O atacante colombiano Paul Villero chegou ao Náutico no início desta temporada, oriundo do futebol paraguaio, e não precisou de muito para se firmar no time principal. Sob o comando do então técnico Dado Cavalcanti, o jovem de 24 anos, ganhou a titularidade. Panorama que não mudou com a chegada de Fernando Marchiori.
Villero fez 35 jogos como titular, dos 37 disputados pelo Náutico em 2023. Segundo o próprio, ele está "80% adaptado ao futebol brasileiro". Com bom humor, o jogador contou, em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o que ainda falta para os 100%: melhorar na finalização.
##RECOMENDA##Villero chegou ao Náutico no inicio do ano e se firmou na condição de titular. Foto: Tiago Caldas/CNC
Mas antes de contar sobre as cobranças para que finalize melhor, Villero relembrou como foi sua chegada ao Náutico: “Antes jogava em um time de Série B no Paraguai, fiquei cerca de 4, 5 anos e uma pessoa que trabalhou lá acabou vindo para cá, me disse da possibilidade de vir jogar aqui e acabei aceitando. Está sendo uma experiência muito boa para minha carreira, cresci em todos os aspectos, principalmente futebolístico e sigo aprendendo todos os dias”.
Finalização
Uma das coisas que Villero diz querer aprender é “bater de chapa na bola como os brasileiros”. O atacante admitiu que precisa evoluir no fundamento de finalização e contou ainda como lida com as cobranças da torcida em relação ao tema.
“Não é segredo que minha finalização não é a mais adequada, preciso aprender um pouco mais dos brasileiros como finalizam. (...) Eu entendo a cobrança dos torcedores, eles querem ver o time ganhar, querem ver Paul Villero fazendo gol e eu também quero. Tem comentários bons e ruins e tem que saber lidar com eles e trato de uma forma positiva, porque me faz crescer”, disse.
E o segredo da finalização que Villero tenta desvendar é o “chapar na bola”, o famoso chute colocado, termo comum para o futebol brasileiro, mas que para ele ainda é um aprendizado. E um dos “professores” ainda está no elenco, o artilheiro Souza. O outro, porém, já deixou a equipe, era o companheiro de ataque Júlio, que hoje está no Maringá.
“Quando termina o treino eu estou “chapando” na bola, como vocês dizem. Treinar, treinar e eu sei que vai dar certo. Souza sempre fala comigo como tenho que fazer, antes disso falava com Júlio. Em um jogo contra o Petrolina, que dei assistência para ele, e ele meteu uma bela chapa na bola, golaço e eu falava, quero fazer gol assim também”, contou.
Paul Villero durante treino de finalização no estádio dos Aflitos. Foto: Tiago Caldas/CNC
Cobrança até no prédio
O jogador, que já disse que enxerga as críticas pelo lado positivo, contou também que as cobranças acontecem até fora dos Afltios, mas que ele leva com bom humor: “Eu saio pouco, mas quando vou na padaria, ou no prédio mesmo em que moro, as pessoas perguntam se estou treinando finalização e eu sempre digo para ficar tranquilo que vai dar certo. Mas vai chegar o dia que Villero vai fazer gol todo jogo e vai ter o nome cantado nas arquibancadas”, afirmou.
Villero, que foi titular na maioria dos seus jogos pelo Náutico nesta temporada, ressaltou a importância dos números alcançados por ele e que vê evolução no seu futebol em menos de um ano atuando no Brasil
“Estou muito feliz, jogar 35 jogos de 37 no ano é algo que é um mérito meu, me sinto feliz e minha família está orgulhosa de mim. Trabalho, faço as coisas bem, se tem algo que me marca na carreira é sempre ser voluntarioso, vontade de ganhar, de querer ir para cima, então isso eu transmito nos jogos’, completou.