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A Ponte Preta está aproveitando o fim da Série C do Campeonato Brasileiro para reforçar seu elenco para a reta final da Série B. O clube paulista acertou a chegada do atacante colombiano Paul Villero, de 24 anos, que estava no Náutico.

O jogador ainda não foi anunciado oficialmente, mas teve seu nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. Seu contrato com a Ponte Preta vai até 19 de janeiro de 2025. As negociações são possíveis porque a CBF permite que jogadores de times eliminados da Série C sejam contratados por clubes da Série B e registrados entre 3 e 15 de setembro.

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Paul Villero jogou profissionalmente no Paraguai e teve sua primeira experiência no Brasil nesta temporada. Foram 40 jogos pelo Náutico, a maioria como titular, atuando como ponta esquerda. Contribuiu diretamente com quatro gols e duas assistências.

Além de Villero, outros dois jogadores estão encaminhados: os meias Souza, também do Náutico, e Gabriel Santiago, do Vitória, ambos por empréstimo. Souza foi o principal nome do Náutico na temporada, com 41 jogos e 11 gols. Ele já defendeu a Ponte Preta, em 2010.

Já Gabriel pertence ao Vitória, mas também atuou no Náutico em 2023, com 26 jogos e cinco gols. Considerado revelação no time baiano, ele sofreu uma grave lesão no joelho em 2021 e busca se firmar novamente.

Após a derrota por 1 a 0 no dérbi com o Guarani, a Ponte Preta permaneceu com 31 pontos, em 14º lugar. O time volta a campo no sábado, às 17h, quando enfrenta o Sampaio Corrêa no Moisés Lucarelli, em Campinas (SP), pela 27ª rodada. Trata-se de um confronto direto contra o rebaixamento, uma vez que o adversário abre o Z-4, em 17º, com 27 pontos.

O atacante colombiano Paul Villero chegou ao Náutico no início desta temporada, oriundo do futebol paraguaio, e não precisou de muito para se firmar no time principal. Sob o comando do então técnico Dado Cavalcanti, o jovem de 24 anos, ganhou a titularidade. Panorama que não mudou com a chegada de Fernando Marchiori.

Villero fez 35 jogos como titular, dos 37 disputados pelo Náutico em 2023. Segundo o próprio, ele está "80% adaptado ao futebol brasileiro". Com bom humor, o jogador contou, em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o que ainda falta para os 100%: melhorar na finalização.

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Villero chegou ao Náutico no inicio do ano e se firmou na condição de titular. Foto: Tiago Caldas/CNC

Mas antes de contar sobre as cobranças para que finalize melhor, Villero relembrou como foi sua chegada ao Náutico: “Antes jogava em um time de Série B no Paraguai, fiquei cerca de 4, 5 anos e uma pessoa que trabalhou lá acabou vindo para cá, me disse da possibilidade de vir jogar aqui e acabei aceitando. Está sendo uma experiência muito boa para minha carreira, cresci em todos os aspectos, principalmente futebolístico e sigo aprendendo todos os dias”. 

Finalização

Uma das coisas que Villero diz querer aprender é “bater de chapa na bola como os brasileiros”. O atacante admitiu que precisa evoluir no fundamento de finalização e contou ainda como lida com as cobranças da torcida em relação ao tema. 

“Não é segredo que minha finalização não é a mais adequada, preciso aprender um pouco mais dos brasileiros como finalizam. (...) Eu entendo a cobrança dos torcedores, eles querem ver o time ganhar, querem ver Paul Villero fazendo gol e eu também quero. Tem comentários bons e ruins e tem que saber lidar com eles e trato de uma forma positiva, porque me faz crescer”, disse. 

E o segredo da finalização que Villero tenta desvendar é o “chapar na bola”, o famoso chute colocado, termo comum para o futebol brasileiro, mas que para ele ainda é um aprendizado. E um dos “professores” ainda está no elenco, o artilheiro Souza. O outro, porém, já deixou a equipe, era o companheiro de ataque Júlio, que hoje está no Maringá. 

“Quando termina o treino eu estou “chapando” na bola, como vocês dizem. Treinar, treinar e eu sei que vai dar certo. Souza sempre fala comigo como tenho que fazer, antes disso falava com Júlio. Em um jogo contra o Petrolina, que dei assistência para ele, e ele meteu uma bela chapa na bola, golaço e eu falava, quero fazer gol assim também”, contou.

Paul Villero durante treino de finalização no estádio dos Aflitos. Foto: Tiago Caldas/CNC

Cobrança até no prédio

O jogador, que já disse que enxerga as críticas pelo lado positivo, contou também que as cobranças acontecem até fora dos Afltios, mas que ele leva com bom humor: “Eu saio pouco, mas quando vou na padaria, ou no prédio mesmo em que moro, as pessoas perguntam se estou treinando finalização e eu sempre digo para ficar tranquilo que vai dar certo. Mas vai chegar o dia que Villero vai fazer gol todo jogo e vai ter o nome cantado nas arquibancadas”, afirmou. 

Villero, que foi titular na maioria dos seus jogos pelo Náutico nesta temporada, ressaltou a importância dos números alcançados por ele e que vê evolução no seu futebol em menos de um ano atuando no Brasil

“Estou muito feliz, jogar 35 jogos de 37 no ano é algo que é um mérito meu, me sinto feliz e minha família está orgulhosa de mim. Trabalho, faço as coisas bem, se tem algo que me marca na carreira é sempre ser voluntarioso, vontade de ganhar, de querer ir para cima, então isso eu transmito nos jogos’, completou.

O Náutico arrancou um empate na raça contra o Ypiranga, nesta segunda-feira (10), no Rio Grande do Sul, pela Série C do Campeonato Brasileiro. Dois gols alvirrubros foram marcados já nos acréscimos do jogo. O placar final foi de 3x3. O Timbu segue no G8, em 6° lugar, com 19 pontos.

O Jogo

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A partida começou com algum equilíbrio, mas logo o Ypiranga começou a levar perigo. Aos 17 Erik recebeu, girou sobre a defesa e, na cara do gol, só tocou por cima para abrir o placar. O Náutico não conseguia criar oportunidades com bola rolando, mas tentou responder aos 24 na bola parada de Souza que o goleiro defendeu. 

O Náutico cedia espaços nas costas da defesa que o Ypiranga aproveitava. Aos 28, Erik em jogada individual driblou a defesa e rolou para Jonatan Ribeiro, livre, fazer o 2x0. Mas aos 31, o cruzamento na área do Ypiranga ficou vivo e sobrou para Paul Villero fazer o 2x1. O Timbu pressionou na bola parada até o fim, mas não conseguiu chegar ao gol do empate. 

E foi o Ypiranga que assustou primeiro no segundo tempo, na bomba de Jonathan que Vagner defendeu. Quando o Náutico parecia que ia controlar o jogo, o Ypiranga chegou com um cruzamento da direita que William Barbio, no meio da área, fez o 3x1. 

Quando tudo se encaminhava para uma vitória do time de Erechim, o Timbu desencantou. Aos 45, Alisson Santos soltou uma bomba de fora da área e diminuiu. O empate milagroso foi aos 47, quando Victor Ferraz recebeu lançamento na área e bateu para deixar tudo igual.

Ficha Técnica

Competição: Campeonato Brasileiro da Série C 

Local: Estádio Olímpico Colosso da Lagoa (Erechim-RS) 

Ypiranga: ‪Caíque; Lucas Lopes, Windson, Ávila (Tito); Clayton (Ralph), Lorran (Islan), Erick Farias, J. Ribeiro; Willian Barbio (Ivan), João Pedro (MV). ‬Téc: Luizinho Vieira. 

Náutico: Vagner; Victor Ferraz, Danilo Cardoso (Elton), Odivan, Rennan Siqueira; Jean Mangabeira, Souza, Eduardo (Matheus Carvalho); Berguinho (Bryan), Paul Villero (Alisson Santos), Jael (Jeam). Téc; Fernando Marchiori.

Gols: Erick Farias, Jhonatan Ribeiro e Wiliam Barbio (YPI), Paul Villero, Alisson Santos e Victor Ferraz (NAU)

Arbitragem: Davi Oliveira 

Cartões amarelos: Windson e Clayton (YPI); Souza, Odivan e Bryan (NAU)

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