Tópicos | Pipa Guerra

A Chefe de Serviço do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paula Guerra, conhecida como Pipa, de 37 anos, agredida em um bar do Recife no último domingo (7), prestou depoimento para a Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (11). Pipa foi ouvida por dois delegados e por Silvia Maria Cordeiro, secretária da Mulher de Pernambuco.

Segundo um amigo de Pipa que não quis se identificar, a servidora pública foi agredida por quatro eleitores de Bolsonaro, três homens e uma mulher. "Foi um crime de ódio. A agressão partiu de um questionamento do grupo. Eles perguntaram sobre o voto dela e ela disse que tinha votado no opositor de Bolsonaro", ele conta. Pipa também usava bottons e adesivos contrários ao candidato do PSL.

##RECOMENDA##

De acordo com a secretária da Mulher, Silvia Maria Cordeiro, a agressão física foi cometida pela mulher do grupo, mas três homens que estavam com ela impediram que o ex-namorado da servidora e um garçom protegessem a vítima. O celular da vítima também foi quebrado. "Isso foi um crime de intolerância, crime político, crime contra o direito democrático de expressão. O ódio está impregnando as pessoas, os amigos e as famílias. Casos desse como o de Paula precisam ser denunciados, investigados e punidos", resumiu a secretária.

Após conseguirem separar a servidora da agressora, a vítima foi levada para a cozinha do bar. Os agressores foram expulsos do estabelecimento e Pipa, encaminhada ao Hospital Esperança. Ela sofreu hematomas na cabeça e no braço e passou por uma cirurgia no pulso.

Após depoimento, Pipa foi encaminhada para fazer exame de corpo de delito. A Secretaria da Mulher também ofereceu suporte psicológico e a incluiu no programa 190 Mulher, que dá a ela prioridade ao acionar a polícia. O caso vai ser investigado pelo delegado Breno Maia, da Delegacia do Espinheiro. A delegada Morgana Alves também ouviu o depoimento. Os crimes investigados são de lesão corporal, ameaça e dano material. Um vídeo gravado pela vítima mostra os agressores. Serão testemunhas do caso um garçom do bar e o ex-namorado de Pipa. "Isso é uma histéria, é autoritarismo. A gente precisa responder. A polícia e a Justiça têm que responder", complementou a secretária.

Confira a nota da Fundaj, empresa na qual Paula trabalha:

A Fundação Joaquim Nabuco repudia qualquer tipo de violência. Assim como defende a apuração dos fatos pelas autoridades policiais e a punição devida aos envolvidos com as agressões sofridas pela servidora Paula Guerra. A Fundaj se solidariza com a nossa servidora e se coloca à disposição para ajudá-la no que for necessário.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando