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Renomados instrumentistas estarão, durante esta semana, no Paço Alfândega para o Guitarra Brasileira - Encontro de Guitarras. O encontro começa nesta terça (4), e vai até a próxima sexta (7), promovendo oficinas gratuitas com grandes nomes como Luciano Magno e Renato Bandeira. 

Ao todo, serão cinco oficinas gratuitas, ministradas pelos guitarristas Jubileu Filho, Luciano Magno, Júnior Xanfer, Zé Filho, Sidney Carvalho e Roger Franco. Encerrando a programação, uma edição especial da Hora do Frevo, às 12h, com apresentação de Luciano Magno e Banda, na Praça do Frevo.  

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Programação

Terça (4)

9h às 10h - Credenciamento

10h às 12h - Mesa de abertura, com Renato Bandeira e Luciano Magno

14h às 17h - Workshop de guitarra, harmonia e improvisação, com Jubileu Filho

 

Quarta (5)

9h às 12h - Workshop Guitarra Fusion-Improvisação - nível 1, com Júnior Xanfer

14h às 17h - Workshop Técnicas de guitarra com Zé Filho

 

Quinta (6)

9h às 12h - Workshop A música como ferramente de formação humana, com Sidney Carvalho e Roger Franco 

14h às 17h - Workshop Guitarra brasileira - Frevo, Baião, Choro, com Luciano Magno

 

Sexta (7)

9h às 12h - Workshop A música como ferramente de formação humana, com Sidney Carvalho e Roger Franco

12h às 13h - Apresentação da Hora do Frevo, com Luciano Magno e banda

 

Serviço

Guitarra Brasileira - Encontro de Guitarras

De terça (4) a sexta (7)

Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n - Bairro do Recife)

(81) 3355 9500

 

 

Agosto vai começar 'frevendo' no Recife. O Arrastão do Frevo, promovido mensalmente pelo Paço do Frevo, passa a ser realizado no primeiro domingo do mês, e não mais no último como de costume. Neste domingo (2), quem arrasta a multidão pelas ruas do Bairro do Recife é o Clube de Bonecos Seu Malaquias. A concentração é no Marco Zero, às 15h. 

O Clube de Bonecos Seu Malaquias completou 75 carnavais em fevereiro de 2015. Neste domingo (2), os bonecos colocarão o público para frevar pelas ruas do Recife Antigo até chegar ao destino final do cortejo, no Paço Alfândega. O evento é gratuito. 

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Serviço

Arrastão do Frevo com o Clube de Bonecos Seu Malaquias

Domingo (2) | 15h

Marco Zero

Gratuito

O programa Classificação Livre desta semana mergulhou na cultura de uma das civilizações mais antigas e importantes da humanidade. Conhecido por seus feitos grandiosos, como as pirâmides, o império Egípcio atrai até hoje uma legião de admiradores no mundo inteiro. E através da mostra "Museu do Egito", que está em cartaz no Shopping Guararapes, o público poderá desvendar os mistérios e encantos desta cultura, representada em mais de 250 peças da exposição.

Ainda nesta edição, o público vai conferir detalhes da passagem da Semana Nacional de Museus pelo Paço do Frevo, no Centro do Recife. A programação especial para os amantes do ritmo pernambucano contou com um passeio pelo espaço, além de uma aula de passos básicos para o grande público que compareceu na atividade.

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Para curtir o fim de semana, o Classificação Livre traz dicas na agenda cultural. Entre as atrações, está o Tributo a Raul Seixas, Power-Kon e Arraiá do Aviões.

O Classificação Livre é apresentado por Areli Quirino e exibido toda semana no Portal LeiaJá.

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Turistas e quem precisa almoçar no Bairro do Recife ganharam mais uma saborosa opção. O café Evoé, localizado no Paço do Frevo, na Praça do Arsenal, lançou seu menu de almoço com um prato especial por dia. De terça a sexta, é possível pedir o prato individual do dia. As opções são Abóbora do sertão (terças), Couscouz ao filé (quartas), Ceviche do Evoé (quintas) e Ciranda de tilápia (sextas). O preço é R$ 17,50.

O menu exclusivo, criado pela chef e dona do Evoé Kika Costa, foca em receitas leves, sempre com a presença de vegetais. "Eu sinto falta de uma coisa mais saudável e clientes que me conheciam de outros lugares começaram a pedir", explica Kika.

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Os pratos

Merece destaque a Abóbora do sertão, acompanhada de queijo holandês, charque desfiada, cebola caramelizada, rúcula e molho balsâmico reduzido. A mistura do salgado da charque com o doce da cebola é uma boa supresa ao paladar, que é somada ao leve amargor das folhas de rúcula, além de, claro, ao sabor da abóbora feita no forno.

O prato da quarta-feira é Couscouz ao Filé, um couscouz marroquino servido com diferentes legumes cozidos como abobrinha e cenoura, além de pimentão e uva passa, acompanhado de cubos de filé. O molho de vinho completa bem a receita, que tem sabor familiar a muita gente.

Nas quintas, a pedida é o Ceviche do Evoé, feito com tilápia fresca, cebola rocha e milho marinado em limão. "Além de buscar sabores familiares, usei também tendências como o ceviche para construir o cardápio", diz a chef.

Outra receita que merece a pedida é a Ciranda de Tilápia, servida toda sexta-feira. O filé de tilápia é servido com um molho de limão que leva um pouco de ricota para dar consistência. Mas o destaque é o acompanhamento, uma 'crepioca' de camarão com palmito e alcaparra. Espécie de crepe feito com goma de tapioca, a crepioca é uma ideia simples e saborosa, que mescla duas comidas tradicionais e adoradas por uma multidão. A Limonada fresh, batido com gelatina de limão, serve para acompanhar a refeição e refrescar também um pouco do calor característico do Recife.

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Nos fins de semana, o almoço não é servido. Mas vale a pena perguntar pelo prato que você quer mesmo que não seja o dia dele. Se os ingredientes estiverem disponíveis, você será servido.

O Evoé dispõe de opções de quiches e sanduíches com nomes que homenageiam diversos artistas. O artista plástico e galerista Augusto Rodrigues é lembrado em um sanduíche de pão de azeite com presunto, salame, queijo provolone e queijo prato finamente fatiado com pasta de queijo.

Uma boa refeição termina com a sobremesa, e a mais pedida do Evoé é a Tramela. É fácil entender: feito com creme de goiabada, requeijão e sorvete, o doce ainda tem uma farofa crocante. O requeijão equilibra o doce de goiaba e o sorvete evita que a mistura fique muito massuda.

Para terminar, nada melhor do que um café. E a chef Kika Costa sugere o Yaguara, produzido de forma orgânica no município pernambucano de Taquaritinga do Norte. "Eu sempre tento misturar ingredientes locais com de outras culturas, e é uma preocupação minha trazer para o Paço do Frevo coisas daqui", resume Kika.

Evoé Frevo Café

Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha - Bairro do Recife)

Terças, quartas e sextas | 9h às 18h

Quintas | 9h às 21h.

Sábados e domingos | 12h às 19h

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Músicos, estudantes ou simplesmente apreciadores do Jazz e do Frevo estiveram reunidos em um bate-papo para lá de descontraído. O projeto Do Frevo ao Jazz, realizado esta quarta-feira na capital pernambucana, reuniu nomes renomados da música. De um lado o americano Wynton Marsalis, conhecido pelo espectro do jazz e vencedor de 9 prêmios Grammy. Do outro, um velho conhecido dos carnavais de Pernambuco, Maestro Spok, cujo os arranjos elaborados traz para o frevo o legado jazzístico.  

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Cerca de 200 pessoas lotaram o Paço do Frevo para debater as particularidades dos dois estilos musicais, que remetem semelhança desde a sua criação as apresentações públicas. “Há muita semelhança na orquestração e no ritmo de jazz. A forma como fazemos música é muito parecida”, avaliou Marsalis. Imagens projetadas mostraram que a sombrinha é um item comum aos dois estilos. A plateia teve a oportunidade de ouvir explicações técnicas que denotam pequenas diferenças entre os ritmos. 

O trompetista paraibano, Ismael Carvalho, viu no intercambio cultural a oportunidade de aprofundar sua técnica. “A vinda de Marsalis para o Brasil foi muito boa, pois vai trazer influências para o nosso frevo, assim como eles levarão para o jazz. Aqui pude perceber diferenças básicas, como o dobrado militar, que lá é mais acelerado”. 

Responsável por intermediar o intercâmbio cultural, Spok ressaltou a importância de receber o trompetista e sua big band no estado. A primeira parada do americano no estado foi uma visita gratuita em Olinda, onde os artistas apresentaram um pouco da sua arte nas ruas da cidade histórica. “Receber Wynton Marsalis, que na minha opinião maior músico instrumental do mundo, e sua big band, é um sonho. Poder ouvir ele falar de suas experiências, da sua música, discutir as duas manifestações e a semelhança com o frevo, tem sido um momento importante para todos nós”, afirmou o maestro, completando que durante a passagem por Olinda, Marsalis fez uma demonstração do carnaval de Nova Orleans e pôde conhecer de perto a energia do carnaval de Pernambuco. 

Para o Maestro Newton Caivano, o evento é uma chance de projetar o tradicional ritmo pernambucano para o mundo. “A gente espera que com essa sistematização musical do frevo, que ele possa ser tocado em todos os locais do mundo da forma como ele é feito aqui na rua. Esse intercâmbio é a porta de entrada para essa projeção”. 

Questionado pela plateia se pretende voltar ao estado, Marsalis defendeu que quando a receptividade é boa o desejo de retornar é natural. “Plantamos uma semente pela nossa cultura, pela nossa arte. É com gestos que se conhece o desejo de se juntar e estabelecer um evento como esse”, concluiu Wynton Marsalis. 

Para finalizar a passagem do americano e sua big band pelo estado, a Spok Frevo Orquestra e os  músicos da Jazz At Lincoln Center Orchestra (JLCO) realizaram show gratuito, no Teatro Luiz Mendonça, localizado no Parque Dona Lindu.

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O Paço do Frevo abriu inscrições para seis cursos nas áreas de dança e música, Frevo Pilates, Prática de Orquestra - Frevo de Rua, Orquestra de Pandeiros, Curso Regular de Frevo, Frevo Aprendiz e Frevo de Bolso. As aulas começam neste mês e março e as mensalidades variam de R$ 40 a R$ 60. As inscrições devem ser feitas presencialmente no Paço do Frevo, no Bairro do Recife. 

O objetivo dos cursos é que o público possa estreitar o seu contato com esta expressão genuinamente pernambucana, reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. O curso Orquestra de Pandeiros será ministrado pela percussionista e baterista pernambucana Lara Klaus e é voltado para iniciantes e interessados em percussão popular. Também na área da música, Prática de Orquestra - Frevo de Rua é voltado para pessoas com domínio da escrita e leitura musical e que tenham o própri instrumento. 

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Na Escola de Dança do Paço serão quatro cursos. Para pessoas que queiram aprender os movimentos, coreografias e passos do frevo o indicado é o Curso Regular de Frevo. Para turistas, pesquisadores ou aqueles que preferem aulas particulares há o Frevo de Bolso. O Frevo Aprendiz é voltado especialmente para crianças de 7 a 10 anos. E  aqueles que se interessam por um trabalho diferenciado podem optar pelo curso Frevo Pilates que mistura as duas modalidades. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail cursos@frevo.org.br ou pelo telefone (81) 3355 9524. 

O Paço do Frevo comemora um ano de existência na próxima segunda-feira (9), dia em que também é celebrado o Aniversário do Frevo. A programação de aniversário reúne arrastões de frevo, orquestras itinerantes e passistas, cortejo de agremiações carnavalescas, debates, aulões de Frevo e exibição de filme. Durante a coletiva, também foi divulgado dados quantitativos em um balanço com a trajetória do espaço, que totalizou 122 mil visitas e 93 apresentações culturais desde a inauguração.

A secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, reafirmou em entrevista coletiva realizada na última quarta (4) a importância do frevo e a valorização do rítmo pelo Paço do Frevo. "O tamanho do nosso frevo se constrói agora com um espaço cultural compatível com sua importância", frisou. O Museu é um equipamento cultural da Prefeitura do Recife e foi construído através de uma parceria público/privada com a Fundação Roberto Marinho. O Paço do Frevo conquistou o financiamento de R$ 1,2 milhão através da Lei Rouanet.

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As celebrações de aniversário do Paço têm início nesta segunda-feira (9), às 6h30, com uma 'Alvorada Frevo' na Praça do Arsenal. Na ocasião, participam a Orquestra de Frevo e Banda do Rubinho, Clarins de Momo de Pernambuco, o Bonde Bloco Carnavalesco Lírico, passistas do Balé Brincantes de Pernambuco e porta-estandartes campeões do concurso do Carnaval 2014. Às 16h, a Orquestra Som Brasil e passistas do grupo Guerreiros do Passo vão sair da Praça do Arsenal, percorrer a Rua da Moeda e retornar à praça como parte de uma série de cortejos que sairão de cinco polos da cidade arrastando a população para celebrar a data.

Ainda hoje, o Paço do Frevo reunirá as campeãs do Grupo Especial em um Cortejo de Agremiações, que terá início às 17h30 em frente ao espaço cultural. O Clube Carnavalesco Girassol da Boa Vista, a Troça Carnavalesca Comunitária Mista Tô Chegando Agora, o Clube Carnavalesco Misto Tadeu no Frevo, o Bloco Carnavalesco Misto Madeira do Rosarinho sairão da Rua da Moeda em direção ao Museu. O cortejo contará também com a participação especial do Clube Carnavalesco Misto Bola de Ouro, um dos homenageados do Carnaval 2015 do Recife. Às 18h30, será realizado o corte do bolo de aniversário de um ano do Paço do Frevo, em frente ao centro cultural. 

Balanço

Com um ano de funcionamento, o equipamento cultural recebeu mais 122 mil pessoas. Só no mês de Janeiro de 2015,  mais de 17 mil visitantes estiveram no museu. Ao todo, mais de 23 mil pessoas participaram de visitas guiadas . Até janeiro de 2015, foram 93 apresentações culturais, entre bandas, artistas e agremiações. 

Programação de aniversário do Paço do Frevo

Segunda (9) - Dia do Frevo | Aniversário do Paço do Frevo

6h30  – ALVORADA (Praça do Arsenal/Paço do Frevo)

Clarins de Momo de Pernambuco | Orquestra de Frevo e Banda do Rubinho | Balé Brincantes De Pernambuco | Porta Estandartes Campeões do Concurso 2014 | O Bonde Bloco Carnavalesco Lírico

16h - ORQUESTRAS ITINERANTES E PASSISTAS (em 5 polos da cidade)

1 – Praça da Independência ao Pátio do Livramento: Orquestra Capiba/ Cia de Folguedos

2 – Pátio de São Pedro ao Mercado de São José: Orquestra Pequenininha Boa/ Passistas Foliões

3 – Praça Maciel Pinheiro à Rua da Aurora: Orquestra Amizarte/ Saltos Cia De Dança

4 – Praça Joaquim Nabuco ao Largo de Santo Antônio: Orquestra Freviocando Itinerante/ Cia de Dança e Teatro Luardat

5 – Paço do Frevo à Rua Da Moeda: Orquestra Som Brasil / – Guerreiros Do Passo

17h30 - CORTEJO DE AGREMIAÇÕES CAMPEÃS DO GRUPO ESPECIAL (Rua da Moeda ao Paço do Frevo)

Clube Carnavalesco Girassol da Boa Vista | T.C.M. Tô Chegando Agora | B.C.M. Madeira do

Rosarinho  | C.C.M Tadeu no Frevo (Clube de Bonecos) |Clube Carnavalesco Misto Bola de Ouro (Homenageado do Carnaval 2015)

18h30 – APOTEOSE DO CORTEJO DE AGREMIAÇÕES | CORTE DO BOLO (Em frente ao Paço do Frevo)

SEMANA DE FESTA

Terça (10) Lançamento do livro

Livro: “O Frevo Gravado: de Borboleta não é Ave a Passo de Anjo” de José Teles Show Josildo Sá (Evoé Frevo Café) – 17h | Acesso gratuito

Quarta (11) – “Sete Corações” especial

Exibição do filme “Sete Corações” – 14h

Roda de Maestros – Clóvis Pereira, Duda, Ademir Araújo, Edson Rodrigues, Guedes Peixoto com Mediação de Spok – 16h

(Praça do Frevo – 3º andar)

Acesso incluso no ingresso

Quinta (12) – Arrastão em homenagem ao Paço do Frevo

Com “Siri na Lata” e “Eu Acho é Pouco”

Concentração em frente ao Paço do Frevo – 17h

Saída da Praça do Arsenal  ao Marco Zero) – 18h

Sexta (13) – Aulão do Frevo “Vamos Cair no Paço”

(Praça do Frevo – 3º andar) –  Acesso incluso no ingresso – 10h e 11h

Hora do Frevo – Marcos FM e Orquestra Quebramar (Evoé Frevo Café) – Acesso gratuito – 12h

VISITAÇÃO DURANTE O CARNAVAL

15, 16 e 17/02 – Horário de funcionamento das 10h às 15h – Acesso incluso no ingresso – Maquiagem artística (adulto e infantil)

Aulão de frevo para os foliões (esquenta para o carnaval)

(18) (Quarta-feira de Cinzas)

Horário de Funcionamento 12h às 18h

Serviço

Paço do Frevo

Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife

R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia)

(81) 3355 9500

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Encerrando o 'daycase', uma das novidades do Porto Musical de 2015, a banda Saracotia animou o público em uma apresentação intimista e gratuita realizada no Paço do Frevo, Bairro do Recife, em frente a Praça do Arsenal. Com uma mistura de rítmos, o grupo apresentou os maiores sucessos da carreira musical.

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Na tarde deste sábado (7), o grupo formado por Rodrigo Samico, Rafael Marques e Hugo Medeiros (que substituiu o baterista da banda, Marcio Silva, que não pôde comparecer ao evento), encerrou o terceiro show 'daycase' do Porto Musical 2015, no Paço do Frevo. No repertório, canções como Das Holandas e Peixe estranho, inspirada no som de RadioHead.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, Rodrigo Samico, dono de dedilhados rápidos e precisos no violão da Saracotia, falou sobre a importância de participar do Porto Musical. "Está sendo massa fazer parte de um evento tão importante como o Porto, que reúne tanta atividade bacana em todos os âmbitos", disse.

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Samico ainda frisou que a banda deve lançar o segundo disco ainda em 2015. "É muito importante essa oportunidade que a gente recebeu. Vamos lançar o nosso segundo disco neste ano e eventos como esse aumentam a nossa visibilidae, nos dando mais oportunidades de mostrar o nosso novo trabalho a produtores, por exemplo", explicou. Com sete anos de estrada, a Saracotia foi contemplada em 2014 com uma turnê internacional.

Samico contou ainda como será o segundo disco da banda. "É um pouco diferente do primeiro, que é bem mais ao vivo. Nesse, a gente se permitiu criar uma sonoridade diferente, criamos todo um roteiro com um história por trás do disco", explicou.

O Saracotia, formado em setembro de 2008 pelos músicos Rafael Marques (bandolim de 10 cordas), Rodrigo Samico (violão de 7 cordas), e Marcio Silva (bateria), busca levar ao público uma música de interpretação livre através de poesias sonoras que traduzam sensações e estados emocionais.

Ao longo das suas seis edições, o Porto Musical ofereceu cerca de 170 conferências, com quase 250 convidados e 80 shows de artistas contemporâneos. Mais de 4.000 profissionais já participaram das conferências e encontros do Porto Musical e mais de 50 mil pessoas assistiram seus shows.

Programação de encerramento do Porto Musical 2015

Sábado (7)

Torre Malakoff
Feira Porto Exibe | 16h00 às 22h00

Praça do Arsenal
SHOWCASE - O TERNO (SP) | 20h00 às 20h40
SHOWCASE - THE BAGGIOS (SE) | 21h00 às 21h40
SHOWCASE - SKA MARIA PASTORA (PE) | 22h00 às 22h40
SHOWCASE - ANELIS ASSUMPÇÃO (SP) | 23h00 às 23h40
SHOWCASE - EL HIJO DE LA CUMBIA (Argentina) | 00h00 às 00h40
JUS NOW (Inglaterra) e CRIOLINA Djs (DF) | 00h40

O Porto Musical, um dos festivais mais importantes voltados para o mercado da música no Brasil, chega à sétima edição em 2015 e tem início nesta quarta-feira (4). Este ano, 11 conferências, 4 workshops, cerca de 400 rodadas de negócios, 24 horas de feira de produtos criativos, 22 shows e 3 daycases, com 15 bandas e 5 DJs, serão realizados em seis lugares diferentes do Bairro do Recife.

Entre as principais atrações musicais estão Marcelo Jeneci, Anelis Assumpção, El Hijo de La Cumbia, Juliano Holanda, Lira e DJ Dolores. Os shows são gratuitos e serão realizados na Praça do Arsenal. As inscrições devem ser feitas nesta quarta-feira (4) pessoalmente no Teatro Apolo, 10h30 às 18h00,  a taxa é de R$ 220.

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Conferências e Debates

Nesta quarta-feira (4), a programação do Porto Musical tem início com o workshop gratuito Música Tocando Negócios. Ministrado pelo especialista em gestão de negócios e bacharel em jornalismo, Leonardo Salazar, a aula pretende explicar os conceitos básicos a respeito do mercado fonográfico. O workshop será realizado no Teatro Hermilo Borba Filho, às 14h. As inscrições serão feitas na hora e no local.

Entre as principais novidades deste ano, o aumento na quantidade de Showcases é um dos destaques, que passa de 14 para 22, em relação a última edição do festival. Aém das apresentações que ocorrem à noite em um palco armado na Praça do Arsenal, também haverá showcases gratuitos durante o dia no Paço do Frevo, sendo chamados de DayCases às 13h.

Nos dias 6 e 7 de fevereiro, o Porto Musical promove ainda no Teatro Hermilo Borba Filho uma Rodada de Negócios com 28 empresas-âncoras reunindo gente de diversas partes do mundo, além de produtores brasileiros. Dentre os participantes estão Tom Paine e Malcolm Haynes, dois representantes do festival de Glastonbury, da Inglaterra, um dos mais importantes do mundo.

Quem também chega ao Recife a convite da produção é Amanda Jones, do selo Real World Records de Peter Gabriel, reconhecido por ser um dos mais inovadores do mundo com um catálogo de mais de 200 artistas. O músico Guilherme Arantes prepara uma conferência e um bate papo com o jornalista e crítico musical Marcus Preto sobre seus 40 anos de carreira.

O rapper Emicida também está na programação do evento como um dos palestrantes da edição. Ao lado de Evandro Fióti, irmão e produtor, o rapper prepara uma conferência sobre o projeto 'Laboratório Fantasma', que comanda em parceria com Evandro. 

As conferências e palestras contarão com convidados internacionais com Pablo Puerta, do Soundcloud, Crispin Parry, do British Underground - Inglaterra - e Peter Hvalkof, do Roskilde Festival, da Dinamarca.

Estão ainda entre os palestrantes e convidados do festival Octavio Arbelaez (Circulart - Colômbia), Jody Gillett e David McLoughlin (Brasil Music Exchange), Peter Hvalkof (Roskilde Festival - Dinamarca), Corinne Serrès (Mad Minute Music - França), Paula Abreu (Summer Stage Festival - EUA), Maria Carrascal (Agita Cultura - Argentina), Ivis Flies (Full Folk Festival - Equador), Fernando de Sousa (Fundação Casa da Música - Portugal) e Crispin Parry (British Underground - Inglaterra).

Música

Música paraense é destaque no Porto Musical

Entra as atrações do Porto Musical, o grupo peruano Cumbia All Stars é a reunião de alguns dos mais importantes representantes do gênero daquele país, prestando um tributo à sonoridade e também aos mestres da cumbia. Participam do projeto Lucho Carrilho, Lucho Reyes, Anibal Chapi, Manuel Pecho, Dante Reyes, Ernesto 'Sanguito Cadenas', Enrique Yllescas e Hector 'Chiquito' Mattos.

Já El Hijo De La Cumbia (HDC), de Buenos Aires, capital da Argentina, é um dos novos representantes do estilo. Misturando as raízes da cumbia a sonoridades como hip hop, reggae, dub e drum & bass, o 'filho da cumbia' traz novos ares para o ritmo dançante.

Negócios

Entre as novidades desta edição estão a Feira Porto Exibe, uma parceria com o SEBRAE, que apresentará produtoras, coletivos culturais e profissionais do setor de Economia Criativa. O SEBRAE também irá comandar as rodadas de negócios e promover capacitação durante a ação.

A Feira vai contar com a presença de grifes de moda e acessórios como Arte Primitiva, Atelier Cabana, Casa 87, Design Ecológico e Moulangerie, além do Movimento Cartonero de Pernambuco, stands do Centro Tecnológico de Cultura Digital, Assustado Discos, Ripohlandia e Revista MI. O evento seá realizado na Torre Malakoff e ficará aberta ao público em geral durante os dias 4 e 7 de fevereiro, das 16h às 22h. 

A previsão é que a Rodada de Negócios gere um montante de R$ 3,6 milhões em negócios durante o Porto Musical e nos 12 meses seguintes aos encontros em possíveis novos acordos e parcerias em acompanhamento por equipe do Sebrae.

O Porto Musical é produzido pela Fina Produção e Astronave Iniciativas Culturais em cooperação com a própria Womex e o parque tecnológico Porto Digital. A programação inclui seminários, rodadas de negócio, mesas-redondas e shows.

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Programação

Quarta (4)

Teatro Apolo

Inscrição e credenciamento | 10h30 às 18h00 

Teatro Hermilo Borba Filho

Workshop - Música tocando os negócios, com Leonardo Salazar | 14h00 às 18h00 

1ª parte - Carreira musical, talento  e gestão

2ª parte - Pitch: venda sua música, não a sua alma

*Este workshop possui acesso gratuito para não-inscritos

Torre Malakoff

Feira Porto Exibe | 16h00 às 22h00

Abertura | 19h00 às 20h00  

Praça do Arsenal

Showcase - Juliano Holanda (PE) | 20h00 às 20h40

Showcase - Feliz Robatto (PA) | 21h00 às 21h40 

Showcase - DJ Dolores (PE) | 21h50 às 22h30 

Quinta (5)

Teatro Apolo

MESA REDONDA - Economia Criativa e as novas possibilidades de mercado para a música, com Octavio Arbelaez, Chico Saboya e Luciane Gorgulho | 10h30 às 12h30 

CONFERÊNCIA - A expansão do Soundcloud e do streaming de audio pelo mundo | 14h00 às 15h00 

CONFERÊNCIA - O perfil do trabalho da música no Brasil, com Karina Poli | 15h30 às 16h30 

CONFERÊNCIA – O Forum Africano da música na Diáspora, com Sipho Sithole | 17h00 às 18h00

Teatro Hermilo Borba Filho

WORKSHOP - "Como promover sua música fora do Brasil", com Jody Gillett e David McLoughlin | 10h30 às 12h30

WORKSHOP - "Dicas e segredos para realizar turnês na Europa e nos EUA", com Corinne Serres e Paula Abreu | 14h00 às 16h00 

Portomídia

FRANCOIS PACHET EXPERIMENTS - Capturando o Estilo dos Músicos Brasileiros: Sessões e Experimentos | 14h00 às 17h00

ESPETÁCULO FOCO, com Helder Vasconcelos | 18h00 às 19h00

Paço do Frevo

DAYCASE - HUGO LINNS (PE) | 13h00 às 13h40

VISITA GUIADA AO PAÇO DO FREVO | 18h00 às 19h00 

Torre Malakoff

Feira Porto Exibe | 16h00 às 22h00

Praça do Arsenal

SHOWCASE - SAULO DUARTE E A UNIDADE (PA) | 20h00 às 20h40 

SHOWCASE - SISTEMA CRIOLINA (DF) | 21h00 às 21h40

SHOWCASE - MUNGOS HI FI (Escócia) | 22h00 às 22h40

SHOWCASE - MARCELO JENECI (SP) | 23h00 às 23h40 

SHOWCASE - RADIOLA SERRA ALTA (PE) | 00h00 às 00h40

Sexta (6)

Teatro Apolo

MESA REDONDA - Circulação na América Latina - Um mercado em descobrimento (Com Octavio Arbelaez, Antônio Gutierrez, Maria Carrascal, Ivis Flies e Flávio de Abreu) | 10h30 às 12h30 

CONFERÊNCIA - Oportunidades para o mercado Lusófono (Com Fernando de Sousa) | 14h00 às 15h00

ENTREVISTA - As Histórias por Trás das Canções - Marcus Preto entrevista Guilherme Arantes | 15h30 às 17h30

Teatro Hermilo Borba Filho

 WORKSHOP - "Distribuição Digital - Deezer, Rdio, Spotify, Napster, Google Play e iTunes: Como planejar seu lançamento nas principais plataformas digitais, redes sociais e imprensa / Monetização e Audiência no YouTube: Como melhorar a apresentação e a audiência de seu canal, da arte à programação" (Com Márcio Cruz) | 10h30 às 12h30

RODADA DE NEGOCIOS  | 14h00 às 18h00

Portomídia

FRANCOIS PACHET EXPERIMENTS - Capturando o Estilo dos Músicos Brasileiros: Sessões e Experimentos14h00 às 17h00

Paço do Frevo

DAYCASE - CARLOS MALTA DUO (RJ) | 13h00 às 13h40

Torre Malakoff

Feira Porto Exibe | 16h00 às 22h00

Praça do Arsenal

SHOWCASE - SAMBA DE COCO IRMÃS LOPES (PE) | 20h00 às 20h40 

SHOWCASE - MESTRE VIEIRA (PA) | 21h00 às 21h40 

SHOWCASE - CUMBIA ALL STARS (Peru) | 22h00 às 22h40 

SHOWCASE - LIRA (PE) | 23h00 às 23h40 

SHOWCASE - ANALOG AFRICA (Alemanha) | 00h00 às 00h40 

Sábado (7)

Teatro Apolo

 MESA REDONDA - "Música de Guerrilha: Como o artista sobrevive nas trincheiras das novas mídias" (Com Alexandre Matias, Gustavo Bittencourt, Bruno Cosentino e Raul Luna ) | 10h30 às 12h30 

 CONFERÊNCIA - "Estudo de Caso Brasil/UK Colaboração Criativa: Bass Culture Clash - Uma troca transatlântica"" (Com Jody Gillett, Crispin Parry e Monique Badaró) | 14h00 às 15h00 

 CONFERÊNCIA - "O Impacto da Música Tropical vintage na Cena Musical Mundial" (Com Sami Ben Redjeb e Dení Shain) | 15h30 às 16h30 

 CONFERÊNCIA - "A experiência  do Laboratório Fantasma" (Com Emicida e Evandro Fióti)  | 17h00 às 18h00 

Teatro Hermilo Borba Filho

RODADA DE NEGOCIOS  | 10h30 às 18h00 

Portomídia

 FRANCOIS PACHET EXPERIMENTS - "Capturando o Estilo dos Músicos Brasileiros: Sessões e Experimentos" | 14h00 às 17h00 

Paço do Frevo

DAYCASE - SARACOTIA (PE) | 13h00 às 13h40 

Torre Malakoff

Feira Porto Exibe | 16h00 às 22h00

Praça do Arsenal

SHOWCASE - O TERNO (SP) | 20h00 às 20h40 

SHOWCASE - THE BAGGIOS (SE) | 21h00 às 21h40

SHOWCASE - SKA MARIA PASTORA (PE) | 22h00 às 22h40

SHOWCASE - ANELIS ASSUMPÇÃO (SP) | 23h00 às 23h40 

SHOWCASE - EL HIJO DE LA CUMBIA (Argentina) | 00h00 às 00h40 

JUS NOW (Inglaterra) e CRIOLINA Djs (DF) | 00h40 

Devido ao aumento da circulação de pessoas no período de férias e prévias de Carnaval, os museus Paço do Frevo e Cais do Sertão, no bairro do Recife, irão funcionar nesta segunda (26) e nos próximos dias 2 e 9 de fevereiro. A iniciativa tem por objetivo aumentar as opções de lazer para turistas e moradores da cidade durante as próximas semanas. 

Localizado na Praça do Arsenal da Marinha, o Paço do Frevo é um espaço de valorização de uma das principais tradições culturais pernambucanas. As entradas de acesso ao local custam R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Já o Cais do Sertão, inaugurado em abril do ano passado no antigo Armazém 10 do Porto do Recife, é um museu que retrada a região mais seca do Estado. 

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Para que os visitantes tenham a impressão de estarem de fato no Sertão, o museu é dividido em sete territórios temáticos: Viver, Trabalhar, Ocupar, Cantar, Criar, Crer e Migrar. Para ter acesso ao espaço, as entradas custam R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia). Os dois museus funcionarão das 13h às 18h. 

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A acessibilidade tem sido pauta em diversos debates na sociedade brasileira. A temática é discutida amplamente em diversas esferas, buscando atingir o entendimento de que há a necessidade de promover iguais oportunidades a todos cidadãos. Em equipamentos culturais, a falta de investimento em prol do acesso universal à cultura ainda é uma barreira que portadores de alguma deficiência (PcD) têm de lidar diariamente.

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No Recife, com menos de um ano de inauguração, os museus Cais do Sertão, Paço do Frevo e Estação Central Capiba não possuem um conjunto completo de estrutura e materiais para auxiliar o público com deficiências mental, visual e auditiva - além de estrangeiros - na compreensão das obras de arte exibidas ou de materiais interativos.

De acordo com o Estatuto de Museus, lei 11.904/2009, os museus têm de proporcionar a "universalidade do acesso, o respeito e a valorização à diversidade cultural". Nas disposições finais do Estatuto, consta que após sua publicação, os museus teriam cinco anos para se adaptar as novas normas e estruturas. No cenário atual, no entanto, é possível perceber que pouco mudou. "Na adequação dos equipamentos culturais, a gente percebe que há uma grande preocupação com a acessibilidade física, construindo rampas, elevadores e banheiros acessíveis, mas acessibilidade vai muito além do que a estrutura física do espaço", explica a professora de Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Emanuela Ribeiro.

No último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 25% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência. A percentagem representa aproximadamente 45 milhões dos brasileiros, que podem sofrer com a falta de acesso a um bem cultural por terem limitações físicas ou mentais.

Cais do Sertão

Em abril de 2014, foi inaugurado o módulo 1 do Museu Cais do Sertão, no Bairro do Recife. O espaço é um dos equipamentos culturais , de Pernambuco com mais "tecnologias, tradições, desejos e sensações num só lugar", como diz em sua carta de apresentação. Ironicamente, em uma visita ao local, a equipe de reportagem do Portal LeiaJá constatou que ainda é escassa a presença da acessibilidade a todos os públicos.

Obras em formato de maquetes palpáveis, programação em Braille, legendas nos filmes exibidos nas cinco salas audiovisuais do museu e até mesmo opções de mudança de idioma em conteúdos interativos não fazem parte do moderno espaço expositivo. Em entrevista ao LeiaJá, o atual gestor do espaço, Célio Pontes, reconhece que o módulo 1 Cais do Sertão ainda não é acessível a todos os públicos. "Dentro de um mês estaremos realizando algumas mudanças para readaptar o museu", afirma. A assessora de Relações Institucionais do museu, Joana Chaves, informou que algumas mudanças já estão sendo programadas. "Traremos dentro de um mês cardápios de tradução em inglês e espanhol que falem sobre a exposição como um todo, audioguias e cardápio em Braille", esclarece.


Existem muitos elementos capazes de promover a acessibilidade a todos os públicos em espaços culturais. A museóloga Emanuela cita alguns: aparelhos de audiodescrição, audioguias, videoguias, materiais em Braille e profissionais preparados para lidar com visitantes diferentes. "Infelizmente, a gente tem um governo que ainda investe muito pouco numa maior qualificação dos equipamentos culturais da cidade e não prioriza a acessibilidade", diz a especialista.

Ela chama atenção para o fato de que a acessibilidade vai muito além do acesso de cadeirantes aos espaços culturais. "O investimento mais alto é a estrutura física para cadeirantes, que é presente em praticamente todos os museus do Estado porque é lei. Mas a acessibilidade de outras formas, embora seja acessível financeiramente, não desperta interesse", conclui Emanuela.

Paço do Frevo

Prestes a completar um ano, o Paço do Frevo, também localizado no Bairro do Recife, já atraiu mais de 100 mil pessoas desde a inauguração. Para a reestruturação do prédio onde funciona o museu, foram investidos mais de R$ 14 milhões. No Paço, existe a estrutura de acessibilidade física, com rampas, elevadores, pisos especiais e banheiros adaptados.

A falta de uma ‘cultura de acessibilidade’ pode atrapalhar quem precisa mesmo quando há toda a estrutura física disponível. Enquanto estava no Paço do Frevo, a reportagem do LeiaJá presenciou um fato que ilustra a necessidade desta cultura: uma cadeirante precisava subir no elevador e não havia nenhum guia para acompanhá-la. A filha da deficiente solicitou ajuda de uma das 'educadoras' que estava no elevador, mas ela alegou que não estava indo para o mesmo andar. "Acessibilidade não é só ter uma arquitetura apropriada. Ainda falta bastante essa cultura no Brasil e no Recife, principalmente", reforça a professora Emanuela Ribeiro.

A estrutura do Paço é dividida em três andares, com salas interativas, expositivas e de pesquisa. A maioria dos vídeos exibidos no museu conta com legenda, porém em uma das salas, que contém uma enorme quantidade de livros para os visitantes, nenhum deles está em Braille, o que prejudica a contemplação de um cego, por exemplo.

De acordo com o gerente de conteúdo do Paço do Frevo, Eduardo Sarmento, a acessibilidade tem sido uma pauta constante da gestão. "Nesses primeiros meses conseguimos estruturar uma acessibilidade física e também temos o intuito de tornar acessível o entorno do Paço", conta. Eduardo friza a importância de concluir novos desafios. "Neste momento, estamos construindo nosso repertório para garantir a acessibilidade de todas as formas. Em 2015, pretendemos desenvolver aplicativos que facilitem a comunicação com os visitantes, aprofundar a formação dos educadores e, de fato, garantir uma ampliação no público de visita", explica o gestor. "Queremos garantir que o maior número de pessoas possam visitar o espaço", conclui.

Estação Central Capiba (Museu do Trem)

A falta de acessibilidade (ou uma acessibilidade pela metade) é realidade em praticamente todos os espaços culturais da capital pernambucana. Reinaugurado recentemente, a Estação Central Capiba, localizada no centro do Recife, recebe em média 600 pessoas por dia. O museu passou por uma reforma que custou R$ 2,5 milhões.

O espaço ainda peca bastante em seguir o Estatuto dos Museus, com exceção da estrutura física para cadeirantes. Um guia - que preferiu não se identificar - comentou que cegos gostariam de tocar as peças em exposição no Museu, mas não há nenhuma luva especial para que se possa sentir o objeto através do tato. Os deficientes auditivos também sofrem, pois não há legendas nos vídeos nas salas de audiovisual do local.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o atual gestor e coordenador de artes visuais e conteúdo do Museu do Trem, Márcio Almeida, contou que há conversas diárias com a equipe e que, por não saber se continuará no cargo, não poderia prometer nada. "Sabemos que algumas coisas devem ser feitas pela gestão em relação à acessibilidade, Braille, outros idiomas. Atualmente, estamos vendo uma maneira de disponibilizar luvas para quem precisasse tocar nas peças, já estamos pesquisando isso", justifica Márcio.

Estrangeiros

De acordo com a Secretaria de Turismo e Lazer do Recife, no ano de 2014, no período do carnaval , cerca de 800 mil turistas visitaram a capital pernambucana. Dentre os turistas, existem os estrangeiros, que em grande parte não têm o domínio da língua portuguesa. Conhecer a cultura da cidade em equipamentos culturais é uma dos principais roteiros desses visitantes. No entanto, muitos esbarram na falta de investimento em tradução da exposição para outros idiomas e guias que não falam outra língua.

No Cais do Sertão, há poucas traduções de obras, e em materiais audiovisuais não há a opção de mudança do idioma. No Museu do Trem, o problema é grave. Praticamente nenhuma peça da exposição contém traduções para outros idiomas. O Paço do Frevo, no entanto, possui praticamente todas as obras traduzidas para o inglês. Ainda de acordo com o Estatudo do Museus, Art. 35. 'Os museus caracterizar-se-ão pela acessibilidade universal dos diferentes públicos, na forma da legislação vigente'. Embora há uma lei que guie os equipamentos culturais, não há um monitoramente desses espaços em sua maioria.

 

O Museu Paço do Frevo sedia, nesta sexta (12), o XV Fórum de Produção de Conhecimento e Inserção Social do Mestrado Profissional em Gestão Pública. Gestores culturais e representantes da sociedade civil vão compartilhar experiências e promover uma discussão sobre os modelos de gestão pública de museus e equipamentos culturais em todo o Brasil. A abertura acontece às 9h na sala Capiba. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail mgp.ufpe.eventos@gmail.com.

Segundo o gerente de Conteúdo do Paço do Frevo, Eduardo Sarmento, o evento tem o objetivo de traçar caminhos para o futuro nesta área além de debater sobre a atual gestão dos espaços culturais e avaliar os novos modelos de equipamentos culturais como Organização Social. 

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Os convidados para o debate são a museóloga Célia Maria Corsino, diretora do Departamento do Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o cientista político José Veríssimo Romão Netto, do Núcleo de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP) e Flora Maravalhas, do Instituto Brasileiro de Museus. Ainda participam Betânia Correa de Araújo, diretora do Museu da Cidade do Recife, e Vinicius Capillé, diretor de Planejamento e Gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).

Programação

8h30 - Credenciamento

9h – Abertura

9h30 – Mesa-redonda Gestão de museus e equipamentos sociais: desafios do Estado e das Associações de Amigos do Museu. Debatedores: Flora Maravalhas (Instituto Brasileiro de Museus), Betânia Correa de Araújo (Museu da Cidade do Recife)

12h - Intervalo

14h – Mesa-redonda Gestão de museus e equipamentos sociais: desafios do Estado e das Organizações Sociais (Os Debatedores: Vinicius Capillé (diretor de Planejamento e Gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão), Célia Maria Corsino (Departamento do Patrimônio Imaterial do Iphan), José Veríssimo Romão Netto (Núcleo de Políticas Públicas da USP)

Serviço

XV Fórum de Produção de Conhecimento e Inserção Social do Mestrado Profissional em Gestão Pública

Sexta (12)| 9h

Museu Paço do Frevo (Praça do Arsenal, s/n - Bairro do Recife)

Gratuito

(81) 3355 9500

Qual a prioridade no seu orçamento para a cultura? Criado nos moldes de outros vales largamente usados no Brasil, como os de alimentação e transporte, o Vale-cultura pode ser usado para atividades como ir ao cinema, comprar livros ou fazer um curso de dança, por exemplo. A ideia é proporcionar ao trabalhador formal uma maior vivência cultural e também injetar mais dinheiro na cadeia produtiva da cultura brasileira.

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Cada trabalhador recebe mensalmente um crédito de R$ 50 para ter acesso a atividades culturais como teatro, cinema, museus, shows e compra de produtos culturais. Além disso, cursos culturais também podem ser pagos com o cartão. Cada beneficiário - que receba até cinco salários mínimos de empresas com vínculo empregatício formal - tem descontado da folha de pagamento até 10% do valor do benefício, que acumula se não for utilizado.

"A implementação de programas como o Vale-Cultura tem dois objetivos: fortalecer o mercado consumidor de bens e serviços criativos e contribuir para a formação de cidadãos apreciadores e consumidores de cultura", afirma o Ministério da Cultura (MinC) em nota. Segundo o ministério, o potencial de investimento do Vale-Cultura nas cadeias produtivas é de R$ 25 bilhões por ano e pode chegar às mãos de 42 milhões de trabalhadores.

Regulamentado por decreto presidencial no final de agosto de 2013, o benefício ainda tem presença tímida em Pernambuco. Segundo dados do MinC, 4.671 cartões foram emitidos no Estado, 40% no Recife. O consumo total foi R$ 3.146.425,55 até o último levantamento realizado pelo MinC, em novembro, a pedido do LeiaJá. Os maiores gastos com o cartão Vale-cultura no Brasil são no segmento de Livros, jornais e revistas, que representou 74% do consumo total, cerca de R$ 33, 576 milhões. Em seguida vem cinema, com mais de R$ 7 milhões, e lojas de departamento, com mais de R$ 1 milhão.

Aceitação

Em pouco mais de um ano, 255 mil cartões foram emitidos em todo o Brasil, principalmente no Sudeste, que detém 61% deste número. No Nordeste, foram emitidos 29 mil cartões, principalmente na Bahia, que representa 27% deste dado.

Os cartões são criados em parceria com empresas como Ticket e Sodexo, que fazem a ponte com estabelecimentos comerciais para estes receberem pagamentos com o Vale-cultura. Porém, no Estado de Pernambuco, os dois eixos que ajudam a manter a inicitiva - empresas que emitem os cartões para seus funcionários e estabelecimentos que aceitam o Vale-cultura - ainda apresentam um número tímido.

O LeiaJá entrou em contato com mais de 15 possíveis recebedores, de cinemas a museus, para verificar se recebem o Vale-cultura como pagamento. A maioria ainda não aceita o benefício.

Instituições culturais importantes, como o Museu do Estado, Instituto Ricardo Brennand, Oficina Francisco Brennand e o Teatro de Santa Isabel também não fazem parte da rede credenciada a aceitar o cartão. Novas iniciativas em Pernambuco, como o Paço do Frevo e o Cais do Sertão também estão na lista dos que não recebem o Vale-cultura.

Vale Cultura começa a ganhar forma em Pernambuco

Vale-Cultura ainda é benefício desconhecido em Pernambuco

como Cinemark e a Kinoplex, que aceitam o cartão na hora comprar ingressos. Já em cinemas mais tradicionais, como Cinema São Luiz e o Cinema da Fundação, ainda não é possível fazer isso, principalmente pela falta de informatização da bilheteria. No caso da Fundação, a instituição já vem trabalhando no processo de modernização.Os mais procurados pelos beneficiáriosa, depois de livrarias, são as grandes redes de cinema

Alécas lojas que aceitam é a PassaDisco, que fica no Parnamirim. Porém o pagamento pelo cartão é raro. "Achei o projeto bacana, mas precisa ser mais divulgado. Ainda são poucos os clientes que procuram, por achar que não vale para CD e DVD. Fala-se mais em cinema, show e teatro", afirma Fábio Cabral, dono da loja.

Cursos artísticos e também instrumentos musicais fazem parte da lista de possíveis usos para o Vale-Cultura, mas, na Região Metropolitana do Recife, é difícil encontrar quem já aceite o pagamento. "Eu achei a iniciativa excelente, já que ele vale para muitos tipos de bens culturais, o que é importante", comenta o artista plástico Eugênio Paxelly, coordenador cultural da Lago Academia de Artes, em Olinda, que por enquanto ainda não aceita o cartão no pagamento de seus cursos. Ele afirma que a possibilidade vem sendo discutida.

Empresários interessados em oferecer o Vale-Cultura a seus trabalhadores podem se inscrever no programa através do site Vale-Cultura.

O Paço do Frevo abriu inscrições para os interessados em participar do I Encontro de Pesquisadores do Frevo: Estimulando Diálogos e Articulando Saberes. O objetivo do evento, que acontece nos dias 26, 27 e 28 de novembro, é estimular o debate sobre a importância do frevo e sua complexidade com relação aos seus aspectos estéticos, performáticos, simbólicos e históricos ao longo do tempo e na contemporaneidade. 

Um dos destaques da programação é a participação do multiartista Antônio Carlos Nóbrega que estará na mesa O frevo como tema de diálogo e troca de saberes, no primeiro dia do encontro. No mesmo dia, após a abertura do evento, haverá uma homenagem ao carnavalesco e pesquisador Zado Cabral, falecido no último mês de junho.

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Os interessados em participar como ouvintes podem se inscrever pelo site do Paço do Frevo ou, presencialmente, no Centro de Documentação e Memória Maestro Guerra-Peixe, no térreo do Paço. O horário de funcionamento do espaço é de terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 17h30. As inscrições são gratuitas. 

Pessoas diretamente envolvidas com o frevo e seu universo, ou profissionais do segmento de música, dança e integrantes das agremiações carnavalescas e pesquisadores da graduação e  pós-graduação, podem inscrever propostas para compor a programação da Roda de Diálogos - O frevo e seus campos: saberes, pesquisas e experiências. As propostas poderão estar relacionadas a relatos de experiência em torno de práticas e transmissão de saberes tradicionais ligadas ao ritmo. As inscrições também são feitas pelo site ou no Centro de Documentação e Memória Maestro Guerra-Peixe. O resultado das propostas aprovadas será divulgado no dia 14 de novembro no site do museu e a confirmação das inscrições acontecerá até o dia 21 de novembro. 

O Paço Do Frevo é um equipamento cultural idealizado com o objetivo de difundir um dos mais pernambucanos dos ritmos musicais, estimulando o grande público a vivenciá-lo e experimentá-lo além do carnaval. Para isso, soma-se ao rico acervo oferecido pelo museu, uma intensa e constante programação para os recifenses e visitantes. Neste final de semana, o Paço preparou três atrações para os apreciadores da música e da dança popular. 

Nesta quinta-feira (18), às 18h30, acontece o Quinta no Paço, com apresentação do grupo O Frevo É..., integrado por membros de quatro blocos (O Bonde, Cordas e Retalhos, Bloco da Saudade e Boêmios da Boa Vista). Além desses, 8 passistas brindam o público num espetáculo que transita entre os subgêneros do frevo como o frevo de bloco, de rua e o frevo-canção.

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Já na sexta (19), às 12h, a Hora do Frevo recebe a Contrabanda, um dos mais conceituados grupos do cenário instrumental de Pernambuco. Em sua primeira apresentação no museu, a banda, formada na década de 80, faz uma releitura diferenciada da execução do ritmo, utilizando linguagem jazzística para imprimir um forte conteúdo emocional às músicas.

No sábado (20), acontece a 3ª edição do projeto (Com)passo, com perfomance do músico músico Marcelo Sena e da dançarina Maria Agrelli, às 17h. O encontro dos dois artistas busca promover um diálogo entre a música e a dança lançando mão de muito improviso, uma vez que para ambos, sua vivência de frevo se resume a de foliões.

Serviço

Quinta no Paço com o grupo O Frevo É...
Quinta (18)|18h30
Paço do Frevo (Praça do Arsenal, Bairro do Recife)
R$6 (inteira) R$3 (meia)

Hora do Frevo com a Contrabanda
Sexta (19)|12h
Paço do Frevo (Praça do Arsenal, Bairro do Recife)
Gratuito

(Com)passo com Marcelo Sena e Maria Agrelli
Sábado(21)|17h
Paço do Frevo (Praça do Arsenal, Bairro do Recife)
R$6 (inteira) R$3 (meia)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Neste domingo (14), o Paço do Frevo realiza a 2º edição do Projeto Conexão Frevo, que visa incentivar o encontro entre gêneros musicais que dividem semelhanças estéticas. Na ocasião, se apresentam os músicos pernambucanos Geraldo Maia e Beto do Bandolim & Brasil Sonoro, que recebem os intérpretes do projeto Fado ao Centro, de Portugal.

No evento será realizado um encontro entre o fado português e o frevo pernambucano, visando incentivar o diálogo entre as duas linguagens musicais declaradas Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. 

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O show será realizado no 3º andar do Paço do Frevo, localizado no Bairro do Recife, a partir das 16h. O acesso está incluso no ingresso do centro cultural.

Serviço

Conexão Frevo

Domingo (14) | 16h

Paço do Frevo ( R. da Guia, s.n. - Bairro do Recife)

(81) 3355 9500

 

 

 

Devido à tragédia que aconteceu na última quarta-feira (13), levando à morte do ex-governador pernambucano Eduardo Campos e outros profissionais da comunicação do Estado, como Alexandre Severo e Carlos Percol, alguns eventos que seriam realizados entre esta quinta (14) e domingo (17) foram cancelados.

O show da cantora Maria Rita, que seria realizado sexta (15), foi o primeiro a ser cancelado, assim que a notícia da morte foi confirmada. A nova data da apresentação será divulgada na próxima segunda (18). O Maior Show do Mundo também foi adiado em uma semana, em vez do dia 16, o grande show acontecerá no dia 24 de agosto no Centro de Convenções.

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O Paço do Frevo, no Bairro do Recife, declarou luto de quatro dias e terá todas as suas atividades culturais - Quinta no Paço, Hora do Frevo e Arrastão do Frevo - suspensas a partir desta quinta-feira (14) até o domingo. Apenas as aulas programadas para o período estão mantidas.

O Museu da Cidade do Recife também cancelou a peça O Baú de Burle Marx, que seria encenada nesta sexta-feira (15) com exclusividade para escolas do Recife. A diretoria do museu já está entrando em contato com as instituições que iriam participar para comunicar sobre o cancelamento.

A produção do evento NET Cine Fun também cancelou a exibição que aconteceria no próximo domingo (17), no Barchef. O festival será prolongado em mais um final de semana e no dia 24 de agosto a programação normal será retomada com o curta Solidão Pública e do longa Cinema, Aspirinas e Urubus.

O Bairro do Recife, região onde a capital pernambucana nasceu em meados do século XVI, é sem dúvida uma das regiões mais ricas da cidade quando o assunto é cultura. Além de toda a aura histórica e arquitetônica que o bairro possui em espaços como a primeira Sinagoga das Américas, o Chanteclair, o Paço Alfândega, e os Armazéns do Porto do Recife, há no chamado Recife Antigo uma concentração de equipamentos culturais não vivenciada em outros cantos do Recife.

É que nos cerca de 100 hectares da ilha onde o Recife nasceu estão fixados, de uma ponta a outra, espaços como o Centro Apolo-Hermilo, Centro Cultural Correios, Centro Cultural Caixa, Cais do Sertão, Torre Malakoff, Paço do Frevo, Centro de Artesanato e futuramente o Festival Center, formado pelos Armazéns 12, 13 e 14 do Porto do Recife, ainda em reforma.

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Relação entre os equipamentos culturais

Estes espaços culturais - públicos e privados - estão vivendo o início de uma relação de cooperação entre si, no sentido de fomentar uma rede informal voltada ao turista e ao visitante. “A Secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife quer fazer um passaporte voltado ao turista e ao morador, com a proposta de que a pessoa visite vários espaços pagando um custo menor”, adianta Fátima Bulcão, gestora da Torre Malakoff. “A gente tem que pensar em ações conjuntas. O turismo no Bairro do Recife é um ponto forte da cidade e muitas vezes você quer fazer as coisas, mas não consegue dar continuidade. Acho que com a Prefeitura do Recife norteando este processo, dá pra se fazer algo mais em conjunto”, opina Fátima Bulcão. 

A assessoria de imprensa da Secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife confirmou que de fato existe o projeto citado por Fátima, cujo objetivo é criar um passaporte que dê benefícios àqueles que forem visitar mais de um equipamento cultural no Bairro do Recife. No entanto, detalhes sobre a iniciativa não foram revelados porque o projeto ainda está em formulação. Por outro lado, enquanto a ideia não é colocada em prática, o jeito é apelar para o bom e velho contato informal.

Para Carlos Carvalho, gestor do Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo-Hermilo, há entre os equipamentos culturais deste bairro uma relação bastante efetiva. “Ano passado realizamos oficinas e palestras no Centro Cultural dos Correios. Além disso, temos uma relação próxima com o Bairro do Recife. A gente sempre convida os alunos da Escola Municipal do Pilar, por exemplo, para assistir às sessões que oferecemos”, comenta.

Em paralelo, Paulo Braz, gestor do Paço do Frevo, que foi inaugurado há menos de seis meses e já teve mais de 50 mil visitantes, acredita que ainda não existe uma relação mais próxima entre os espaços culturais do Bairro do Recife, mas ressalta um fato novo que surgiu com a chegada de equipamentos como o Museu Cais do Sertão e o próprio Paço do Frevo. “Até então os turistas permaneciam apenas um curto período no Bairro do Recife e depois seguiam para Olinda. Aproveitando a chegada destes novos espaços culturais, estamos tratando com as agências de turismo para que elas permaneçam por aqui pelo menos durante metade de um dia”, revela Paulo.

De acordo com Tereza Miranda, gestora da Caixa Cultural Recife, os demais espaços que estão no Bairro do Recife vivem entre si uma forte interação com o apoio da própria prefeitura. “A gente se esforça porque um se apoia no outro. Se a pessoa for à portaria da Caixa Cultural vai encontrar material de divulgação de outros espaços culturais do Bairro do Recife. Além disso, os meus monitores e atendentes fazem visitas para trocar experiências, e há um intercâmbio de atividades muito bom. A gente fazia muito isso com o Santander Cultural, que fechou”, comenta Tereza.

Teatros do Apolo e Hermilo

Inaugurado no ano de 2000, o Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo-Hermilo é formado por dois importantes e antigos teatros do Recife. O Teatro Apolo foi inaugurado em 1842, e é considerado o primeiro teatro do Recife. Após funcionar por 18 anos, foi desativado e o prédio transformado em um armazém de açúcar, retomando a vocação para as artes cênicas apenas em 1981. Já o Teatro Hermilo Borba Filho foi inaugurado em 1988. Mas inicialmente os dois equipamentos não estavam geminados com a proposta de ser um centro cultural único.

De acordo com Carlos Carvalho, a relação do equipamento com o Bairro do Recife não é tão forte como a que o espaço tem com o Recife em si. “Mas em 2015 queremos implantar um processo de mais atividades diurnas, com o objetivo de alcançar essa população flutuante do bairro que trabalha nas empresas de TI. Neste sentido, já tivemos algumas conversas com o Porto Digital para pensar em parcerias”, revela o gestor do espaço.

Por se tratar de dois teatros municipais instalados em prédios históricos, a manutenção e reformas são constantes necessárias. Desde o ano passado foram realizadas no local pequenas obras, mas de importância fundamental, como uma reforma nos camarins e banheiros, a retirada do mofo, pintura da parte interna, compra de equipamentos de luz e de som, entre outras coisas. Para o ano que vem estão previstas obras mais estruturadoras. “Em 2015 iremos colocar em prática obras como o restauro de paredes, ajeitar as infiltrações, troca dos telhados, tudo em parceria com a URB (Empresa de Urbanização do Recife). Para o Hermilo, já temos uma licitação para criação dos projetos de serviço e até junho do ano que vem o espaço já deve estar em obras. No caso do Apolo ainda será iniciada a licitação”, explica Carlos Carvalho. 

Caixa Cultural Recife

Ao todo, existem sete Caixas Culturais espalhadas pelo país, em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza, inauguradas exatamente nesta ordem. No caso do Recife, a unidade foi inaugurada em maio de 2012, onde anteriormente funcionou a Bolsa de Valores Pernambuco-Paraíba, um prédio centenário de arquitetura eclética. A reforma durou cerca de quatro anos, mas manteve as características arquitetônicas do imóvel. “Inclusive durante as obras a gente fez um convênio com a Escola de Restauro, para que estudantes de lá trabalhassem na obra. Tivemos também acompanhamento de arqueólogos, e a reforma foi aberta para visitas de universidades e do Instituto de Arquitetos de Pernambuco (IAB-PE)”, revela Tereza Miranda.

Segundo a gestora do equipamento, a Caixa Cultural foi eleita o segundo melhor lugar pra ir de graça pela Revista Veja. “É um espaço que já entrou na vida cultural da cidade, e é gratuito. Quando tem um espetáculo que é pago, é a preço popular. O espetáculo mais caro que uma pessoa vai pagar aqui custa R$ 20”, comenta Tereza. Com pouco mais de dois anos de atuação, a Caixa Cultural ainda está tentando identificar o seu público, mas segundo Tereza Miranda, há no local um bom interesse em música e artes visuais por parte do público. 

“A gente tem também programas de arte e educação, como o Gente Arteira, que aqui ainda não foi instalado porque a gente depende de uma licitação”, comenta a gestora. No que diz respeito às licitações, há também uma proposta de implantação de um café na Caixa Cultural, mas que seja um espaço que dialogue com as atividades propostas pelo centro. “Estamos montando uma licitação para o café do centro cultural, mas estamos analisando a melhor proposta para implantar aqui porque não queremos um espaço pra se tomar café apenas. Queremos que o local tenha uma preocupação maior com a Caixa Cultural e que interaja com o programa Gente Arteira, por exemplo”, explica Tereza Miranda, que não sabe precisar quando esta licitação será lançada.

Torre Malakoff da 'arte e ciência'

O Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, administra dois espaços culturais no Bairro do Recife. Um de menor porte, que é uma galeria de artes visuais dentro do Centro de Artesanato, e a Torre Malakoff, localizada em frente à Praça do Arsenal.

Segundo Fátima Bulcão, gestora do equipamento, o espaço conta com uma programação contínua. “Nos últimos quatro anos, que é o período que eu estou lá, a programação só foi interrompida durante a reforma ou quando o Governo do Estado faz algum uso específico, como agora recentemente a Secretaria da Copa fez. Fora isso é uma grade intensa, principalmente no que diz respeito às exposições. É entrando uma e saindo outra, e essas exposições chegam à Torre Malakoff normalmente pelo Funcultura. A comunidade artística tem um carinho especial por aquele espaço”, opina Fátima. “Tem também a questão do observatório astronômico, que surgiu com a construção da torre e é muito importante e requerido. Dia de domingo, quando o espaço está aberto à visitação, normalmente tem uma fila enorme. A gente diz que a Torre Malakoff é arte e ciência”, explica a gestora.

A Torre Malakoff é um equipamento voltado para todas as artes, sem ter um único segmento. Neste sentido, o espaço abriga artes visuais, música, literatura e outras linguagens. “A gente inclusive brincou entre si por causa da exposição sobre Paulo Leminski que teve por lá, a Múltiplo Leminski. Aquela foi uma exposição que tinha tudo a ver com o conceito do equipamento”, comenta Fátima. Segundo ela, nos três primeiros meses do ano já se tem a pauta anual definida.

No que diz respeito à estrutura do prédio, em 2012 houve uma reforma no local, mas as condições ainda não estão boas, como fala a gestora: “É um prédio que fica na beira-mar e a questão da maresia interfere muito. Vai diminuir um pouco porque estão construindo o Museu Cais do Sertão ali na frente. Mas é algo que prejudica até os nossos computadores. A manutenção que esses prédios tombados exigem, que devia ser anual, mas só acontece de três em três anos, é muito difícil pro Estado”. 

Mesmo com os problemas, Fátima Bulcão acredita na importância da Torre Malakoff no nesta nova configuração do Bairro do Recife que está para surgir. “A Torre está no centro do mapa dos equipamentos culturais, e o próprio prédio em si desperta a curiosidade dos visitantes. Acho que ele é um ponto central e cobiçado pelos pensadores da cultura por conta da sua função estratégica“, defende.

Equipamentos do Bairro do Recife em reforma

Em relação ao Museu Cais do Sertão, que teve parte do seu projeto inaugurado no começo deste ano, a segunda parte da obra, conhecida como Módulo 2, está instalada numa área de 5,5 mil m2 e corresponde ao centro cultural com auditório para 280 lugares, salas para oficinas, restaurante-escola, café e espaços de ambientação, convivência e exposições. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, responsável pela construção do prédio, as obras físicas estão em fase de execução com previsão de inauguração no final de 2014.

Já a assessoria de imprensa do edifício Chanteclair, uma lenda viva do Bairro do Recife, informa que ainda estão sendo executadas obras de reforma na fachada e que os planos futuros do espaço não estão definidos. Outros equipamentos culturais que passam por reformas são os armazéns 12, 13 e 14, este último mais conhecido por ter sediados vários shows e espetáculos teatrais. Estes armazéns fazem parte do projeto Porto Novo Recife e representam o Festival Center, espaço de lazer, cultura e gastronomia com mais de 13 mil m².

Mais uma vez, a Mostra Brasileira de Dança (MBD) enche os palcos do Recife com bailarinos, coreógrafos e grandes espetáculos das diversas vertentes da dança. A 11ª edição da mostra, que começa nesta segunda-feira (28) e segue até o dia 10 de agosto, terá como homenageada a bailarina paulistana Mônica Japiassú. Há mais de 30 anos ela adotou o Recife como sua terra, é uma das fundadoras da Associação de Dança do Recife e responsável por incentivar a atividade na capital pernambucana. 

O evento não fica reduzido apenas a espetáculos, e também traz uma programação especial voltada para a formação e aperfeiçoamento, com oficinas de iniciação e reciclagem, seminários e exposições sobre a arte de dançar. Para abrir a mostra, serão realizadas nove oficinas, em diversos pontos da cidade.

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Os espetáculos começam apenas na sexta-feira (1º), com a Companhia de Dança Carlinhos de Jesus, do dançarino e coreógrafo de mesmo nome. O grupo se apresenta no Teatro de Santa Isabel, às 20h, com Aquarelas – treze bailarinos irão mostrar as variações coreográficas do samba, como o samba de gafieira e o percussivo, e outras manifestações das danças populares brasileiras. Além do Santa Isabel, os teatros Luiz Mendonça, Apolo-Hermilo, Barreto Júnior, Marco Camarotti, Teatro Arraial e o Paço do Frevo irão receber apresentações.

A mostra também vai contar com uma série de atrações pernambucanas, entre profissionais, amadores e escolas de dança, abrindo espaço para uma grande gama de intérpretes criadores e grupos, em estilos como o balé clássico, dança contemporânea, dança popular, dança de salão, dança de rua, dança árabe e até ligações com o teatro falado, o canto e a poesia. A programação completa, com todos os espetáculos, oficinas e locais de apresentações, estão disponíveis no site oficial da 11ª Mostra Brasileira de Dança.

Serviço

11ª Mostra Brasileira da Dança

Segunda (28) a 10 de agosto

R$ 3 a R$ 20

Neste domingo (27), o Paço do Frevo realizará mais um Arrastão do Frevo, que dessa vez será comandado pelo Clube Carnavalesco Misto Tadeu no Frevo. Como acontece no último domingo de cada mês, o arrastão traz as tradições do carnaval e toca os clarins para anunciar que o frevo irá invadir as ruas. O Arrastão do Frevo começa às 15h na Avenida Rio Branco, Bairro do Recife, e o desfile sai às 16h.

O Clube Carnavalesco Misto Tadeu no Frevo, que vai puxar o arrastão, foi fundado em 1986 por um grupo de amigos em Abreu e Lima e possui vários prêmios de concursos carnavalescos do Recife. A agremiação traz à frente um boneco gigante com cerca de 4 metros que parece ganhar vida com as primeiras notas de sua orquestra.

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Serviço

Arrastão do Frevo

Domingo (27) | 15h

Avenida Rio Branco – Bairro do Recife

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