Tópicos | PL 383/2017

Duas das maiores desenvolvedoras de games do país, Riot Games e Ubisoft, formalizaram na última sexta-feira (12), uma carta aberta ao Senado brasileiro. As empresas, responsáveis por alguns dos mais importantes torneios nacionais envolvendo eSports, escreveram em apoio à decisão da senadora Leila Barros (PSB-DF) de dar continuidade ao debate acerca do PL 383/2017.

O Projeto de Lei  prevê a regulamentação dos esportes eletrônicos no Brasil e tem voltado ao debate, após ter sido aprovada por duas comissões do Senado. As empresas defendem a participação de todo o ecossistema gamer na criação de uma regulamentação, inclusive desenvolvedores, organizadores, jogadores profissionais, clubes e torcedores e não apenas de pessoas que não têm contato com o universo de jogos. 

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Apesar das duas desenvolvedoras estarem apoiando a decisão da senadora Leila Barros, de reacender o debate a cerca da regulamentação, a ex-jogadora de vôlei ficou conhecida por dizer que eSports não eram esportes de verdade. “Nós estamos falando sobre as questões éticas, morais dos jogos eletrônicos, mas quando se fala de esporte, tem que ser ouvida a comunidade esportiva porque existe uma preparação para ser atleta, para se entrar em quadra e representar um país, uma liga ou uma empresa. O alto rendimento é isso. É uma entrega", disse a senadora, que já se desculpou publicamente por ter desmerecido a categoria.  

Na carta enviada pela Riot Games e pela UbiSoft as empresas ressaltam a necessidade do debate chegar a diferentes esferas por se tratarem de ambientes distintos, em relação aos esportes tradicionais. 

É importante ressaltar que, diferente dos esportes tradicionais, os esportes eletrônicos possuem características particulares, como o direito garantido por lei sobre a propriedade intelectual das desenvolvedoras e publicadoras, que hoje são responsáveis pela atualização, manutenção e suporte de seus jogos. Essas empresas também investem no cenário esportivo eletrônico sob a forma de criação de infraestrutura e organização de torneios, transmissão de conteúdo, bem como fomento e apoio aos times e jogadores, suportando todo um ecossistema que gera milhares de empregos indiretos e movimenta a economia, tudo isso fazendo parte de uma esfera singular que não se assemelha à espera contemplada na normatização que hoje rege os esportes tradicionais”, diz o comunicado.

A Ubisoft e a Riot Games são responsáveis pelo cenário competitivo de Rainbow Six Siege e League of Legends, respectivamente.

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