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Após 13 dias de trabalho, o Corpo de Bombeiros encerrou neste domingo, 13, os trabalhos de busca por desaparecidos e retirada de escombros no edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. Uma homenagem foi prestada ao serviço dos bombeiros. O incêndio e o desabamento do prédio de 26 andares ocorreram nas primeiras horas do dia 1º de maio. Neste sábado, 12, foi confirmado que as ossadas de duas crianças encontradas nos escombros do edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, nesta quarta-feira, 9, são dos gêmeos Wendel e Werner da Silva Saldanha, de 10 anos. Além deles, já foram identificados Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro e Francisco Lemos Dantas. A mãe dos irmãos, Selma Almeida da Silva, e mais três pessoas continuam desaparecidas: o casal Eva Barbosa Lima, 42, e Walmir Sousa Santos, 47, e Gentil Rocha de Sousa, de 54 anos. O nome deste último foi oficialmente adicionado à lista de desaparecidos na sexta-feira, 11, após sua família registrar um boletim de ocorrência de desaparecimento nesta manhã. Ele morava no prédio e, desde o incêndio, não foi visto por vizinhos e não entrou em contato com parentes.

Segundo o Núcleo de Biologia e Bioquímica do Instituto de Criminalística, o DNA recolhido dos remanescentes humanos de duas crianças encontrados apresentou vínculo genético com o material fornecido pela família dos gêmeos. Uma homenagem foi prestada aos bombeiros na manhã deste domingo após o encerramento oficial dos trabalhos. O governador de São Paulo Márcio França e o secretário da Segurança Pública Mágino Alves Barbosa estiveram no local.

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Segundo Barbosa Filho, os bombeiros "fizeram tudo o que podiam". O secretário afirmou ser provável que os corpos estejam na área do incêndio em estado já pulverizado.

"Os corpos podem ter sofrido os efeitos do calor excessivo no local e podem ter simplesmente pulverizado. Os bombeiros encerraram agora essa etapa do seu trabalho e, a partir de agora, vamos ter uma estabilização da área. O entulho que foi retirado volta para a cratera existente ali para estabilizar o terreno", afirmou o secretário.

O governador afirmou que a partir de agora a Prefeitura tomará conta da área. "Estamos aqui no Largo do Paissandu finalizando os trabalhos dos bombeiros tentando aqui do rescaldo que sobrou fazer a devolução da área para prefeitura. A gente lamenta bastante o ocorrido, as pessoas que se perderam aqui", disse. "Quero enaltecer o trabalho de quase 1700 bombeiros que trabalharam incessantemente desde o dia da ocorrência e conseguiram salvar muito mais vida. Eu quero cumprimentar todos esses profissionais, heróis dos bombeiros pelo trabalho feito até agora. Daqui para frente, a prefeitura vai tomar contar da área", afirmou.

O Corpo de Bombeiros encontrou na tarde deste domingo, 6, nos escombros do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou na terça-feira, 1º, partes de uma arcada dentária superior e inferior e partes de um rosto.

Segundo o tenente Guilherme Derrite, provavelmente seja do morador Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro,que morreu quando o prédio desabou." O material foi coletado e o Instituto Médico Legal (IML) realizará um exame para confirmar se os restos mortais são do Ricardo", disse Derrite.

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No local também foi encontrado uma corda com 15 metros. De acordo com o tenente, a corda apresentava uma ruptura e, possivelmente, seja a que Ricardo estava segurando na hora em que caiu.

O trabalho do Corpo de Bombeiros continua na retirada dos entulhos. Segundo o tenente a remoção dos escombros deve durar mais dez dias.

A 14ª edição da Caminhada das Lésbicas e Bissexuais tem como tema principal a violência contra lésbicas da periferia. A concentração do ato começou hoje (28) às 14h no Largo do Paissandu, no centro da capital paulista, e deve seguir em passeata até o Largo do Arouche, também no centro, onde serão feitas atividades culturais.

“Muitas vezes, as meninas têm que sair de seus bairros para vivenciar a sua vida afetiva aqui no centro, onde é um pouco mais seguro. Acabam não vivendo suas vidas em seus próprios bairros”, disse Cíntia Abreu, representante da Marcha Mundial de Mulheres e integrante da organização do evento. Segundo ela, esse problema é invisível aos olhos da sociedade.

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Cintia disse que o ato é uma homenagem também à morte de Luana Barbosa dos Reis, em abril deste ano, depois de ter sido espancada pela Polícia Militar, no interior de São Paulo. “Ela foi morta de uma forma extremamente violenta, todas nos poderíamos estar no lugar dela. Ela era uma mulher negra, mãe”, disse.

Participaram da marcha movimentos sociais, sindicais, partidários, estudantes, grupos de teatro e de cultura, além de mulheres da periferia. Outro assunto lembrado por Cintia foi o estupro praticado contra lésbicas. “O estupro corretivo é um método que usam contra as lésbicas para fazer virar mulher, para virar hétero. Aqui já tivemos esses fatos e não queremos tanto retrocesso”, lamenta.

Fabiana de Oliveira é feminista integrante grupo Mulheres Perifa, do Grajaú, extremo sul da capital paulista. “Sou atriz, negra, gorda e lésbica. E quando você é artista, existe um padrão, mas quando você o quebra, você sofre, porque as pessoas desdenham, não acreditam em você”, disse ela. “É importante a gente se fortalecer como LGBT, temos que estar mais fortes do que antes.”

Cíntia Barnabé e sua esposa Natália Cristina estão se preparando para  se tornarem pastoras na Igreja Cristã Contemporânea, que aceita o público homossexual. “A nossa Igreja acredita que o lugar da mulher é onde ela quiser. Outras igrejas colocam a mulher num lugar de inferiorização” disse. 

“Temos um entendimento de que somos uma Igreja para todos e o nosso fundamento é a família, tanto a homoafetiva, como a heteronormativa. O próprio senhor Jesus não foi aceito por todos” completou a futura pastora Cíntia.

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