Ao assistir aos treinos do Sport, muitos se questionam: Falcão participa ativamente da preparação ou só observa seu auxiliar, Thiago Gomes, comandar as atividades? Isso porque, em vários momentos, o treinador rubro-negro é, de fato, encontrado à beira do gramado, enquanto seu 'pupilo' coloca o elenco para suar a camisa. De acordo com o presidente do Sport, João Humberto Martorelli, trata-se apenas do estilo de trabalho do técnico. O mandatário rechaçou qualquer crítica ao comandante leonino e não economizou nos elogios ao trabalho que ele vem desempenhando até o momento.

"Falcão é um técnico que atua de forma extremamente tradicional. Mas está diretamente envolvido no trabalho de campo, na execução de todas as atividades. Ele tem um auxiliar que o ajuda em seu trabalho, mas as decisões são do treinador", minimizou Martorelli. E exaltou: "Inclusive, vale ressaltar que ele tem feito um trabalho magnífico no Sport".

Após o pronunciamento do presidente sobre o assunto, quem aprofundou a temática ainda mais foi o executivo de futebol rubro-negro, André Zanotta. Fazendo menção à Alex Ferguson (ex-técnico do Manchester United, da Inglaterra), o dirigente ressonou as palavras do presidente, garantindo que Falcão é quem 'bate o martelo' na preparação do elenco e que a figura do treinador, por si só, traz poder de barganha ao clube durante as negociações por reforços.

"Um ótimo exemplo é o do Alex Ferguson. Ele passou mais de vinte anos no comando do Manchester United, e nem sempre estava presente em campo. Dava as coordenadas aos seus subordinados, mas comandava todo o trabalho. No caso do Falcão, ele tem alguns momentos de observação, mas participa ativamente", observou. E garantiu: "É óbvio que o Thiago (Gomes) não está dando treino sem o devido aval do treinador. Antes de tudo, eles sentam e definem tudo. O mesmo acontece quando o (Paulo) Paixão promove atividades físicas".

Figura principal na atuação do Sport no mercado da bola, Zanotta revelou a importância do treinador rubro-negro fora do trabalho de campo. "Muitas vezes o nome do Falcão pesa na decisão de atletas que pretendemos contratar. Em vários casos, eles querem vir só por saber que ele é o nosso técnico", declarou o executivo de futebol.

A seleção brasileira realizou nesta quarta-feira o seu primeiro treinamento com bola em Seul, na preparação para o amistoso com a Coreia do Sul, marcado para o próximo sábado, às 8 horas (de Brasília). Apesar disso, o técnico Luiz Felipe Scolari não indicou qual escalação pretende colocar em campo.

Na atividade, realizada no centro de treinamentos da seleção sul-coreana, Felipão comandou um trabalho técnico e tático, mas sem esboçar uma formação, tanto que o goleiro Victor chegou a ser utilizado como jogador de linha, para completar uma das equipes, pois o lateral-direito Maicon foi cortado por estar lesionado, e outros convocados treinaram fora de suas posições originais.

Há preocupação da comissão técnica com o desgaste físico dos jogadores, pois todos enfrentaram uma desgastante viagem até Seul, palco do primeiro amistoso da seleção brasileira na Ásia - na próxima terça-feira, a equipe dirigida por Felipão vai enfrentar a Zâmbia em Pequim.

Preparador físico da seleção brasileira, Paulo Paixão explicou a decisão de cancelar o treinamento com bola em Seul, que estava marcado para terça-feira, quando os jogadores fizeram apenas trabalhos físicos no hotel onde estão concentrados. Ele destacou também a vontade apresentada pelo grupo na primeira atividade com bola na Ásia.

"Eu fiz um aquecimento com um joguinho de 10 minutos e o tempo passou voando, porque foi muito pegado. Isso é ótimo. Ontem, ficamos na musculação, um trabalho importante após uma viagem tão longa, com trabalhos para os membros superior e inferior e exercícios funcionais. É bom tê-los com tanta motivação", disse, em entrevista ao site da CBF.

Em preparação para o amistoso de sábado, o Brasil voltará a treinar nesta quinta-feira, novamente no centro de treinamentos da seleção sul-coreana.