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O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), apresentou uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 para garantir um crescimento de 0,6% dos gastos federais acima da inflação no próximo ano.

A proposta do parlamentar determina que esse aumento real das despesas seja mantido mesmo que isso signifique não cumprir a meta fiscal, já que os contingenciamentos (bloqueios preventivos) de recursos teriam de ser menores.

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A emenda de Randolfe reflete um entendimento já explicitado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em relação ao arcabouço fiscal. A nova regra para as contas públicas, que entrou em vigor este ano, tem um intervalo para o crescimento real (acima da inflação) das despesas que vai de 0,6% a 2,5%, diferentemente do antigo teto de gastos, que limitava o aumento dos gastos à variação da inflação.

No texto da emenda, Randolfe argumenta que é preciso adaptar a LDO às novas regras fiscais, já que o governo enviou o projeto das diretrizes orçamentárias ao Congresso antes da aprovação do arcabouço. "Um dos principais objetivos do Regime Fiscal Sustentável, como se sabe, foi o de atenuar os ciclos econômicos por meio da criação de um mecanismo anticíclico de crescimento real das despesas primárias", justifica o senador.

O parlamentar afirma ainda que o limite máximo de 2,5% para o crescimento real das despesas significa que os gastos não aumentarão acima do crescimento econômico médio do País, ao mesmo tempo que o piso de 0,6% garante a manutenção e a expansão de políticas públicas. "Evita-se, assim, o contingenciamento de despesas que, no passado, ocorriam em momentos de recessão econômica no mesmo ano civil."

Haddad disse na última sexta-feira, 17, que eventual bloqueio preventivo de recursos no ano que vem para cumprir a meta fiscal pode ficar entre R$ 22 bilhões e R$ 23 bilhões. Em reunião no dia anterior no Palácio do Planalto, o ministro havia mencionado que o contingenciamento não ultrapassaria R$ 26 bilhões, como antecipou o Estadão.

De acordo com o chefe da equipe econômica, os cálculos que apontam um valor de R$ 53 bilhões levam em conta a regra de bloqueio de até 25% das despesas discricionárias (não obrigatórias, como investimentos e custeio) para garantir o funcionamento da máquina pública. Mas, no entendimento de Haddad, essa regra não se sobrepõe à banda (intervalo) de crescimento real das despesas no arcabouço fiscal.

"O marco fiscal, que foi aprovado e que foi comemorado internacionalmente como uma inovação do Brasil, estabelece que o desempenho do gasto público do ano seguinte não pode ser inferior a 0,6% em termos reais, nem superior a 2,5% em termos reais", declarou Haddad.

Apesar das declarações de Haddad, de que o piso para o crescimento de despesas já é garantido pelo arcabouço, já há uma série de dúvidas de interpretação entre os economistas sobre a execução do Orçamento com as novas regras, como mostrou o Estadão - e, consequentemente, qual valor poderá ser contingenciado para o cumprimento da meta fiscal.

Na avaliação do economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, a interpretação da Fazenda pode criar risco fiscal. "O problema dessa arriscada estratégia é introjetar nas possibilidades de gastos um volume muito alto de despesas discricionárias. Para ter claro: se o corte ficar em R$ 25 bilhões, e não puder chegar ao máximo de R$ 52,7 bilhões (25% da dotação orçamentária proposta, conforme regra do arcabouço) ou a um volume próximo a esse, então um risco fiscal poderá se materializar", afirmou o especialista, em nota.

O vaivém da meta

As declarações de Haddad se inserem em um contexto de dúvida sobre o cumprimento da meta de zerar o déficit das contas públicas ano que vem. Há ceticismo no mercado financeiro, no Congresso e no próprio governo.

Esse objetivo fiscal foi estabelecido pelo ministro da Fazenda, mas enfrenta a resistência do titular da Casa Civil, Rui Costa, que quer evitar um grande contingenciamento de recursos para cumprir a meta, principalmente em relação às verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no fim de outubro, que o governo "dificilmente" conseguiria cumprir a meta ano que vem e frisou que não quer bloquear recursos de investimentos para garantir que o objetivo fiscal seja alcançado.

Rui Costa sugeriu alterar a meta agora na LDO para um déficit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), mas Haddad venceu a queda de braço e ganhou tempo para continuar tentando aprovar medidas no Congresso que elevem a arrecadação federal em 2024.

O governo terá uma noção melhor sobre a necessidade de bloqueio preventivo de recursos para cumprir a meta em março, quando sai o primeiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias de 2024.

Pelas regras do novo arcabouço fiscal, em caso de descumprimento da meta, que tem uma banda de 0,25 ponto porcentual (ou seja, um déficit de 0,25% do PIB em 2024 ainda configuraria cumprimento do objetivo fiscal), o crescimento das despesas no ano seguinte fica limitado a 50% do aumento da receita. O limite padrão é de aumento dos gastos em até 70% do crescimento da arrecadação.

A previsão é de que a LDO seja votada ainda esta semana na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Legislativo. O relator do texto, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), deve apresentar seu relatório final até terça-feira, 21. Depois de passar no colegiado, a proposta ainda será analisada no plenário do Congresso, que reúne todos os deputados e senadores.

Um dia após a aprovação do marco temporal no Senado, nesta quinta-feira (28), o presidente Lula (PT) já se movimenta para vetar a proposta. O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a ilegalidade da matéria na semana passada.

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede), assegurou que vai pedir ao presidente para vetar o projeto que trata sobre a demarcação das terras indígenas e alcançou os votos para ser aprovado nas duas casas do Congresso.

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Lula pode rejeitar todo o texto ou aprová-lo parcialmente, mas já teria anunciado que a proposta não seria aprovada da íntegra. A partir da decisão do presidente, a oposição pode aprovar com os destaques ou derrubar o veto.

Assim, as regras do marco temporal seriam promulgadas pelos próprios parlamentares e, em seguida, passariam por uma nova avaliação dos ministros do STF.

Caso aprovada, a lei deve ser mais uma vez barrada em um novo julgamento do STF. Dessa forma, a oposição se antecipou e apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o assunto no Senado, mas depende do apoio de mais apoiadores para dar início ao rito de aprovação.

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou a jornalistas que deseja aprovar a "convocação" do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para prestar depoimento à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado o "quanto antes".

Desde a aprovação da autonomia do Banco Central, o presidente da autarquia, porém, perdeu status de ministro e, assim, não pode ser convocado à CAE - é apenas convidado a comparecer.

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Questionado se o governo apoia o que chamou de "convocação" a Campos Neto, Randolfe respondeu: "É uma iniciativa minha."

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, disse nesta terça-feira, 20, que a nova regra fiscal deve ser votada pelo Senado amanhã. De acordo com ele, a tendência é que a Câmara faça sua nova avaliação sobre o projeto no começo de julho.

A nova regra fiscal está em discussão na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Nesta terça, o relator, Omar Aziz (PSD-AM), leu o relatório. Não houve deliberação porque foi feito pedido de vista (mais tempo para analisar) por senadores de oposição.

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"Na programação que nós temos, deve ser pedida vista. Vota-se amanhã no plenário da CAE. Amanhã à tarde votaremos no plenário do Senado. Estará pronta para, após a pauta da Câmara ser destrancada, ser votada no plenário da Câmara", declarou Randolfe.

O líder do governo disse que não deve haver tentativa de alterar, no plenário do Senado, as regras para reajuste do limite de despesas do governo pela inflação. A manobra foi cogitada por senadores. Poderia liberar mais recursos para o Executivo gastar em 2024.

Não houve acordo com a Câmara sobre o tema. Isso é indispensável porque os deputados terão a palavra final sobre o projeto. Poderão descartar total ou parcialmente as alterações que os senadores fizerem.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), falou, em entrevista à GloboNews, sobre a expectativa de aprovação do nome do advogado Cristiano Zanin, no Senado Federal, para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Cristiano Zanin será aprovado na sabatina do Senado, e deverá ter até 62 votos", disse Randolfe.

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Tramitação

O relatório do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) sobre a indicação de Cristiano Zanin para o cargo de ministro será apresentado nesta quinta-feira (15) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Nesta semana, o advogado esteve com senadores em busca de apoio para a sabatina que ocorrerá em 21 de junho. Logo em seguida, caso seja aprovado, o nome dele será levado ao plenário da Casa Alta.

*Com a Agência Senado

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse nesta terça feira, 2, que a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os ataques às sedes dos Poderes em 8 de janeiro pode ficar para daqui a duas semanas.

"Eu acho que é mais provável a instalação ocorrer sem ser na semana que vem, na seguinte", disse ele. Randolfe afirmou que definições como presidente da comissão e relator são para depois da escolha dos integrantes do colegiado pelos líderes de bancada.

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Ele afirmou que falta o Senado definir uma questão de ordem sobre quantos representantes cada bloco partidário da Casa terá na CPMI. E que há questão sobre o mesmo assunto na Casa.

"Há uma questão sobre proporcionalidade da Câmara, que não está bem resolvido. Ainda me falta confirmar, mas tem alguns partidos que não têm liderança. Se não tem liderança não pode fazer a indicação. Então tem que repactuar a composição lá", disse Randolfe.

Randolfe declarou que o "mais adequado" é a presidência do colegiado ficar com um senador. A tendência, hoje, é o presidente ser deputado e o relator um senador. O líder do Governo afirmou que os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) são bons nomes para assumir um dos dois cargos no colegiado.

Ele também disse que espera que o União Brasil, que tem integrantes comandando ministérios, indique congressistas alinhados com o Executivo. Setores de oposição da sigla tentam emplacar Sergio Moro (União Brasil-PR) em uma das vagas de titular.

"Eu tenho confiança que as indicações do União Brasil serão coerentes com o apoio que dá ao governo. As indicações de membros efetivos serão de pessoas alinhadas com o governo", declarou Randolfe.

Ele deu as declarações a jornalistas no Senado, depois de sair do plenário.

O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta segunda-feira, 10, que a relatoria do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) deve ser entregue ao MDB da Câmara. Já a relatoria do Plano Plurianual (PPA), com o PT da Câmara.

Os nomes serão apresentados na terça-feira, 11, por Randolfe à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. "Amanhã eu me reúno com a ministra Tebet, a gente vai debater temas como orçamento, LDO, PPA. Iremos levar os nomes já de relatorias pelo menos de LDO e PPA, quero levar os relatores lá", declarou o senador no Palácio do Planalto. "Estou esperando partidos fazerem indicações, mas em princípio é a LDO a relatoria ficar com MDB da Câmara. A relatoria do PPA deve ficar com O PT da Câmara", acrescentou.

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Arcabouço fiscal

Randolfe ainda reiterou que o arcabouço fiscal deverá ser enviado ao Congresso ainda nesta semana, como disse mais cedo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "Acho que será essa semana mesmo, porque presidente e ministro devem viajar", declarou o líder do governo.

Mais cedo, Haddad disse que o texto do novo arcabouço fiscal será enviado ao Congresso junto com o PLDO, que precisa chegar ao Legislativo até o dia 15, no fim desta semana.

O ministro e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, embarcam na terça cedo para a China.

A operação deflagrada pela Polícia Federal na quarta-feira, 22, para desmantelar um plano criminoso do PCC que mirava o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) provocou uma discussão nas redes sociais que envolveu, além do ex-juiz, os também senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Líder do governo no Congresso, Randolfe disse que Moro buscava politizar o plano do PCC e classificou a ação como "mau-caratismo" do ex-juiz. Para Randolfe, o fato de Moro ter sido informado com antecedência sobre a investigação e a Polícia Federal (PF), sob comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ter agido de forma "republicana" ao proteger o ex-juiz são justificativas para uma não politização do episódio.

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Moro reagiu nas redes sociais e criticou a postura de Randolfe. "No dia em que foi descoberto um plano do PCC para me matar e a minha família, o Senador vem me chamar de mau caráter!?", escreveu.

Antes, o ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão já havia saído em defesa de Moro ao relembrar nas redes sociais declaração de Lula no dia anterior. O petista afirmou ao site Brasil 247 que, quando era perguntado se estava bem durante o período em que esteve preso em Curitiba, respondia: "Só vai ficar bem quando eu f... com o Moro".

Mourão, então, publicou em suas redes sociais. "Quando o Presidente da República tem por objetivo f… um magistrado que cumpriu sua função, ele mostra todo o seu desprezo pelo Estado Democrático de Direito. Na realidade, ele está f... o seu País", disse.

Operação

Na quarta-feira, 22, a Polícia Federal (PF) tornou pública a Operação Sequaz contra uma quadrilha ligada ao PCC que pretendia atacar servidores públicos e autoridades, planejando assassinatos e extorsão mediante sequestro em quatro Estados e no Distrito Federal. Ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Moro era um dos alvos da facção. Investigadores do caso desconfiam que toda a vigilância sobre a família do ex-juiz tinha como mais provável objetivo o sequestro do senador; sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP); e dos filhos, que seriam mantidos reféns em uma das chácaras, para obrigar o Estado a negociar a libertação de Marcola ou sua retirada do sistema penal federal.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo Lula no Congresso, sugeriu, em uma publicação em suas redes sociais, que a prisão do ex-ministro da Justiça Anderson Torres pode ser um "recado" para outros integrantes do governo Jair Bolsonaro.

Em cumprimento de mandado do Supremo Tribunal Federal (STF), Torres foi preso preventivamente na manhã deste sábado pela Polícia Federal, no Aeroporto de Brasília, ao retornar dos Estados Unidos. A PF não informou, contudo, onde o ex-ministro está custodiado. Segundo a CNN, ele foi levado ao 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, no Guará, em Brasília.

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No mandado de prisão, o ministro do STF Alexandre de Moraes considerou que Torres, como secretário de Segurança do Distrito Federal, foi considerado conivente com os atos antidemocráticos do último domingo, em Brasília, que culminou na invasão e depredação da sede dos Três Poderes.

"A prisão de Anderson Torres foi mais um recado àqueles que passaram os últimos 4 anos desrespeitando a Lei e conspirando contra o País. Agora não cabe desculpas, cabe responsabilização. O Brasil está dizendo ao mundo que não dará espaço para o golpismo", disse Randolfe.

No dia dos atos golpistas, o governador do DF, Ibaneis Rocha, afastado do cargo por Moraes, pediu desculpas aos chefes dos Três Poderes pelo ocorrido em Brasília, após condenar as ações radicais.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso, disse há pouco nas redes sociais que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de inquérito para apurar tentativa de golpe de Estado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Na tarde de hoje, a Folha de S. Paulo informou que a Polícia Federal (PF) encontrou na casa de Torres uma minuta de decreto para que o então presidente Bolsonaro estabelecesse estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o rascunho do documento, o objetivo era reverter o resultado da eleição vencida pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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"ATENÇÃO! Estamos peticionando ao STF pedindo a instauração de um novo inquérito sobre a tentativa de GOLPE de Estado, incluindo o Sr Anderson Torres e o Sr Jair Bolsonaro. Eles não passarão!", afirmou Randolfe.

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O empresário Júlio Farias, que ameaçou o senador Randolfe Rodrigues, deixou a prisão nesta sexta-feira (23) após pagar uma fiança equivalente a 50 salários mínimos, totalizando mais de R$ 60 mil. O bolsonarista foi preso em flagrante por ter um silenciador para fuzil, comprado na internet, sem autorização legal.

O valor foi fixado em audiência de custódia. N ocasião, a Justiça Federal impôs uma série de medidas que devem ser cumpridas por Farias: ele terá de se apresentar em juízo mensalmente, todo dia 24 e está proibido de mudar e residência, sem prévia autorização judicial, ou de se ausentar por mais de oito dias, sem comunicar o lugar onde será encontrado, sob pena de quebramento da fiança.

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A prisão de Farias foi executada nesta quinta-feira, 22, durante o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão contra o empresário, que mora em Macapá. Durante as diligências, a PF apreendeu dez armas de fogo, dentre fuzil, espingardas, revólver e pistolas, além de 3.153 munições de diversos calibres.

As ordens foram expedidas pela 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que ainda suspendeu o porte e posse de armas registradas em nome do empresário. O juízo ainda determinou que o investigado mantenha distância mínima de duzentos metros do parlamentar.

As medidas foram decretadas a pedido da Polícia Legislativa do Senado Federal. O órgão apontou 'fortes indícios de ameaça e crimes contra a honra' de Randolfe.

As apreensões e suspeitas que recaem sob Farias foram citadas na decisão que liberou o empresário, mediante pagamento de fiança. Segundo a Justiça Federal, a 'prática, em tese, dos delitos que motivaram a diligência na casa do custodiado, associada à posse de armas de fogo e acessórios, tornam a periculosidade do custodiado mais evidente'.

"Vejam que a prática, em tese, de ameaça por alguém desarmado naturalmente causa um temor pela sua vida ou integridade física, tanto é assim que esta conduta é um fato típico criminal. Todavia, a prática, em tese, de ameaça por alguém que possuía as armas, munições e o acessório de uso restrito apreendidos, certamente, causam um temor muito maior", registrou o despacho.

A quebra do sigilo bancário e o bloqueio das contas dos oito empresários bolsonaristas que foram alvo de buscas na semana passada não foi requisitada pela Polícia Federal. O ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar é um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com base em mensagens divulgadas pelo portal Metrópoles, Randolfe pediu "apuração séria e aprofundada" da possível relação dos empresários com o financiamento de atos antidemocráticos. Reunidos em um grupo de WhatsApp, os alvos da operação citaram a hipótese de um golpe de Estado caso Lula fosse eleito em outubro. Dos parlamentares e instituições que acionaram o STF cobrando providências, o senador foi o único a representar por embargos financeiros.

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Randolfe sugeriu a tomada de depoimentos, o afastamento dos sigilos bancário e de mensagens, o bloqueio de contas e as prisões preventivas. Com exceção das prisões, todas as medidas foram autorizadas por Moraes. O ministro do STF também determinou a suspensão dos perfis dos empresários no Facebook, Instagram, Twitter, TikTok e YouTube.

Os deputados Gleisi Hoffmann (PR), Reginaldo Lopes (MG) e Alencar Santana (SP), do PT, fizeram coro pelas prisões e pela quebra dos sigilos telefônico e telemático dos empresários, mas não mencionaram o bloqueio das contas ou o levantamento do sigilo bancário. As deputadas Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Vivi Reis (PA), do PSOL, acionaram o STF cobrando investigação, mas não chegaram a propor medidas específicas. Elas pediram ao ministro que tomasse "as providências cabíveis".

O gabinete de Moraes recebeu ainda notícias-crime de associações de magistrados e do Ministério Público do Trabalho pedindo que os empresários fossem intimados a prestar depoimento e seus celulares fossem apreendidos. As entidades também não mencionam sanções de ordem financeira ao grupo.

A PF representou apenas pela apreensão dos celulares e pelo afastamento do sigilo das mensagens. O delegado Fábio Alvarez Shor cita suspeita de financiamento de atos antidemocráticos, mas não chega a requerer a quebra do sigilo bancário. O pedido se limita a "acesso imediato e exploração do conteúdo" armazenado nos celulares e em nuvem de dados.

APURAÇÃO

A quebra do sigilo bancário dos empresários vai servir para analisar se há elementos mais concretos, como repasses para atos contra instituições democráticas, que indiquem materialidade de eventuais crimes. Em parecer elaborado a pedido de Moraes, o juiz Ailton Vieira, instrutor no gabinete do ministro, disse que os empresários podem ter ajudado a custear a produção e a divulgação de notícias fraudulentas e a organização de manifestações contra a democracia.

O documento foi redigido com base em material reunido em outras investigações que atingem aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

CONDIÇÃO

Ao decretar o bloqueio das contas, Moraes disse que a "condição financeira" dos empresários e suas "vultosas quantias de dinheiro" potencializam o alcance de manifestações ilícitas e exigem uma "reação absolutamente proporcional do Estado".

Para o advogado criminalista e professor de Direito Processual Penal da Universidade de São Paulo (USP) Maurício Zanoide de Moraes, o bloqueio de contas extrapolou a investigação. Na avaliação dele, as demais medidas eram necessárias, mas a decisão de congelar as contas bancárias não "teria lastro suficiente" neste momento.

O cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos empresários desencadeou, entre políticos e juristas, questionamentos sobre os limites que envolvem a liberdade de expressão e a apologia do crime.

Os empresários negaram ter defendido ruptura democrática e conspirado para um golpe de Estado caso Bolsonaro não fosse reeleito em outubro.

Na semana passada, em entrevista ao Estadão, o ex-presidente do STF Marco Aurélio Mello disse que não vê base jurídica para a operação da PF autorizada por Moraes. O ministro aposentado afirmou que "não compreendeu os atos de constrição (bloqueio)".

A reportagem entrou em contato com a assessoria de Randolfe para comentar a representação, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição. Candidato à reeleição, o senador pelo Amapá é ativo na campanha de Lula.

ACESSO

Advogados dos empresários investigados informaram que até o fim da tarde de ontem não haviam acessado o inquérito do qual vieram as ordens de busca e apreensão dos celulares e de bloqueio das contas de seus clientes.

Miguel Vidigal, que representa Ivan Wrobel, dono da W3, impetrou um mandado de segurança. "Interessante notar que há um senador da República fazendo pedido ao STF de bloqueio de contas de um cidadão que não tem foro privilegiado e, por isso, não deveria estar respondendo a um inquérito perante o Supremo Tribunal Federal", disse Vidigal. (Colaborou Isabella Alonso Panho, especial Para o Estadão)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da CPI da Covid, reagiu ao pedido de arquivamento das apurações contra o presidente Jair Bolsonaro no âmbito das investigações da comissão por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR). O parlamentar afirmou que vai peticionar novamente o Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar o requerimento e pedir a abertura de um inquérito por prevaricação dos procuradores envolvidos no caso, se as denúncias de fato forem engavetadas.

Nesta segunda-feira (25), a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu ao STF o arquivamento de denúncias contra o presidente e seus aliados, como as que atribuem a ele supostos crime de charlatanismo, prevaricação, crime de epidemia, infração de medida sanitária preventiva e emprego irregular de verbas ou rendas públicas.

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O relatório final da CPI da Covid imputou ao chefe do Executivo nove crimes, ao todo, além de sugerir outros 67 indiciamentos. As denúncias têm como base a gestão do governo federal ao longo da pandemia.

Além de contestar a decisão da vice-procuradora-geral, Randolfe disse que quer informar o STF o que chamou de "ação sorrateira" e "modus operandi" da PGR, que travou a abertura de inquérito com base no relatório da CPI e, segundo ele, teria evitado envolver a Polícia Federal no caso.

O senador também pediu a manifestação pessoal do procurador-geral Augusto Aras sobre as apurações e, caso o arquivamento seja de fato confirmado, sugeriu abertura de um novo inquérito contra ele e a vice-procuradora por prevaricação. A avaliação é que o requerimento teria sido feito por Araújo para evitar desgaste de Aras.

Em entrevista à Rede Globo, o senador Omar Aziz (PSD-AM), ex-presidente da CPI da Covid, também criticou a paralisação das investigações e voltou a acusar o presidente de charlatanismo, uma das imputações que a vice-PGR sugeriu ausência de crime. Segundo Lindôra, "não há indícios mínimos de que Bolsonaro detinha o conhecimento e o domínio epistemológico, à época, da suposta 'absoluta ineficácia' dos fármacos cloroquina e hidroxicloroquina no combate ao novo coronavírus".

Coordenador da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) reagiu aos recentes ataques sofridos pela campanha petista em atos públicos. Em evento que acontece em Diadema, região metropolitana do Estado de São Paulo, o senador afirmou que a militância petista não vai se intimidar pelos ataques."Não venham jogar bombinhas, que bombinhas não intimidarão o povo brasileiro", afirmou.

Como mostrou o Broadcast Político, além do caso de Minas Gerais, quando um drone despejou um líquido malcheiroso em apoiadores do PT, em evento no Rio de Janeiro, uma bomba caseira com fezes foi lançada contra o público. O pré-candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, também estava presente.

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A Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a interferência do presidente Jair Bolsonaro em casos de corrupção no Ministério da Educação (MEC) pode ser instaurada nesta terça-feira (28). A abertura da CPI do MEC ganhou força após a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro e de pastores ligados ao esquema investigado pela Polícia Federal.

O anúncio foi feito pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), mas aliados do presidente querem que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atenda a pedidos de investigações protocolados anteriormente contra as gestões do PT. 

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Para barrar a instauração da CPI do MEC, o grupo do presidente Bolsonaro tenta convencer parlamentares do Centrão a mudar o voto e, caso não consigam impedi-la, estudam levar o caso à Justiça, segundo o Uol.

"De todos os presidentes que já passaram pela condução desta Casa, o presidente Rodrigo Pacheco se distingue por ser um dos mais obedientes ao texto da Constituição, até por sua formação jurídica. Então, eu tenho confiança nisso, o presidente sabe muito bem que a CPI é um direito constitucional de minoria", afirmou Randolfe.

Os áudios que a PF teve acesso indicam que o governo Bolsonaro libera recursos a Prefeituras indicadas pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura Correia, que não tem cargos no MEC. Conforme a lista encabeçada por Randolfe, 28 nomes já assinaram pela abertura do processo, que precisa de 27 nomes para ser protocolado.

Pacheco reforçou que as denúncias contra o governo foram graves, contudo, não escondeu que a proximidade das eleições pode atrapalhar os trabalhos da CPI. "O fato de se estar num momento muito próximo das eleições acaba prejudicando, sim, o trabalho dessa ou qualquer outra CPI que venha a ser instaurada", disse na semana passada.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entrou nesta quarta-feira, 23, com uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por suposto crime de responsabilidade.

O pedido é para que o ministro seja afastado do cargo até a conclusão das investigações sobre o loteamento do orçamento do Ministério da Educação (MEC) a líderes evangélicos.

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"Os fatos evidenciam uma verdadeira negociata espúria em troca da destinação de verbas públicas", diz um trecho da representação.

Como mostrou o Estadão, pastores formam um gabinete paralelo no MEC, com controle da agenda e das verbas da pasta, e chegaram a pedir pagamentos em dinheiro e até em ouro em troca de conseguir a liberação de recursos para construção de escolas e creches.

O senador defende que é o caso de impeachment. Randolfe alega que a conduta do ministro viola os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência.

"As verbas destinadas à educação não podem ficar na mão de agentes estranhos ao Estado, servindo de moeda de troca para angariar apoio político e ganhos indevidos", escreve o senador.

A distribuição de recursos a partir de demandas pessoais, sem observar critérios técnicos, também é contestada na representação por suposta violação das diretrizes básicas das leis orçamentárias.

Além de atribuir crime de responsabilidade ao ministro da Educação, Randolfe também afirma que os detalhes noticiados até o momento indicam crimes de peculato, emprego irregular de verbas públicas, corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, que tem a atribuição de investigar o ministro em razão do foro por prerrogativa de função, acionou o STF mais cedo pedindo um inquérito não só contra Milton Ribeiro, mas também contra pastores, servidores e prefeitos envolvidos no esquema do gabinete paralelo do MEC.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, arquivou queixa-crime apresentada pelo ministro do Trabalho e Previdência Onyx Lorenzoni contra o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O aliado do presidente Jair Bolsonaro acusava o vice-presidente da CPI da Covid de calúnia e difamação sustentando que o senador teria lhe imputado suposta ameaça e tentativa de obstrução das investigações do colegiado.

A declaração que motivou a ação foi dada por Randolfe em entrevista à CNN, em junho de 2021. Na época, Lorenzoni era ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República e havia feito pronunciamento com uma série de ameaças ao deputado Luis Miranda (DEM-DF) em razão das denúncias sobre um esquema de corrupção na compra de vacina contra covid-19.

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Na ocasião, o aliado de Bolsonaro afirmou que o chefe do Executivo havia determinado uma investigação da Polícia Federal sobre o parlamentar e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda, do Ministério da Saúde. Hoje o chefe do Executivo é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por suposta prevaricação por não ter comunicado aos órgãos de investigação indícios de corrupção nas negociações para aquisição do imunizante indiano.

Após o pronunciamento do então ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Randolfe afirmou: "A ação do senhor Onyx, a ação do governo federal, é uma ação intimidatória. Eu quero advertir. Obstruir investigações em curso de comissões parlamentares de inquérito, sob a Lei 1052, é crime, sujeito à detenção e a responder diante da lei por esse crime"

Ao analisar o caso, Lewandowski observou que a queixa-crime foi protocolada sem Lorenzoni efetuar o recolhimento das custas processuais, o que é necessário para o prosseguimento da ação. O ministro destacou que o aliado do presidente Jair Bolsonaro não pode ser presumido financeiramente incapaz de realizar o pagamento (hipossuficiente). As informações foram divulgadas pelo STF.

O relator apontou ainda que a possibilidade de regularização do débito não é mais viável uma vez que, segundo o Código de Processo Penal, o prazo para a apresentação da queixa deve ser exercido dentro do prazo de seis meses. "Os fatos ocorreram em 23/6/2021, portanto, há mais de seis meses, e a irregularidade formal detectada torna-se imutável", ponderou.

Ao protocolar a abertura de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nessa terça-feira (12), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) assegurou que o primeiro convocado para dar explicações ao Senado seria o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras. O vice-presidente da antiga CPI entende que Aras não tomou providências diante da gravidade do que foi exposto no relatório final da investigação.

"Aras será o primeiro convocado para explicar quais providências tomou", publicou o senador. "Se a PGR não cumpre seu papel, o Senado vai cumprir", reforçou em outro post.

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Responsável por abrir investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), até o momento, o PGR não se posicionou sobre os depoimentos e documentos colhidos durante os seis meses de CPI que apontam supostos crimes cometidos pelo Governo.

"Não é aceitável, diante de tamanha irresponsabilidade, nós congressistas ficarmos inertes. Não é aceitável nós assistirmos impávidos o PGR não tomar nenhum tipo de providência", destacou o parlamentar.

Sem respeitar a autonomia da lista tríplice, Bolsonaro interrompeu a tradição da Associação Nacional dos Procuradores da República e nomeou Aras ao cargo.

Com o objetivo de identificar outros possíveis crimes, Randolfe quer apurar o compromentimento do Governo Bolsonaro com o enfrentamento da pandemia a partir de novembro de 2021. Ele sugere que o comportamento da Presidência piorou conforme a crise sanitária foi se estabelecendo.

O senador Randolfe Rodrigues, que acionou o Supremo Tribunal Federal com notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro após a admissão de interferência no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pediu que o ministro André Mendonça, recém-chegado na Corte, se declare suspeito para analisar o caso. A petição em que Randolfe pede a investigação do chefe do Executivo foi distribuída para o gabinete do segundo ministro indicado à corte máxima por Bolsonaro, que foi advogado-geral da União e ministro da Justiça no atual governo.

Em manifestação a Mendonça, Randolfe destaca que, ‘no processo legal, a imparcialidade é imprescindível como medida de justiça, além de ser pressuposto processual em relação ao órgão jurisdicional’, lembrando da ‘estreita relação’ entre o ministro e o chefe do Executivo.

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"O Ministro assumiu em 2019 o comando da AGU, com a chegada de Bolsonaro à Presidência, saindo somente em abril de 2020, para assumir a pasta da Justiça e Segurança Pública. A troca da diretoria do Iphan ocorreu em dezembro de 2019, de modo que se percebe que o Ministro foi Advogado-Geral da União durante o período em que o Presidente da República promoveu a mudança da cúpula do órgão administrativo, tornando-se temerária sua atuação neste processo por sua vinculação direta aos fatos ocorridos", escreveu o senador.

Randolfe pede a Mendonça o ‘acolhimento voluntário’ de suspeição de imparcialidade, com a remessa dos autos a um outro ministro. Caso a solicitação não seja acolhida, o senador que o caso seja remetido ao Plenário do STF ou ao presidente da corte, ministro Luiz Fux, para ‘julgamento do incidente processual que se formará’.

Na notícia-crime apresentada ao STF, Randolfe imputa a Bolsonaro supostos crimes de prevaricação e advocacia administrativa envolvendo a nomeação de Larissa Rodrigues Peixoto Dutra - turismóloga e mulher de um ex-segurança do presidente Jair Bolsonaro - à presidência do Iphan.

Na última quarta-feira, 15, Bolsonaro afirmou que trocou o comando da instituição, no fim de 2019, para atender ao empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.

"Tomei conhecimento que uma pessoa conhecida, o (empresário bolsonarista) Luciano Hang, estava fazendo mais uma obra e apareceu um pedaço de azulejo nas escavações. Chegou o Iphan e interditou a obra. Liguei para o ministro da pasta (Marcelo Álvaro Antônio, à época titular do Turismo): ‘que trem é esse?’ Porque não sou inteligente como meus ministros. ‘O que é Iphan?’, com ‘PH’. Explicaram para mim, tomei conhecimento, ‘ripei’ todo mundo do Iphan. Botei outro cara lá", disse Bolsonaro durante uma palestra para empresários na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

A declaração levou o Ministério Público Federal a pedir o afastamento de Dutra da presidência do Ipha. O pedido foi inicialmente acatado pela juíza Mariana Tomaz da Cunha, da 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro, considerando que Bolsonaro admitiu que, após ter tomado conhecimento de que uma obra realizada por Luciano Hang, ‘empresário e notório apoiador do governo’, teria sido paralisada por ordem do Iphan, ‘procedeu à substituição da direção da referida autarquia, de modo a viabilizar a continuidade da obra’.

No entanto, a liminar acabou sendo suspensa pelo desembargador Theophilo Antonio Miguel Filho, responsável pela presidência do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região no plantão Judiciário. O magistrado acolheu pedido da Advocacia-Geral da União sob o argumento de que a falta de um dirigente no Iphan poderia causar ‘inega´veis prejui´zos a` atividades administrativas e a`s poli´ticas pu´blicas de compete^ncia da autarquia’.

O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da Covid, afirmou nesta quarta-feira, 10, que já foram mapeados ao menos 20 senadores propensos a assinar o requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o orçamento secreto. São necessárias ao menos 27 para que a apuração parlamentar seja aberta. Ainda segundo o vice-presidente da CPI, o requerimento foi protocolado na manhã desta quarta-feira, 10.

Randolfe também indicou que a decisão do Supremo Tribunal Federal que vetou os repasses do orçamento secreto 'é a principal razão' para que haja a CPI. Por 8 votos a 2, a corte barrou o esquema revelado pelo Estadão, determinando ainda que o governo dê "ampla publicidade" aos ofícios encaminhados por parlamentares em 2020 e 2021 para alocação dos recursos em seus redutos eleitorais.

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As indicações do senador se deram após participação dos integrantes da CPI da Covid em reuniões reuniões com o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, e membros da força-tarefa do Ministério Público de São Paulo que investiga a Prevent Senior por irregularidades no tratamento de pacientes infectados com o novo coronavírus.

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), também participou das reuniões e apoia a criação da CPI para investigar o orçamento secreto. Na avaliação do senador, o esquema consiste em uma 'espécie de fascismo orçamentário'.

"É fundamental que haja essa investigação. Isso é um escândalo inominável, essa relação do parlamento com o Executivo. Do ponto de vista da constituição, do que significa o orçamento como peça publica, da necessidade de cumprir os princípios de publicidade, impessoalidade e economicidade, é importante que se investigue", disse.

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