Tópicos | Padre Julio Lancelotti

O Padre Júlio Lancelotti, conhecido por seu trabalho social para moradores de rua, elogiou a ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade-PE) em uma missa realizada, neste último domingo (17), na Capela de São Miguel Arcanjo, no bairro do Mooca, em São Paulo. Segundo o líder religioso, a pernambucana desempenha um papel fundamental na luta pelos direitos das mulheres.

"Marília Arraes lutou para que todas as mulheres tenham respeito na segurança menstrual, que todas as mulheres tenham direito. A gente sabe toda a luta que foi: o presidente (Jair Bolsonaro) vetou, não aceitou, depois derrubou o veto por oportunismo", falou o padre em referência ao Projeto de Lei que distribui gratuitamente absorventes, de autoria da ex-deputada.

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O Projeto de Lei, inicialmente, previa a distribuição gratuita de absorventes apenas para estudantes, em situação de vulnerabilidade social, de escolas públicas de todo o território nacional. No entanto, outras propostas se somaram, e a lei agora consegue contemplar, além das estudantes, presidiárias e mulheres em situação de rua ou vítima de vulnerabilidade social extrema.

No fim da missa, o líder religioso convidou Marília Arraes para o altar e pediu que ela se pronunciasse. “Seu avô (Miguel Arraes) faz parte da nossa história da nossa vida e eu quando lembro dele, lembro que ele deve ter sido amigo de Dom Helder. Nós gostaríamos de te ouvir e agradecer a tua luta, a tua ternura, a tua defesa das mulheres e do nosso povo empobrecido".

"Fico muito emocionada não somente por ser da terra que acolheu Dom Helder, que, na verdade, era cearense, mas por vermos São Paulo, uma terra que precisa tanto de trabalho social, ter na Igreja a representação do padre Júlio Lancelotti. E quero agradecer a todos que estão aqui pela resistência, a resistência que deve continuar. contra o fascismo, contra o ódio, contra tantas injustiças", afirmou Marília Arraes.

 

Na tarde dessa quarta-feira (7), três jovens negros foram impedidos de entrar no Golden Square Shopping, localizado na Avenida Kennedy, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Seguranças barraram a entrada dos adolescentes, que têm entre 13 e 16 anos de idade, associando injustamente um caso de furto em uma das lojas do centro comercial, mas que em nada tinha a ver com os menores. O caso, que pode ser enquadrado como injúria racial, foi compartilhado nas redes sociais pelo Padre Júlio Lancelotti.

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Lancelotti compartilhou a postagem do analista jurídico Luís Fernando Moreira, que presenciou a situação. Fernando representou os garotos judicialmente e foi o responsável pela abertura do boletim de ocorrência. Nas redes, ele relatou sobre a repercussão do caso em todo o país e também comentou sobre uma reunião relâmpago, realizada posteriormente com a administração do Golden.

“Hoje estive com dois jovens que sofreram ataques racistas. O outro amigo deles disse que também sofre com a patrulha dos seguranças. Mas hoje, depois da repercussão do ocorrido, eles disseram que os seguranças até deram boa tarde para eles. Ainda há muito o que fazer e nós faremos juntos”, escreveu na ferramenta de stories do Instagram.

Ainda segundo o analista, após a reunião com a gestão do centro comercial, ficou acertado que o shopping passará a adotar treinamentos e reeducação dos colaboradores com foco na diversidade e entendimento das diferentes vulnerabilidades sociais.

“Estive hoje pela manhã em uma reunião relâmpago com a administração do Golden Square Shopping. Conversamos sobre as atitudes racistas dos seguranças do shopping, a despeito dos três jovens negros que foram impedidos de entrar em suas dependências. Eles disseram que estão abertos a fomentar ações afirmativas para capacitar os jovens em situação de vulnerabilidade da cidade de São Bernardo do Campo, bem como irão investir em treinamentos e formações da segurança terceirizada do shopping Golden”, finalizou Moreira.

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