigatoriedade de votar devido à idade. "Vim exercer meu direito de cidadão. Esse é o caminho certo para nossa pátria", disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

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Com um adesivo em alusão ao seu candidato à presidência, o ex-presidente Lula (PT), Claudionor - que completou seus 90 anos no último mês de agosto -, se mostrou otimista para o resultado deste pleito. 'Eu tenho muita fé no meu candidato, espero que ele faça o que a gente espera dele."

Atento às palavras do pai, o 'príncipe do frevo', Nonô Germano, também demonstrou atitude positiva para o resultado dessas eleições. O cantor, outro apoiador do ex-presidente, espera que em caso de vitória de seu candidato, o setor cultural possa sair da atual "estagnação" em que se encontra. "É uma pessoa que a gente sabe do valor que dá à cultura, diferentemente das pessoas que aí estão. A expectativa é da gente poder botar um fim nesse momento que estamos vivendo nesse país", disse.

Centenário e reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o frevo, gênero musical genuinamente pernambucano, ostenta vários trunfos. Além do  título da Unesco e de ser responsável por enlouquecer multidões durante quatro dias de Carnaval, o ritmo tem dois dias para ser celebrado - 9 de fevereiro e 14 de setembro -; e ainda conta com um intérprete para chamar de seu: Claudionor Germano. Com mais de sete décadas de carreira, prestes a completar 90 anos de vida, o artista recifense consagrou-se ‘rei’ ao cantar e gravar os maiores compositores do segmento - e hoje, não parece exagero dizer que se o frevo tivesse voz, ela certamente seria a de Claudionor Germano. 

Quando ‘formalizou’ seu encontro com o frevo, em meados do século 20, Claudionor já era um respeitado cantor de rádio. Além das passagens pelas emissoras Clube, Tamandaré e Jornal do Commercio, no Recife, ele também foi responsável por animar os foliões nos tradicionais bailes de Carnaval da capital pernambucana na década de 1950. Em 1959, disputado por dois dos maiores compositores de frevo da história, Capiba e Nelson Ferreira, Claudionor tornou-se o primeiro artista a gravar discos exclusivamente de músicas carnavalescas; e a empreitada foi logo dobrada - com os álbuns ‘Capiba, 25 anos de Frevo; e ‘O que eu Fiz e você gostou’, de Nelson Ferreira; lançados pela fábrica de discos Rozenblit. Ali começaria um reinado que perdura até os dias de hoje e eternizou diversos clássicos da música pernambucana e brasileira.

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Claudionor foi o responsável por comandar a Frevioca na década de 1980. Foto: Reprodução/Instagram

O sucesso dos álbuns de Carnaval foi tão grande que a Rozenblit decidiu repetir a empreitada no ano seguinte com os discos ‘O que faltou e você pediu' (Nelson Ferreira) e ‘Carnaval com C de Capiba’. Em entrevista ao LeiaJá, o jornalista e crítico musical, autor da biografia Claudionor Germano: A voz do frevo (Cepe), José Teles, comenta sobre a importância desse momento tanto na história de Claudionor quanto na do próprio frevo: “Aí ele se firmou como um grande intérprete de frevo. Naquela época não tinha isso, qualquer cantor cantava frevo, ele foi o primeiro”, disse 

A chegada de Claudionor ao meio do frevo, de fato, imprimiu ao gênero um estilo e formato antes desconhecidos. Além do pioneirismo - tanto na gravação de discos carnavalescos quanto no comando da Frevioca - que levou o frevo para a rua de forma amplificada para rivalizar com os trios-elétricos baianos, já um pouco mais tarde, na década de 1980 - Claudionor acumula grandes números na carreira. O artista é um dos que mais gravou frevos na história da música popular brasileira - são cerca de 553 - e esteve presente em quase todas as edições do Baile Municipal do Recife (foram 52).

"Ele sempre disse: 'Cantor de frevo tem muito por aí, mas intérprete não, você cante para se fazer entendido realmente, para que o público ouça e entenda". Nonô Germano, sobre as lições que recebeu do pai. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Extremamente profissional, desde o início de sua carreira, o artista leva à risca a responsabilidade de interpretar as poesias que a ele são confiadas, e essa talvez seja a primeira lição a ser estudada por aqueles que decidem seguir a carreira. “Todos os cantores que se propõem hoje a cantar frevo hoje ouviram, e tenho certeza, que se inspiraram em Claudionor. Inclusive, até pelo repertório. Acho difícil você cantar um frevo tradicional de Pernambuco que ele não tenha gravado”, diz Nonô Germano, filho e natural sucessor do Rei do Frevo. 

Um desses cantores é André Rio. Com pouco mais de três décadas de carreira, foi assistindo a Claudionor comandar os bailes de Carnaval do Clube Português, à frente da orquestra do maestro José Menezes, quando ainda era criança, que o artista despertou para tornar-se um intérprete do ritmo.

“O maior ensinamento que recebi de Claudionor é que a gente deve, quando cantar um frevo, interpretar literalmente cada palavra que o autor o quis expressar com sua poesia. Você escuta uma canção cantada por ele (Claudionor) e não perde uma sílaba, você entende tudo o que o poeta quis dizer com a letra de sua música. O frevo é um estilo muito difícil de ser cantado, tem uma síncope muito grande, é ligeiro,  são muitos fatores que p tornam difícil e Claudionor ensina pra gente como se faz: acreditando na poesia, tendo fé cênica e cantando com muito amor ao seu frevo”.

"Quando estou ao lado de Claudionor é quando estou literalmente abraçado ao frevo, porque o considero a voz do frevo brasileiro, aquele cantor que é um leito de rio onde a gente passa também com nossas vozes mas porque aprendemos com ele". André Rio - Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

De acordo com o jornalista José Teles, o pernambucano poderia “ter ganho muito dinheiro se tivesse ido fazer carreira no Sudeste”, como tantos outros o fizeram. E ele até foi, em 1956, porém, “foram pegar ele lá de volta”, conta. “Ele queria ser cantor de música romântica mas acabou sendo conhecido como cantor de frevo”, arremata o jornalista. O destino parece ter falado mais alto, sorte de nós, pernambucanos. 

“De quem é o frevo”

Com presença tão magnânima nos carnavais e na vida cultural de Pernambuco, é difícil encontrar aquele que, nascido por estas bandas da região Nordeste, da segunda metade do século 20 para cá, nunca tenha ouvido a poderosa voz de Claudionor Germano. “Nessa época (década de 1960), eu era menino, o que me lembro de Carnaval é a voz de Claudionor Germano. Eu e muita gente, a gente cresceu com ele”, diz o biógrafo do Rei do Frevo, José Teles. 

"Claudionor é muito reconhecido. Quando comecei a fzaer o livro, a gente foi em um bar no Bairro do Recife e todo mundo conhecia ele, todo mundo parava para cumprimentá-lo, ele é muito popular". José Teles, biógrafo do 'Rei do Frevo'. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Lembranças repletas de frevo e da forte presença de Claudionor também fazem parte da memória afetiva de seu herdeiro, Nonô Germano. Desde pequeno, o cantor que naturalmente seguiu os caminhos do pai, espelhou-se nele para encontrar a sua própria personalidade artística. “Eu lembro de pequeno estar sentado num banquinho ao lado do piano, brincando com uns carrinhos e papai ensaiando no piano com Nelson Ferreira - essa parceria com Capiba e Nelson Ferreira, compositores brilhantes que acharam em papai a voz que poderia levar sua mensagem ao público da forma mais fidedigna possível”.

Nonô conta que os ensinamentos do Claudionor pai e do Claudionor artista se misturam e que, com ele, aprendeu lições sobre generosidade, humildade, respeito ao próximo e, claro, sobre frevo. “Não ser um mero cantor de frevo e sim um intérprete. Vários compositores que não cantam nos dão suas composições para que a gente transmita aquela mensagem que ele escreveu. Essa fidelidade às composições é que fazem a gente estar onde está hoje”.

Reinado

"Me sinto uma pessoa super privilegiada de tê-lo ao meu lado, desde o início da minha carreira. Como pai exemplar que sempre foi, uma pessoa que só me orgulha e a gratidão é imensa a Deus por tê-lo a meu lado ainda". Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Suceder o Rei do Frevo,  para Nonô, é uma missão encarada de forma bastante natural. Seu caminho profissional foi trilhado sem pressões, internas ou externas, e o acolhimento do pai em relação à sua personalidade artística, além do meio no qual cresceu, rodeado de grandes compositores e artistas do segmento, criou um ambiente favorável para uma renovação do estilo. 

Assim nasceu o Frevo de Balada, projeto criado por ele em 2007 que dá nova cara ao frevo a fim de levá-lo para além do Carnaval. “A gente vê, nos tradicionalistas uma certa resistência ao Frevo de Balada. Mas papai nunca foi essa pessoa conservadora. Em 1984/85 ele fez um LP, ‘O bom do Carnaval (Vai pegar fogo)’, ele gravou Tropicana pela primeira vez em ritmo de frevo. Nesse disco ele já falou com o maestro Edson Rodrigues, que fez a direção musical, e colocou sintetizador, guitarra. O que me permite hoje ousar mais e viajar por novas histórias no frevo é essa base que eu tenho, essa fonte que eu bebi a vida toda. Não se faz o novo destruindo o passado, pelo contrário, eu só faço o que faço hoje porque existiu isso tudo. Ele (Claudionor) acha o máximo, e acha que o caminho é por aí mesmo, é inovar e trazer a garotada pra junto”. 

História viva

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Em 2022, Claudionor Germano, Rei do Frevo, e Patrimônio Vivo de Pernambuco, completa 90 anos de vida. Uma homenagem, prestada pelo bloco O Galo da Madrugada, já foi anunciada pelo presidente da agremiação, Rômulo Menezes, e além desta, a família Germano da Hora pretende celebrar muito. Alguns planos já estão sendo elaborados, ainda em segredo. “Vem muita novidade por aí nos 90 anos, não é qualquer idade. A gente aproveita ao máximo ter papai junto da gente, vivenciando tudo, lúcido. Pronto pra encarar as comemorações dos 90 anos que vai começar no carnaval e a gente só para no final do ano”, diz Nonô.

Para o jornalista José Teles, a “lenda” Claudionor Germano ainda merece ter alguns de seus álbuns relançados. “O frevo parece que tá no DNA do pernambucano, as pessoas mais jovens talvez nem se toquem mas certamente já ouviram a música dele, porque toca muito no Carnaval, ele é um exemplo de cantor bem sucedido. Ele não reconhece a importância dele. Eu fui fazer o livro e ele queria que eu botasse fotos de diploma, de honra ao mérito, cidadão de ’num sei o que’, mas tinha fotos com Gil e Caetano - não era ele tirando foto com Gil e Caetano, eram ele tirando fotos com Claudionor. Eles cresceram ouvindo Claudionor Germano cantando no Carnaval da Bahia, que (na época) não tinha um carnaval grande e não tinha uma música própria. Ele é um cara importantíssimo”. 

Já André Rio, que chama o Rei do Frevo de “professor”, recorre à poesia para declarar-se e demonstrar, além da admiração, a gratidão pela arte de Claudionor. Sentimentos que, possivelmente, todos nós pernambucanos compartilhamos um pouquinho. “A maneira mais certa de eu homenageá-lo é enaltecê-lo sempre, agradecer sempre e fazer o que ele fez a vida inteira: fazer com que o frevo seja essa a música forte que tanto nos orgulha e que atravessa gerações. O frevo veio das ruas, hoje invadiu o mundo e a gente tem que mantê-lo sempre nesse pedestal altíssimo, nessa postura daquilo que é, o nosso centenário frevo, nosso genuíno ritmo pernambucano e a alegria do Recife e Olinda. Frevo é vida; frevo é amor; frevo é alegria Viva Claudionor!”. 



 

Em Pernambuco, o amor pelo frevo é levado tão a sério que transcende os limites do ciclo carnavalesco. Por essas bandas, o ritmo é tratado muito além do que somente música para se divertir e acaba virando profissão, tradição de família, e nem os animais escapam. Que o diga Capiba Germano da Hora, o cãozinho do frevo.

Sendo ‘filho, neto e bisneto’ de quem é, esse pet não poderia ter outro nome. O buldogue francês de apenas um ano e meio é de Mariana Pragana da Hora, filha do cantor Nonô Germano e neta de Claudionor Germano, o Rei do Frevo, reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco. O mais novo integrante da família, inclusive, já está seguindo os passos da ‘fama’ e encanta diariamente cerca de 200 seguidores em seu perfil no Instagram.

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O cantor Nonô Germano e o mais novo membro da família, o 'doguinho' Capiba. Foto: Reprodução/Instagram

O nome do cãozinho, uma homenagem a um dos mais importantes compositores de frevo do país, foi consenso entre a família. “A gente quis prestar uma homenagem por ter tudo a ver com nossa história, (Capiba era) uma pessoa muito ligada à gente, muito carinhoso,  e que também gostava de animais; muito mais gatos que cachorro, porque na casa dele tinha uma tuia de gato. E por (o cachorro) ser branquinho, a gente lembrou da cabeça branca de Capiba, a gente foi conversando e achou que o nome ficaria bom pra homenageá-lo”, disse Nonô em entrevista ao LeiaJá, a primeira de sua carreira sobre um pet. 

Mas, além de carregar o nome de um dos maiores representantes do frevo, o cãozinho também ostenta outros sobrenomes importantes. Ele é um Germano, clã do frevo em Pernambuco, encabeçado por ninguém menos que Claudionor Germano, Patrimônio Vivo do Estado; e ainda conta com o sobrenome ‘da Hora’ de outro parente emblemático, o artista plástico Abelardo da Hora, falecido em 2014, irmão de Claudionor.  

O ‘doguinho’, inclusive, convive bastante com o ‘bisavô’ e está sempre nas reuniões familiares, a exemplo do aniversário de 89 anos do rei do Frevo, no último mês de abril. “É um xodó. Essa raça é muito companheira, muito calma. O cachorro gosta de estar sempre junto, perto da gente, é muito carinhoso, e pra companhia pra um idoso é bem legal”, diz Nonô.

Capiba com Mariana e Claudionor Germano, na comemoração dos 89 anos do 'bisavô'. Foto: reprodução/Instagram

Segundo Mariana, a ‘mãe’ (tutora) do doguinho, o público da internet se diverte com a homenagem que ele traz no nome. Ela conta que  Capiba não dá muito trabalho mas é bastante brincalhão, característica da raça Buldogue Francês. No perfil do pet, em início de ‘carreira’ nesse meio dos influencers, Mariana compartilha fotos e vídeos cheios de ‘fofurices’: “A gente teve essa ideia de ficar interagindo postando, então é bem legal, tem uma interação. Os amigos, a família segue e todo mundo gosta”. 

Ainda muito jovem, com apenas um ano e meio de idade, Capiba só teve a oportunidade de viver um Carnaval. Porém, como bom representante de uma família que dedicou e dedica a vida a um dos ritmos mais representativos do Estado, curte sempre que pode ao lado dos seus, em casa mesmo. “Ele vive o carnaval aqui dentro com a gente. E ele gosta de ouvir o frevo, viu? Quando bota ele fica prestando atenção, ele gosta da sonoridade. Ele só não sabe distinguir quais são as músicas de Capiba, mas ele gosta de frevo de modo geral”, brinca Nonô.  

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Frevo o ano inteiro

Muito embora o cãozinho Capiba não consiga distinguir os frevos que curte dentro de casa, brevemente ele poderá ouvir as novidades que seu ‘avô’, Nonô Germano, vem preparando. Apesar da pandemia, o cantor continua produzindo como pode, e dedicando-se a um projeto que conta com a parceria do produtor musical Michael Sullivan. “É um frevo diferente, com participação de outros artistas que estão na mídia, então a gente tá alinhando esse projeto todo para lançar) assim que liberar (as restrições da pandemia)”.

Para Nonô, o grande trunfo do projeto Frevo de Balada, ao qual ele vem se dedicando desde 2007, é quebrar a sazonalidade do frevo e mantê-lo nas paradas musicais durante todo o ano. “É um frevo com cara de ano inteiro”, resume o artista. O Capiba e o público fã da ‘frevança’ agradecem. 

 

 

Em mais uma noite de grandes encontros, o cantor André Rio recebe convidados especiais na noite deste sábado (25), na sede do Galo da Madrugada. A festa acontece a partir das 18h, com a apresentação do Bloco das Ilusões e convidados. Na ocasião, o pernambucano homenageia um grande ícone do frevo, Claudionor Germano.Além do encontro de gerações, André Rio vai receber também o Maestro Forró com muito frevo. A noite conta, ainda, com a presença de nomes da nova cena musical como Ciel Santos e Isadora Melo, o forró de Geraldinho Lins e Liv Moraes, além de Diego Cabral, Fabiana Pimentinha, Charles Theone, Fada Madrinha e muito samba com Belo Xis, Gerlane Lops e a animação do Patusco.  Com mais de 100 frevos gravados, 26 anos cantando no Galo da Madrugada, 20 turnês internacionais, passando por 12 países, levando o Carnaval de Pernambuco. No setlit sucessos como Chuva de Sombrinhas, que completa 20 anos, Sou Teu Amor, O Bicho Vai Pegar, O Homem Da Meia Noite, Me Leva, além de Último Regresso, de Getúlio Cavalcante e o novo frevo Misturando as cores. As entradas já estão à venda na sede do bloco e custam R$ 50 (individual), R$ 25(meia) e R$ 250 (mesa para quatro pessoas). *Da assessoria

A 1ª edição da Mostra EntreArtes, promovida pelo Serviço de Aprendizagem Comercial (Senac), acontece na próxima quinta-feira (29) a partir das 9 h na sede da instituição, localizada no bairro de Santo Amaro.

O evento contará com ciclo de palestras, peça teatral, exibição do curta-metragem 'O Mundo é uma Cabeça', que narra a trajetória de Chico Science, show, debates e intervenções poéticas. A entrada é gratuita. Além disso, o público poderá conferir a exposição fotográfica que retrata pessoas e espaços públicos do Recife, como o Mercado da Encruzilhada e Casa da Cultura, e Olinda. 

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O coordenador da mostra, Danilo Lucio, ressalta a importância desse tipo de evento para fomentação de diversas expressões artísticas e cenário cultural de Pernambuco. “É uma maneira de apresentar ao público artes que precisam ser melhor exploradas para ganhar mais visibilidade diante da cultura de massa. Por isso, teremos um debate sobre cultura popular com representantes de vários segmentos", afirma.

Programação Completa:

Dia todo (9h às 17h)

Exposição Fotográfica - Faces Distintas (Hall da Lanchonete)

Banca Artesanato (Pátio da Bandeira)

Banca Camisetas (Pátio da Bandeira)

Banca Literatura - Venda de Livros e Intervenção poética (Pátio da Bandeira)

Manhã

9h às 9h15 - Curta: O Mundo é uma Cabeça - sobre a trajetória de Chico Science (Auditório)9h15 às 9h30 - Intervenção poética – Giu Poetisa (Auditório)

9h30 às 10h30 - Palestra: Cultura Popular: Sua História e Resistência - Frevo: Maestro Ademir Araújo, Claudionor Germano e Severino Araújo (Auditório)

10h30 às 12h - Palestra: Cultura Popular: Sua História e Resistência - Afoxé: Mestra Maria Helena - Oyá Tokolê Owó e Fabiano Silva - Alafin Oyó (Auditório)

11h às 13h - Almoço Jazz - Música instrumental (Hall Lanchonete)

Tarde

13h às 13h20 – Curta (Auditório)

13h20 às 13h30 -  Intervenção poética - José Carlos Bastos (Auditório)

13h30 às 14h30 - Palestra: Cultura Popular: Sua História e Resistência - Coco de Roda: Pacheco Cantador (Auditório)

14h30 às 15h30 - Palestra: Cultura Popular: Sua História e Resistência - Ciranda: mestre Ferreira (Auditório)

15h30 às 16h - Intervenção Poética - Joy Thamires (Auditório)

16h - Coco de Praia - Sambada de Coco de Roda (Pátio da Bandeira)

16h às 17h30 - Teatro - Peças: Phudê, Figurinos e Poesias e Os Sobreviventes (Auditório)

Serviço

1ª Mostra EntreArtes

Quinta (29) | 9h

Senac (Av. Visconde Suassuna, 500 - Santo Amaro)

Entrada Gratuita

Também presente no Ciranda da Pessoa Idosa, evento promovido pelo candidato à Prefeitura do Recife João Paulo (PT), o canto Claudionor Germano definiu o episódio envolvendo o petista e o economista Bruno D´Carli, nesta terça (8), como absurda. “É o que eu chamo de desespero de causa. João Paulo está mostrando uma caminhada vitoriosa, então, essa é a reação absurda que não merece comentário. É o desespero que está chegando”, disparou.

Para Claudionor, João Paulo já demonstrou que é o candidato mais preparado. “Ele já nos deu a sua demonstração enquanto esteve na direção da Prefeitura do Recife. Vamos em frente, que atrás vem gente. Vou acompanhar e apoiar João Paulo”, ressaltou o artista.

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Vários políticos também mostraram solidariedade após o ocorrido. O prefeito do Recife e candidato a reeleição, Geraldo Julio, se posicionou nas redes sociais. “Chegou ao meu conhecimento que o candidato João Paulo sofreu agressões num shopping da cidade. Sou contra qualquer tipo de violência e presto aqui minha solidariedade ao candidato João Paulo”. 

O vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, também disse desprezar o fato acontecido. “Repudio firmemente a agressão da qual foi vítima o amigo João Paulo, hoje, no RioMar. Manifestação explícita de ódio fascista”.

O presidente estadual do PTB, José Humberto Cavalcanti, também se manifestou por meio de nota. “Gostaria de expressar a solidariedade do Partido Trabalhista Brasileiro ao nosso ex-prefeito do Recife João Paulo Lima e Silva, mais uma vítima de agressão e da intolerância daqueles que não entendem o conceito de democracia. Episódios como esse demonstram que ainda temos muito a evoluir enquanto sociedade, mas temos a certeza de que João Paulo, que já foi vítima de outras atrocidades ao longo de sua vida pública, crescerá mais uma vez após este episódio”.

 

A APA - Associação dos Produtores e Artistas de Pernambuco entrega, na tarde desta sexta (27), o Troféu Diva Pacheco Paixão Cultural. O objetivo é homenagear pessoas que contribuíram e incentivaram a cultura pernambucana em 2014. Além dos premiados, são quatro homenageados: o governador Paulo Câmara - no segmento político, o artista Mestre Camarão e o cantor Claudionor Germano - no segmento artístico, e a empresária Josimary Cantarelli - do segmento de iniciativas privadas.

Receberão o troféu o cantor Getúlio Cavalcanti, o Maestro Spok, o diretor do bloco As Virgens de Verdade Mano Gayasso, o cantor Claudionor Germano , a cantora Lia de Itamaracá, Ramos Silva, Aldir Felicidade, a Banda Trepidant's, a sambista e Rainha de Bateria Sílvia Renata, o forrozeiro Mestre Camarão e o Juiz João José Targino, Responsável pela Orquestra Cidadã. A lista ainda inclui Carlos Marques, o empresário Durval Neto e o cantor Rominho, da Banda Som da Terra.

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Fora do universo cultural, serão premiados o Secretário de Turismo Felipe Carreras, o Administrador Fernando de Noronha Reginaldo Valença, o Prefeito de Bom Jardim Miguel Barbosa, o radialista Hugo Martins, o Artista Plástico Silvio Botelho, o jornalista José Mario Austregésilo e a Diretora da Rede Globo Jô Mazarolo.

A cerimônia terá ainda homenagens póstumas a Eduardo Campos, Ariano Suassuna e Jaílson Matoso. A entrega do Troféu Diva Pacheco Paixão Cultural será realizada no Pátio das Esculturas de Fazenda Nova, em Brejo da Madre de Deus, às 14h30 desta sexta (27).

As personalidades do meio artístico, político e empresarial que tiveram papel relevante na cultura pernambucana, no ano de 2014, serão agraciadas com o Troféu Diva Pacheco Paixão Cultural. 

Organizada pela Associação dos Produtores e Artistas de Pernambuco (APA), a terceira edição do prêmio irá homenagear o governador Paulo Câmara, o cantor Claudionor Germano, o músico Mestre Camarão e a empresária Josimary Cantarelli. A entrega também renderá homenagem póstuma ao escritor Ariano Suassuna e ao ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ambos falecido no ano passado. 

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A cerimônia de entrega da comenda será realizada na próxima sexta-feira (27), no Pátio das Esculturas de Fazenda Nova, em Brejo da Madre de Deus, Agreste do estado.

Em sua 37ª edição, o Baile dos Artistas, uma das prévias mais tradicionais do carnaval pernambucano, traz o tema Uma noite em Las Vegas em 2015. A festa será realizada no dia 24 de janeiro no Clube Português e em suas atrações estão a funkeira Valesca Popozuda e a cantora Preta Gil, com o Bloco da Preta. A banda de brega pernambucana Takitá e o cantor Nonô Germano também estão na proramação do evento. 

O Baile dos Artistas 2015 busca trazer ao público o universo dos cassinos estadunidenses, em uma festa que, segundo a produção evento, promete reunir música boa, gente animada e muitas histórias. "É um baile tradicional com 37 anos e mais uma vez vem em um formato profissional", disse Zezo, carnavalesco e um dos organizadores do evento, em uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira. Pela segunda vez, o Baile será realizado em um sábado para facilitar a vida do folião que vem do interior do estado. 

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Claudionor Germano anuncia a aposentadoria dos palcos em 2015. O cantor ocupará o cargo de embaixador e representante da cultura pernambucana no Baile dos Artistas, que todo ano elege uma figura local para enaltecer a festa. "Agradeço o título de embaixador e em 2015 passo o meu trabalho ao meu filho Nonô, para seguir conduzindo a bandeira do frevo, realizo meu sonho, pois confio no trabalho do meu filho", contou Claudionor.

Juntamente com o seu filho Nonô Germano, Claudionor se apresentar no palco do Baile dos Artistas cantando alguns de seus maiores sucessos, como: Nem que chova canivete e A mesma rosa amarela. Ainda em 2015, Claudionor se despede dos palcos deixando um último trabalho, o CD A Voz do Frevo, que será lançado na sede do Galo da Madrugada, em dezembro.

Neste ano, Hugo Esteves, jornalista e ator será o Rei do Baile e a cantora Cristima Amaral será a rainha. O príncipe será o cantor Jonnhy Hooker e a princesa será Juliana Santos. A musa do Baile dos Artistas será a jornalista Monalista Duperron. Graça Araújo será a talismã do Baile, que traz sorte. "Este ano o Baile dos artistas está mais família do que nunca, a  cada ano a gente sente que o nível de satisfação do folião é cada vez mais alto. Esse ano decidimos trazer o tema Las Vegas e decoração", contou Maria do Céu, uma das sócias do evento.

Serviço

Baile dos Artistas

Sábado (24 de janeiro)

Clube Português (Av. Rosa e Silva, n 172 - Graças)

Pista: R$ 100, R$ 50 (meia)

Mesas para 4 pessoas: R$ 350

Camarote Ostentação (lounge VIP): R$ 200 (individual) e R$ 100 (meia)

Camarote 10 pessoas: R$ 3.000


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O velório de Abelardo da Hora, artista morto na manhã desta terça-feira (23), está sendo velado no Salão Nobre da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) desde às 17h40. No espaço, familiares, parentes e amigos conversavam e relembravam o artista. Uma das primeiras a chegar ao local foi a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves.

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Conversando com a imprensa antes de entrar no Salão Nobre, Leda falou sobre a importância do trabalho e da figura do artista: "É uma grande perda. Abelardo era uma pessoa que em toda sua obra denunciou a opressão, retratando os mais fracos. Ele não era simplesmente um criador, mas um homem comprometido com o povo. O tamanho da obra dele é universal." 

Abelardo Filho contou sobre a luta do pai em seus últimos dias de vida. O artista plástico lutava há 34 dias pela vida. De início hospitalizado por causa de uma virose, Abelardo sofreu duas infecções e um AVC, mas sempre forte, falando do futuro e pensando em novos projetos. "Ele pegou na minha mão com força e naquele momento eu acreditei que todos aqueles projetos que ele me falou iriam ser concretizados" relembrou. Ele também falou mais do pai: "Ele deixa um grande legado. Meu pai é o mestre de uma geração e representa um exemplo de ética. Hoje Recife está mais feia por causa da morte dele. O dia está cinza", declarou.

Com 90 anos de idade, Abelardo da Hora era um homem que amava trabalhar e falava sobre seus futuros projetos mesmo no hospital. Abelardo Jr. revelou que o artista tinha planos para o futuro, um deles era Torre Cinética do Recife (espaço que será instalado no bairro da Torre) e um busto de Gregório Bezerra "quase pronto" que ficará na Torre Cinética. "Ele não queria morrer, durante toda esse tempo ele sempre lutou pela vida", revelou o filho do artista.

Um dos vieram à ALEPE para prestar homenagem ao artista foi o cantor Claudionor Germano, irmão de Abelardo. Muito emocionado, foi amparado por familiares e depois falou com a imprensa sobre o irmão: "É uma perda irreparável. Só temos a agradecer o imenso legado que eles nos deixou".

Também estiveram presentes no velório Marcelo Canuto, secretário estadual de Cultura e Severino Pessoa, presidente da Fundarpe. Tereza Costa Rego, amiga há mais de 50 anos de Abelardo Barbosa, falou da importância do artista, que ela considerava um irmão: ''Eu vou sentir muita falta de Abelardo, ele era um artista diferente, que amava formar outros artistas. Toda uma geração passou pela mão de Abelardo e ele ainda é uma presença forte na cidade. Acho que o Recife ainda não se deu conta dessa perda" comentou a artista plástica.

O corpo de Abelardo da Hora continua no Salão Nobre da ALEPE até amanhã de manhã. O velório é aberto ao público até as 22h e nesta quarta-feira (24) reabre às 8h. O enterro do artista será no cemitério de Santo Amaro, às 11h.

 

 

O corpo do poeta e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna será sepultado nesta quinta-feira (24), às 16h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana de Recife. O escritor de 87 anos morreu na tarde da quarta após uma parada cardíaca. Ele estava internado desde a noite de segunda (21) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português, onde foi submetido a uma cirurgia na mesma noite após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

O corpo foi velado no Palácio do Campo das Princesas, sede estadual do governo do estado, localizado no Bairro de Santo Antônio. Amigos, familiares e admiradores compareceram ao local e prestaram suas últimas homenagens.

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O diretor de televisão Guel Arraes, que comandou algumas produções audiovisuais baseadas nas obras do autor paraibano, relata a marca que ele deixou. "A grande coisa dele é que ele era um homem que viveu de acordo com as suas ideias. Ele era um homem simples que conversava com o povo e viveu sempre perto das suas origens e assim ele se tornou universal", pontuou o diretor.

Em entrevista, o amigo e parceiro Claudionor Germano também fez questão de deixar um recado para Ariano. "É uma saudade muito grande de Ariano, e um respeito pela memória dele, porque ele nos deu tudo que poderia dar em termos de nordestina e amor pela sua terra. Ariano, um abraço, estaremos juntos breve. Espero que não seja muito breve", ressaltou. 

"Ariano pra mim foi uma pessoa muito importante. Não cheguei a conhecer pessoalmente, mas sei da história dele. Curti tudo que ele mostrou para o Recife", comentou o autônomo André Santos. Confira a matéria completa no vídeo acima.

 

Às 11h, o arcebispo de Olinda e Recife Dom Fernando Saburido celebrou uma missa para o mestre Ariano Suassuna, no Palácio do Campo das Princesas. “Estamos aqui para celebrar a esperança, a ressurreição. A experiência da morte é sempre algo que nos choca, mas que as portas do céu estejam abertas para ele”, disse Saburido.

Durante a missa, Dom Fernando confessou que Ariano contou uma vez que a esposa, Zélia Suassuna, foi o instrumento de Deus responsável para que o dramaturgo se voltasse para a fé. A missa foi finalizada com a versão cantada da Oração de São Francisco e uma carta em verso feita pela Arquidiocese de Olinda e Recife, entregue à viúva de Ariano.

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O cantor Claudionor Germano esteve no velório e disse que Suassuna era um sinônimo de amizade e respeito. “É uma saudade muito grande. Estaremos juntos em breve. Espero que não muito em breve”, contou.

O irmão do cantor e artista plástico Abelardo da Hora também esteve no Palácio do Campo das Princesas e ressaltou a importância de Ariano para a cultura brasileira.

A presidenta da Academia Pernambucana de Letras, Fátima Quintas, falou da relevância de Ariano para a literatura nacional. “Ele vem de uma safra de homens ecléticos que contemplam bem a vida social. Tudo isso apoiado na cultura clássica. Ele é um pedaço da Terra Mãe que ele tanto amava”, concluiu a cronista.    

Nesta sexta-feira (6), um time de músicos pernambucanos irá se apresentar no Teatro de Santa Isabel. O objetivo é arrecadar dinheiro para o projeto de intercâmbio cultural entre artistas de Pernambuco e Portugal. O show Uma Viagem Musical começa às 20h30, os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro e custam R$ 25.

As atrações da noite serão Henrique Annes, Expedito Baracho, Claudionor Germano, Zé Brown, Karynna Spinelli, Kelly Rosa, Marco César, Racine, além do Coco das Mulheres e do bloco lírico Cordas e retalhos. Quem também fará uma participação especial no evento são os atores Walmir Chagas e Jeison Wallace, que irão subir ao palco como seus famosos personagens – Véio Mangaba e Cinderela, respectivamente.

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O projeto de intercâmbio cultural entre Pernambuco e a cidade de Fafe, em Portugal, existe há cinco anos e tem como objetivo a troca de experiências e a realização de obras artísticas idealizadas por criadores brasileiros e europeus. Nesta primeira fase do projeto em 2014, irão a Portugal o músico Beto do Bandolim, o multiartista Walmir Chagas e a coreógrafa, bailarina e arte-educadora Célia Meira.

Serviço

Uma Viagem Musical

Sexta (6) | 20h30

Teatro de Santa Isabel (Praça da República – Bairro de Santo Antônio)

R$ 25

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O Bal Masqué, o mais antigo baile de máscaras em atividade no Brasil, vai completar 66 edições no próximo dia 15 de fevereiro, no Clube Internacional do Recife, e terá como homenageado o cantor Claudionor Germano. Com o tema Recife dos Carnavais e a proposta de continuar a atrair um público mais jovem, a organização da festa vai trazer neste ano atrações como a Orquestra Ômega, os baianos Claudia Leitte e Carlinhos Brown, Diana Dias e a escola de samba Patusco, que fecha o evento. O Concurso de Máscaras de Luxo, tradicional marca do baile, será mantido e começa às 21h. Já as apresentações tem início uma hora depois, às 22h. 

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Os ingressos custam R$ 40 (pista), R$ 80 (frontstage), R$ 350 e R$ 400 (mesa na frente e atrás) e R$ 3 mil (camarote para 10 pessoas), à venda na bilheteria do clube, nas lojas ViaSports e no site Ingresso Prime. O palco principal ficará instalado na área externa do Clube Internacional (onde ficava a piscina), onde os baianos se apresentam. Já na área interna, a Orquestra Ômega e o Patusco dividem o palco.

A decoração será assinada por Romildo Alves, que pelo quarto ano trabalha em parceria com o baile, e trará elementos que remetem ao frevo, maracatu e outros ritmos carnavalescos. “Assim como nas outras vezes, investimos num tema, como foi quando fizemos as temáticas Las Vegas, Circo e Paris. Este ano a homenagem será ao Recife e aos nossos carnavais. Acho que o Bal Masqué está com uma nova cara, mais jovem, e isso é bem importante porque prova que é um baile que não ficou ultrapassado”, comentou Romildo ao LeiaJá.

O tradicional concurso de máscaras abre a festa e conta com uma premiação de R$ 2,5 mil para o primeiro lugar, R$ 1,5 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro. A expectativa é que 10 mil pessoas passem pela prévia.

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Homenageado desta edição, o cantor Claudionor Germano, de 81 anos, tem uma história íntima com o Bal Masqué. “Uma coincidência é que Claudionor completa 66 anos de carreira, a mesma idade do baile. Ele é um grande ícone do carnaval pernambucano e a relação com o clube é a mais estreita possível, desde os seus tempos áureos”, revela Michelle Gil Rodrigues, presidente do clube.

Espetáculo resume vida artística de Claudionor Germano

Bal Masquê Infantil 

No dia 16 de feveiro, às 15h, será realizado no Clube Internacional do Recife o 28º Bal Masqué Infantil, evento voltado para a criançada e que vai contar com a animação do Palhaço Chocolate. "Esperamos trazer pro clube uma média de duas mil pessoas e vamos criar um espaço fantástico para a garotada, além das diversas categorias de fantasias que fazem parte do concurso", comenta Michelle. 

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Diante de um Teatro de Santa Isabel lotado e com ingressos esgotados horas antes do espetáculo ter início, Claudionor Germano apresentou na noite desta segunda-feira (20) o show Dos oito aos oitenta, em comemoração à marca dos seus 80 anos de vida – o cantor atualmente tem 81 anos. A apresentação fez parte da 20ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE) e reuniu ao lado de Claudionor vários artistas como Expedito Baracho, Nonô Germano e o maestro Ademir Araújo.

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“A ideia deste espetáculo surgiu do Instituto Abelardo da Hora, mas na hora de pensar nas participações especiais optei também por nomes menos conhecidos. Tem uma cantora muito boa que é a Patrícia Luna e outros convidados como a Claudia Beija, Quarteto Novo, Jeová da Gaita, o Zé Brown fazendo um rap, Beto do Bandolim e, por fim, o Bloco da Saudade. Vai ser uma brincadeira que, se Deus quiser, dará certo”, disse Claudionor em conversa com o LeiaJá

Com direção de José Pimentel, o show é um resumo da carreira artística de Claudionor, que começou na segunda metade da década de 40 sob incentivo do irmão Abelardo da Hora – presente no Teatro de Santa Isabel para assistir à apresentação. Claudionor coleciona mais de 30 discos e é um dos principais divulgadores do frevo, tendo inclusive gravado 132 músicas de Capiba. 

Para Carmen Lima, que acompanha o artista desde a época dos bailes carnavalescos das décadas de 60 e 70, o romantismo é uma das marcas de Claudionor. “A imagem que eu tenho dele é que as músicas cantadas naquele tempo, saudosismo à parte, eram realmente músicas mais românticas. Falava-se muito mais do amor espontâneo e não dessa gozação toda. O carnaval até exige brincadeira, mas aquele romance de Claudionor não tem igual”, opinou. 

Paulo de Castro, um dos produtores do JGE, ressaltou a importância da presença de Claudionor Germano na programação do festival. “Na realidade nós já trabalhamos com o Claudionor Germano há 10 anos. E a produção do Janeiro de Grandes Espetáculos achou oportuno trazer o Dos oito aos oitenta, que é o grande show de Claudionor e é onde estão as figuras mais importantes do Carnaval de Pernambuco. Eu o chamo de Senhor Frevo, porque ele é a cara desse ritmo. Ninguém mais o representa como ele”, avalia Paulo.  

Ao longo do espetáculo, Germano apresentou canções como Maria Betânia, A Deusa da Minha Rua, É Hoje, Na cadência do Samba, Castigo e Me Dê Motivo, cantadas em coro com a plateia. O frevo não ficou de fora e, além das homenagens à Capiba, no final da apresentação o cantor convidou ao palco o Bloco da Saudade para cantar a música Valores do Passado. Isabel Bezerra, presidente da agremiação carnavalesca, demonstrou bastante entusiasmo em participar do show de Claudionor. “Ele faz parte da história do bloco e sempre esteve conosco nas nossas apresentações, então nós não poderíamos faltar a este convite e aproveitamos também para comemorar o aniversário dele e os nossos 40 anos de estrada”.   

Nesta segunda (20), Claudionor Germano comemora seus 80 anos de vida com show integrado à programação do 20° Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco. Dois oito aos oitenta será apresentado no Teatro Santa Isabel, às 20h. Os ingressos custam R$ 40 inteira e R$ 20 meia.

O show conta a trajetória artística de Claudionor com as canções mais representativas de sua carreira, desde as canções de seresta ao frevo, que o consagrou definitivamente no cenário musical. Com direção de José Pimentel, a noite terá também a participação de vários artistas entre eles a orquestra do maestro Ademir Araújo, Leonardo Sullivan, Expedito Baracho e Nonô Germano.

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Claudionor Germano é um dos principais representantes do frevo desde o fim da década de 1940. O cantor tem mais de 30 discos em sua discografia e, só de Capiba, gravou 132 músicas. Sua carreira foi incentivada pelo irmão Abelardo da Hora, artista plástico pernambucano.

Serviço

Dois oito aos oitenta- Claudionor Germano

Segunda (20) | 20h

Teatro Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio)

R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) | Vendas na bilheteria do teatro Santa Isabel e no site compre ingressos

(81) 3082 2830

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