Tópicos | Paulo Rebello Filho

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que, durante o ano de 2020, acionistas da operadora de saúde HapVida realizaram 6 contribuições financeiras ao partido Progressistas. De acordo com o senador, as contribuições totalizaram R$ 300 mil. Em crítica à relação da operadora de saúde com o partido, Randolfe disse que existe uma "relação nada republicana entre este partido político (Progressistas) e a apropriação do público como se privado fosse".

"Chama a atenção isto, veja, são as contribuições financeiras, as doações do setor privado, sobretudo o setor de planos de saúde, ao partido Progressistas. Essas contribuições aumentaram sobretudo em 2020", afirmou Randolfe.

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No alvo das críticas de Randolfe, estava o líder do governo, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), tesoureiro do partido. De acordo com Randolfe, desde 2018, época em que Barros atuava como ministro da Saúde do governo de Michel Temer, o Progressistas tem "o controle da máquina da saúde pública no Brasil", disse.

A operadora de Saúde está na mira da CPI, assim como a Prevent Senior, por ter sido acusada de obrigar médicos a adotar a o "kit covid" como medida para lidar com a covid-19.

O presidente Jair Bolsonaro desistiu de indicar o advogado Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho para o cargo de diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Atual diretor do órgão, o servidor foi chefe de gabinete do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Progressistas-PR), hoje envolvido em suspeitas de corrupção na compra de vacinas contra a Covid-19, quando o parlamentar era ministro da Saúde, durante o governo Michel Temer (MDB).

A retirada da indicação consta em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) publicada ao final da noite desta terça-feira (6) e vem horas antes da apreciação do nome de Rebello Filho pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. A sabatina estava marcada para as 9 horas desta quarta-feira (7). A relatoria da indicação estava nas mãos do senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso.

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De acordo com a ficha de nomeação, Rebello Filho está na diretoria da ANS desde 2018. Já trabalhou nos ministérios da Saúde e da Integração Nacional e já foi conselheiro da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e da Caixa Participações.

Embora siga líder do governo na Câmara, Ricardo Barros tem pedido força na administração federal enquanto é bombardeado por denúncias de corrupção. Na semana passada, Roberto Ferreira Dias, ligado ao deputado, foi exonerado do cargo de diretor de logística do ministério da Saúde. A demissão foi anunciada após a Folha de S.Paulo publicar uma entrevista com Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante autônomo da empresa Davati Medical Supply, que relatou ter recebido de Dias um pedido de propina para a pasta fechar a compra de vacinas contra a Covid-19.

Além da ligação com o suposto solicitador de propina, Barros está envolvido no caso Covaxin. O parlamentar é ligado à Global Gestão em Saúde, empresa com o mesmo quadro societário da Precisa Medicamentos, intermediadora no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech, produtor da vacina Covaxin. O contrato para aquisição do imunizante, já cancelado pelo ministério da Saúde, está sob o escrutínio da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid por suspeitas de irregularidades. Barros será convocado a depor no colegiado.

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